segunda-feira, 14 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9897: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (52): Encontro o Leopoldo Amado na Feira do Livro de Lisboa, 4 anos depois de Bissau: está agora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, como investigador no programa de pós-doutoramento (Luís Graça)



Lisboa > Parque Eduardo VII > 82ª Feira do Livro de Lisboa, 2012 > 12 de maio de 2012 > O nosso amigo Leopoldo Amado, ladeado pela Alice, Luís, João e Joana... Mais uma prova de que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!... Tanto o Leopoldo como a família Graça (com exceção da Joana) têm morança na Tabanca Grande.





1. Imaginava-o em Cabo Verde, na cidade da Praia, transmitindo aos seus alunos caboverdianos o seu largo e profundo saber de guineense, português, cidadão do mundo, em matéria de história contemporânea, e mais exatamente da história recente da nossa amada e sofrida Guiné-Bissau... Mas, não, o Leopoldo está, no ano letivo em curso, a trabalhar na Universidade de Coimbra, no prestigiado Centro de Estudos Sociais, onde é investigador no programa de pós-doutoramento.


Andava eu, mais o João, acabado de chegar de umas férias na Índia, a visitar a feira do livro, mais a Alice e a Joana (enfim, não é todos os dias que se reúne a família toda!), quando dou de caras com o nosso grã-tabanqueiro Leopoldo Amado, amabilíssimo, como sempre, e que de imediato nos reconheceu a todos. Já não o via pelo menos desde Março de 2008,  na altura em que estivemos junto no Simpósio Internacionald e Guiledje (Bissau, 1-7 de março de 2008).


No sábado passado, dia 12 de maio, às 18h30, tinha-se realizado, no auditório da APEL - Associação Portuguesa dos Editores e Livreiros, na 82ª Feira do Livro de Lisboa, no Parque Eduardo VII,   uma "Mesa Redonda sob o tema: História e Literaturas em Língua Portuguesa: Expressões da Diversidade" (que eu lamentavelmente perdi)... O nosso Leopoldo Amado era um dos oradores, a representar a sua terra natal... Já agora tome-se boa nota dos restantes escritores lusófonos que participaram nesta iniciativa inserida no âmbito da Semana Cultural da  CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa,

Oradores: 


Pires Laranjeira (moderador) – Portugal; 
Luís Kandjimbo - Angola; 
Luís Carlos Patraquim – Moçambique; 
Luis Costa – Timor; 
José Luís Hopffer Almada – Cabo Verde; 
Maria Esther Maciel – Brasil. 


 E já agora, que estamos em maré de lusofonia, acrescente-se que a CPLP também marcou presença marcada no último dia da Feira do Livro de Lisboa, domingo, 13,  com uma sessão de lançamento de livros de autores lusófonos residentes em Portugal, entre outros originários dos Estados-membros da CPLP, sessão que decorreu no Pavilhão da Câmara Municipal de Lisboa,   na 82ª Feira do Livro de Lisboa. Obras apresentadas com respectiva sessão de autógrafos:

“Marcas da guerra” e “Lexical Doutrina” de Lopito Feijó  [n. 1963, poeta e ensaísta angolano]
"Paraíso Apagado por um Trovão" de José Luís Tavares [n. 1967, poeta caboverdiano, a residir em Portugal]
“O Processo dos Cinquentas - Tempo e Memória (1940-1962) - Considerações Históricas” e “Américo Boavida – Tempo e Memória” de Fernando Correia, pseudónimo literário de do angolano Fernando Edviges Chasse
“Antologias de Poesia da Casa dos Estudantes do Império – 1951-1963 – Angola, S. Tomé e Príncipe e Moçambique I e II Volume” de Aida Freudenthal [, investigadora reformada do IICT - Instituto de Investigação Científica Tropical], edição da Associação Casa dos Estudantes do Império.






2. Recorde-se que o Leopoldo Amado é, historicamente,  o segundo guinense, depois do  Pepito, a integrar o nosso blogue. É um dos nossos mais antigos grã-tabanqueiros. Está neste neste momento como investigador no programa de pós-doutoramento da UC.  Achei-o bem, de boa saúde, e otimista q.b., em relação à atual crise guineense. "Há uma nesga de oportunidade de que esta seja a última crise de reime, levando de facto à reforma das forças armadas e, se não mesmo, à sua abolição e refundação".


Como estamos "proibidos" de falar, no blogue,. da atualiddae política (entenda-se: político-partidária) dos nossos dois países, a nossa conserva fica só por aqui.


Da página da CES/UC recolhemos, entretanto,  os seguintes elementos biográficos a seu respeito:

 Universidade de Coimbra > CES > Leopoldo Amado

 (i) Nasceu em 1960 no Sul da Guiné-Bissau. 

(ii) Licenciou-se em História em 1985 pela Faculdade Letras de Lisboa - Universidade Clássica de Lisboa. 

(iii) Antes de voltar à Guiné-Bissau em 1989, concluiu em 1987 o Curso de pós-graduação em Relações Internacionais (Estudos Islâmicos) pela extinta Universidade Internacional de Lisboa e frequenta entre os anos de 1987-1989 o curso de mestrado em Estudos Africanos no Institituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa. 

(iv) Na Guiné-Bissau, tornou-se investigador do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas).

(v) Nesse país, desempenhou, sucessivamente, as funções de: Director do mensário "Baguera"; Director Comercial do Geta-Bissau (empresa privada);Vice-Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos; Director do "Tcholoná", única Revista Cultural então existe no país. 

(vi) Trabalhou ainda na Guiné-Bissau como consultor nacional e internacional, destacando-se, entre outros, os trabalhos em matéria de gestão de projectos e planificação estratégica, desenvolvidos com a UNICEF, PLAN INTERNATIONAL, PNUD, FNUAP, RADDA BARNEN e AMNISTIA INTERNACIONAL, para além das funções de correspondente e de comentador político da BCC, Rádio France International, Voz de América, RDP África e RTP África. 

(vii) No além-fronteiras, com sede em Cabo Verde, e cobrindo outros países como Senegal, Guiné-Bissau, Gana, Guiné-Conacri e Gâmbia, trabalhou ainda como Director do SPHAC - Projecto da UNESCO para a Salvaguarda do Património Histórico da África Contemporânea, entre os anos 1995 à 2001. 

(viii) Posteriormente, em Portugal, antes de concluir um Doutoramento em História Contemporânea pela Universidade de Lisboa (2007), trabalhou como Secretário Executivo da “Guineáspora” (Fórum Mundial dos guineenses na Diáspora);

(ix) Tendo posteriormente regressado a Cabo Verde, onde, desta feita, trabalha junto da Uni-CV (Universidade Pública local), desde 2008 à esta parte, desempenhando aí, designadamente, as funções de docência em cursos de graduação (licenciaturas em História e Ciências Sociais) e em cursos de pós-graduação(mestrado em Ciências Sociais), para além de outras funções que assumiu, concomitante e alternadamente, como sejam as de Coordenador de Curso de História (Chefe de Departamento) e de Presidente do Departamento (Faculdade) de Ciências Sociais e Humanas. 

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