domingo, 5 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12545: O segredo de... (14): António Graça de Abreu (,ex-alf mil, CAOP1, Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74): Também fiz o curso de Minas e Armadilhas, em Tancos, ainda em 1971... E até sonhei um dia em ser... bombista!

1. Comentário, com data de ontem,  de António Graça de Abreu [, ex-alf mil, CAOP1, Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74, ] ao poste P12540 (*):

Também fiz o curso de Minas e Armadilhas, em Tancos, ainda em 1971. (**)

Encartado, licenciado,  nunca mais esqueço uma barras de trotil, amarelinhas, cilíndricas que roubei e escondi na cozinha da minha casa, em Benfica, com uns detonadores e cordão lento guardados no outro lado, na sala, à espera de fazer umas bombas para ajudar a rebentar com o regime. 

Santa e perigosa ingenuidade! Depois do 25 de Abril, o trotil, os detonadores, o cordão lento foram metidos em dois sacos diferentes, com umas pedras de lastro, e lançados por mim para o fundo das águas do Tejo, num barco, a meio do rio, na carreira Belém/Trafaria. 

Nunca contei isto em parte nenhuma. Vai agora. As coisas que um homem faz, ou não faz, na vida!... Abraço, António Graça de Abreu 

 2. Comentário de L.G.:

Vai fazer, em abril próximo, quatro anos que esta série (***) tem estado parada... Publicaram-se até então 13 postes, com pequenos/grandes segredos que camaradas nossos quiseram partilhar connosco... Um deles, o Luís Faria (1948-2013) infelizmente já não está entre nós... Ontem por acaso, tropecei neste pequeno/grande segredo que o nosso camarada António Graça de Abreu quis divulgar... "Nunca contei isto em parte nenhuma. Vai agora. As coisas que um homem faz, ou não faz, na vida!"... O propósito deste série é esse mesmo: ser uma espécie de confessionário (ou de livro aberto) onde se vem, em primeira mão, revelar "coisas" do nosso tempo de vida militar que, até então, por uma razão ou outra, guardámos só para nós... 

É esperado que os nossos leitores não façam nenhum comentário crítico, e nomeadamente condenatório, em relação às "revelações" aqui feitas, mesmo que  esses factos pudessem eventualmente, à luz da época,  constituir matéria do foro do direito penal, militar ou civil, infringir a disciplina ou  ética militar, etc. ...Saibamos ouvir sem julgar.

_____________

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 4 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12540: Recordações de um "Zorba" (Mário Gaspar, ex-Fur Mil At Art, MA, CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68) (5): Sou do famigerado XX Curso de Explosivos de Minas e Armadilhas, iniciado a 8 e terminado 17 de Setembro de 1966, na Escola Prática de Engenharia (EPE), em Tancos

(**) Vd. poste de 16 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10809: Excertos do Diário de António Graça de Abreu (CAOP1, Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74) (20): Notícias da minha antiga companhia, a CCAÇ 3460/BCAÇ 3863, e do meu substituto, o alf mil Potra

(...) Canchungo, 18 de Setembro de 1972

Entrei para a tropa em Outubro de 1970. Durante seis meses em Mafra, com a recruta e especialidade, fizeram de mim um pequeno aspirante a oficial miliciano atirador de Infantaria. Fui colocado no Batalhão de Caçadores 5, em Lisboa, onde dei instrução a soldados durante um curto espaço de tempo.

Segui para Tancos, para a Escola Prática de Engenharia e em dois meses tirei um curso de Minas e Armadilhas. Fui mobilizado para a Guiné e colocado no Regimento de Infantaria 1 na Amadora, para formar Batalhão, exactamente este Batalhão 3863 que veio para o chão manjaco. A minha companhia 3460 foi parar ao Cacheu, mas eu não parti para a Guiné juntamente com estes homens.

Uma operação a uma velha luxação crómio-clavicular no ombro direito, resultado de uma cena de pancadaria em que fui o personagem principal quando tinha dezassete anos, devidamente explorada, possibilitou-me a passagem aos serviços auxiliares. Fui reclassificado com a especialidade de Secretariado e desmobilizado. (...)

(***) Vd. postes anteriores desta série O Segredo de...

30 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3543: O segredo de ... (1): Mário Dias: Xitole, 1965, o encontro de dois amigos inimigos que não constou do relatório de operações

(..) Estando com o meu grupo de comandos no Xitole, sensivelmente em meados de 1965, fomos fazer uma patrulha de reconhecimento pois o inimigo há muito mostrava sinais de intensificar a sua actividade na região. Porém, as informações eram escassas. Desconhecia-se com precisão por onde andavam os guerrilheiros e as possíveis localizações dos acampamentos. Por tal facto, foi-nos dada a missão de efectuar um reconhecimento ofensivo, tentando localizar o destruir o inimigo. (...)
30 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3544: O segredo de... (2): Santos Oliveira: Encontros imediatos de III grau com o IN

(...) Tinha acabado de receber notícias trágicas acerca da morte dos meus dois amigos de infância.Isolava-me e chorava e este sentimento de perda prolongou-se por alguns dias.O poiso escolhido era o topo da paliçada, onde fingia estar a fazer a vigilância habitual, embora perfeitamente exposto. Apetecia-me morrer. Foi terrível. P3143: Blogoterapia (62): A minha vida morreu; morreram os meus amigos (Santos Oliveira) (...) 

6 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3578: O segredo de... (3): Luís Faria: A minha faca de mato

(...) Tinha-a comprado no Porto. Era equilibrada adaptava-se muito bem à minha mão, éramos inseparáveis e até dez passos o lançamento não falhava o alvo. Levantou 1032 minas, mas nunca chegou a ser usada em/contra alguém. Um dia, numa operação na zona de P. Matar, embrulhei (amos) forte e feio. (,,,)


11 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3598: O segredo de... (4): José Colaço: Carcereiro por uma noite

(...) Numa das saídas das explorações que nos eram confiadas, foi apanhado um guerrilheiro e feito prisioneiro. Quando o pessoal chegou, já era noite. Não eram horas de entregar o prisioneiro à PIDE. Então o capitão lembra-se da brilhante ideia, como o Colaço está de serviço permanente ao posto rádio, fica a guardar o prisioneiro. Ordens são ordens e não há que contestar. (...)


4 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4461: O segredo de... (5): Luís Cabral, os comandos africanos, o blogue Tantas Vidas... (Virgínio Briote)

(---) Das nossas lides bloguísticas eu sabia, talvez há mais de dois anos, que o meu amigo e camarada Virgínio Briote acalentava a secreta esperança de um dia poder entrevistar (ou ter uma conversa franca com) o Luís Cabral... Fez várias tentativas. Em vão. Até que a morte do histórico dirigente do PAIGC, ocorrida há dias em Lisboa, veio fechar-lhe a última porta (...) 

11 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4936: O segredo de... (6): Amílcar Ventura: a bomba de gasóleo do PAIGC em Bajocunda...

(...) Amigos e Camaradas Editores, há muito que quero contar um facto real que se passou comigo e o grupo do PAIGC da minha zona de guerra que era Bajocunda, mas como é um facto que pode ser sensível a alguns Camaradas de blogue. (...)

(...) Apesar de me terem advertido para a eventual polémica a propósito da revelação da entrega de gasóleo ao PAIGC , surpreendeu-me a quantidade e agressividade dos comentários produzidos. Vou tentar clarificar as coisas. (...)


(...) Eu era um simples Aspirante a Oficial. Não tinha culpa de levar a sério a minha posição. Já tinha estado no RII 19 no Funchal nos meus primeiros meses de activo depois do curso de Oficiais Milicianos em Mafra. Destacado para Évora para preparação da Companhia que me iria levar para o Ultramar, eu levava as minhas responsabilidades muito a sério. Se era para ser Oficial de Dia ao Batalhão, era mesmo Oficial de Dia.(...) 


(...) O meu irmão, José dos Santos Moreira, [Fur Mil,] fez parte da CCAV 2483, Cavaleiros de Nova Sintra, BCAV 2867 [, Comando e CCS em Tite]. Em 1969 feriu a tiro de G3 o Cap Médico do batalhão.Regressou a Portugal em 28 de Dezembro de 1969. Teve baixa de serviço por incapacidade física em Março de 1970. Foi julgado no Tribunal Militar Territorial do Porto, em Novembro de 1973. Libertado depois do 25/4/74. (...)


(...) Desde há algum tempo tenho vindo a pensar que nem sempre éramos correctos no nosso relacionamento com os civis e que essa faceta raramente ou nunca tem sido aqui objecto de qualquer relato. Parecendo-me que esta perspectiva da nossa (con)vivência com a população também faz falta à verdadeira história da guerra do ultramar ou colonial, eis-me aqui a falar de mim, falando dos meus pecados (...)



(...) Vou contar a história real dum ataque a Bissau feito em 1971. Um dia, eu e o meu amigo Julião Pais dos Santos (o Django), pensámos em atacar Bissau... Dito e feito. Mas faltava a estratégia. Depois de alguns dias a pensar na estratégia, finalmente chegou a luz ao fundo do túnel. (...)

27 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6257: O segredo de... (12): O meu sobrinho Malan Djaló, aliás, Malan Nanque, o rapazito de 8 ou 9 anos anos, apanhado pelo Grupo Fantasmas, do Alf Mil Comando Saraiva, em 11 de Novembro de 1964, em Gundagué Beafada, Xime... (Amadú Djaló)

(...) Uma das primeiras operações (a segunda, depois de uma ida ao Óio) que o Amadú fez, integrado no Grupo Fantasmas, do Alf Saraiva, foi no meu conhecido Buruntoni, no Xime, em 11 de Novembro de 1964. Na véspera, o grupo deslocara-se de barco, de Bissau até ao Xime. A 11, andaram toda a noite, a corta-mato, com um guia local. Como era quase inevitável, nas matas do Xime, o guia perdeu-se. O objectivo era um acampamento da guerrilha. Chegaram ao Buruntoni por volta das 7h00, quando o sol já ia alto… Deparam-se, entretanto, com um “rapazito de 8 ou 9 anos” (...)

10 comentários:

Luís Graça disse...

Mensagem acabada de enviar pelo correio interno da Tabanca Grande:

Camaradas:

Da nossa vida militar (tropa no continente + comissão de serviço no CTIG) há por certo "pequenos/grandes segredos" bem guardados, e que ainda não partilhámos com ninguém, ou pelo menos, "em público"... Temos uma série justamente para esse efeito: "O segredo de..."

Publicaram-se até agora 14 postes, o último sendo este do nosso camarada António Graça de Abreu, com data de hoje. O propósito deste série é de ser uma espécie de confessionário (ou de livro aberto) onde se vem, em primeira mão, revelar "coisas" do nosso tempo de vida militar que, até então, por uma razão ou outra, guardámos só para nós...

É esperado que os nossos leitores não façam nenhum comentário crítico, e nomeadamente condenatório, em relação às "revelações" aqui feitas, mesmo que esses factos pudessem eventualmente, à luz da época, constituir matéria do foro do direito penal, militar ou civil, infringir a disciplina ou ética militar, etc. ... O princípio é: saber ouvir (e compreender) sem julgar.

Esperemos que esta série, que esteve parada quase 4 anos, possa agora prosseguir com novos contributos... Luís Graça


PS - Aproveito para, em meu nome e em nome de toda Tabanca Grande, agradecer a todos os amigos e camaradas que tiveram a gentileza de me/nos mandar votos de boas festas, por mail ou telemóvel ou ainda por comentários no Facebook... Infelizmente, não poderei agradecer pessoalmente, a cada um desses meus/nossos amigos e camaradas. Fica aqui o meu/nosso agradecimento. E os votos de, pelo menos, boa saúde para todos/as no ano de 2014, extensivo às respetivas famílias. Havendo saúde, há esperança...

Anónimo disse...

Tantos os arrependidos que as "boas mäos" já nem sequer aplaudem.
(Aproveito este poste para agradecer a Luís Graca esta circular quanto ás Boas Festas.Com frontalidade militar quase diria:Desculpa o incómodo).

Anónimo disse...

Joseph Belo
15/12/13


Desde o extremo do extremo Norte da Europa....Para os Amigos e Camaradas Feliz Natal e Bom Novo Ano. Abraco do José Belo.

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

A ideia lançada pelo Luís até podia ser interessante.
Podia, mas....

Acontece que muitos ainda não aceitaram que o tempo de guerra já passou e praticam uma atitude de maior intolerância e menor didactismo para com os que, de forma ingénua ou voluntarista, acabam por 'revelar' episódios que são (foram) fortemente condenados pelos "severos" e fogosos punidores.

Lembro-me de o Amílcar Ventura ter aqui revelado ter 'facilitado' combustível ao IN.
Porque o fez? A 'revelação' e o acto em si?
Quanto à 'revelação' penso que o Amílcar não mediu o tempo e o lugar, a 'população-alvo' para a qual se 'revelou'.
Quanto ao acto em si, para além de razões pessoais e/ou políticas, penso também que o Amílcar não tomou em consideração todas as partes em questão.

Isso desencadeou uma tempestade de ataques ao Amílcar que em vez de terem como timbre uma explanação serena de pontos de vista sobre os perigos que a sua 'generosidade' podia ter originado (ou originou) para outros camaradas, foi muito mais no sentido punitivo, violento.

Por esse exemplo não me parece que possam surgir muitas mais 'revelações' a não ser as 'boas revelações', ou seja, aquelas que irão mais ao encontro, ao gosto dos 'punidores', na linha do que o José Belo refere, dos 'arrependidos' dos pecados de juventude, por oposição às 'más revelações', as dos 'outros'.

Abraços
Hélder S.

Anónimo disse...

Caro camarada H.Valério

Eu fui um dos principais "punidores".

A história foi muito mal contada por esse Senhor...não digo camarada porque os "traidores" não merecem esse tratamento.

Traiu camaradas e mesmo que a sua intenção fosse, no ponto de vista dele, meramente política e ingénua..jamais se podem trair camaradas.

Não pretendi nem pretendo ser justiceiro..perdoo tudo menos a traição.

É a minha opinião..vale o que vale.

Cada um é livre de publicar o que entender.

Pessoalmente tenho alguns segredos que vivi durante a guerra..nunca os direi publicamente..não porque tenha receio de ser criticado ou punido moralmente..simplesmente porque envolve terceiros e por princípios éticos.

C.Martins

JD disse...

Caro C. Martins,
Referes-te severamente sobre traição, e nesses termos, quase te substituis a um tribunal militar.
Mas que dizer do 25 de Abril? Como poderemos enquadrar esse acontecimento no âmbito do serviço à Pátria, e mais prosaicamente no âmbito da disciplina militar? E no âmbito da traição em relação a todos os portugueses civis que no ultramar viviam? E no âmbito da acção do MFA em Angola (principalmente) que, objectivamente, não só atraiçoou os portugueses, como o chamado "acordo do Alvor" favorecendo o movimento mais moribundo antes do golpe, levando-o ao poder? E no âmbito de todos os cidadãos africanos que eram genuinamente portugueses, e disso ainda hoje se orgulham? E nos outros âmbitos, de que não é menos relevante o abandono dos militares autóctones que serviram Portugal? Pois! Talvez fosse interessante uma abordagem no blogue à traição (camuflada de movimento ideológico) perpretada por uma parte significativa dos oficiais do QP. Até porque, neste e noutros sítios, já foram referidos casos representativos. E sobre as motivações do 25 de Abril, parece, também há oficiais com vontade de tomar posição, para além do nosso direito à interpretação histórica.
JD

Anónimo disse...

Caro camarada JD

Tens toda a razão..só que nos argumentos que apresentas misturas politica,oportunismo,cobardia..etc de muitos..principalmente daqueles que tinham altas responsabilidades que não quiseram não souberam ou não puderam fazer.

Eu refiro-me a um acto concreto contado pelo próprio..por sinal muito mal contado..e se bem lembro nem sequer pediu desculpa..melhor seria ter desertado..isso sim, apesar de tudo, seria um acto de coragem.

Não sei se aconteceu mas imagina que ao roubar o combustível e entregá-lo ao IN contribuiu para a morte ou invalidez de algum ou alguns camaradas..e no entanto convivia no meio deles, o que considero ignóbil.

Já agora do lado do IN sabes o que é que faziam a alguém que praticasse um acto idêntico...pois.

Um alfa bravo

C.Martins


Hélder Valério disse...

Caro camarada C.Martins

O teu comentário não é por mim entendido como uma oposição ao que escrevi. Será como que um sublinhado que, afinal, pode ajudar a 'dar força' à minha ideia.

Quando foi feita a 'revelação' também pensei que havia ali muita incorrecção de comportamento e logo que 'começaram a bater' no Amílcar escrevi-lhe directamente (nessa época tinha o endereço de mail na listagem da Tabanca) expondo de modo mais sereno, menos empolgado, os meus pontos de vista, as minhas opiniões, sobre o que ele tinha feito, conforme a 'revelação'.
Já não me lembro bem mas andou à volta das razões que indicas, que podia ter contribuído para causar danos a camaradas que conviviam a seu lado e para quem devia haver um dever de lealdade (pelo menos para com eles), que seria menos grave uma 'deserção' por, nesse caso, não haver dissimulação, etc..
Mas tudo o que lhe escrevi foi dentro dum espírito que pretendi fosse esclarecedor e não agressivo, tanto mais que seria 'chover no molhado' já que os 'acontecimentos' já estavam e estão 'no fundo dos tempos'.

Exteriormente a esse meu mail 'prosseguiram os combates' ao nível dos comentários, na linha de que cada um escreve o que entender mas fiquei com a impressão que o principal resultado foi o de 'afirmações de princípio' para satisfação dos seus declarantes sem que tivesse havido algum avanço no entendimento esclarecedor que deveria ser o objectivo principal.

Por isso repito, o meu entendimento é que a partir daí, 'revelações' só das 'boas'.

Abraços
Hélder S.

JD disse...

Caro C. Martins,
O meu comentário dirige-se apenas aos militares do QP que tiveram a iniciativa golpista, em oposição ao teu que se esgota na direcção de um miliciano.
Foi essa a razão do meu comentário, que não malhemos num só individuo (miliciano), enquanto outros que já ostentam estrelinhas, passam incólumes, e revelaram-se muito mais responsáveis pelo destino que foi dado aos territórios e populações que integravam Portugal, metrópole incluída.
Por fim, concordo com a última frase do Helder neste seu comentário. De facto, se desatarmos a castigar quem fala de si com franqueza, ou ingenuidade, corremos o risco de "matar" o Blogue, pelo que sugiro que essas energias se apliquem apenas a quem tiver telhados de vidro e se desmultiplique em críticas depreciativas ou condenatórias sobre terceiros, ou dito de outra maneira, não sejamos juízes sobre causas desconhecidas. E no caso em apreço, uma mera "confissão", só por si, não nos dá elementos suficientes para produzir sentença. Havia outros perfis a considerar, outras relações com interesse relevante, num caso com consequências aparentemente irrelevantes.
Com um abraço
JD

Carlos Vinhal disse...

Como são as coisas.
Também fiz o curso de minas e armadilhas e temi que me considerassem... bombista
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira