A apresentar mensagens correspondentes à consulta "Pinto Ferreira" + strela ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta "Pinto Ferreira" + strela ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3859: FAP (6): A introdução do míssil russo SAM-7 Strela no CTIG ( J. Pinto Ferreira / Miguel Pessoa)

Restos do Fiat G91-R4 nº 5419, atingido por um míssil Strela, à vertical de Madina do Boé, no dia 28 de Março de 1973. Era pilotado pelo comandante Almeida Brito (1933-1973). Na foto vêem-se guerrilheiros do PAIGC examinando os destroços.


A notícia da queda do Fiat G-91, pilotado pelo Ten Cor Pilav Almeida Brito, comandante do Grupo Operacional 1201, da BA 12, em Bissalanca. Diário de Notícias, 31/3/73.

Imagens: Cortesia do blogue do Victor Barata > Especialistas da BA12, Guiné 65/74 > Terça-feira, 31 de Julho de 2007 > Ten Cor Pilav Almeida Brito: Única vitíma mortal do Strela, por Arnaldo Sousa

O Comandante Almeida Brito tinha nascido em 1933 e concluído em 1953 o curso de aeronáutica militar na Escola do Exército (antecessora da Academia Militar). O seu desaparecimento (o corpo nunca chegriara a ser encontrado) causou profunda consternação na BA12 e em Bissau, onde era um militar muito conceituado e muito querido entre os seus subordinadas e amigos.


Imagem do míssil russo SA-7 Grail (designação da NATO).

Fonte: Wikipedia, the free enciclopedia > Strela 2 (imagem copyleft)


I. Mensagem, com data de 2 do corrente, enviada pelo nosso amigo e camarada Miguel Pessoa, ex-Ten Pilav (Bissalanca, BA12, 1972/74), hoje Cor Pilav Ref.


Caro Luís

Na sequência das linhas que te enviei sobre os mísseis Strela na Guiné, e tendo conhecimento de um texto rigoroso sobre o assunto elaborado já há uns anos, mas nunca publicado, achei por bem falar com o seu autor, o então Comandante da Esq 121 (Fiats G-91, T-6 e Do-27), (à data Capitão) Pinto Ferreira, solicitando-lhe autorização para enviar o referido texto para publicação nesse blogue.

Para além do rigor da informação nele contida (o autor teve a amabilidade de o enviar a pilotos que voaram nessa época na Guiné, para eventuais correcções), parece-me importante dar a conhecer aos frequentadores do blogue um resumo fidedigno do que realmente sucedeu e corrigir de vez o que sobre esta matéria se tem escrito incorrectamente.

Dada a anuência do autor do texto, aqui segue a informação, achando eu que deve ser dado o devido crédito a quem, pelas funções que desempenhava na época e o conhecimento profundo dos eventos relatados (porque esteve lá na maioria deles), merece toda a credibilidade.

Um abraço fraterno
Miguel Pessoa



II. A INTRODUÇÃO DO 'STRELA' (*) NA GUINÉ
por José Manuel Pinto Ferreia (Ten Cor Pilav Ref)


1. O primeiro míssil Strela foi mais sentido que visto quando uma parelha de Fiats G-91, pilotada pelos Ten Cor Brito e Ten Pessoa, executava uma missão junto à fronteira norte, em Campada – S. Domingos, no dia 20 de Março de 1973. O míssil passou entre os dois aviões sem atingir nenhum deles, mas tão próximo que o Ten Cor Brito sentiu o impacto da onda de choque do míssil.

Como era habitual sempre que um avião era alvejado, seguindo o rasto de fumo deixado, os dois G-91 iniciaram um circuito de tiro batendo o local de onde tinha sido feito o disparo, utilizando o armamento de que dispunham (bombas, 2 x 200Kg e 4 x 50Kg cada avião), com os parâmetros de tiro habituais naquela época (3000 a 4000' de altitude), o que poderia ter sido fatal para aqueles pilotos. No entanto não se verificou resposta por parte do IN.

A pedido do chefe da formação o segundo avião observou o exterior do outro, tentando detectar sinais de algum impacto, não tendo no entanto verificado qualquer anomalia. Os aviões regressaram à Base sem mais incidentes.

2. O segundo míssil, agora já detectado visualmente em 22 de Março de 1973, foi disparado contra um DO-27, pilotado pelo Fur Moreira, o qual se encontrava empenhado a fazer o Sector de Bigene. O piloto voava na área de Bigene e, pensando que se tratava de um disparo de RPG, como era habitual quando alguma aeronave era alvejada, pediu ao Centro de Operações Aéreas na BA12 que enviasse para o local a parelha de Fiats de alerta.

A parelha de alerta, armada com foguetes e metralhadoras, descolou para Norte enquanto o DO-27 se mantinha na área. Os dois pilotos dos G-91 eram os Ten António Matos e Lourenço Marques.

Quando chegaram ao local o Fur Moreira indicou o local do disparo como sendo na margem de uma mata, que corria para norte. Indicou também o local onde o tiro tinha caído, que ainda fumegava e que distava do ponto de disparo cerca de 1,5Km. A distância pareceu logo demasiado grande para um tiro de RPG porque o alcance máximo era de 400 metros.

Os dois G-91 iniciaram um circuito de tiro batendo a orla da mata, de Sul para Norte. Neste circuito o nº 1 saía para a esquerda e o nº 2 para a direita.

Entretanto são verificados dois novos disparos, que não passam perto dos aviões, mas mais uma vez com um grande rasto de fumo e também com grande alcance. Mesmo assim, a surpresa continuou a funcionar, não tendo ocorrido a nenhum dos pilotos que se pudesse tratar de um míssil.

Perante esta reacção do inimigo e porque entretanto ambos os aviões tinham esgotado o armamento, o nº 1 decidiu pedir mais dois aviões, desta feita armados com bombas, 2 x 200 Kg e 4 x 50 Kg.

O nº 1 desta parelha não chegou a descolar, pelo que só saiu o nº 2 que era o Comandante da Esquadra, Cap Pinto Ferreira.

Chegado à zona recebe indicações da parelha anterior e inicia o bombardeamento. À saída do 3º passe de bombas, e já quando passava pelos 5.000 pés [, c. 1500 m], observou, vindo da sua direita, um longo rasto de um míssil em rápida aproximação ao seu avião.

Submetendo o avião aos "Gs" que a velocidade permitia, de imediato sentiu um forte impacto no avião, o que o levou a considerar ter sido atingido. No entanto, sem indicação na cabina de quaisquer danos, rumou em direcção à Base. Os outros dois aviões seguiram-no.

O Cap Pinto Ferreira aterra o G-91 em Bissau, constatando-se então não ter sido atingido por qualquer estilhaço.

Mais uma vez, um míssil passou demasiado perto e o que o piloto sentiu foi a onda de choque.

3. O terceiro Strela atingiu o avião do Tem Pessoa, em 25 de Março de 1973.

Sobrevoando o corredor do Guileje a 1.000' (300 metros) de altitude para se furtar ao fogo das metralhadoras antiaéreas instaladas na Guiné-Conakry, numa missão de apoio ao quartel do Guileje, o avião do Ten Pessoa é o primeiro a sofrer o impacto directo do míssil:

"Fui atingido na parte traseira do avião, fiquei sem motor e depois sem comandos, e deu-me a sensação de que não teria sido uma bateria antiaérea. A minha preocupação, quando senti o impacto e a perda do motor, foi tentar pôr o motor a trabalhar normalmente, com a esperança de fazer uma ignição de emergência. Procurei o aquartelamento a que eu estava a fazer apoio de fogo, com vista à ejecção".

O Ten Pessoa acabou por perder o domínio do avião. Sem motor e sem comandos, sentindo o Fiat afundar-se rapidamente, decidiu ejectar-se. Como voava muito baixo, o pára-quedas não abriu completamente, mas a vegetação travou-lhe a queda, depositando-o no chão com uma perna partida.

Assim que se restabeleceu do choque, começou a procurar um local donde pudesse disparar, relativamente abrigado das vistas do inimigo, a pistola de sinais que lhe permitiria ser localizado pelos aviões. Avaliando rapidamente as circunstâncias em que fora abatido, concluiu que devia estar próximo do aquartelamento de Guileje, e conseguiu determinar mesmo, e acertadamente, em que direcção ele se encontrava. Arrastou-se ainda, a muito custo, algumas centenas de metros, mas não conseguiu alcançá-­lo, como era seu desejo.

Os guerrilheiros não se devem ter apercebido de que o piloto se tinha ejectado, pois a ejecção foi executada a muito baixa altitude. No decurso da noite, que passou dissimulado no meio da folhagem, Pessoa não detectou qualquer movimentação do inimigo nas cercanias.

Apenas no dia seguinte, quando os helicópteros e os aviões começaram a voar na zona, é que eles poderão ter suspeitado da existência de pessoal militar no terreno. Mas quando tentaram localizar o piloto, já era tarde: pelas onze horas do dia 26 de Março de 1973, um grupo integrando elementos das Operações Especiais e de pára-quedistas do BCP12, depois de o localizar, transportou-o para um helicóptero onde a enfermeira pára-quedista Giselda Antunes lhe prestou os primeiros socorros e o assistiu na sua evacuação para o Hospital Militar de Bissau. A heli-recuperação do Ten Pessoa esteve longe de ser pacífica, tendo sido feitos disparos de mísseis contra os aviões de apoio à operação, nomeadamente a um T6 do Fur Carvalho, mas não causando estragos.

4. Três dias mais tarde, a 28 de Março de 1973, o Comandante do Grupo, Ten Cor Brito, não teve a mesma sorte da primeira vez em que fora alvejado, juntamente com o Ten Pessoa, sendo atingido à vertical de Madina do Boé, por um míssil que provocou a explosão do seu avião.

Por volta das 12H00, o Centro de Operações informara que, segundo a DGS, estaria em curso uma reunião de altos quadros do PAIGC, em Madina do Boé, considerada a capital do território independente da região abandonada em 1969 pelas nossas Forças Terrestres (todo o sul do rio Corubal).

Embora se suspeitasse de uma armadilha, foi tomada a decisão de se fazer um reconhecimento visual da zona, a baixa altitude, pelo que foi accionada a parelha de alerta, constituída pelos Ten Cor Brito e Cap Pinto Ferreira.

Chegados à área, a parelha comandada pelo Ten Cor Brito percorre para sul a estrada que vai até à base do PAIGC na Guiné Conacri, conhecida por Kamberra, a baixa altitude, o que permitiu observar um cenário de viaturas militares destruídas, desde a altura em que o Exército abandonou aquela região. Não se verificou qualquer reacção do inimigo, mesmo quando sobrevoam Kamberra .

Atingida a fronteira sul, os aviões rumam a norte em direcção a Madina do Boé. À vertical daquela posição, o nº 2 da formação, Cap Pinto Ferreira, a voar a cerca de 500 pés [, c. 150 m,] sobre o terreno, é surpreendido pela explosão do avião do Ten Cor Brito - que voava um pouco mais alto á sua frente - atingido por um Strela.

O IN lança outro míssil para o nº 2, que graças a manobras evasivas (mais de 3 "G, s") e à baixa altitude, não é atingido.

De regresso à Base e reunidos os mais altos responsáveis do Comando da Região Aérea e do Q.G., foi decidido não voltar àquele local para a recuperação do corpo do Ten Cor Almeida Brito, apesar de haver voluntários para a operação.

Naturalmente que a perda do líder do Grupo Operacional da Guiné causou grande perturbação nos pilotos, na sua maioria jovens pilotos.

5. Em 6 de Abril de 1973, agora no Norte do território da Guiné, a fortuna foi ainda mais madrasta para o Grupo Operacional 1201 da Guiné. Nesse dia, muito cedo, um DO-27 pilotado pelo Furriel Baltazar da Silva partiu de Bissalanca para uma missão de apoio a um sector de Batalhão, a norte do rio Cacheu. Numa das movimentações, transportando um médico e um sargento de Bigene para Guidaje, o avião não chegou ao destino.

Tendo-se perdido o contacto com aquele avião, de Bissalanca descolaram meios aéreos para tentar localizá-lo e, quase em simultâneo, descolou outro DO-27 incumbido de proceder a uma evacuação sanitária pedida pelo aquartelamento do Guidaje. O avião era pilotado pelo Fur Carvalho e levava a bordo a enfermeira pára-quedista Giselda Antunes.

Também este avião não chegaria ao seu destino: alvejado por
um míssil Strela, que o não alcançou por muito pouco, os comandos
do DO-27 ficaram tão danificados pela acção da onda de choque, que teve de regressar à base de origem. [Giselda Antunes e Miguel Pessoa vieram a casar mais tarde, tornando-se, com toda a probabilidade, num casal único em todo o mundo: ambos foram alvejados por mísseis terra-ar Strela, e escaparam os dois à morte.]

Entretanto, para substituir o avião danificado partiu de Bissalanca outro DO-27, pilotado pelo Fur António Carvalho Ferreira.

Tendo embarcado em Bigene o Major Mariz, comandante do Batalhão ali estacionado, este avião aterrou por fim em Guidaje, donde descolou mais tarde com quatro pessoas a bordo: o piloto, o major, um militar ferido e um enfermeiro para o assistir durante a viagem para Bissau. Apenas se sabe que, dadas as características da pista, descolou para norte, entrando por território do Senegal. Nunca mais foi visto!

O primeiro DO-27 desaparecido acabou por ser localizado algures no mato, entre Bigene e Guidaje. Transportado de imediato para o local em helicópteros, um pelotão de pára-quedistas limitou-se a constatar a morte dos quatro ocupantes. Nessa altura, voando na área em protecção da acção terrestre, o T-6 do major Mantovani foi abatido por outro míssil Strela, tendo o piloto morrido na queda do aparelho.

Manuel dos Santos, o homem que chefiara o grupo do PAIGC enviado à União Soviética para aprender a operar os mísseis, e que então acumulava as funções de comissário político da Frente Norte com as de comandante dos mísseis em todo o território, podia dar-se por satisfeito: naquelas poucas semanas do primeiro semestre de 1973, os seus homens desferiram um duro golpe na capacidade operacional do inimigo.

6. O último avião a ser abatido por um Strela, antes da independência, teve lugar 9 meses depois, em 31 de Janeiro de 1974, numa missão de apoio próximo ao quartel de Canquelifá, no leste da Guiné; a parelha de Fiats era constituída pelos Ten Cor Vasquez e Ten Gil.

O avião do Ten Gil foi atingido ao fim do dia, durante a recuperação de um passe de bombas (a cerca de 7.000'), eventualmente feito sem a necessária aceleração, entrando assim no envelope do míssil.

O piloto ejectou-se, conseguido fugir para Norte, passando a noite para lá da fronteira com o Senegal. Ao amanhecer, iniciou uma caminhada para sul, a fim de tentar encontrar a estrada Nova Lamego – Buruntuma.

Entretanto, estavam já na zona os meios de busca e salvamento, constituídos por um DO-27 e Pára-quedistas transportados em ALIII, bem como uma parelha de Fiats em alerta, estacionada em Nova Lamego, com o Cap Pinto Ferreira e o Ten Matos.

O Ten Gil avistou os aviões que o procuravam, só que, quando tal aconteceu, já se encontrava demasiado a Sul (que jeito teria feito um rádio... - só apareceram uns meses depois) ; continuou a andar e, cansado e cheio de sede, resolveu entrar numa tabanca onde pediu água.

Foi recebido de um modo amistoso, deram-lhe água e laranjas, o que o levou a oferecer 1000 Pesos, a quem o levasse a um quartel da tropa. À vista de tal quantia, foi o próprio homem grande da tabanca que, pegando na sua bicicleta, o levou ao posto da tropa mais próximo - Dunane, situado na estrada Piche-Canquelifá.

Aí chegados e como os militares eram todos africanos, o piloto pediu que o levassem até um quartel com militares brancos, o que fez o homem grande pedalar rijo até Piche.

Foi desse posto avançado FT que, cerca das 17:00 e via rádio, informaram os Fiats que o "Papá Índia Lima Oscar Tango Oscar ia para (as duas letras do indicativo de Piche) de Bravo Índia Charlie Índia Charlie Lima Echo Tango Alfa".

Chegado a Piche, o Ten Gil pagou a dívida ao homem grande e foi transportado no Dakota para Bissau, onde chegou cerca das 23H00.

Devido aos excessos da comemoração acabou a noite no Hospital de Bissau; aí chegado, e como não houvesse camas disponíveis, foi obrigado a dormir na área da Psiquiatria; o enfermeiro, que entretanto entrara de serviço, como o viu demasiado agitado (era do chagrin ...) e estando na área dos PSICOS, resolveu amarrá-lo à cama, donde só muito mais tarde se conseguiu libertar.

Regressou à Base na manhã de 2 Fevereiro, sem mais problemas.

7. Em síntese, o sucesso inicial do PAIGC, teve como principal origem a falta de informações sobre o sistema do míssil, seu envelope e capacidades, que deveriam ter sido antecipadas aos operadores daquele teatro de operações. Recorde-se que, o Strela ou SAM 7, era já bem conhecido da guerra do Vietname.

Foi preciso perderem-se 6 aviões e 4 pilotos, para se passar a operar com contra-medidas adequadas, o que permitiu não ter mais perdas durante cerca de 9 meses.

Refira-se que o PAIGC continuou a utilizar o Strela na Guiné, evoluindo para mísseis mais sofisticados, em que desapareceu o rasto de fumo que, no início, permitia o avião aperceber-se da sua aproximação supersónica, passando mais tarde a ser possível vislumbrar apenas um foco de luz, proveniente da cabeça do míssil.

Assim, a partir de Abril de 1973, na zona do objectivo o Fiat G-91 passou a manobrar por forma a manter um mínimo de 3 a 4 Gs e a retaliar de forma intensiva , com bombas de 750 libras, sempre que era lançado um míssil.

Este tipo de armamento, chegou a ser utilizado no apoio próximo a aquartelamentos na fronteira, caso do Guidaje onde foram largadas bombas de 750 libras no arame farpado! Aliás este aquartelamento deixou de ser abastecido por terra, uma vez que as colunas militares não conseguiam passar. Ao ponto de uma coluna de veículos militares, carregados de armamento e explosivos, ter sido emboscada e abandonada pelo nossas FT, e ter sido dada a ordem ao Cap Pinto Ferreira, para bombardear e destruir a referida coluna, o que foi feito.

Diga-se, em abono da verdade, que o apoio próximo habitual às tropas no terreno, com o DO-27 a fazer PCV com foguetes e o T-6 no acompanhamento das colunas no seu trajecto, deixou ser exequível. O DO-27 ficou limitado às evacuações e o T-6 foi abolido. Os Fiats e os Helicópteros, com contra-medidas adequadas, continuaram a cumprir as suas missões.

José Manuel Pinto Ferreira


III. Comentário de L.G.:

Caro Miguel: Como já tive ocasião de to dizer, por mail e pessoalmente, é um honra podermos publicar o texto do teu e nosso camarada Pinto Ferreira, enriquecido com as tuas notas de rodapé. Obrigado pela tua generosidade e paciência. Os vossos contributos são importantes para o esclarecimento de muitas coisas da história da guerra colonial na Guiné, sobre as quais falamos (e escrevemos), às vezes, com muita ligeireza... e ignorância.

Como já te apercebeste, o nosso blogue não tem nenhum bandeira, a não ser a da camadaragem e da verdade. Somos um blogue de memórias e de afectos. Quero que os camaradas da FAP se sintam aqui tão confortáveis como os outros, do Exército e da Marinha. Este é um bom espaço para publicar, os nossos escritos, os nossos documentos, as nossas fotos... Estamos a caminho de um milhão de páginas visitadas... Saúdo o Pinto Ferreira e convido-o a sentar-se também connosco à volta do poilão... Como eu costumo dizer, a nossa Tabanca Grande não tem portas nem janelas... Obrigado, Pinto Ferreira, obrigado, Miguel Pessoa.

____________


P.S. Uma nota de rodapé preparada, não pelo autor do texto anterior, mas por mim (**), com base no conhecimento que ao longo destes episódios fui (fomos) adquirindo:

a. Desde o seu aparecimento em 20 de Março de 1973, até à saída da Força Aérea do território da Guiné, foram assinalados quase 60 disparos de mísseis SAM-7 Strela, tendo o último sido registado já depois de 25 de Abril de 1974, contra um AL-III (Alf Cruz Dias?) que cruzava o rio Tombali na zona da Pobreza, embora sem danos para o helicóptero.

b. As ondas de choque sentidas pelos aviões eram derivadas da velocidade atingida pelo míssil, que rondava Mach 1,5 (1,5 vezes a velocidade do som), provocando no seu percurso uma onda de choque que podia ser sentida pelos aviões quando o míssil passava "a raspar".

c. Por sua vez os mísseis tinham um alcance de 11.000'/12.000' [c. 3300 / 3600 m], o que, por não poderem ser lançados na vertical, permitia supor que uma altitude de 10.000' seria segura para cruzar os céus da Guiné - método seguido pelos DO-27 e pelos "aviões da pesada" nas deslocações longas, bem como pelos Fiat G-91 nos percursos para e no regresso da zona de operação (o Fiat G-91 passava com relativa facilidade dessa altitude para baixas altitudes). Já o AL-III, assim como o DO-27 em percursos curtos, faziam as suas deslocações a baixa altitude, de modo a evitar o míssil (que, disparado com um ângulo pequeno em relação ao horizonte, podia ser atraído pelo calor irradiado pelo terreno, falhando o alvo).

d. Da experiência recolhida pelos pilotos de Fiat G-91 no seu contacto com o Strela, verificou-se por mais que uma vez, que os mísseis passavam (ou acertaram, no caso de 31JAN74) pelo avião alvejado a uma altitude entre os 4.000' e os 7.000' (1.300 a 2.300 metros), em situações de recuperação adequadas (o que significava forças de 5 a 6 G's em volta).

e. Em todo o conflito o Fiat G-91 nunca foi equipado com sistemas passivos ou activos de defesa contra este tipo de armamento do PAIGC. Como já foi referido no texto anterior, as contra-medidas tomadas foram, fundamentalmente, a utilização de novos parâmetros de voo, a vigilância mútua das aeronaves nos voos de formação (de modo a detectar atempadamente qualquer disparo contra uma delas) e um maior cuidado nas recuperações dos passes (com recurso a manobras mais apertadas, nos limites de operação do Fiat G-91), de modo a evitar que o míssil conseguisse obter uma curva de perseguição adequada para o abate do avião.

(*) Míssil SAM-7, nome de código Grail, conhecido como Strela (стрела, flecha, em russo) [Vd. entrada na
Wikipédia > Strela 2]. Fui confirmar no Google, teclando SAM-7, e a designação que apresentam é STRELA. Foi assim que escrevi no texto.

(**) Miguel Pessoa (ex-Ten Pessoa, piloto de Fiat G-91 na Guiné entre NOV72 e AGO74)

Informações (ou melhor, confidências) que o Miguel Pessoa me mandou em 30 de Janeiro último sobre a sua dramática experiência nos céus (e depois no chão...) de Guileje:

(...) "De referir que o António Matos não terá chegado a ver-me nem ao avião. Nessa altura eu ainda devia estar estendido no chão, desacordado (ejectei-me baixo e o paraquedas lá foi abrindo, sendo ajudado na travagem por uma árvore de grande porte - logo havia de escolher uma mata densa para 'aterrar'...). Mesmo assim, acabei por entrar demasiado depressa pelo chão, provocando a fractura do peróneo... e a perda de consciência. Provavelmente até foi a árvore que me safou.

"Pelo que me foi contado mais tarde, a minha localização só foi conhecida próximo das 17H00, quando o Ten Cor Brito visualizou um dos meus 'very-lights' e, seguindo-lhe o rasto, conseguiu lobrigar o meu paraquedas meio metido na árvore. A verdade é que a densidade da mata não permitia aos pilotos ver o chão (nem o meu avião), nem eu conseguia ver os aviões no ar... (Mesmo os 'very-light' tinham que ser disparados enviezados, para não baterem na copa das árvores).Como te lembras, a noite cai num ápice... e bastante cedo! Daí a decisão acertada de adiar a minha recuperação para a madrugada do dia seguinte.Mas a noite que passei no Corredor do Guileje e a posterior recuperação ficam para outra vez.

E sobre o Ten Cor Brito, o Miguel Pessoa também me confidenciou o seguinte (que quero partilhar com o resto dos amigos e camaradas da Guiné, por ser também também uma pequena homenagem a um grande militar que honrou as Forças Armadas Portuguesas):

(...) "Era um piloto por quem tinha grande admiração e com quem tive algo em comum: Fomos os dois primeiros pilotos a ser alvejados por um Strela (que passou pelo meio dos nossos dois Fiats) em Campada (na fronteira norte) no dia 20 de Março; e fomos também os dois primeiros a ser abatidos por um Strela - eu em 25 e ele em 28 de Março. Infelizmente ele não teve tanta sorte como eu. Estou convencido que ele contribuiu decisivamente para eu poder estar agora aqui a enviar-te estas linhas. E isso eu não esqueço".

_________

Nota de L.G.:


Vd. os cinco primeiros postes desta série, FAP >
23 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3783: FAP (1): A diferença entre o desastre e a segurança das tropas terrestres (António Martins de Matos, Ten Gen Pilav Res)

31 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3825: FAP (2): Em cerca de 60 Strellas disparados houve 5 baixas (António Martins de Matos)

1 de Fevereiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3826: FAP (3): A entrada em acção dos Strella, vista do CAOP1, Mansoa, Março-Maio de 1973 (António Graça de Abreu)

4 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3839: FAP (4): Drama, humor e... propaganda sob os céus de Tombali (Miguel Pessoa, Cor Pilav Ref)

5 de Fevereiro de 2009 >
Guiné 63/74 - P3844: FAP (5): Reflexões sobre o Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (João Carlos Silva)
Vd. outros postes relacionados com o Strela no CTIG:
29 de Janeiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3816: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (5): Strellado nos céus de Guileje, em 25 de Março de 1973 (Miguel Pessoa, ex-Ten Pilav)

19 de Abril de 2007 >
Guiné 63/74 - P1675: 28 de Março e 5 de Abril de 1973: cinco aeronaves da FAP abatidas pelos toscos mísseis terra-ar SAM-7 Strella (Victor Barata)

17 de Abril de 2007 >
Guiné 63/74 - P1668: In Memoriam do piloto aviador Baltazar da Silva e de outros portugueses com asas de pássaro (António da Graça Abreu / Luís Graça)

25 de Abril de 2007 >
Guiné 63/74 - P1699: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (1): Abatido o primeiro Fiat G 91

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Guiné 61/74 - P21571: In Memoriam (373): Eduardo Jorge Ferreira (Vimeiro, Lourinhã, 1 out 1952 - Torres Vedras, 23 nov 2019): um ano de saudade - Testemunhos: Parte I (Rui Chamusco e João Crisóstomo)


Eduardo Jorge Pinto Ferreira (Lourinhã, Vimeiro,  1 out 1952- Torres Vedras, 23 nov 2019). Ingressou na nossa Tabanca Grande em 31 de agosto de 2011 (*). 

Tem cerca de 60 referências no nosso blogue.  Hoje, às 11h30,  é-lhe prestado uma pequena homenagem no cemitério do Vimeiro onde respousam os seus restos mortais. 

Um número muito restrito de amigos,colegas e camaradas juntam-se à São (esposa) e ao João (filho, que vive em  Lisboa,o outro,o Rui, está em Inglaterra), para juntos fazermos-lhe a pequena homenagem que esteve prevista para o 12 dia de Outubro, 2ª feira, no grande convívio anual, tradicionalmente organizado por ele (até 2019), por ocasião da Festa de Ribamar, e que este ano não se realizou por causa da pandemia de Covid-19. (**)



Lourinhã > Praia do Areal Sul > 19 de novembro de 2020 >Pôr do sol. 

Foto de L.G. (2020)


In Memoriam >  Eduardo Jorge Ferreira (Vimeiro, Lourinhã, 1 out 1952 - Torres Vedras, 23 nov 2019): um ano de saudade - Testemunhos: Parte I (Rui Chamusco e João Crisóstomo) (***)



Rui Chamusco, natural da Malcata, Sabugal, professor de música, reformado,
 Escola C + S de Ribamar, e amimador do projeto de solidariedade 
"Uma Escola por Timor"


(i) Rui Chamusco (Sabugal e Lourinhã) > Eduardo, o professor, o colega, o amigo, o irmão que toda a gente quer (queria) ter. 

Foi em finais de Julho de 1995 que tive a ocasião de encontrar pela primeira vez o Eduardo. Ele como presidente do conselho diretivo da Escola C+S de Ribamar, e eu como professor de Educação Musical colocado em concurso nacional nesta escola. As primeiras impressões não foram das melhores, uma vez que o informei logo do meu pedido de destacamento ao serviço do município do Sabugal de onde provinha.

A reação do Eduardo, que posteriormente veio a revelar a mim e a muitos outros amigos, foi de pensar para consigo: “ oxalá que lhe dêm o destacamento. Caso contrário será mais um grande ausente, com muitas faltas, uma vez que vem de tão longe (mais de trezentos quilómetros)”.

E porque Deus escreve direito por linhas tortas, o destacamento não me foi concedido, pelo que tive de arrumar a minha trouxa e vir lecionar para a C+S de Ribamar. Entretanto, tive a promessa de que poderia contar com o destacamento para o próximo ano letivo 1996/1997.

Só que durante este ano já começado criou-se tal empatia com os alunos, colegas, pessoal administrativo e auxiliar, e sobretudo com o professor Edurdo Jorge, que no final do ano letivo decidi continuar nesta escola até que um dia decidisse outra coisa. De ano em ano, assim se passaram quinze anos, até ao momento da minha aposentação.

Recordo com muita saudade o nosso envolvimento em tantos projetos educativos: Recordo com saudade as pontes e os laços que criamos e promovemos entra as gentes da serra (Malcata) e do mar(Ribamar). Recordo as caminhadas por ele organizadas no oeste e nas beiras. Recordo as muitas amizades, comuns, que nos mantinham em constante contato e atividade. Mas, recordo e agradeço sobretudo toda a atenção e solicitude que ele me dedicava, particularmente durante a última década, uma vez que a minha ausência da minha residência oficial na Lourinhã era muito comum, nomeadamente durante as minhas três estadias em Timor Leste. Não esqueço de que foi ele que me deu a conhecer os grandes amigos e irmãos João e Vilma Crisóstomo. 

Agora mesmo estou banhado em lágrimas, porque o Eduardo foi, particularmente durante o últimno mês da sua vida, o meu amparo e protção, cuidando de mim como se fosse o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs, durante todo tempo que estive internado no hospital de Torres Vedras. Afinal, eu que estava doente e foi ele que morreu. Ainda hoje pergunto a Deus, autor da vida, porquê foi assim. Os desígnios de Deus são insondáveis...

Continuo a contar com a presença espiritual do Eduardo, falando com ele sem o ver nem ouvir, mas sei que ele me vê ouve, e por isso nunca o esquecerei, até ao dia em que nos encontremos de novo, num estado diferente mas real e verdadeiro.

Amigos assim SEMPRE!...


Ter um amigo é bom
Vê-lo partir faz sofrer 

Encontrei no meu caminho
Um rosto que me sorriu
E passei a ter saudades
Quando esse bem me fugiu... 

Fiquei olhando as estrelas
Cada noite à luz do luar
Confiei-lhe a minha dor
E aprendi a esperar...

O meu amigo voltou
Abri-lhe as minhas janelas
Quando procurei sorrir
Só encontrei as estrelas... 

Voltou a mim a saudade
Foi-se embora o meu amigo
Mas eu fiquei a ter asas
Só por o ter conhecido...



Nota: Esta canção era para ter sido tocada e cantada por mim no dia do seu funeral. Mas a emoção não mo permitiu, pelo que aqui vos deixo o poema.  

Nota do editor LG: Em 3 de outubro passado o Rui Chamusco mandou-nos o  texto  reproduzido acima, com a seguinte mensagem, por email:

(...) Caro amigo Luís Graça:

Espero que tudo esteja bem convosco.

Como bem compreenderás, não podia ficar indiferente ao teu repto de dar testemunho sobre o nosso amigo Eduardo. Pus-me a escrever e ao corrente do pensamento saiu este pequeno artigo que te envio. As memórias e recordações concernantes à nossa cumplicidade e amizade são imensas, incapaz de as descrever em livro ou artigo. Por isso a insignificância do que acabo de escrever.

Penso que, embora a homenagem do dia 12 do corrente mês não possa ter lugar, devemos pensar em algo para o dia 23 de Novembro, passado um ano da sua partida. Espero indicações tuas. (...)




João Crisóstomo, ativista social, e a esposa Vilma Kracum 
(Queens, Nova Iorque)


(ii) João Crisóstomo e Vilma Kracun (Nova Iorque) > Lembrando o Eduardo a 23 de Novembro
Caro Luís Graca e demais camaradas “Eduardianos”,

Não posso estar pessoalmente no Vimeiro. amanhã, mas como todos aqueles em semelhantes condições, alguns dos quais até já expressaram neste blogue a dor pela perca e a sua saudade do nosso Eduardo. Estarei lá bem presente também em espírito e saudade.

Numa tentativa de mitigar esta minha frustração de não me poder aí deslocar, peguei no telefone: Não consegui falar com os filhos (,não sei se tenho o número certo do João em Lisboa, mas não consegui ligação; e quanto ao Rui na Inglaterra, na falta de resposta, tive de deixar mensagem na máquina; saberá pelo menos que eu, e outros com certeza, voaremos amanhã a Inglaterra para lhe dar o nosso abraço de amizade); mas consegui falar com a São, na sua casa no Sobreiro Curvo, Torres Vedras onde estive várias vezes (, além de grandes amigos somos vizinhos, da mesma freguesia de A-dos-Cunhados, a uns escassos minutos um do outro.) 

Não preciso entrar em detalhes, salvo que me senti assim muito mais perto dela por ter podido ouvir do outro lado da linha a sua própria voz. E falei também com o Rui Chamusco, grande e especial amigo de Eduardo, com quem falo quase todos os dias. 

Foi o Eduardo que um dia na praia de Santa Rita , no restaurante ‘Grão de Areia” nos apresentou,"para que pudéssemos partilhar idéias", uma vez que ambos estávamos envolvidos em Timor Leste. Hoje a conversa foi ainda mais vivida do que normalmente, pois ao fim de uns minutos falávamos do Eduardo.

E quando o Rui me disse "Olha, João, dentro de minutos vai fazer exactamente um ano que nos reunimos para almoçar ; mal sabiamos nós que era o nosso almoço de despedida e que não nos tornaríamos a ver" , eu não pude deixar de ver a sua emoção que, contagiante, eu experimentei também.

Creio que não preciso dizer mais.

Amanhã vou estar com todos vocês.

João (e Vilma) Crisóstomo, Nova Iorque, 22 de novembro de 2020

PS - Já com este E mail acabado, quando me preparava para o enviar, o telefone tocou: Era o Rui, respondendo da Inglaterra à chamada/mensagem que lhe deixei há uma hora atrás. E com esta chamada veio de novo a emoção: eu estava a falar com o filho do Eduardo, que "parecia nem saber o que dizer”, comovido e grato pelo homenagem de todos nós ao seu pai, não só pelo que vai ter lugar amanhã no Vimeiro mas pela enchurrada de mensagens e sentimentos de todos nós e de que tem estado a tomar conhecimento.

A ele e ao seu irmão gémeo, João, assim como à São o meu/nosso muito especial abraço.
João e Vilma
___________

Notas do editor:



(...) Estive [, na Guiné, em Bissalanca,] na BA12 de 20 de janeiro de 1973 (, triste data, a do assassínio de Amilcar Cabral, ) a 2 de setembro de 1974, colocado na EDT (Esquadra de Defesa Terrestre) como Alferes miliciano da Polícia Aérea, onde era conhecido por Ferreira.

Quero aqui enviar um abraço especial ao (então Tenente PilAv) [Miguel]Pessoa, um dos primeiros senão o primeiro piloto a ser atingido por um míssil Strela e que felizmente conseguiu ejectar-se e ser resgatado pelos paraquedistas. Constato com satisfação que está de boa saúde e tem responsabilidades no blogue e fiquei agora a saber também que casou com a Enf Pára-quedista Giselda a quem saúdo igualmente. Pela foto actual e tanto quanto me lembro das suas feições, passados estes 38 anos, não mudou muito, está com óptimo aspecto, o que é de saudar.

Depois de vir da Guiné, e como era voluntário na Força Aérea por 6 anos,  passei pela Comissão de Extinção da PIDE/DGS (Gabinete de Imprensa) e pelo Estado Maior General das Forças Armadas (1ª Divisão) donde passei à disponibilidade em junho de 1977.

Entretanto tirei o curso de Instrutores de Educação Física e, mais tarde, a licenciatura em Administração Escolar, realizando o percurso normal de professor até uma determinada altura,  a que se seguiram 15 anos de ligação à gestão escolar, dos quais 12 como presidente. Voltei a ser unicamente professor nestes últimos 9 anos lectivos acabando a minha carreira profissional em Abril último. (...)

(**) Vd, postes de


25 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20380: In Memoriam (355): Um alfabravo (ABraço), Eduardo, até qualquer dia!

(***) Último poste da série > 22 de outubro de  2020 > Guiné 61/74 - P21474: In Memoriam (372): Soldado At Art João Fernandes Caridade (1946-1969), falecido em acidente de viação no dia 4 de Maio de 1969, em Buruntuma (Abel Santos, ex-Soldado At Art da CART 1742)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8806: Recortes de imprensa (48): Strela, a ameaça ao domínio dos céus do ultramar português - Revista da FAP, Mais Alto, n.º 392 , Jul / Ago 2011

1. Primeira parte de um trabalho intitulado "Strela, A ameaça ao domínio dos céus no ultramar português", publicado no número 392 da Revista Mais Alto da Força Aérea Portuguesa de JUL/AGO 2011.

Dedicamos este poste ao nosso camarada Miguel Pessoa, ex-Ten Pilav, BA 12, 1972/74, actualmente Coronel na situação de Reforma e à sua esposa Giselda, uma das nossas queridas Enfermeiras Pára-quedistas, também ela 'strelada' nos céus da Guiné.

Honra e glória para os nossos valorosos pilotos da FAP que foram vítimas mortais das armas do IN e de todo o tipo de acidentes, e que não tiveram a sorte dos nossos camaradas Giselda e Miguel.

A publicação deste artigo tem a devida autorização dos responsáveis pela referida Revista, a quem desde já apresentamos os nossos cumprimentos e o reconhecimento pela deferência com que fomos tratados.
Deixamos aqui estas 3 mensagens trocadas a propósito:

i) Mensagem enviada pelo nosso Blogue em 13 de Setembro à Revista Mais Alto:

Exmos. Senhores
Na qualidade de co-editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/), venho junto de V.Exas. solicitar autorização para publicar no nosso Blogue a digitalização das páginas 31 a 42 da vossa Revista Mais Alto, número 392 de JUL/AGO 2011, referente ao Dossier Ultramar - "Strela, a ameaça ao domínio dos céus no ultramar português".

Este dossier foi-nos dado a conhecer pelo senhor Coronel Pilav Miguel Pessoa, nosso tertuliano, a quem quereríamos dedicar uma série, publicando as referidas digitalizações. Foi nos céus da Guiné que o então Tenente Pilav Miguel Pessoa foi derrubado por um míssil Strela.

Esperando de V. Exas. a melhor atenção para o nosso pedido, e deixando convite para nos visitarem, me subscrevo antecipadamente grato.
Carlos Vinhal


ii) Mensagem do Senhor Chefe de Redacção da Revista Mais Alto,  de 15 de Setembro de 2011:

Exmo. Sr.
Carlos Vinhal
Muito obrigado pelo seu contacto.
Solicitava o tempo necessário para que o vosso pedido seja autorizado pelo Director da Revista Mais Alto, Sr. Tenente-General Luís Palma de Figueiredo.
Em caso afirmativo enviar-lhe-ia a primeira parte do artigo em PDF (segue-se a II e última parte na próxima edição da revista de SET/OUT) de forma já editável no vosso Blogue.
Não gostaria também de deixar de assinalar o notável trabalho de recolha e divulgação que tem sido efectuado pelo blogue, um contributo de grande relevo para nossa História no período a que se dedica.

Com os melhores cumprimentos,
Nuno Esteves da Silva 


iii) Mensagem do Senhor Chefe de Redacção da Revista Mais Alto,  com data de 20 de Setembro:

Exmo. Sr.
Carlos Vinhal
Junto temos o prazer de enviar o artigo - Strela - I Parte em formato pdf.

Solicitamos apenas que seja referida a origem do artigo: Força Aérea Portuguesa - Revista Mais Alto, Nº 392 JUL/AGO 2011.

Com os melhores cumprimentos,
Nuno Esteves da Silva


DOSSIER ULTRAMAR
STRELA, A AMEAÇA AO DOMÍNIO DOS CÉUS NO ULTRAMAR PORTUGUÊS

Cortesia de Revista da FAP,  Mais Alto,  n.º 392 / JUL/AGO 2011

__________

Notas de CV:

Vd. ainda os postes de:

17 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1668: In Memoriam do piloto aviador Baltazar da Silva e de outros portugueses com asas de pássaro (António da Graça Abreu / Luís Graça)

19 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1675: 28 de Março e 5 de Abril de 1973: cinco aeronaves da FAP abatidas pelos toscos mísseis terra-ar SAM-7 Strella (Victor Barata)

21 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1867: Força Aérea Portuguesa: Seis Fiat G.91 abatidos pelo PAIGC entre 1968 e 1974 (Arnaldo Sousa)

31 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3825: FAP (2): Em cerca de 60 Strellas disparados houve 5 baixas (António Martins de Matos)

4 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3839: FAP (4): Drama, humor e... propaganda sob os céus de Tombali (Miguel Pessoa, Cor Pilav Ref)

9 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3859: FAP (6): A introdução do míssil russo SAM-7 Strela no CTIG ( J. Pinto Ferreira / Miguel Pessoa)

19 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4051: FAP (18): Kurika da Mata (Miguel Pessoa, ex-Ten Pilav, BA 12, Bissalanca, 1972/74)

28 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4088: FAP (20): Efemérides: 36 anos após a morte do Ten Cor Pilav Almeida Brito, abatido por um Strela em Madina do Boé (Miguel Pessoa)

19 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4217: FAP (24): Afinal quem foi o camarada artilheiro do PAIGC que me 'strelou' em 25 de Março de 1973 ? Caba Fati ? (Miguel Pessoa)

28 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4258: FAP (27): Miguel, já não poderás apertar a mão ao homem do Strela que te quis matar... O Caba Fati morreu em 1998 (Luís Graça)

Vd. último poste da série de 7 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8746: Recortes de imprensa (47): Correio dos Açores: A notícia da morte do Fernando de Sousa Henriques (1949-2011) (Carlos Cordeiro)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8155: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (14): Lista, de A a Z, dos amigos e camaradas da Guiné, registados na Tabanca Grande até hoje





Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > O nosso I Encontro Nacional > O grupo de camaradas fotografados, por volta da 13h, antes do almoço no Restaurante Café do Monte, na Herdade da Ameira. Ainda não tinham chegado todos... De qualquer foi o ano em que ainda "cabiam todos" na fotografia...Mas vejamos quem estava naquele momento, da esquerda para a direira: 

(i) na primeira fila, António Baia (de óculos escuros, enfermeiro num pelotão de intendência, veio com o Fernando Franco), José Bastos, Pedro Lauret, Lema Santos, Sampedro (foi capitão em Fajonquito, veio com o Manuel Pereira), Manuel Pereira, Aires Ferreira (de óculos escuros), Vitor Junqueira (também de óculos escuros), David Guimarães, José Casimiro Carvalho (de joelhos), Fernando Calado (ex-alf mil, CCS do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), Tino Neves, Jorge Cabral e, por fim, Luís Graça; 

(ii) na segunda fila, Carlos Vinhal, Fernando Franco, Fernando Chapouto, Magalhães Ribeiro, Zé Luís Vacas de Carvalho, Neves (um empresário que veio com outro empresário, o Martins Julião, da CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72 ), Humberto Reis (de óculos escuros), Virgínio Briote, Raul Albino...

Faltavam outros de camaradas que foram pioneiros nestas lides, e que por um razão ou outra não estão na foto: lembro-me, por exemplo, do Paulo Santiago, do Carlos Fortunato, do Carlos Santos (que trouxe notícias do Rui Alexandrino Ferreira), do António Pimentel, do Paulo Raposo e do Carlos Marques dos Santos (os dois organizadores do encontro), do António Santos, do Hernâni Figueiredo, do José Martins, do Manuel Lema Santos (ilustre representante da Marinha, juntamente com o Pedro Lauret, dois imediatos da LFG Orion, embora em épocas diferentes), do Rui Felício, do Sérgio Pereira, do Victor David...

Nesse primeiro encontro do nosso blogue, éramos um pouco mais de 50, contando com as nossas companheiras... No último encontro, o V, em Monte Real, em 2010, juntámos 3 vezes mais...




Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > As nossas belas, solidárias e discretas companheiras... Infelizmente, não têm tido o tempo de antena que merecem... Nem sequer constam, a maior parte delas, da lista da nossa Tabanca Grande, mesmo tendo participado em todos ou quase todos os nossos encontros...[ Atrás delas, reconhece-se o Fernando Chapouto e o pira de Mansoa, o nosso ranger Magalhães Ribeiro]...


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2006) . Todos os direitos reservados.


Vd. poste de 15 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1177: Encontro da Ameira: foi bonita a festa, pá... A próxima será em Pombal (Luís Graça)



 Lista (alfabatética dos amigos e camaradas da Guiné, registados na Tabanca Grande até 21/4/2011)


(A) A. Marques Lopes [, foto à esquerda], Abel Maria Rodrigues, Abílio Delgado, Abílio Duarte, Abílio Machado, Acácio Correia, Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), Afonso M.F. Sousa, Agostinho Gaspar, Aires Ferreira, Albano Costa, Albano Gomes, Alberto Antunes, Alberto Branquinho, Alberto Nascimento, Alberto Sousa Silva, Albino Silva, Alcides Silva, Alfredo Reis, Almeida Campos, Altamiro Claro, Álvaro Basto, Álvaro Mendonça, Amadu Jaló (ou Djaló), Amaral Bernardo, Amaro Munhoz Samúdio, Américo Estanqueiro, Américo Marques, Amílcar Mendes, Amílcar Ramos, Amílcar Ventura, Ana Duarte, Ana Ferreira (ou Ana Paula Ferreira), Aníbal Magalhães, Anselmo Garvoa, Antero F. C. Santos (n=36) 



(António) António Alberto Alves, António Almeida, António Azevedo Rodrigues, António Baia, António Barbosa, António Barbosa [Santarém], António Barroso, António Bartolomeu, António Bastos, António Bonito, António Branco, António Branquinho, António Brum, António Camilo, António Carvalho, António Clemente, António Cunha, António Cunha ('Lassa'), António da Costa Maria, António da Silva Batista, António Dâmaso, António Dias, António Duarte, António Estácio, António Faneco, António Garcia Matos (ou António Matos), António Graça de Abreu, António Inverno, António J. Pereira da Costa, António J. Serradas Pereira, António (ou Tony) Levezinho, António Manuel Conceição Santos, António Manuel Oliveira, António Manuel Salvador, António Manuel Sucena Rodrigues, António Marques, António Marquês, António Martins de Matos, António Moreira, António Nobre, António Paiva, António Pimentel, António Pinto, António Rodrigues, António Rodrigues Pereira, António Rosinha, António Sá Fernandes, António Sampaio, António Santos, António Santos Almeida, António Tavares, António Teixeira, António Teixeira Mota, António Varela (n=54)


(Ar) Arlindo Roda [, foto à esquerda ], Armandino Alves, Armandino Santos, Armando Faria, Armando Ferreira Gomes, Armando Fonseca, Armando Pires, Arménio Estorninho, Arménio Santos, Armindo Batata, Arnaldo Sousa, Arsénio Puim, Artur Conceição, Artur José Ferreira, Artur Ramos, Artur Soares, Augusto Silva Santos, Augusto Vilaça (n=18)



(B) Belarmino Sardinha [, foto à direita], Belmiro Tavares, Belmiro Vaqueiro, Benito Neves, Benjamim Durães, Benvindo Gonçalves, Bernardino Parreira, Braima Djaura (n=8)



(Carlos) Carlos Alexandre [, foto à esquerda, 1973, na Ponte Caium], Carlos Américo Cardoso, Carlos Ayala Botto, Carlos Azevedo, Carlos Carvalho, Carlos Cordeiro, Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai), Carlos Farinha, Carlos Fernandes, Carlos Filipe Coelho, Carlos Fortunato, Carlos Geraldes, Carlos Guedes, Carlos Jorge Pereira, Carlos Marques dos Santos, Carlos Mendes, Carlos Nery Gomes de Araújo,Carlos Pinheiro, Carlos Schwarz (Pepito), Carlos Silva, Carlos Sousa, Carlos Valentim, Carlos Vinhal , Clara Schwarz (n=24) 



(Carv) Carvalhido da Ponte, Casimiro Vieira da Silva, Cátia Félix, César Dias, Cherno Baldé, Conceição Brazão, Conceição Salgado, Constantino Costa, Constantino (ou Tino) Neves, Coutinho e Lima, Cristina Allen, Cristina Silva, Cristóvão e Aguiar (n=13) 

(D) Daniel Matos, Daniel Vieira, David Guimarães, David Peixoto, Delfim Rodrigues, Diamantino Monteiro (ou Diamantino Pereira Monteiro), Diana Andringa, Dina Vinhal, Domingos Fonseca, Domingos Maçarico, Durval Faria (n=11) 

(E) Eduardo Campos, Eduardo Costa Dias, Eduardo J. Magalhães Ribeiro, Eduardo Santos, Ernesto Duarte, Ernesto Ribeiro (n=6) 








Guiné > Bissau > 1965 >  "Mascote da companhia em Bissau, nos primeiros dias de permanência na Guiné"... (Foto de Fernando Chapouto, Op Esp, CCAÇ 1426 (Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda, 1965/67).


Foto e legenda: © Fernando Chapouto (2008) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

(F) Felismina Costa, Fernandino Leite, Fernando Almeida, Fernando Araújo, Fernando Barata, Fernando Calado, Fernando Chapouto, Fernando Costa, Fernando Franco, Fernando Gomes de Carvalho, Fernando Gouveia, Fernando Henriques, Fernando Inácio, Fernando Loureiro, Fernando Manuel Belo, Fernando Moita, Fernando Oliveira, Fernando Teixeira, Ferreira da Silva, Ferreira Neto, Filomena Sampaio, Florimundo Rocha, Fradique Morujão, Francisco Godinho, Francisco Palma, Francisco Santos, Francisco Silva (n=26) 

(G) Gabriel Gonçalves, George Freire, Germano Penha, Germano Santos, Gil Moutinho, Gilda Pinho Brandão (ou Gilda Brás), Giselda Antunes Pessoa, Gualberto Passos Marques, Gumerzindo Silva (n=9)







Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca)> 1969 ou 70 > Belíssimma vista aérea da tabanca de Samba Juli, sendo visível o perimetro de arame farpado, as valas e os abrigos individuais > Em Fevereiro de 1969, aquando o desastre do Cheche, a CCAÇ 2405 estava sediada em Galomaro, com um pelotão em Samba Juli, outro em Dulombi e um terceiro em Samba Cumbera. Samba Juli fazia parte de um conjunto de tabancas fulas, em autodefesa no regulado do Corubal, ao longo da estrada Bambadinca-Xitole, onde se incluía Dembataco e , Moricanhe (a oeste da estrada), Samba Culi, Sinchã Mamajã, Sare Adé, Afiá, Candamã, entre outras (a leste)... Tudo nomes que ainda ressoam estranhamente nas nossas cabeças: em muitas delas contávamos as estrelas à noite e esperávamos o alvorecer não sem alguma ansiedade....  Neste episódio, passado m Dezembro de 1969, Beja Santos refere a sua ida a Samba Juli, fazer um transporte de doentes, com o seu Pel Caç Nat 52, agora destacado em Bambadinca e morrendo de saudades de Missirá ... A lealdade dos fulas(ou a sua aliança política com os tugas contra o PAIGC) era paga com estes e outros serviços... (LG)



Foto: © Humberto Reis (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné Direitos reservados

Vd. poste de 1 de Fevereiro de 2008 >  Guiné 63/74 - P2498: Operação Macaréu à Vista - II Parte (Beja Santos) (18): Operação Punhal Resistente





(H) Hélder Sousa, Henrique Cabral, Henrique Cerqueira, Henrique Martins de Castro, Henrique Matos, Henrique Pinto, Herlander Simões, Hernani Acácio Figueiredo, Hugo Costa, Hugo Guerra, Hugo Moura Ferreira, Humberto Reis (n=12)

(I) Idálio Reis, Inácio Silva, Isabel Levy Ribeiro (n=3)



(J) J. Armando F. Almeida, J. C. Mussá Biai, J. L. Mendes Gomes, J. L. Vacas de Carvalho, J. M. Pereira da Costa, Jacinto Cristina, Jaime Machado (n=7) 

(João) João Bonifácio, João Carlos Silva, João Carreiro Martins, João Carvalho, João Crisóstomo, João Dias da Silva, João Graça, João Lourenço, João M. Félix Dias, João Melo, João Miranda, João Pinho dos Santos, João S. Parreira, João Santos, João Seabra, João Santiago, João Varanda (n=17) 

(Joaquim) Joaquim Fernandes, Joaquim Gomes de Almeida (o "Custóias"), Joaquim Guimarães, Joaquim Macau, Joaquim Mexia Alves, Joaquim Peixoto, Joaquim Pinheiro, Joaquim Sabido, Joaquim Soares, Jochen Steffen Arndt (n=10)

(Jorge) Jorge Araújo, Jorge Cabral, Jorge Caiano, Jorge Canhão, Jorge Coutinho, Jorge Félix, Jorge Lobo, Jorge Narciso, Jorge Picado, Jorge Rijo, Jorge Rosales, Jorge Rosmaninho, Jorge Santos, Jorge Silva, Jorge Simão, Jorge Tavares, Jorge Teixeira, Jorge Teixeira (Portojo) (n=18)

(José) José Afonso, José Albino, José Barreto Pires, José Barros, José Bastos, José Belo, José Brás, José Cancela, José Carlos Ferreira, José Carlos Neves, José Carmino Azevedo, José Casimiro Carvalho, José Colaço, José Corceiro, José Cortes, José Crisóstomo Lucas, José da Câmara, José Eduardo Alves, José Eduardo Oliveira (JERO), José Ferreira da Silva, José Figueiral, José Firmino, José Francisco Robalo Borrego, José Gonçalves, José Jerónimo, José Luís Vieira de Sousa, José Macedo, José Manuel (Josema, ou José Manuel Lopes), José Manuel Dinis, José Manuel Pechorro, José Manuel Samouco, José Marques Ferreira, José Martins, José Moreira, José Nunes, José Paracana, José Pedro Neves, José Pedrosa, José Pereira, José Pinho da Costa, José Quintino Romão, José Rocha (ou José Barros Rocha), José Rodrigues, José (ou Zé) Teixeira, José Vermelho, José Zeferino (n=46) 

(Ju) Júlia Neto, Júlio Abreu, Júlio Benavente, Júlio César, Júlio Faria, Juvenal Amado, Juvenal Candeias (n=7) 

(L) Leopoldo Amado, Lia Medina, Libério Lopes, Luís Borrega, Luís Camões, Luís Candeias, Luís Carvalhido, Luís de Sousa, Luís Dias, Luís Faria, Luís Fonseca, Luís Graça [Henriques], Luís Guerreiro, Luís Jales, Luís Marcelino, Luís Miguel da Silva Malú, Luís Moreira, Luís Nascimento, Luís Paiva, Luís R. Moreira, Luís Rainha (n=21) 

(Manuel) Manuel Abelha Carvalho, Manuel Amante, Manuel Amaro, Manuel Bastos Soares, Manuel Bento, Manuel Carmelita, Manuel Carvalhido, Manuel Carvalho Passos, Manuel Castro, Manuel Correia Bastos, Manuel Cruz, Manuel Domingues, Manuel G. Ferreira, Manuel Henrique Quintas de Pinho, Manuel João Coelho, Manuel Joaquim, Manuel Maia, Manuel Marinho, Manuel Martins, Manuel Mata, Manuel Melo, Manuel Moreira, Manuel Oliveira Pereira, Manuel Peredo, Manuel Rebocho, Manuel Reis, Manuel Resende, Manuel Rodrigues, Manuel Santos, Manuel Sousa, Manuel Tavares Oliveira, Manuel Traquina, Manuela Gonçalves (Nela) (n=33)






Guiné > Bissau > Bissalanca > BA12 > A chegada do hospital, em maca, do Ten Pilav Miguel Pessoa, após ter o seu Fiat G-91 ter sido abatido por um, Strela, em 25 de Março de 1973 sob os céus de Guileje, e recuperado no dia seguinte pelas NT. Do lado direito, a Enf Pára-quedista Giselda Antunes. Foto do Srgt Coelho, da secção fotográfica da BA12.


Vd. poste de 4 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3839: FAP (4): Drama, humor e... propaganda sob os céus de Tombali (Miguel Pessoa, Cor Pilav Ref)

Foto : © Miguel Pessoa (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados



(Mar / Mig) Maria Clarinda Gonçalves, Maria Joana Ferreira da Silva, Maria Teresa Almeida, Mário Armas de Sousa, Mário Beja Santos (ou Beja Santos), Mário Bravo, Mário Cláudio [pseudónimo de Rui Barbot Costa], Mário Cruz ("Shemeiks"), Mário de Oliveira (Padre), Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), Mário Fitas (ou Mário Vicente), Mário Migueis, Mário Pinto, Marisa Tavares, Marta Ceitil, Martins Julião, Maurício Nunes Vieira, Melo Silva, Miguel Pessoa, Miguel Ribeiro de Almeida, Miguel Ritto, Miguel Vareta (n=22)

(N) Natalino da Silva Batista, Nelson Domingues, Nelson Herbert, Norberto Gomes da Costa, Norberto Tavares de Carvalho, Nunes Ferreira, Nuno Almeida, Nuno Dempster, Nuno Rubim (n=9) 

(O/P/Q) Orlando Figueiredo, Orlando Pinela, Osvaldo Pimenta, Pacífico dos Reis, Patrício Ribeiro, Paula Salgado, Paulo Lage Raposo (ou Paulo Raposo), Paulo Reis, Paulo Salgado, Paulo Santiago, Pedro Cruz, Pedro Lauret (n=12)

(R) Raul Albino, Raul Azevedo, Raul Brás, Regina Gouveia, Renato Monteiro, Ribeiro Agostinho, Ricardo Figueiredo, Ricardo Sousa, Ricardo Teixeira, Rogério Cardoso, Rogério Chambel, Rogério Ferreira, Rogério Freire, Rosa Serra, Rui A. Santos, Rui Alexandrino Ferreira (ou Rui Ferreira), Rui Baptista, Rui Esteves, Rui Felício, Rui Fernandes, Rui Gonçalves, Rui Santos, Rui Silva (n=23)



Fotos Falantes III > Foto 29 > Candamã > 1969 > O Torcato Mendonça e o seu Gr Comb, CART 2339 (Mansambio, 1968/69)

Foto: © Torcato Mendonça (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


(S/T) Sadibo Dabo, Santos Oliveira, Sérgio Pereira, Sérgio Sousa, Silvério Lobo, Sílvio Abrantes (Hoss), Sousa de Castro, Susana Rocha, Tina Kramer, Tomané Camará, Tomás Carneiro, Tomás Oliveira, Tony Grilo, Tony Tavares, Torcato Mendonça (n=15) 






Guiné > Região de Tombali > Catió > Foto 3A - Vila de Catió > Vista aérea da Rotunda e Avenida de Catió antes de 1967.  O edifício à esquerda na foto era a escola primária que em 1967 já tinha sido modificado. 



Vd. poste de 19 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6616: In memoriam (44): Victor Condeço (1943-2010), um camarada discreto, amável, afável, prestável, generoso (Luís Graça / Benito Neves / Juvenal Amado)





Fotos (e legenda): © Victor Condeço (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.  [O Vitor foi um dos camaradas que deixou, com saudade, o seu lugar vago, em 2010, à volta do poilão da Tabanca Grande]




(V/X/W/Z) Valentim Oliveira, Vasco da Gama, Vasco Ferreira, Vasco Joaquim, Vasco Santos, Victor Alfaiate, Victor Alves, Victor Barata, Victor David, Victor Garcia, Victor Tavares, Virgínio Briote, Vítor Cordeiro, Vítor Junqueira, Vítor Oliveira, Vítor Raposeiro, Vítor Silva, Xico Allen, Zé Carioca (ou José António Carioca), Zélia Neno (n=20) 



Camaradas que da lei da morte se foram libertando: 



Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)

António Domingos Rodrigues (1947-2010)
Carlos Rebelo (1948-2009)
França Soares (1949-2009)
Humberto Duarte (1951-2010)
João Barge (1945-2010)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
Rogério da Silva Leitão (1935-2010)
Victor Condeço (1943-2010) 



Total dos membros registados da Tabanca Grande (em 21/4/2011)= 491 (É possível que possa haver uma ou outra falha, involuntária, nos nossos registos)



Últimas dez entradas (da mais recente para a menos recente): 


Jorge Coutinho, Manuel Abelha Carvalho, Armandino Santos, Florimundo Rocha, Susana Rocha, Manuel Sousa, Francisco Henriques, José Rodrigues, José Barros, Manuel Bento.

______________

Nota do editor:

Último poste da série > 22 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8152: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (13): O Blogue faz parte da minha identificação (Hélder Sousa)