Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sábado, 30 de março de 2024
Guiné 61/74 - P25317: Parabéns a Você (2256): Abel Rei, ex-1.º Cabo At Art da CART 1661 (Fá Mandinga, Enxalé e Porto Gole, 1967/68); António Graça de Abreu, ex-Alf Mil Inf do CAOP 1 (Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74); Enfermeira Rosa Serra, ex-Alf Enf.ª Paraquedista da BA 12 (Bissau, 1969) e Valdemar Queiroz, ex-Fur Mil At Art da CART 2479/CART 11 (Contuboel, Nova Lamego e Paunca, 1969/71)
Nota do editor
Último poste da série de 27 de Março de 2024 > Guiné 61/74 - P25309: Parabéns a Você (2255): Ex-Fur Mil Enfermeiro Armando Pires da CCS / BCAÇ 2861 (Bula e Bissorã, 1969/70); Carlos Vinhal, ex-Fur Mil At Art MA da CART 2732 (Mansabá, 1970/72) e Eduardo Magalhães Ribeiro, ex-Fur Mil Op Esp da CCS / BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1974)
sábado, 9 de março de 2024
Guiné 61/74 - P25252: Historiografia da presença portuguesa em África (413): O luso-colonialismo nunca existiu: para África, só desterrado ou com "carta de chamada" (António Rosinha / Valdemar Queiroz)
Cartaz (detalhe) do filme de Marta Pessoa, "Rosinha e Outros Bichos do Mato" (Documentário, 101 m, Portugal, 2023, Produção "Três Vinténs"):
(...) "Em 1934, o Estado Novo apresenta-se ao mundo com uma Exposição Colonial onde o viril Império português exibe como símbolo máximo Rosinha, uma nativa guineense. 'Rosinha e Outros Bichos do Mato' revisita este acontecimento para entender o que nele se construiu e como ainda hoje pode ecoar no pretenso 'racismo suave' dos portugueses." (...) (Fonte: Três Vinténs)
1. Comentários do António Rosinha e Valdemar Queiroz ao poste P25244 (*);
(i) Antº Rosinha:Estes luso-cariocas de 1930, de colonialistas não tinham nada. (Colonialismo = A exploração desenfreada dos recursos dos territórios ocupados.)
Imaginemos a felicidade e a paixão destes luso-cariocas embasbacados com as riquezas da autossuficiência da mancarra, da cachaça de cana e do coconote e com aquelas descomunais estradas da Guiné, isto em 1930, quando desde 1880 os outros só já pensavam nas minas do ouro e diamantes
Aliás, havia em todas as gerações de "portugueses ultramarinos", uma determinada classe de pessoas que de colonialistas não tinham nada, eram simplesmente e apenas uns sonhadores "tropicalistas" acomodados aqueles paraísos tropicais, Bolama, Ilha de Luanda, Lourenço Marques, Rio de Janeiro e as terras de Jorge Amado.
Tropicalista é uma alcunha que inventei para gente que gostava de chabéu, mas tenho outros nomes, colonialista eram os exploradores europeus que dividiram África e deixaram os Bijagós para a gente.
E ainda obrigaram a gente a mandar para lá o Teixeira Pinto.
Ás vezes dá para pensar se não seria esta geração de apaixonados tropicalistas, contemporâneos de Salazar, e também de Henrique Galvão e Norton de Matos, etc. se não teriam inspirado Salazar a dar o grito "para Angola e em força" em 1961.
7 de março de 2024 às 11:41
(ii) Valdemar Silva:
Antº. Rosinha essa das colónias e do colonialismo é sempre a mesma coisa para quem quer avaliar a "habilidade de chico-esperto", transferindo de um dia pra outro o ministro das colónias para ministro do ultramar, mas não desfazendo a ideia de "Império" bem a maneira do salazarismo.
Em 1940 não se colocava esta questão, havia colónias e prontus.
Saúde da boa
Valdemar, tens razão, devia de haver na exposição minhotos a cantar à desgarrada, pois que o império era do Minho a Timor.
Mas aí talvez a imaginação dos apaixonados pelo ultramar não chegasse a tanto.
Mas nas colónias havia minhotos e malta do Norte suficiente para não deixar morrer o vira do Minho e os pauliteiros de Miranda.
Pois, pois Rosinha, mas eram todos patrões e não estavam virados para essas brincadeiras.
Em Bissau, não me lembro o Restaurante, encontrei um meu conhecido empregado da mesa da Portugália (Arroios) a servir, também, às mesas, e como já não estava na tropa fiquei admirado.
Explicou-me que ele e outro tinham comprado o trespasse do Restaurante e um ficava ao balcão e outro servia às mesas.
Julgo que era difícil encontrar um empregado de mesa minhoto a servir num restaurante em Luanda ou Lourenço Marques, ou noutras cidades de Angola ou Moçambique.
(v) Antº Rosinha:
Valdemar, restauração, comes e bebes, do bom e do melhor, em Luanda, em São Paulo e Rio de Janeiro, era ou foi domínio de Minhotos e transmontanos.
Mas em Angola, Nova Lisboa, Sá da Bandeira e localidades mais pequenas, era gente do Norte donos de restaurantes, hoteis pensões etc.
Metia um ou outro beirão, mas muito pouco.
Em São Paulo, (10 Lisboas?) em cada esquina um minhoto ou um transmontano.
Mas ainda havia grandes supermercados de gente do Norte, acima do Douro, principalmente.
Em Angola vi gente começar do zero e irem longe, e outros darem com os burrinhos na água.
Vou-te contar uma de um retornado de Barcelos, que me serviu muitas imperiais de bandeja na mão em Luanda na Ilha, simples empregado, que se deslocava numa motorizada daquelas que faziam imenso barulho que me acordava de manhã, era meu vizinho, e me acordava às duas da manhã quando largava a cervejaria.
Pois com o 25 de Abril veio para Portugal e não largou a bandeja., Largou apenas a tal motorizada e encostava um bruto BMW à porta de um bar restaurante que explorava por conta própria, bem junto à estação de comboio movimentadíssima, de Vila Franca de Xira.
Eu, que tinha vindo recentemente do Brasil, para onde tinha emigrado com o 25 de Abril, fiquei boquiaberto, quando precisei de apanhar aquele comboio, vou tomar a minha bica, e dou de caras, na caixa registadora, com o meu antigo vizinho de Luanda, e perguntei-lhe pela motorizada.
Como havia mais de 5 anos que não nos viamos, foi aquele surpresa e eu já não apanhei o comboio, ele entregou a caixa registadora à mulher e contou-me entre outras coisas como de motorizada velha foi parar ao BMW novinho, à porta do bar, café, restaurante.
Bastante mais novo que eu, sei que numa das minhas vindas da Guiné, fui visitá-lo, já tinha passado o negócio...imagina se tiver saúde!
Tive colegas minhotos, de profissão, retornados, todos com golpe de vista.
Gente do Norte é que povoou por toda a parte.
8 de março de 2024 às 19:50
(vi) Valdemar Silva
Rosinha, tudo o que explicas não me faz confusão ou sequer duvidar da grande valia dos minhotos, transmontanos ou beirões.
8 de março de 2024 às 23:12
(vii) Antº Rosinha:
Carta de chamada era um documento de uma pessoa estabelecida, comerciante, fazendeiro, proprietário em que se responsabilizava durante um período (tenho na ideia que era meio ano) pela estadia do emigrante, e caso este não se adaptasse responsabilizava-se em "devolvê-lo" â procedência.
Foram muitos menores, tipo sobrinhos para casa de tios, ou irmãos, em que estes faziam o tal documento de responsabilidade.
Também se podia emigrar para as colónias, sem carta de chamada, mas tinha que deixar como caução dinheiro para viagem de regresso, caso não se adaptasse, ou as autoridades achassem inconveniente a sua presença, penso que era ao fim de meio ano que podia levantar a caução.
Eu tinha lá um irmão, foi fácil.
Para ir para o Brasil havia uma coisa semelhante.
Valdemar, só estranha essa da carta de chamada, que já vem essa norma desde tempos "dos reis" quem nunca esteve perdido num deserto, sozinho sem bússula.
Até quem ia das nossas aldeias para Lisboa, ia dirigido a algum parente ou conterrâneo.
Com uma cartinha com a morada e o nome da pessoa.
Mas havia ainda a história dos colonos, mas isso é outra história em que ultrapassa o próprio Salazar.
9 de março de 2024 às 11:13
(*) Vd. poste de 6 de março de 2024 > Guiné 61/74 - P25244: Historiografia da presença portuguesa em África (412): A Guiné numa publicação do Rio de Janeiro, estávamos na década de 1930 (Mário Beja Santos)
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
Guiné 61/74 - P25201: Convívios (979): 54.º almoço-convívio da Tabanca da Linha, levado a efeito neste dia 22 de Fevereiro, em Algés... Palmas, isso sim, para o magnífico régulo, o Manuel Resende, que com o seu ar discreto mas sempre com grande eficiência "monta e desmonta este bivaque" - Parte I
Nota do editor;
Último poste da série > 19 de fevereiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25187: Convívios (978): 54º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha, Restaurante Caravela de Ouro, Algés, 5ª feira, 22 de fevereiro de 2024... Últimas inscrições até às 12h00 de 3ª feira
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024
Guiné 61/74 - P25188: Banco do Afeto contra a Solidão (28): Parece que me safei desta! (Valdemar Queiroz, Hospital Amadora-Sintra, 14/2/2024)
Hospital Amadora-Sintra, fevereiro de 2024: o Valdemar Queiroz no seu "posto de trabalho"... [Trabalho, tripálio, etimologia: do latim, "tripaliu(m)", instrumento constituído por "tres pales"que servia, no tempo dos romanos, para "tripaliare", torturar... ]
Foto: © Valdemar Queiroz (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Data - quarta, 14/02/2024, 20:50
Luís, obrigado pelo teu cuidado. O meu filho disse que falaram ao telefone, mas entretanto o telemóvel desligou-se.
E cá vou ficando com a companhia da DPOC e um "pacemaker" no coração.
(i) Tabanca Grande Luís Graça (by email):
Meus caros: aqui vão notícias (animadoras...) do nosso Valdemar... Esperemos que tenha rápida recuperação e volte em breve ao nosso convívio, mesmo que "virtual"... Mando a alguns dos camaradas que têm, publicamente, perguntado por ele e desejado as suas melhoras. Falta-me, de momento, o endereço de email do JL Fernandes, que não tenho aqui à mão.
18/02/2024, 17:13
(ii) Eduardo Estrela:
Já estranhava a tua ausência e pensava que tinhas ido parar ao hospital, o que infelizmente se confirma. Desejo e espero que recuperes rapidamente de modo a podermos continuar a usufruir da tua assídua presença no blogue.
Tudo de bom para ti. Abraço fraterno
Eduardo Estrela
7 de fevereiro de 2024 às 23:02
(iii) Joaqum Luís Fernandes:
Também eu estranhei a falta de comparência do camarada Valdemar Queiroz, nos seus habituais comentários. Algo se passava.
Agora que já sabemos, resta-nos encorajá-lo a resistir aos incómodos e sofrimento que a falta de boa saúde lhe apresenta, neste processo de a recuperar.
Que seja rápida essa recuperação de melhor saúde.
Um abraço, JLFernandes
Meu caro amigo Valdemar, Mais uns dias de ausência e reprovavas por faltas. Vamos relevar estas mas não abuses.
É extraordinário a forma como encaras essa M.... da DCOP. Deu-nos ao menos a guerra esta resiliência. Nada como uns mimos da família para te pores fino.
As melhoras, caro amigo. Um grande abraço.
Joaquim Costa
7 de fevereiro de 2024 às 23:47
(v) Hèlder Sousa:
Sinceramente, acho que todos (quase todos....) estranhámos a ausência das habituais perspicácias do Valdemar, dos seus comentários , certamente não poucos, pensámos e especulámos (pelo menos internamente) sobre o que se poderia passar e, também não menos suspeitaram de que algo não estaria "normal"..
Força nisso! Vais conseguir!
Abraço e..... saudinha da boa!
Hélder Sousa
8 de fevereiro de 2024 às 00:23
(vi) Fernado Ribeiro:
... e no fim, o Valdemar ainda pede desculpa por incomodar! Oh, Valdemar, grande valente! O que incomoda é o silêncio, não são as notícias.
Votos de rápidas melhoras.
8 de fevereiro de 2024 às 02:32
(viii) Luís Graça:
Valdemar, fazes muita falta ao blogue!...O teu humor, desconcertante, o teu poder aquilino de observação, a tua companhia fraterna diária, a tua cumplicidade,o teu exemplo de como lidar com ( e superar) a filha de putice de uma doença crónica como a DPOC, a tua alegria de viver mesmo "emparedado"...
Fico emocionado, Valdemar!...E já não nos vemos desde Contuboel, Junho de 1969...
8 de fevereiro de 2024 às 09:53
(ix) José Teixeita:
Valdemar. Tu que já engoliste costureirinhas, vais ultrapassar mais esta complicação física. Sei que estás disposto a gemer se for o caso, mas não a desistir.
Anda daí que fazes cá falta. Um grande abraço, com votos d rápidas melhoras.
Zé teixeira
8 de fevereiro de 2024 às 11:03
(x) Francisco Baptista:
Amigo e camarada Valdemar uma doença incapacitante com dores horríveis é o pior dos males. Eu também tenho essa doença rara mas felizmente para mim, por enquanto, está controloda, consigo fazer uma vida normal e sem sofrimento. Desejaria que conseguisses viver pelo menos como eu. As tuas rápidas melhoras meu amigo.
Um forte abraço, .Francisco Baptista
8 de fevereiro de 2024 às 11:56
(xi) Cherno Baldé:
Caro amigo Valdemar,
Ficamos todos aliviados com as tuas boas notícias, como diz o artista: "afinal não sou o único" a sentir a tua ausência.
Estranhei muito quando estive debaixo de fogo cruzado devido aos meus habituais atrevimentos e traquinices e não vieste em meu socorro como sempre a fim de voltarmos juntos e de braços dados para a nossa aldeia de Guirô-Ierô-Bocar, nos confins de Gabu.
Votos de rápidas melhoras e boa recuperação.
Aquele abraço desde Bissau, Cherno Baldé
8 de fevereiro de 2024 às 12:36
(xii) Alberto Branquinho:
Não conheço o Valdemar, mas estava a faltar a perspicácia dos comentários atirados à "mouche".
Acho que tudo isto foi um pretexto para sair de casa com apoio aéreo...
Rápida recuperação!
Um abraço
8 de fevereiro de 2024 às 16:27
(xiii) José Botelho Colaço:
Silêncio e tanta gente. Abraço amigo.
8 de fevereiro de 2024 às 18:32
(xiv) Tabnca Grande Luís Graça;
"Isto" é o melhor que a Tabanca Grande tem... Não somos apenas um "bando", um grupo "excursionista e jantarista", uma "tertúlia literária", um "blogue de veteranos saudosistas", uma "rede social", mas também um grupo de autoajuda, mesmo "virtual" (nem todos nos conhecemos "face a face"), um grupo de amigos e camaradas da Guiné que se preocupa quando um dos "seus" deixa de aparecer no radar... E já perdemos tantos!...
Valdemar, agora cuida de ti.
8 de fevereiro de 2024 às 19:59
(xv) António Tavares:
Camarada Valdemar,
Rápidas melhoras. Abraço do António Tavares.
9 de fevereiro de 2024 às 00:29
(xvi) Juvenal Amado:
Um abraço fraterno as melhoras e muita coragem
10 de fevereiro de 2024 às 10:54
(*) Último poste da série > 7 de fevereiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25146: Banco do Afeto contra a Solidão (27): Fui apanhado distraído, camaradas! (Valdemar Queiroz, Hospital Amadora-Sintra)
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024
Guiné 61/74 - P25146: Banco do Afeto contra a Solidão (27): Fui apanhado distraído, camaradas! (Valdemar Queiroz, Hospital Amadora-Sintra)
1. Mensagem do Valdemar Queiroz:
Datta - 7 fev 2024 21:05
Assunto - Fui apanhado distraído
Luís Graça,
No passado 27 de janeiro, ao fim da tarde, fiquei que nem um bebezinho: 28 pulsações!... Bombeiros, médicos do SNS 24 e outros todos atarefados para acudir a um DPOC que esteve na guerra da Guiné.
Entrei em Cardiologia do Hospital Amadora-Sintra e pouco tempo passou já estava na reunião do ataque ao coração fracote, mas com muito para dar. O ataque foi noite dentro com um pacemaker alimentando por linhas eléctricas o objectiviteit (... termo ilegível, é neerlandês, quer dizer "objetividade"...)
Serviço feito e com a duração garantida por 10 ANOS!!!. Assim ainda dizem mal do nosso SNS. Mas… o pior de todo o ataque foi a necessidade de meterrrr (!!!) uma algália à bexiga, f... de p... de dor que desde o dia 28 me tem dado dias horríveis.
O meu filho, nora e neta aproveitaram férias de carnaval e estão a fazer grande companhia, por cá. Agora já está a ser feita nova acção de combate para eliminar um não sei quê na bexiga e como conheço a zona lá vou eu para o inferno. E deve durar mais duas semanas.
Desculpem estar a incomodar com estas notícias que nada tem a ver com a guerra na Guiné, porra até parece!
Saúde da boa para todos.
Valdemar Queiroz
Porra, Valdemar, mas que grande susto nos pregaste!... O teu último comentário no blogue
data de 26 de janeiro, às 21:21 (*). Depois disso, comecei a estranhar a tua ausência, o teu silêncio, já que o blogue também é parte da tua "garrafa de oxigènio", o teu companheiro, o mesmo é dizer é também um bocadinho o teu "banco do afeto contra a solidão"...
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 26 de janeiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25111: Memórias cruzadas: pistolas Walther P38 alegamente capturadas ao nosso exército, e distribuídas ao pessoal do PAIGC, ainda antes do início oficial da guerra... (José Macedo, ex-2º ten fuzileiro especial, RN, DFE 21, Cacheu e Bolama, 1973/74, a viver agora nos EUA)
(**) Último poste da série > 6 de novembro de E 2021 > Guiné 61/74 - P22692: Banco do Afeto contra a Solidão (26): "Por favor telefonem-me, mandem-me um email, visitem-me!", um apelo dramátrico do Jorge Cabral, sozinho em casa, no Monte Estoril, em lutar contra o raio da doença
terça-feira, 19 de dezembro de 2023
Guiné 61/74 - P24976: Boas Festas 2023/24 (7): Mensagens natalícias dos nossos camaradas Valdemar Queiroz, ex-Fur Mil Art da CART 2479/CART 11; Ernestino Caniço, ex-Alf Mil Cav do Pel Rec Daimler 2208 e Paulo Salgado, ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2721
1. Mensagem natalícia do nosso camarada Valdemar Queiroz, ex-Fur Mil Art da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70):
Desejo a todos e suas famílias Feliz Natal e Bom Ano de 2024
Abraços e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Caros amigos
Votos de Um Feliz Natal e que o próximo Ano nos traga especialmente saúde.
Que os DEUSES nos protejam, pelo menos até 2100 (preferencialmente + IVA).
Abraço,
Ernestino Caniço
3. Mensagem natalícia do nosso camarada Paulo Salgado, ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2721 (Olossato e Nhacra, 1970/72):
Amig@s,
Estou a remeter as Boas Festas às pessoas com as quais, por qualquer circunstância, me cruzei, e cruzo, neste percurso de vida. Faço-o com estima e imensa consideração.
Desejamos-lhe, a minha mulher e eu, muitas felicidades e à sua Família. Olhe, ainda temos esperança que o próximo ano (bissexto) seja melhor e que os senhores da guerra olhem para si mesmos, no que estão a fazer, sobretudo a quem sofre.
Um abraço nosso. E saúde. E Paz. E que as crianças não sofram...
Paulo Salgado
_____________
Nota do editor
Último poste da série de 19 de Dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24975: Boas Festas 2023/24 (6): Presente de Natal do nosso camarada José Teixeira
quinta-feira, 14 de dezembro de 2023
Guiné 61/74 - P24954: S(C)em Comentários (23): João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo")
Houve portugueses da história recente deste país que amamos, que desobedeceram a César por amor de Deus e da humanidade. Aristides de Sousa Mendes e o general Vassalo e Silva são exemplos de homens capazes de afrontar o mal oriundo de mentes agrilhoadas e obscuras.
O nosso camarada da guerra na Guiné tem várias vezes me telefonado e enviado e-mails para saber como eu tenho passado da minha doença, e com o desejo de me visitar quando viesse a Portugal. Eu fico sempre muito sensibilizado com as suas preocupações, por não nos conhecermos de lado nenhum.
No último e-mail escrevi-lhe como o reconhecia, assim:
"João Crisóstomo a tua vontade de ajudar as pessoas é por seres um homem bom com sentimentos muito elevados. Tens-te como possuído por sentimentos religiosos 'amai-vos uns aos outros' para sentires essa vontade de ajudar os outros, que assim seja, não vejo a religião para outra coisa." (...)
4 de dezembro de 2023 às 16:53
(iii) José Câmara (Soughton, MA, EUA):
Confesso que gosto do João, da sua atitute. O telefone é a sua G3 na comunicação com os amigos. Aqui e ali, muito mais graças a ele, comunicamos. Para ele o mundo não tem fronteiras. Bem hajas João!
Abraço transatlântico.
(iv) Luís Graça (Lourinhã):
João, tu mereces. Tu, o António Rodrigues e tantos outros luso-americanos que nunca esqueceram a terra que vos viu nascer.
Por certo que o júri (constituído por por personalidades que venceram o prémio nas duas edições anteriores) ficou impressionado não só com a competência, o empenhamento e a determinação que tens posto na defesa destas nobres causas, como também com a tua capacidade de mobilização e trabalho de equipa... Isto é liderança... Nada se faz sozinho, ninguém é herói solitário.
Fíco contente também por ti e pelos Crisóstomos & Crispins que te inspiram, e te deram exemplos e valores...
Afinal, quem disse que ninguém é profeta na sua terra ? Claro que Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, não tem a mesma visibilidade de Queens, Nova Iorque...
Tenho muito orgulho em saber que tenho entre os camaradas da Tabanca Grande e combatente da guerra da Guiné um camarada com estes grandes méritos aqui referidos, entre outros que também terá. Parabéns, Crisóstomo, pelo que tens feito de extraordinário, nomeadamente pela causa das Gravuras do Coa e pela reabilitação e nobilitação da memória de Aristides de Sousa Mendes. (...)
12 de dezembro de 2023 às 11:12
Caros amigos: Todas as palavras elogiosas do João Crisóstomo e das suas obras não são demais. É com grande satisfação (e orgulho "por conta") que lhe reservo toda a consideração e estima.
É verdadeiramente um "bom homem" e um "homem bom". (...)
Felicitações ao João Crisóstomo, por mais esta distinção. Grande honra nossa de ter e privar com camarada desta dimensão.(...)
Ter alguém como o João Crisóstomo, que faz o favor de ser nosso amigo, é um privilégio.
(ix) Joaquim Luis Fernandes (Leiria):
Bem merecido o prémio Tágides 2023, a João Crisóstomo!
13 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24947: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - II (e última) Parte
terça-feira, 7 de novembro de 2023
Guiné 61/74 - P24827: Manuscrito(s) (Luís Graça) (240): Zé do Telhado (Penafiel, 1816 - Angola, Malanje, 1875): um caso de "banditismo social"? Entre o mito e a realidade - Parte VII
Fotograma nº 1 > "De herói a vilão", eis a história do Zé do Telhado, aqui, sargento patuleia, recebendo a mais alta condecoração do país, a Torre e Espada, das mãos do general Sá da Bandeira, a quem salvou a vida, em combate, na Guerra da Patuleia (out 1846 / jun 1847), que se seguiu à Revolta da Maria da Fonte.
Fotograma nº 2 > O fantasioso (no filme) assalto à Casa do Carrapatelo, Marco de Canaveses, sita nas faldas da serrra de Montedeiras e na margem direita do rio Douro, a escassos quilómetros na nossa casa em Candoz.
Fotograma nº 3 > Um destacamento dos Granadeiros da Rainha, em perseguição, mal sucedida, do Zé do Telhado e do seu bando, em 1852
Fotograna nº 4 > Um filme "romântico" mas também um "western à portuguesa" onde há de tudo: amor, perdição, ciúme, traição, nobreza, camaradagem, ação, coragem, assaltos, tiroteiro, loucas correrias a cavalo, duelo, morte... Foi uma época, a da consolidação da monarquia constitucional, nas décadas de 20, 30, 40 e 50 do séc. XIX, violenta, pautada por sucessivos episódios de guerra civil (as chamadas "lutas liberais": dos liberais contra os absolutistas, dos liberais entre si)... Calcula-se que mais de 20 mil portugueses tenham morrido às mãos de portugueses... Estamos muito longe, portanto, do país de "brandos costumes" dos nossos contos de fadas e príncipes encantados...
Fotograma nº 5 > O "duelo de morte" com o José Pequeno, o "vilão da história", que traiu o bando, e aquem, diz o Camilo, o Zé do Telhado, cortou a língua com uma tesoura depois de morto.
Mas o "ajuste de contas final" entre os dois teria sido na Lixa, e não na serra, como vemos no filme de 1945 que, de resto, é considerado um "remake" do filme mudo, de 1929, realizado por Rino Lupo, com exteriores filmados no Solar de Beirós, São Pedro do Sul; o guião, por sua vez, tem como fonte o livro de Eduardo Noronha (1859-1948), "José do Telhado: Romance Baseado sobre Factos Históricos" (1923). (As cenas do exterior deste primeiro filme, o de 1929, foram rodadas em diversos sítios por onde andou o "nosso herói": Amarante, Vila Meã, Lixa, Marco de Canaveses, Felgueiras, Serra do Marão, Sobreira em Caíde de Rei, Lousada, e na casa onde nasceu José do Telhado, em Recesinhos, no lugar do Telhado, Penafiel. Fonte: Penafiel, Terra Nossa).
Fotogramas do filme "José do Telhado" (1945). disponível no You Tube, na conta "MusaLusa".
Uma das raras fotos da época (pormenor) do Zé do Telhado, de seu nome de batismo José Teixeira da Silva (c. 1816-1875), aqui com o seu irmão Joaquim Telhado, também ele bandoleiro, à sua direita.
Fonte: Manuel Vieira de Aguiar, "Descrição Histórica, Corográfica e Folclórica de Marco de Canaveses" (Porto: Esc Tip Oficina de S. José. 1947, 439 pp). , 1947, pág. 273. (Foto extraída do livro de Sousa Costa, " Grandes dramas judiciários: tribunais portuguees", Porto, O Primeiro de Janeiro, 1944)
Contracapa do livro de Camilo Castelo Branco, “Memórias do Cárcere”, II Vol, 8ª ed. Lisboa, Parceria A. M. Pereira, Lda, 1966, (1ª ed., Porto, 1862) (Coleçáo "Obras de Camilo Castelo Branco, Edição Popular, 54")
1. Comentários de alguns dos nossos leitores sobre estes escritos do editor Luís Graça com referência ao Zé do Telhado, cujo "fantasma" ainda paira pelos vales do Sousa e do Támega e pelas serras à volta (Montemuro, Marão, Montedeiras...) (*)
(i) Francisco Baptista:
Amigo Luís Graça, já poucos escrevem, poucos comentam. Estamos todos a ficar com as pilhas gastas. Tu és dos poucos que continuas a dar grandes provas de vitalidade.
Gostei de saber por ti do Zé Telhado, de quem pouco sabia, como a maioria dos portugueses, sabem o nome e a fama de bandoleiro, que roubava aos ricos e dava aos pobres. Nem sabia que sobre ele já tantos escritores tinham escrito.
É natural que ele também te motivasse a ti pois além do mais era de perto de Candoz a outra terra que tu amas mais. Gostei de ler e espero por mais capitulos. Estou a pensar comprar também " As Memórias do Cárcere", de Camilo.
Estou um pouco como o camarada Francisco Baptista. No Porto, o Zé do Telhado é uma referência vaga, de uma espécie de Robin dos Bosques à portuguesa, que passou pela Cadeia da Relação da cidade antes de ser deportado para Angola. Só se fala nele quando se visita a cadeia (atual Centro Português de Fotografia) e se espreita a cela onde Camilo Castelo Branco viu o Rio Douro aos quadradinhos. Nessa ocasião fala-se de Ana Plácido, como não podia deixar de ser, e por arrastamento fala-se do Zé do Telhado também.
O encontro entre Camilo Castelo Branco e o Zé do Telhado na cadeia não terá sido o primeiro que eles tiveram. Muito tempo antes, o próprio Camilo foi assaltado pelo Zé do Telhado, numa ocasião em que viajava de diligência entre Vila Real e o Porto! O próprio Camilo fala no assalto num dos seus incontáveis livros (não me recordo de qual) e chama patife, facínora, ou outros nomes equivalentes, ao seu assaltante. Mal sabia ele que iria encontrar-se de novo com o antigo salteador na cadeia e que iria refazer a imagem que tinha feito dele.
Durante a minha comissão militar em Angola nunca ouvi falar do Zé do Telhado, nem uma só vez. Inclusivamente, no meu grupo de combate havia dois militares negros naturais de Malanje e nunca os ouvi fazer qualquer referência a ele. Já os brancos de Angola admiravam outras personagens, que não o Zé do Telhado; admiravam Paulo Dias de Novais, Salvador Correia de Sá, Silva Porto, Norton de Matos, etc.
23 de outubro de 2023 às 02:02
(iii) José Teixeira;
O Zé do Telhado tinha bem demarcada a sua zona de atuação. Do Marco de Canavezes a Vila Real até Cete, Paredes, sobretudo na orla da estrada real. A conhecida estrada Porto a Vila Real com uma variante para a Régua. Era a estrada por onde passavam os grandes comerciantes do Vinho Fino, vulgo, Vinho do Porto.
(iv) Valdemar Queiroz:
Quanto ao apelido/alcunha "do Telhado", há três versões.
No filme "Zé do Telhado", com Vergílio Teixeira, há uma cena em que ele, numa taberna, aperta a mão a outro bandidolas provocando-lhe dores.
Foi uma grande treta, o outro bandidolas era Juvenal Araújo que eu conheci, já dentro dos cinquenta anos, mas quando fez o filme era um matulão que ganhava apostas por rasgar uma lista telefónica fechada, o que deixaria o Vergílio Teixeira com as falanginhas e falangetas partidas.
O que é que a gente sabia sobre o século em que a liberdade e a justiça passaram a ser também uma bandeira, pela qual muitos portugueses se bateram e morreram?!... Afinal, o século em que passámos a ter uma constituição, se consolidou a monarquia constitutucional, se derem passos importantes no processo de "modernização", se aboliu a escravatura e a pena de morte...
Em 1945 fizeram um "western" à portuguesa em que o nosso Zé do Telhado (interpretado pelo galã Virgílio Teixeira) é um perfeito oficial e cavalheiro. (Só dei uma rápida vista de olhos ao filme disponivel no You Tube, parte dos exteriores terão sido rodados na nossa serra de Montedeiras.)
O filme está disponível aqui, na conta : https://www.youtube.com/watch?v=i_6MmOOrDh4
Cartaz do filme "José do Telhado" (1945), a preto e branco, 98 minutos: produzido e realizado por Armando de Mirando, e contracebado por Virgílio Teixeira e Adelina Campos, nos dois principais papéis. Os exteriores foram filmados em Vouzela, em 1945. O filme foi estreado no Porto (Coliseu, em 15/12/1945), e emLisboa (Polteama, 16/1/1946). Fonte: Cinept / UBI (com a devida vénia...)
(…) "Na noite de 22 de Maio [de 1852] (**) deu José do Telhado batalha campal à tropa no local denominado Eira dos Mouros [freguesia de Santa Cristina de Figueiró, concelho de Amarante, distrito do Porto] (**)
− Não posso; matem-me que eu estou sem pernas.
− Faz o ato de contrição − retrucou o chefe.
O ferido resmuneou o acto de contrição , e a estalajadeira verteu lágrimas piedosas.
José dos do Telhado estirou-a com uma bofetada, e desfechou contra o peito do camarada, dizendo;
− Acabaram-se-te os teus trabalhos, e os meus estão em começo. Adeus!
O cadáver não podia responder a este saudoso vale do seu chefe. (pp. 95/96)
(…) Noutra noite, cercou-lhe a tropa a casa, estando ele no primeiro sono. Despertou-o a mulher, e ajudou-o a vestir muito de seu vagar. Caminhou para uma porta transversal, e retrocedeu a ir buscar o relógio esquecido, e a dar ordens ao criado para lhe conduzir de madrugada o cavalo a designado sítio. Abriu uma janela, e disse para os soldados:
− Que tal está a noite, rapazes ?
Retirou da janela, e abriu a pequena porta, que defrontava com uma cortinha para a qual relevava saltar por cima de um quinchoso. Aí estavam postados três soldados. José Teixeira aperrou a clavina de dois canos, e disse:
− Agachem-se, que quero saltar. Os dois primeiros que se moverem, passo por cima deles mortos.
Os soldados agacharam se, e ele saltou. Já de dentro da cortinha, atirou dois pintos (*****) aos soldados, e e disse-lhes:
− Ou ambos! − disse o José Pequeno, lançando mão da faca.
− Ou isso ! − redarguiu o José do Telhado, sacando de uma tesoura. E acrescentou:
− Hei de cortar-te com ela a língua.
A primeira arremetida que se fizeram, apagaram a luz da vela, e arcaram peito a peito. Revolveram-se na escuridade um quarto de hora, rugindo alternadamente injúrias e pragas ferozes.
José Teixeira já tinha um braço rasgado; mas José Pequeno expedira o último rugido pela fenda que a tesoura lhe abria na garganta. O chefe ergueu o joelho sobre o peito do cadáver, quando os dois gumes da tesoura se encontraram ao través da língua que o denunciara.
O homicida aparecer na Lixa ao outro, e disse a multidão parada à porta do morto:
− Se não sabem quem matou este traidor, aqui o têm.
E passou adiante. obrigando o cavalo a garbosa upas.
Coisa é digna de reparo, que o ministério público não desse querela contra o assassino. Bem pensada a irregularidade, dá de si que a moral pública, representada pela polícia criminal e administrativa, propôs um voto de gratidão ao matador do formidável celerado da Lixa. (...) (pp. 100-102)
In: Camilo Castelo Branco, “Memórias do Cárcere”, II Vol, 8ª ed. Lisboa, Parceria A. M. Pereira, Lda, 1966, (1ª ed., Porto, 1862) (Coleçáo "Obras de Camilo Castelo Branco, Edição Popular, 54")~
(Seleção / revisão e fixação de texto / negritos / parênteses retos: LG)
Este obra está disponível em formato pdf, no sítio da Imprensa Nacional- Casa da Moeda, Lisboa, 2020, 232 pp, edição de Ivo Castro e Raquel Oliveira, distribuição gratuita. (Segue a 2ª edição, revista pelo autor, Porto, 1864.)
https://imprensanacional.pt/wp-content/uploads/2022/03/Memorias-do-Carcere.pdf?btn=red
(*) Último poste da série > 21 de outubro de 2023 > Guiné 61/74 - P24777: Manuscrito(s) (Luís Graça) (239): Zé do Telhado (Penafiel, 1816 - Angola, Malanje, 1875): um caso de "banditismo social"? Entre o mito e a realidade - Parte VI: no desterro em Angola, Zé do Telhado "continua a realizar proezas: subjuga os pretos, funda prósperas roças, dirige negócios" (Padre Manuel Vieira Aguiar, 1947)
(**) Vd. José Manuel de Castro - José do Telhado- Vida e aventura, a realidade. a tradição popular. Ed. autor, 1980, 193 pp., il. (Tipografia Guerra, Viseu).
(***) Vd. Wikipedia: Na época(1852) era conhecido por Regimento de Granadeiros da Rainha, unidade de elite criada em 1842, responsável pela guarda pessoal da Rainha D. Maria II; em 1855, o regimento adopta a actual designação de RI2 - Regimento de Infantaria 2, com sede em Lisboa. Quando Camilo escreveu as "Memórias do Cárcere" já era RI 2,
(****) O "quarto" era um equena bala de chumbo, de forma angular.
(*******) Na época o "pinto" valia cerca de 480 réis. Também era conhecido como "cruzado novo".