quarta-feira, 22 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14916: Memória dos lugares (309): O meu rio próximo, e de estimação, era o Rio Grande de Buba (2) (António Murta)

1. Lembremos a mensagem do nosso camarada António Murta, ex-Alf Mil Inf.ª Minas e Armadilhas da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74), com data de 1 de Julho de 2015:

Camaradas Luís Graça e Carlos Vinhal
Sobre a temática dos rios, de tantos encantamentos e infortúnios, comuns a quase todos nós, não sou muito versado, pois só um conheci pela proximidade e, ainda assim, sem grandes intimidades, tendo espreitado outro apenas duas vezes. Contudo, pelas experiências que me proporcionaram, não queria deixar de os referir.

António Murta


RIO GRANDE DE BUBA E RIO CORUBAL (2)

RIO GRANDE DE BUBA* (2)


 Rio de Buba em Buba, 1974 – O meu Grupo depois do banho.

 Rio Buba em Buba, 1974 – Maré baixa. 

 Rio Buba em Buba, 1974 – Maré a encher.

Rio Buba em Buba,1974 – Eu, no leito do rio junto à ponte-cais.

Rio Buba em Buba, 1974 – Eu, no leito do rio noutra ocasião.

Rio Buba em Buba, 1974 – O meu amigo Manuel de Nhala saltar para a água num dia de recreio.



Rio Buba em Buba, 1974 – Saltos para a água. 

Rio Buba em Buba, 1974 – Ponte-cais e três rapazes de quem já não recordo os nomes porque não eram da minha Companhia: o do meio, com quico, era furriel; o da direita era alferes e tenho um palpite para o seu nome mas não arrisco. Aceito sugestões.

(Continua)

Fotos: © António Murta
____________

Notas do editor

(*) Vd. poste de 20 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14903: Memória dos lugares (305): O meu rio próximo, e de estimação, era o Rio Grande de Buba (1) (António Murta)

Último poste da série de 21 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14909: Memória dos lugares (306): Rios ? Subi o Geba até Bambadinca, naveguei no Bichaque e no Cumbijã, fui atacado no Cacheu, andei no Cacine e no Sapo... (António Dâmaso, srgt PQ, BCP 12, BA 12, Bissalanca, 1972/74)... O rio da minha tabanca, o Olossato (Paulo Salgado,ex-alf mil cav, CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72)

5 comentários:

Luís Graça disse...

Grande Manuel de Nhala, é um salto à campeão!...E o fotógrafo estava lá... Estes momentos também nossos!... E estas imagens também contam a nossa história, mesmo que seja a história com h pequeno... O que seria a História dos Grandes sem a história dos pequenos ? Ontem como hoje..,

António, a(s) tua(s) caixa(s) de "slides" não são a "caixinha de Pandora" do historiógrafo, do voyeurista... Mas, para mim, são melhores, muito melhores que a KINDER® SURPRESA® (que, segundo diz a publicidade, "é o original e o único ovo de chocolate com surpresa elaborado com bom chocolate KINDER®, que oferece a cada ano mais de cem novas e diferentes surpresas de alta qualidade")... Pois ficas a saber, eu prefiro a MURTA SURPRESA... Faz o favor de registar a marca...

Um alfabravo. Luis

antonio graça de abreu disse...

Não sei se repararam que eram estas as tropas portuguesas, em Buba, sul da Guiné, que em 1974, antes do 25 de Abril,"foram derrotadas militarmente" pelo PAIGC. Está tudo explicado,os militares portugueses saltavam para a água para se esconder do inimigo e para lavar a vergonha da derrota.
Ou simplesmente vivam os pequenos prazeres da vida, num contexto doloroso de guerra?

Abraço,

António Graça de Abreu

José Carlos Gabriel disse...

Amigo António Murta.

Obrigado por mais estas tuas imagens que passados mais de 40 anos estão em muito bom estado apesar do trabalho que tens tido para retocar algumas. Vou-me agora ausentar do país mas não deixarei de continuar a entrar no Blogue para acompanhar tudo o que por aqui vai sendo escrito e respetivos comentários. Quanto a comentários não estranhes eu deixar de os continuar a fazer e penso que entenderás quais os motivos.
Um grande abraço amigo.

José Carlos Gabriel

A. Murta disse...

Caro António Graça de Abreu.

As fotografias dessas banhocas no rio Buba são de 1974 e posteriores ao 25 de Abril, não foram feitas "num contexto doloroso de guerra". Como eu referi no anterior poste sobre este rio, antes daquela data só os mais afoitos se aventuravam a nadar e a caçar peixe à granada. E a imagem que davam nessas incursões fluviais, raras e quase clandestinas, não tinham o aparato folgazão que se vê nestas fotografias. Depois das tréguas, como eu referi também, deslocámo-nos de Nhala algumas vezes só para refrescar no rio Buba. E bem que o merecia esse pessoal porque, antes, podes crer, estiveram bem embrenhados no tal contexto e, muitos, nunca mais voltaram ao rio. Digo isto sem qualquer animosidade. Mas foi assim.

Abraço.
A. Murta.

Anónimo disse...

Caros combatentes:
Mesmo antes de ler o comentário do Murta a enquadrar cronologicamente as fotografias dos saltadores, eu já jurava que elas deveriam ter sido extraídas a acontecimentos posteriores ao 25 de Abril. Antes saltava-se menos e com menos exuberância. Era muito difícil chegar ali, cheios de pó e suor, no fim de uma coluna, sem mergulhar o corpo na água. Uma fotografia é só a captação de um momento num espaço físico limitado - não é uma janela escancarada por onde se possa percepcionar toda a realidade. Mesmo assim podemos ver o que quisermos ver ou, pior ainda, podemos ver aquilo que, a perfilhação de uma doutrina nos obriga.
Caro amigo Murta, sobre aquele furriel em tronco nu, julgo tratar-se do José Manuel Miranda Lopes, não o da Régua, da Cart.6250.
Um abração
Carvalho de Mampatá.