terça-feira, 18 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11724: Os nossos médicos (50): Os batalhões que passaram pelo setor de Farim tinham um número variável de médicos, de 1 a 4... Quanto ao HM 241, era só... o melhor da África Ocidental (Carlos Silva, 1969/71)

1. Mensagem, de 15 do corrente,  de  Carlos Silva [, foto à esquerda, em março de 2008, no Saltinho. junto à morança do António Camilo], 

Amigos & Camaradas Luís e Vinhal

Aqui vai um texto sobre os nossos médicos quanto ao Sector de Farim e respostas ao questionário incluído no Post 11704 (*)

Agradeço que publiquem pois suscitam algumas questões que poderão suscitar outros desenvolvimentos
Com um abraço,

Carlos Silva

2, Respostas do Carlos Silva (*)

(i) Quantos médicos seguiram com o vosso batalhão, no barco ?

(ii) Quantos médicos é que o vosso batalhão teve e por quanto tempo ?


A propósito dos post nº 11704 e 11706, aqui vão mais alguns dados que recolhi da consulta às HU[, histórias de unidade,]  que tenho do Sector de Farim.

BCav 490 - 1º Batalhão sediado em Fari, 1964/65. Pois na sua HU consta na data do embarque 4 médicos adstritos às unidades.  a saber:

CCS - 1 médico
CCav 487 - 1 médico
CCav 488 - 1 médico, Jumbembem do qual existe 1 foto no meu site
CCav 489 - 1 médico Cuntima

Nota. Não sei se os outros 2 médicos estavam em Farim, há aqui camaradas tabanqueiros desta Unidade que podem esclarecer.

BArt 733 - 2º Batalhão sediado em Farim [, 1965/67]. Na sua HU consta na data do embarque 4 médicos adstritos às unidades a saber:

CCS - 1 médico
CArt 730 - 1 médico
CArt 731 - 1 médico
CArt 732 - 1 médico

Nota: Não sei se todos permaneceram no sector e se estiveram de facto nos subsectores Jumbembem, Canjambari e Cuntima, Binta; Guidage enquanto adstritos formalmente às Companhias.

BCaç 1887 - 3º Batalhão sediado em Farim, [1966/68]. O Comandante foi o Ten Cor Agostinho Ferreira, meu Comandante no Bat Caç 2879, já o Domingos Gonçalves fala no post 11706

Há fotos de 2 médicos no meu Site.

BCaç 1932 -  4º Batalhão sediado em Farim [, 1967/68]. Não tenho elementos neste momento apesar de já ter consultado a HU no AHM várias vezes.

BCaç 2879 (1969/71) - 5º Batalhão sediado em Farim. Já referi no post anterior. Apenas 1 médico integrou o Batalhão, embora no sector pelo menos durante um ano lá estivessem estado 2, um em Farim e outro em Cuntima.

BArt 3844 (1971/73)
 - 6º Batalhão sediado em Farim, e  que nos rendeu. Integrava na data do embarque 4 médicos, segundo  a HU.  Não sei se permaneceram todos no sector e distribuídos pelos subsectores.

BCaç 4512 (1973/74) -  7º Batalhão sediado em Farim. Não tenho elementos neste momento apesar de já ter consultado a HU no AHM várias vezes. Há aqui tabanqueiros que podem esclarecer.

Das HU das Companhias independentes, que estiveram no sector e que tenho algumas, não consta no seu efectivo qualquer médico, mas sei que houve companhias que integraram médicos nos seus efectivos.

Aqui tendes o panorama do Sector de Farim que por vezes integrou Barro, Bigene (no início da luta), Binta e Guidage quase sempre, incluindo no âmbito do meu Batalhão.

Da análise exposta no comentário anterior, podemos concluir que a dotação de médicos nos batalhões era variável, pelo menos de 1 a 4;  e que nem sempre estavam colocados nos subsectores do sector do batalhão e,  mais ainda, pelo que tenho lido e observado, nem todos, para não dizer uma grande maioria, permaneceram a 100% nos locais onde estiveram as suas Unidades, pois dá para perceber que havia rotatividade consoante as necessidades, sendo deslocados para outras localidades ou para o HM 241 em Bissau.


(iii) Lembram-se dos nomes de alguns ? Idades ? Especiallidades ?

Os nomes completos dos médicos constam das HU, quem quiser saber os nomes que consulte as mesmas.

Nas HU que tenho constam os nomes deles, mas em minha opinião não devo divulga-los, pois podem não quererem e não gostarem. Acho um abuso.

(iv) Precisaram de alguma consulta médica ?

Sim e fui bem tratado Cabe aqui dizer, que no meu tempo e no caso da minha Unidade que esteve sediada em Jumbembem de 2-01-70 a 16-06-71, onde não havia médico, não ia à consulta quem queria, e creio que assim acontecia nas outras Unidades, pois havia uma triagem feita pelo Furriel Enfermeiro que aferia da necessidade da deslocação a Farim para irem à consulta médica ou era logo encaminhado para o HM241.

Não se esqueçam que há situações e situações.

(v) Estiveram alguma vez internados na enfermaria do aquartelamento (se é que existia)

Creio que em todas as Unidades/subsectores havia enfermaria que estava a cargo do Fur Enfermeiro. Em Jumbembem no meu tempo havia, mas internamentos não.

(vi) Foram a alguma consulta de especialidade no HM 241 ?

Sim. Ortopedia e tenho uma história bem engraçada contada no meu diário.

(vii) Foram evacuados para a metrópole, para o HMP ?



(viii) Tiveram alguma problema
 de saúde que o vosso médico
 ou o enfermeiro conseguiu
resolver sem evacuação?


É público e notário que milhares foram evacuados para a metrópole e milhares e milhares de situações foram resolvidas sem evacuação e mau era se assim não fosse. Isso só demonstraria que os nossos médicos eram uns analfabetos

Já se esqueceram que o HM241 que naquele tempo era o melhor de toda a Àfrica Ocidental ?

Ò Luís, por vezes fazes questionários e perguntas que não têm cabimento.

Todos nós passámos por lá e os que não passaram sabem disso, é público e notório e já faz parte da nossa História contemporânea.

(ix) O vosso posto sanitário também atendia a população local ?

(x) (E se sim, o que é mais que provável:) Há alguma estimativa da população que recorria aos serviços de saúde da tropa ?...

Relativamente à prestação de serviços médicos à população, claro que prestavam em todas as localidades e no caso do Sector de Farim, no subsector de Cuntima junto da fronteira, até prestavam cuidados médicos às populações transfronteiriças do Senegal que ali se deslocavam às dezenas, centenas por mês.

Presumo que assim acontecesse nas outras localidades de fronteira, isto pelo menos no Norte e basta consultar as HU.

Já não sei se assim acontecia junto das fronteiras com a Guiné Conakry, caso por exemplo, Buruntuma, Gadamael Porto, mas tenho curiosidade em saber.

Creio que há uma estimativa, se te deres ao trabalho de ir para o AHM e consultares as HU, aí saberás os dias, meses que perderás para chegares a essa estimativa.

Um abraço

Carlos Silva (**)

[ex-Fur Mil Inf CCAÇ 2548/BCAÇ 2879, Jumbembem, 1969/71;

_________________

Notas do editor:


(...) Questões:

(i) Quantos médicos seguiram com o vosso batalhão, no barco ?

(ii) Quantos médicos é que o vosso batalhão teve e por quanto tempo ?

(iii) Lembram-se dos nomes de alguns ? Idades ? Especiallidades ?

(iv) Precisaram de alguma consulta médica ?

(v) Estiveram alguma vez internados na enfermeria do aquartelamento (se é que existia) ?

(vi) Foram a alguma consulta de especialidade no HM 241 ?

(vii) Foram evacuados para a metrópole, para o HMP ?

(viii) Tiveram alguma problema de saúde que o vosso médico ou o enfermeiro conseguiu resolver sem evacuação?

(ix) O vosso posto sanitário também atendia a população local ?

(x) (E se sim, o que é mais que provável:) Há alguma estimativa da população que recorria aos serviços de saúde da tropa ?...

(**) Último poste da série > 18 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11722: Os nossos médicos (49): O BART 733 tinha 4 médicos (Artur Conceição, 1965/67) ... Outros batalhões que passaram pelo setor de Farim tinham um número variável de médicos (Carlos Silva, 1969/71)

10 comentários:

Luís Graça disse...

Carlos:

Publiquei esta tua última versão, completa... E corrigi o poste anterior, que ficou só com o contributo do Artur Conceição.

Quanto ao teu reparo sobre a divulgação (ou não) dos nomes (e imagens) dos nossos médicos... É uma questão pertinente, do foro ético e deontológico... Aplica-se a todos os ex-combatentes, incluindo o pessoal do quadro...

Pessoalmente não vejo razões para dar aos médicos (, nossos camaradas, ) um tratamento à parte.... por muito respeito que eu tenha (e tenho) pelos nossos médicos e outros profissionais de saúde, que serviram como nós no TO da Guiné. Não estamos a divulgar "dados sensíveis" (, saúde, sexualidade, preferências religiosas, políticas, etc.), e os nossos documentos militares já foram desclassificados (ou não ?)...

Por outro lado, uma das nossas "regras de ouro" é a recusa de fazer julgamentos (sobre o comportamento humano, militar, profissional, moral, etc.) dos nossos camaradas (e camarada, para mim, vai até a comandante operacional...).

Tens razão num ponto; deveria eventualmente haver "consentimento informado" mas isso é impraticável: não temos os contactos deles, etc...

O nosso dever (e direito) de memória pode, de facto, no caso da Net (o teu "site", o nosso blogue, a nossa página no Facebook...) entrar, às vezes, em conflito com o direito à "reserva de intimidade da vida privada"... Mas, no meu entender, tudo (ou quase tudo...) o que relatamos aqui são factos do "domínio público", da nossa "vida coletiva", ou seja, de um "teatro de guerra"...

Enfim, uma questão interessante, delicada, complexa, a reflectir, a debater e a aprofundar... Gostava de conhecer melhor a tua opinião, bem como dos interessados (alguns estão aqui "atabancados") e ainda dos nossos conselheiros e coeditores. E dos nossos leitores, em geral, e de todos os camaradas e amigos da Guiné, em particular, para quem fazemos todos os dias este blogue...

Estou-te grato pela questão que levantaste. Luis


PS - Porquê divulgar o nome de um comandante de batalhão, e não listar o(s) nome(s) do(s) médico(s) do batalhão ?

Carlos Silva disse...

Caro Luís

Respondendo ao teu PS tenho a informar-te, que a divulgação do nome do meu Comandante de Batalhão já falecido é pública e consta no meu site com o consentimento dele, pois até me escreveu uma carta a propósito do célebre ronco das 24 toneladas e tudo isso está publicado no meu site e até está aqui no bloque, é uma questão de veres.
Quanto à matéria que publico no site, pode escapar alguma coisa, mas na sua maioria é com autorização expressa e remetida para mim, e respeito, embora até pudesse copiar do bloge ou da net em geral, mas dizia, respeito a vontade dos camaradas quando me dizem para não publicar, já aconteceu com alguns, que me enviam material e por vezes publico, mas quando me dizem Carlos, esta ou aquela parte é só para teu conhecimento eu não publico ou retiro se entretanto já tivesse publicado.

Quanto aos restantes camaradas, pois tu publicas a seu pedido conforme invocas as mensagens dos mesmos nos post e nunca vi ou se vi é raro acontecer que publiques algo sem autorização " pelo menos tácita"

Quanto aos Médicos, apesar de as HU estarem desclassificadas, não é bem como dizes, pois tens de ir lá, solicitar para consulta e justificá-la e só podes solicitar algumas cópias e não todas da HU, pois nem sequer consegues tirar fotocópias da parte relativa a "PUNIÇÕES" bem como não podes publicar, logo é matéria reservada e classificada.

E já agora dou-te mais um exemplo concreto, não é que eu tenha problemas, mas não gosto de muitos aspectos divulgados no blogue, como por exemplo as datas de nascimento, e cada qual é como é, e uma vez vocês publicaram um post relativo ao meu aniversário com um excelente trabalho do nosso amigo/camarada Miguel Pessoa porque retirou do Facebook e lá tive de informar o Vinhal que todas as datas do meu nascimento que pudesse encontrar na net estão erradas e o Vinhal achou por bem e retirou o post.

Deste modo tens de pensar que pode haver camaradas que não gostem de ver os seus nomes sem mais nem menos publicados. Mete isso na tua cabeça...

Portanto, meu caro Amigo, respeito a tua opinião, mas como vês não é tanto assim como acima referes....

Recebe um abraço
Carlos Silva

Anónimo disse...

ALERTA

Convém alertar toda a "cambada" deste site que tudo o que se publica na net fica a ser conhecida por toda a gente.

Se fosse só pelos "camarigos" e gente bem intencionada não haveria qualquer problema...mas, há sempre um mas ... e os mal intencionados e oportunistas..

Quem julgar que não existe um "big brother" está muito enganado...cuidadinho..

C.Martins

Anónimo disse...

Caro camarada C. Silva

Gadamael porto..eeehhhh

Fica sabendo que eram "resmas" para não dizer "paletes" de "konacrianos"..cubanos..maometanos e outros "anos"..sei lá..que iam à consulta a um médico que não existia..

Qualquer um que se atrevesse a uma visita era recebido condignamente a tiro de g3..brownig..morteiro..canhão s/r..obus 14..e que mais houvesse.. é que nós não queríamos saber nada da "psico".

Os únicos que não levaram tiros ..muniram-se previamente de paninhos brancos ou a imitá-los e não tendo estes em alternativa vinham de bracinhos no ar que o respeito era muito bonito.

Falo do período 73 /74..obviamente.

Um alfa bravo

C.Martins

Carlos Silva disse...

Olá C Martins

Bem me parecia que para esses lados não havia humanismo, psico etc e claro em certa medida compreende-se e compreendo alguns fundamentos.

E do período anterior a 73/74 não tens conhecimento sobre o que acontecia ?
Eu presumo que não deveria existir qualquer tipo de relacionamento, tendo em consideração as relações do PAIGC e as nossas com a Guiné-Conacri.

Pois já assim não acontecia assim nas fronteiras com o Senegal, pelo menos, no meu sector e no subsector de Cuntima no norte durante a minha comissão 69/71.

Um abraço
Carlos Silva

Anónimo disse...

Caro C.Silva

Convém lembrar que durante muito tempo o L. Senghor não deu apoio ao paigc e no final fê-lo a contra gosto.
Também existiam e existem muitas tabancas no limite da fronteira com o Senegal,tudo isso permitiu os apoios ao próprio povo senegalês.

O oposto existia na fronteira da Guiné-conakry,não existiam tabancas junto à fronteira e mesmo as afastadas foram despovoadas e o próprio regime ditatorial do s. touré não o permitiria.

Um alfa bravo

C.Martins

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

'Compreendendo' as razões ou motivos que levam a lançar reticências sobre a "revelação" de que este ou aquele senhor foi médico durante o serviço militar que prestou na Guiné.

No entanto não me parece que venha daí grande mal ao mundo.
Dum modo geral tudo o que tenho lido por aqui, valha a verdade, daquilo que me lembro, é bastante elogioso quanto ao empenho, esforço, dedicação e eficiência dos nossos médicos, excepto os casos caricatos, como por exemplo o daquele que um tanto ou quanto 'apanhado' (ou fazendo-se por isso) se entretinha a introduzir formigas duma determinada espécie nos carreiros de outra espécie, 'guerreira' ou assim, e depois se dizia que estudava os diferentes 'comportamentos'.

Sou capaz de entender que possa haver quem não queira que se saiba que 'esteve na guerra', que 'esteve na Guiné', que 'era médico', embora isto seja meramente académico, já que nada agora vai 'alterar o passado', vai 'alterar a realidade'.

Durante a minha 'estadia' na Guiné, cruzei-me com médicos. Quando estive em Piche convivi com 3 deles. Um foi o 'agente' da pequena cirurgia que já relatei há algum (bastante) tempo atrás. Recordo que para ajudar a cicatrização me receitou um medicamento que estava a ser lançado, segundo me esclareceu, o "ananase", que se veio a revelar muito eficiente. Já durante a vida em Bissau também recorri uma vez ou outra ao médico do Agrupamento de Transmissões, cujo nome não recordo, e também aceitei ser 'cobaia' nuns medicamentos novos para tratamento duns problemas na garganta.
Só boas recordações.

Abraços
Hélder S.

Carlos Silva disse...

Olá Helder

Como eu compreendo bem o tom apaziguador nas tuas intervenções....

Claro que a mim, também não me parece que com a revelação dos nomes [completos] ou de datas de aniversários, localização das pessoas ou de outros dados pessoais, seja de quem for que venha daí grande mal ao mundo, mas desde que seja com o consentimento dos visados.

Não te esqueças que, com certeza que esses dados, que não consegues obtê-los normalmente em instituições oficiais, podem ser utilizados os fins mais diversos, designadamente judiciais e até para interesse do blogue sem que haja intenção para tal, como por exemplo provocar a intervenção do visado, positivamente ou negativamente e neste aspecto já aqui vi pelo menos 2 intervenções desses visados e um deles já falecido.
Aliás, a divulgação desses dados serve perfeitamente os interesses de quem pesquisa outras situações que aqui não revelo, mas que te direi pessoalmente qualquer dia.

Sabes perfeitamente que a net dá para o bem e para o mal.

Donde, meu caro Helder, com esse tom apaziguador de não querer dar importância ao assunto, até parece que não queres subentender ou ler nas entrelinhas o que está subjacente à minha mensagem.

Podes desvalorizar, mas que é relevante é e não são "reticências", pois eu nem tenho problemas, apenas alertei para o facto de ..... e lê bem o que escrevi

Recebe um grande abraço
Carlos Silva

Anónimo disse...

Caro camarada H.Valério

Sem querer ser corporativista apenas quero esclarecer que qualquer medicamento lançado no mercado tem de ser devidamente aprovado previamente e naquele tempo já era assim.

Quanto ao "ananase" tinha e tem supostamente efeito anti-inflamatório.

Por motivos éticos escuso-me a comentar o que é que eu penso sobre..o "coiso".

Um alfa bravo

C.Martins

Hélder Valério disse...

Olá camaradas

Duas 'explicações', que me parecem necessárias e pertinentes.

A primeira é de que não posso deixar de concordar com o Carlos Silva quando ele coloca as coisas como o faz. É sempre muito mais prudente (e formalmente correcto) que se tenha a anuência prévia de quem for por nós citado.
Mas nem sempre será possível e outras vezes essas 'informações' poderão já ter saído em algum outro local.
Por exemplo, falei do médicos de Piche, associados ao BCav 2922, mas não lhes citei o nome nesse comentário, no entanto estão identificados no livro do falecido Fernando Henriques, sendo os Alf.Med. Hermano J. Gouveia (era o médico residente em Piche e com o qual estive num encontro da CCS desse Batalhão há uns anos em Mafra); o Alf.Med. Fausto G.R.G. Gomes, que segundo indicações do nosso 'camarigo' Luís Borrega terá falecido este ano, e que parece que corria as Compªs.; e ainda o Alf.Med. Roando Francisco Vaz Alvares, que parece também já ter falecido e que também corria as Compªs. Foi um destes últimos que me fez a 'pequena intervenção cirúrgica' mas já não sei dizer quem.

Para o sempre atento C. Martins quero dizer que concordo com ele quando esclarece que os medicamentos lançados no mercado têm aprovação prévia. É claro que sim e eu também sei disso. É claro que quando escrevi a frase "também aceitei ser 'cobaia' nuns medicamentos novos" a utilização a palavra 'cobaia' pode ter induzido a ideia de que estava a dizer ser 'alvo de experiências'. Não, nada disso, apenas quis dizer que eram medicamentos novos, recentemente introduzidos no circuito (segundo me disseram, podia eu lá saber disso!) e que teve o cuidado de ir escolher dum grosso calhamaço com a relação de todos esses medicamentos.
Na realidade o que deveria ter dito, para não induzir em equívocos, era que me "foram receitados medicamentos novos, de introdução recente no circuito e ainda pouco conhecidos do comum dos pacientes" e que isso foi feito para ser uma 'coisa boa', uma atenção particular para com a minha pessoa.

Espero ter conseguido ser mais claro e assertivo.

Hélder S.