domingo, 17 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14623: Historiografia da presença portuguesa em África (61): Boletim da Associação Comercial, Industrial e Agrícola da Guiné, nº 51, janeiro de 1963 - parte I: evolução das receitas e despesas públicas da província (1930-1961) (António Bastos, ex-1.º cabo, Pel Caç Ind 953,Teixeira Pinto e Farim, 1964/66)















1. Mensagem,  com data de 4 de março último, enviada pelo  António Paulo Bastos (ex-1.º cabo do Pel Caç Ind 953, Teixeira Pinto e Farim, 1964/66)


 Ass«unto -. Material encontrado no baú




Camarada Luís, cá estou novamente com mais umas coisas que encontrei,  é um boletim da Associação Comercial, como já vistes,

Não sei se tem interesse  para publicar,  fica ao teu critério.

O boletim fala de todos os produtos que eram exportados são: Amendoim, Arroz, Borracha, Cera, Coconote, Couros, Madeira e Óleo de Palma.

Também encontrei outros livros: Subsídios para Estudos da Língua Manjaca,  Usos e costumes Jurídicos dos Fulas da Guiné, A vida Social dos Manjacos... Estes livros comprei ainda em Bissau em 1965, no museu que ficava ao lado do Palácio do Governo .

Um abraço e obrigado.

António Paulo S. Bastos

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Nota do editor:

3 comentários:

Luís Graça disse...

Vd. excerto de ATAS DO COLÓQUIO INTERNACIONAL CABO VERDE E GUINÉ-BISSAU: PERCURSOS DO SABER E DA CIÊNCIA
LISBOA, 21-23 de Junho de 2012
IICT - Instituto de Investigação Científica Tropical e ISCSP-UTL - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa
ISBN 978-989-742-004-7
©Instituto de Investigação Científica Tropical, Lisboa, 2013
ASPETOS FINANCEIROS DA DOMINAÇÃO COLONIAL EM CABO VERDE E NA GUINÉ-BISSAU
LUÍS FILIPE MADEIRA
Universidade da Beira Interior


(...) O Gráfico I apresenta os saldos do exercício de Cabo Verde e da Guiné em percentagem das receitas totais
registadas nas respetivas contas do exercício. Para além de revelar a natureza constante dos saldos positivos
do exercício, o Gráfico I expõe o seu caráter manifestamente excessivo, pelo menos até 1957. Com efeito, a
noção de poupança pública, querida de Oliveira Salazar, consistia na prática de uma administração pública
não consumir a totalidade dos recursos ordinários coletados anualmente e de acumular esses excedentes
numa conta especial de saldos positivos de exercícios anteriores. Embora a poupança pública representasse,
na prática, uma incapacidade da administração colonial de colocar a totalidade dos recursos financeiros de
que dispunha ao serviço do desenvolvimento económico e social das populações dos territórios colonizados,
para o Estado Novo, pelo contrário, tal poupança era concebida como uma virtude governativa, uma
almofada de segurança, que constituía a garantia de que os exercícios futuros seriam encerrados em
equilíbrio. Entre 1953 e 1957, o volume extraordinário dos saldos positivos do exercício registados em Cabo
Verde reflete a dificuldade de execução do primeiro plano de fomento. Na Guiné a acumulação de saldos
positivos também se verificou e, em regra, nos anos 40 e 50, teria sido até mais significativa do que a
registada em Cabo Verde. O caso excecional verificado nos anos 1955-1957 indicia, nos primeiros anos de
vigência do primeiro plano de fomento, um grau de execução inferior ao verificado em Cabo Verde. " (...)

https://coloquiocvgb.files.wordpress.com/2013/06/p03c01-luc3ads-filipe-madeira.pdf

Luís Graça disse...

mancarra | s. f.

O vocábulo "mancarra" já vem grafado no Dicion+ario Priberam da Língua Portuguesa... E mais uma vez o nosso blogue é citado, como fonte válida de informação e conhecimento... Registe-se com apreço... LG

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man·car·ra
(origem crioula)
substantivo feminino
[Cabo Verde Guiné-Bissau] Amendoim (ex.: caldo de mancarra).

"mancarra", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/mancarra [consultado em 17-05-2015].


Hélder Valério disse...

Caro camarada António Bastos

Esses documentos a que te deste o trabalho de arranjar, podem, no imediato, não ser de grande apetência de leitura, por parte da maioria de nós, mas não deixa de ser útil para aqueles que se interessam pelos estudos dos tempos passados para perceber melhor a evolução das coisas.

Pelos dados apresentados pode-se discutir se as coisas iam bem, ou mal, ou assim-assim, mas é inegável que há referências a uma grande diversidade de recursos.
E essa situação deve nortear o nosso olhar sobre as potencialidades da Guiné (e, muito mais do que nós, os próprios guineenses) para se tentar projectar algumas apostas e, se não voltarem a "estragar", relançar a Guiné como "estado viável".

Hélder S.