quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12588: Os nossos camaradas guineenses (37): Os milícias e outras tropas auxiliares: as estatísticas dos tombados (José Martins / António J. Pereira da Costa / Jorge Picado)


(a) Milícias, polícia administrativa, caçadores nativos, civis contratados, etc.

Fonte: José Martins (2014)


1. Texto elaborado a partir de um comentário de L.G. ao poste P12576 (*)

Parece-me haver uma injustiça gritante, quando as nossas Forças Armadas não registaram (ou não registam) na lista oficial dos mortos os nomes de todos ou de muitos dos valorosos "milícias", ou tropa auxiliar, que esteve do nosso lado, durante a guerra colonial na Guiné... 

Por exemplo, o srgt de mílicas Samba Coiaté não consta na lista dos mortos da guerra do Ultramar, disponível no sítio da Liga dos Combatentes... Pesquisei pelo seu nome e data de morte em combate (18/3/1973)... E nada, o seu nome não consta...

E no entanto a sua morte é uma morte heróica, a avaliar pelo relato do Manuel Reis (*)...

Fiz um outro teste, com o nome do Seco Camará, valoroso milícia e guia das NT (que muitos de nós, do Setor L1, conhecemos)...  Não sei exatamente qual era o seu estatuto: creio que era um "civil contratado" (sic), às ordens do comando do BART 2917, com sede em Bambadinca, embora ele tivesse morança  no Xime (**)...

[Foto à esquerda: Seco Camará, em Mansambo.Foto: © Torcato Mendonça (2007) ]


O Seco Camará morreu, juntamente com uma secção inteira (5 camaradas do Xime, da CART 2715), numa operação em que participei, no subsetor do Xime (Op Abencerragem Candente)...  Foram os 6 primeiros homens abatidos de uma enorme coluna apeada, composta por 2 destacamentos, cada um com 3 grupos de combate, ou seja, no total cerca de 180 homens... Ajudei a recolher os seus restos mortais... tão reduzidos que cabiam num poncho...

Fez connosco (CCAÇ 12) diversas operações, fez operações com o Torcato Mendonça e outros camaradas que estão aqui na Tabanca Grande, e que passaram pelo Setor L1 em diferentes épocas... Mas aquela operação foi-lhe fatal... a ele que tinha guiado milhares e milhares de homens pelas matas do Xime e do Corubal, desde os  primeiros anos de guerra... Morreu, à roquetada, no dia 26/11/1970...

O seu nome também não consta na lista dos "nossos" mortos (, pelo menos na lista da Liga dos Combatentes)...

Um primeiro pensamento que me ocorre, é de indignação, esperando que  no entanto que isto não tenha passado de um lapso ou de falha da máquina burocrática do exército...

Os milícias não eram militares, mas foram combatentes... E que combatentes, muitos deles!... O Seco Camará não era nem podia ser um simples civil: era considerado o melhor (ou mais leal) dos nossos guias, e um exímio e corajoso picador. Mas os outros mílícias do Xime, ao que parece, não gostavam dele. Daí talvez a sua transferência para Bambandinca, ao tempo do BART 2917, se não me engano.

Tudo para dizer que a memória destes homens, o Samba Coaité, o Seco Camará e outros "tropas auxiliares" guineenses que tombaram, ao nosso lado,  deve ser honrada por todos nós... Pelo menos aqui... LG


2. E a este propósito, perguntei ao José Martins, nosso colaborador permanente [, e que tem especial sensibilidade em relação a este assunto, já que pertenceu a um companhia afriicana , a CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70], para me confirmar se os milícias estão ou não estão fora das listas dos mortos da guerra na Guiné.

Dei-lhe estes dois exemplos, o do Samba Coiaté e do Seco Camará, em que sabemos os nomes e as datas da morte... Mas haverá mais casos que, em princípio, terão ficado fora das nossas contas. A ser assim, teríamos que  rever os números das nossas baixas (mortais)  no TO da Guiné que, tenho, ideia andarão à volta das 3 mil... 

A resposta do José Martins, com data de 13 do corrente, foi a seguinte:

Boa tarde, Luis: Junto quadro elaborado a partir dos totais inscritos nos dois livros sobre os Tombados na Guiné. [ Vd. quadro supra.]

Dos nomes indicados o primeiro  [Samba Coiaté]   não  consta, com os elementos fornecidos, mas o segundo  [Seco Camará] faz parte da relação.

É preciso ter em boa nota os nomes por que eram conhecidos e se identificavam. Há milicias a quem se atribui dois nomes.

Abraço, José Martins.

Analisando o quadro acima verficamos que os nossos piores anos, em termos de baixas mortais, no caso das tropas regulares, foram os de 1967, 1968, 1969 e 1973... No caso das tropas auxiliares (e nomeadamente milícias), foram os anos de 1967, 1968, 1971 e 1973. No conjunto, o pior ano é do de 1973, com 11,9% do total das baixas mortais, ou seja, em termos absolutos 339 tombados.

3. Eis a seguir a opinião do nosso camarada António José Pereira da Costa, cor inf ref, a quem também pedi opinião, na mesma data.

[Foto à direita ... Recorde-se que ele foi alf art  na CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69; e Capitão Art Cmdt das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74]

Nunca estudei esse assunto.

Creio que não estarão incluídos por terem o estatuto de civis que colaboravam com as NT.

Não ganhavam como soldados e no período de formação (em Mansabá houve instrução de milícias) não tinham a mesma verba para alimentação dos soldados que assentavam praça para fazerem o SMO.

Em 1968 ainda armavam de Mauser e vestiam as sobras do fardamento e equipamento das NT. Daí para a frente as coisas mudaram e surgiram até os GEMil (havia dois no Enxalé, em 1972).

Claro que, nestas condições,  a sua prestação era variável havendo Pelotões de  Milícias com óptimas prestações e outros nem tanto. 

O mesmo sucedia individualmente. Até conheci um que, em 1968 era muito decidido e em 1972 procurava viver na paz do seu lar deixando a guerra que parecia não ter fim.
Um Ab.

António J. Pereira da Costa

4. Comentário, de 14 do corrente, do Jorge Picado, ao mesmo poste (*)



[Foto à esquerda: ex-cap mil na CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, na CART 2732, Mansabá e no CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72 ... aos 32 anos, pai de 4 filhos, engenheiro agrónomo, ilhavense].



Camaradas: Comungo do sentimo geral expresso sobre "a sorte" dos guineenses que nos foram fieis e que muito nos ajudaram.

Já agora, como dizem que os milícias e outros, como os carregadores, não constam das baixas em combate, posso acrescentar que na HU do BCaç 2885, constam os seguintes Mortos em Combate:

Pel Mil n.º 250 (Ex-Pel Mil n.º155)

- Soldado Mil.ª n.º 17267 Bailó Djaló, em 18MAI69

Pel Mil  n.º 251 (Ex-Pel Mil n.º 156)

- Soldado Mil.ª n.º 21067 Alberto Silva, em 18JUL69

Pel Mil n.º 252 (Ex-Gr Caç Balantas) (Ex-Pel Mil  n.º 186)

- Caçador Nativo José Bacar, em 04JUL69
- Caçador Nativo Clode Biete, em 18JUL69
- Caçador Natigvo Toban Car, em 23SET69
- Cacçador Nativo Quedim Botche, em 23SET69
- Soldado Mil  n.º 49069 Tuquena Iagna, em 06DEZ70

Pel Mil.ª n.º 253 (Ex-Pel Mil.ª n.º159)

- Soldado Mil.ª n.º 02868 Sambel Sabali, em 05OUT70

Colaborador das NT

- Carregador José Sambú, em 17AGO69.

Abraços
JPicado

________________

Notas do editor:

(*) 12 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12576: Os nossos camaradas guineenses (36): Abdulai, meu irmão!... Recordando quatro valorosos milícias de Guileje: Sátala Colubali, Camisa Conté, Abdulai Silá e Sargento Samba Coiaté (Manuel Reis, ex-Alf Mil Cav, CCAV 8350, Guileje, Gadamael, Cumeré, Quinhamel, Cumbijã, Colibuia, 25/10/72 - 27/8/1974]

(**) Vd. postes de:

20 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11429: Memórias de um capitão miliciano (António Vaz, cmdt da CART 1746, Bissorã e Xime, 1967/69) (1): os meus picadores e guias, Seco Camará e Mancaman Biai

26 de novembro de  2010 > Guiné 63/74 - P7339: In Memoriam (62): Por quem os sinos dobram hoje, 40 anos depois: Fernando Soares, Joaquim de Araújo Cunha, Manuel da Silva Monteiro, P. Almeida, Rufino Correia de Oliveira e Seco Camará, os bravos do Xime, mortos na Ponta do Inglês (Op Abencerragem Candente) (Luís Graça)

11 de março de 2010 > Guiné 63/74 - P5974: Ao correr da bolha (Torcato Mendonça) (3): O velho picador, Seco Camará

12 de fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5803: A minha guerra a petróleo (ex-Cap Art Pereira da Costa) (2): Os guias e picadores, mandingas, do Xime, Malan e Mancaman: duas maneiras diferentes de ser e de estar na guerra...

2 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5578: Memórias de um alferes capelão (Arsénio Puim, BART 2917, Dez 69/Mai 71) (7): Mancaman, mandinga, filho do chefe da tabanca do Xime, um homem de paz


15 comentários:

Anónimo disse...

Olá Luís
Já dei mais alguns informes sobre esta temática, desta vez pertencentes à História da Unidade do BArt 3873 e da CArt 3494 (enquanto esteve no Xime/Enxalé) e mesmo depois de ter saído para Mansambo já que o BArt se manteve no mesmo sector.
Dei algum realce à acção dos GEMil 309 e 310 que operavam a partir do Enxalé.
Um Ab.
António J. P. Costa

Cherno Balde disse...


Caro Luis Graca,

Em tempos, ja tinha aqui manisfestado qual tinha sido a minha decepcao quando em 1994 o jornal "o Publico" publicou pela primeira vez (?) a lista dos tombados nas tres frentes da guerra colonial. A lista era imensa mas tive a paciencia de vasculhar tudo. Na altura, tive o primeiro choque relativamente a nossa gente, lembrei-me do empenho e a bravura de muitos filhos de Sancola que, ingenuamente, lutavam para defender o seu chao e a bandeira de Portugal, mas que, aparentemente, nao tinham nenhuma importancia e nem sequer eram lembrados pelos seus companheiros de armas.

Acho que foi nessa altura que comecei, verdadeiramente, a refletir sobre a sorte da nossa gente que, nao eram mercenarios a solta, mas que impelidos pelas circunstancias da guerra que rebentou em 1663 e muitos vezes mobilizados a forca pelas autoridades tradicionais, juntaram-se aos soldados portugueses e sacrificaram as suas vidas para nao deixar que o seu chao fosse ocupado por nacionalistas com os quais nao se identificavam.

Atrevo-me a afirmar que se Sancola tivesse caido nas maos do PAIGC em 1964/66, nem Contuboel, nem Bafata seriam os oasis de paz que muitos conheceram durante a guerra nos anos subsequentes.

Mas, com o passar do tempo e ouvindo certos comentarios, acabei por perder as minhas ilusoes sobre Portugal e os seus governos, relativamente a qualquer reparacao moral face aos nossos milicias de todas as desgracas.

Mudando de assunto, gostaria de poder alertar aos portugueses que a suspensao da ligacao da TAP, visto do ponto de vista das normas internacionais e da seguranca aerea justifica-se plenam ente, mas nao deixa de ser um erro estrategico para Portugal que assim acaba de cortar o unico e derradeiro elo que o ligava a Guine, o que nao e proficuo e nao interessa nem a Guine nem a Portugal.

Abracos,

Cherno Balde

Antº Rosinha disse...


Cherno Baldé, tens razão em tudo o que dizes.

Sobre a TAP eu já tinha escrito um post e disse isto em 31 de Dezembro:

"Salazar, que sabe tudo, ou não tivesse a PIDE, não deve estar satisfeito com a suspensão dos voos Lisboa/Bissau. Sabe-se que, já desde a independência, se a TAP hesitasse havia muitos guineenses e muitos vizinhos destes, que queriam a Air France a substituir a TAP".

Cherno, não só os milicias (do Minho a Timor) foram deixados para traz.

Até jogadores de futebol foram marcados naqueles anos 74/75 e seguintes.

Um célebre Jacinto João ainda chegou a retirar-se para o Brasil, nesse período.

Eu também fui para o Brasil, mas os milícias e comandos ainda não conheciam o caminho de Lampedusa, e ficaram sem defesas.

Quando nestas homenagens recentes a Eusébio se ouviu que houve ingratidões com o homenageado, foi esse período em que se abandonaram os milícias.

Amigo Cherno, pode ser ainda pior o que vem por aí.

Penso que se o "lençol petrolífero" se estender da foz do rio Cacheu até à foz do Casamance, lá foi um PALOP.

Embora em Casamance também se fale o Crioulo, não deixarão de ser dois PALOF, o que para a Guiné-Bissau será muito violento.

Cherno, penso sempre que Amílcar não devia ter o procedimento que teve, ele era bem mais civilizado que Ché Guevara e Estaline, mas com outros seria tudo muito pior.

Boa sorte

Anónimo disse...

Caro amigo Rosinha,

Cada dia que passa compreendo melhor o teu ponto de vista e claro que nada poderia existir e ser importante do ponto de vista geografico sem que fosse partilhado com os vizinhos seja na terra ou no mar e, sabe-se hoje que e muito provavel que existem recursos naturais de grande valor comercial, desde petroleo aos metais o que, como dizes, podera criar serios problemas internos e externos quando se iniciar a sua exploracao. no passado ja houve e no futuro podera ser pior, nisto tens toda a razao do mundo.

Exactamente como acontece no conto tradicional fula entre o Cavalo e o seu vizinho Hipopotamo.

Abracos,

Cherno

Anónimo disse...

Olá Luís
Parece-me que estamos a sair do tema. Já estamos a falar da questão da TAP que não nada a ver com o tema.
Pedia-te que pusesses no ar os meus e outros comentário que surgiram a propósito da questão dos milícias que colaboravam com as NT.
A guerra subversiva é uma luta entre duas facções da população de um território e as opções ideológicas são feitas por cada. O Cherno afirma que a guerra (...) rebentou em 1663. Se não foi gralha estamos a falar de antecedentes profundos que levaram à situação que vivemos. A opção de cada um centra-se na sua maneira de pensar e isso é difícil de controlar. Será sempre de louvar a opção franca e clara por uma das causas, mas "ai dos vencidos!" na Guiné ou noutro local onde tenha surgido uma guerra de mentalidade.
Um Abraço
António J. P. Costa

Joaquim Luís Fernandes disse...

Caro amigo Cherno

Em relação ao 1º comentário, como eu te compreendo e corroboro a tua opinião!
- Mas vamos ter esperança - O tempo ainda não acabou. Enquanto tivermos vida, ainda podemos fazer algo que influencie o rumo da História. E nós, "Tabanca Grande", se organizados e quisermos, poderemos ter alguma força que promova a reparação de alguns erros.

Quanto ao tema introduzido pelo António Rosinha, já é outro assunto, de outra categoria, que evito especular. Pessoalmente, a amizade que sinto para com o Povo Irmão da Guiné-Bissau, não depende de ser "PALOP" ou "PALOF"; Que seja o que for melhor. Em minha opinião, a melhor forma de preservar a sua Independência e desenvolver a Unidade Nacional entre os seus povos, será continuar "PALOP", obviamente. (Veja-se o caso de Timor-Leste)

O que me parece prioritário, é que seja seguida a via da Paz e da Democracia, para a consolidação do Estado da Guiné-Bissau, de modo a poder prosseguir com o esforço necessário, pelo trabalho e pela cooperação, o caminho do desenvolvimento e, deste modo, alcançar a prosperidade e bem estar do seu povo.

Que Deus abençoe e ilumine os Homens e Mulheres da Guiné -Bissau na escolha dos seus caminhos.

Um forte abraço
JLFernandes

Anónimo disse...

Em resposta a dúvdia do editor L.G.:

"Tó Zé.... Já agora o GEMIL era equivalente a uma companhia, bigrupo ou grupo de combate ? Tenho esta dúvida... e preciso de fazer umas contas... Abração. Luis"


António J. Periera da Costa
13/1/2014, 22h54


Olá Camaradas!

Os dois GEMil que operavam(?) a partir do Enxalé tinham ligeiramente mais de 30 homens.
Lembro-me dos nomes dos comandantes: Quémó e Biaia.
Durante os cinco meses que estive no Xime (o Enxalé dependia do Xime) nunca tiveram qualquer contacto com o In e nunca me apresentaram qualquer resultado. Aparentemente saíam e eram controlados pelo alferes que comandava o destacamento.
O Sousa de Castro poderá dar os elementos de identificação dos comandantes e o efectivo exacto.
Poderá também dizer durante a permanência da CArt 3494 no Xime/Enxalé quantos contactos houve entre estes GEMil e o IN.
Um Ab.

Joaquim Luís Fernandes disse...

Caros camaradas e amigos

- Ainda bem que este poste permitiu seguir outros horizontes, que não o da leitura fria das estatísticas. (Os assuntos nunca esgotam. Isto está tudo ligado)

- É que por detrás dos números, estão pessoas, estão vidas, está muito sofrimento, que custa aceitar, como ato em vão; É necessário valorizar esse sacrifício enorme, que foi exigido a uma geração. E penso que ainda não se tiraram todas as ilações. Com o fim da guerra, fez-se silêncio, abafando o que se tinha passado. Só na última década, se começou a ouvir falar. Mas falta ainda, fazer alguma justiça. Não para incriminar os responsáveis, (que os houve) mas para reconhecer as VÍTIMAS e aonde for possível, fazer alguma reparação dos muitos danos.

Já agora, chamo à atenção para um erro que verifiquei na soma do total dos mortos, que figuram no quadro estatístico; São menos 10.

Abraços
JLFernandes

manuel carvalho disse...

Relativamente ao tratamento dado aos nossos camaradas Guineenses no meu Bat. o 2845 na H. U., constam quer mortos quer feridos, como qualquer militar metropolitano, posto nome e unidade, sold. Nat., sold. Mil ou civil se o era.Aqueles que por lá andaram, home4ns do mato sempre tiveram muito respeito pelos nossos camaradas combatentes africanos. O problema foi com que tomou conta disto.

Manuel Carvalho

Joaquim Luís Fernandes disse...

Carissimos editores

O erro do quadro estatistico é:

2179 + 677 = 2856 e não 2956

a diferença é 100 e não 10

Abraços
JLFernandes

Luís Graça disse...

Vou pedir ao Zé Martins que me confirme, cotejando com as suas fontes sobre os trombados, nomes e datas apresentados pelo Jorge Picado ...

A verdade é que, tendo selecionado, duas das subunidades citadas pelor Jorge Piacdo, só consegui confirmnar, no sítio da Liga dos Combatentes, duas baixas mortais:

Cito o Jorge Picado:

(...) Pel Mil n.º 251 (Ex-Pel Mil n.º 156)

- Soldado Mil.ª n.º 21067 Alberto Silva, em 18JUL69


Pel Mil n.º 252 (Ex-Gr Caç Balantas) (Ex-Pel Mil n.º 186)

- Caçador Nativo José Bacar, em 04JUL69
- Caçador Nativo Clode Biete, em 18JUL69
- Caçador Natigvo Toban Car, em 23SET69
- Cacçador Nativo Quedim Botche, em 23SET69
- Soldado Mil n.º 49069 Tuquena Iagna, em 06DEZ70. (...=


Consegui confirmar o nome e data da morte (em combate) destes dois "soldados do Exército", a seguir indicados:

Alberto Silva, em 18/7/1969;
e Tuquena Iagna, em em 6/12/1970...

Uma coisa são, eventualmente, os dados constantes das histórias dos batalhões, outra os apuramentos finais...

José Marcelino Martins disse...

No quadro que foi apresentado há, efectivamente um erro. É de 0,001%. (Houve um milhão de tombados)
UM MORTO NÃO SERÃO MORTOS A MAIS?


NC - Samba Coiaté, sargento

521 - Seco Camará, guia, ao serviço do BART 2917, 26/11/1970, ferido em combate.

Pel Mil n.º 250 (Ex-Pel Mil n.º155)
483 - Soldado Mil.ª n.º 17267 Bailó Djaló, em 18MAI69, ferido em combate

Pel Mil n.º 251 (Ex-Pel Mil n.º 156)
487 - Soldado Mil.ª n.º 21067 Alberto Silva, em 18JUL69

Pel Mil n.º 252 (Ex-Gr Caç Balantas) (Ex-Pel Mil n.º 186)
476 - Caçador Nativo José Bacar, em 04JUL69
487 - Caçador Nativo Clode Biete, em 18JUL69
493 - Caçador Nativo Toban Car, em 23SET69
NC - Caçador Nativo Quedim Botche, em 23SET69
522 - Soldado Mil n.º 49069 Tuquena Iagna, em 06DEZ70

Pel Mil.ª n.º 253 (Ex-Pel Mil.ª n.º159)
517 - Soldado Mil.ª n.º 02868 Sambel Sabali, em 05OUT70

Colaborador das NT
491 - Carregador José Sambú, em 17AGO69.


NC = Não consta
Número que antecede o nome. Número da página em que se encontra referido (livro 2).

Não quero tecer considerações acerca da metodologia seguida pelos elementos da CECA, nem dos comandantes das unidades, no terreno, acerca dos relatórios que elaboravam e, depois, eram dactilografados pelos escriturários.


Anónimo disse...

Olá Luís
Ainda falta um mail que escrevi depois de ter consultado a História do BArt.ª 3873.
Este será especialmente esclarecedor relativamente soa GEMil do Enxalé.
Um Ab.
António J. P. Costa

Anónimo disse...

Olá Luís
Ainda falta um mail que escrevi depois de ter consultado a História do BArt.ª 3873.
Este será especialmente esclarecedor relativamente soa GEMil do Enxalé.
Um Ab.
António J. P. Costa

Carlos Vinhal disse...

Atrevi-me a corrigir o somatório errado do quadro apresentado.
Carlos Vinhal
Co-editor