terça-feira, 7 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14440: Memória dos lugares (288): Betelhe, Ilha Caravela, região Bolama-Bijagós (Patrício Ribeiro)



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Guiné-Bissau > Arquipélago Bolama-Bijagós > Ilha Caravela > Betelhe > Fevereiro de 2015 > Tabanca


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Guiné-Bissau > Arquipélago Bolama-Bijagós > Ilha Caravela > Betelhe > Fevereiro de 2015 > Bijagó, de pé


Guiné-Bissau > Arquipélago Bolama-Bijagós > Ilha Caravela > Betelhe > Fevereiro de 2015 > Mulher grande



Guiné-Bissau > Arquipélago Bolama-Bijagós > Ilha Caravela > Betelhe > Fevereiro de 2015 > Bijagó sentado


Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2015). Todos os direitos reservados.



Guiné-Bissau > Região Bolama - Bijagós > Cortesia de Wikipedia > "Caravela é uma ilha do arquipélago de Bijagós, constituindo um setor da região de Bolama, na Guiné-Bissau. Localizada a 37 km da costa continental, tem 128 km² e é a ilha mais a norte daquele arquipélago, caracterizando-se por densas florestas, vastos mangais e praias de areia branca" (...) Tinah cerca de 10500 habitantes em 2001.


1. Mensagem, com data de ontem, do nosso querido amigo (e camarada) Patrício Ribeiro, empresário na Guiné-Bissau:


Amigos,

Envio algumas das fotos que tirei em Fevereiro na Ilha da Caravela, na tabanca de Betelhe, durante os meus trabalhos.

Como poderão verificar, nada mudou, a cultura Bijagó mantém-se...

Façam os vossos comentários.

Abraço
Patricio Ribeiro

IMPAR Lda
Av. Domingos Ramos 43D - C.P. 489 - Bissau
Tel / Fax 00 245 3214385, 6623168, 7202645, Guiné Bissau
Tel / Fax 00 351 218966014, Lisboa 

[Foto à esquerda: Patrício Ribeiro, português, natural de Águeda,  criado e casado em Angola, com família no Huambo,  ex-fuzileiro em Angola durante a guerra colonial, 
a viver na Guiné-Bssau desde 1984, fundador, 
sócio-gerentee director técnico da firma 
Impar, Lda.]

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Nota do editior:

Último poset da série > 26 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14409: Memória dos lugares (286): A entrega do Cumeré ao PAIGC

2 comentários:

Antº Rosinha disse...

Porreirinho pá.

Essas ilhas são uma maravilha, desde que não apareça petróleo como em Luanda, nem diamantes como na Serra Leoa e Malange, nem doutores como em Bissau, nem Boko Haram (Mau-Mau) e outras coisas, como no Kénia e Nigéria.

Melhor que essas ilhas bijagós, só mesmo as ilhas de Luanda e Mossulo, antes do petróleo e dos diamantes e dos milhões dos BES.

Cumprimentos

Luís Graça disse...

Recorde-se aqui o que o nosso camarada Rui Vieira Coelho, ex-alf mil médico, escreveu sonre a Ilha Caravela:

(...) Começava a constar cada vez com mais força, à medida que os dias iam passando, que estaria eminente um assalto final á capital. Vai daí os "inteligentes da altura", ligados ao movimento dos capitães, retomaram um projecto anteriormente delineado de que, para uma evacuação rápida, necessitariam de um Aeródromo de Recurso no Arquipélago dos Bijagós, mais propriamente na Ilha Caravela, para onde seriam encaminhados todos os militares em LDG, LDM e outros vasos de guerra navais onde estariam incluídos todos os Patrulhas a operar na Guiné além de outro tipo de embarcações.

E assim sobrou para mim! Fui convocado a comparecer no QG onde me foi dada ordem para seguir em viatura militar para a Base Aérea em Bissalanca a fim de enquadrar como mêdico uma Missão de carácter confidencial.

Chegado à Base aérea foram-me reveladas mais informações da Missão e que está seria para a Ilha Caravela, para a qual já tinha partido no dia anterior uma Companhia de Engenharia. Cerca de meia hora depois levantaram 6 helicópteros num dos quais eu segui.

A viagem foi espectacular, com progressão a rasar o mar, com os 6 helis em formação agitando a água pela deslocação do ar. O barulho das turbinas e a velocidade imprimida tornaram toda esta acção digna de um filme, com banda sonora da Cavalgada das Valquireas de Wagner, tudo em paralelismo com um Apocalipse Now. No meio daquele mar começa a vislumbrar-se a ilha verdejante no meio de um azul turquesa lambendo as areias das praias que a circundavam.

Como médico as ordens eram a de instalar uma Tenda de Apoio Mêdico, macas, suportes para soros, verificação de latrinas e fossas sépticas, iinstalação de cialiticas e geradores eléctricos ,verificação do atrelado sanitãrio e farmacêutico, equipamentos cirúrgicos,

Ao meu lado instalavam-se tendas gigantes para alojar o pessoal no caso de evacuação . No terreno já se encontravam manobradores com máquinas de terraplanagem a nivelarem as terras revolvidas previamente da futura pista onde seguidamente entravam os cilindros para capacitação . Tudo trabalhava, minha gente.

A população da ilha olhava estupefacta para tudo isto. Com os seus saiotes de palha e seios á mostra as mulheres da terra com os filhos á ilharga. Os homens enquadravam-nas boquiabertos e desconfiados.

Ali fiquei de um dia para o outro conjuntamente com um furriel enfermeiro e mais dois cabos maqueiros da companhia de engenharia. Tudo foi devidamente controlado e elaborado um relatório, de prontidão e operacionalidade por parte da acção mêdica pedida.

No dia seguinte vieram -me buscar e, chegado a Bissau, levaram-me ao [QG ?], onde mais uma vez me pediram o máximo de confidencialidade.

Curiosamente já lá vão 40 anos e nunca mais ouvi falar em aeródromo de recurso na ilha Caravela, mas podem ter a certeza eu estive lá. (...)



10 DE MAIO DE 2014

Guiné 63/74 - P13122: Os nossos últimos seis meses (de 25abr74 a 15out74) (13): No caos de Bissau, sou destacado, como médico, para uma missão nos Bijagós, Ilha Caravela: um aeródromo de recurso, para uma eventual evacuação de emergência das NT... (Rui Vieira Coelho, ex-alf mil med, 1972/74)


http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2014/05/guine-6374-p13122-os-nossos-ultimos.html