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quinta-feira, 31 de maio de 2007

Guiné 63/74 - P1805: In memoriam (1): Adeus, Zé Neto (1929-2007) (José Martins, Humberto Reis, Luís Graça, Virgínio Briote e outros)

Guiné > Rio Corubal > Saltinho > 1969> As férias do pessoal da CART 1613, enquanto aguardava, em Colibuia e Cumbijã, a indicação do seu teatro de operações... No foto vemos o acrobático e já famoso salto do então sargento Neto... Em 29 de Maio de 2007, o capitão reformado José Neto deu o seu último salto mortal... Nascido em Leiria, em 1929, era uma atleta e um apaixonado pela vida... e por Macau e pela Guiné... Foi também um homem determinado, um homem que se fez a ele próprio, com trabalho, estudo e abnegação... (LG)

Foto: © José Neto (2007). Direitos reservados.

O Zé Neto (1929-2007) é a nossa primeira baixa na tertúlia. E logo ele que, com tanta esperança e afinco, e o nosso solidário apoio, se meteu na sua útima guerra, a guerra contra o cigarro, aos 77 anos. Os seus últimos quatro meses de doença, já este ano, foram dolorosos e penosos para ele e para a família. Morreu no dia 29 de Maio de 2007, anets da meia-noite.

Hoje a família e os amigos disseram-lhe o último adeus, no cemitério dos Olivais. O Virgínio Briote esteve no funeral e representou-nos a todos. Na véspera, alguns de nós já lhe tinham prestado a última homenagem, velando o seu corpo: eu, o Humberto Reis, o José Martins passámos pela Igreja de São João de Deus... Creio que outros cmaradas também por lá passaram: o Nuno Rubim, o Helder Sousa...

Conhececemos pessoalmente a viúva, um das suas três filhas e dois dos seus quatro netos, a Leo e o Afonso. É uma menina de oiro e é um menino de ouro, dois netos de que o avô nos falava no nosso blogue. Certamente que dos outros dois ele também tinha orgulho, mas não tivemos ocasião de estar com eles.

Vimos também gente que privou com o Zé Neto, nas mais variadas situações profissionais, desde Macau à guarda fiscal. Transmitimos à família o nosso apreço pelo Zé e o nosso pesar pelo seu desaparecimento. Em nome de todos, do pessoal do nosso blogue, Luís Graça & Camaradas da Guiné.

Aproveitamos hoje para publicitar, aqui, mensagens dos nossos camaradas de tertúlia que nos têm chegado. É a nossa maneira, pública, original mas sincera, de lhe dizer adeus e lhe testemunhar a nossa saudade. Zé, a tua memória e os escritos ficarão connosco. Vê como te escreveram palavras bonitas e sentidas, parta ti, que eras o nosso patriarca, o homem grande, como te chamou o Pipo. E podes ficar descansado: terás sempre o teu cantinho nesta generosa e magnífica tertúlia de amigos e camaradas da Guiné. (LG)
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José Martins

Caros amigos [mensagem dirigida à família]:

Recebi a notícia. Sinto a vossa dor, e se vos pode servir de alguma coisa, também vos acompanho na dor.

Conheci o Zé, permitam-me a forma como me exprimo, e apenas alguns momentos bastaram para se cimentar uma amizade que, creio, tambem era recíproca.

Mais um partiu, quiçá, para preparar a nossa chegada.

Não deixem perder a memória do vosso pai ou avô. É a maior homenagem que se lhe pode prestar. Para mim, perdurará na minha amizade.


José Martins
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Virgínio Briote

Caro Luís,

Acontecimentos importantes esta semana na nossa tertúlia. O doutoramento do Leopoldo Amado e a morte do José Neto. Ao 1º não fui, com muita pena minha. E bem gostaria de lá ter estado. Para ver todo o trabalho do doutorado e para vos ver e abraçar, ao J. Tunes, António Santos, José Martins (que belo trabalho tem desenvolvido este nosso camarada, desenterrar e ajudar a pôr no sítio tanto tijolo) e ao Hugo Moura Ferreira.

Infelizmente estive presente no velório do José ainda ontem e hoje assisti ao ofício fúnebre. Procurando alguém conhecido, encostado por ali, ainda vi que tinha assinado a presença o Helder Santos que não tive oportunidade de procurar, porque entretanto fui abordado por uma senhora que me disse ser a viúva. Respondi que era da tertúlia do foranada, um blogue de ex-combatentes da Guerra da Guiné. Que conhecia e que viu logo que eu devia ser do blogue. Chamou a neta Leonor, inconsolável.

E pronto, como se diz agora, ali fiquei até à saída de cena do José Neto.
Um abraço,

vb
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A. Marques Lopes


Até breve, Zé Neto!

A minha companhia, quando fui para a Guiné, tinha o lema "Sem Temor". Já o tinha antes, quando nos disseram que íamos para Timor. À última da hora diseram-nos que, afinal, tínhamos de ir para a Guiné. Durante a viagem no Ana Mafalda, os alferes reuniram e decidiram que havia que mudar de lema e que devia ser "Sem Timor". E logo pensámos na morte que nos esperava. E lá ficaram alguns: os alferes Fernandes e Peixoto, o capitão Guimarães, o furriel Canadas e vários cabos e soldados... que morreram "sem temor" porque "sem Timor". Glória e recordação permanente ao seu sacrifício. Outros foram morrendo, entretanto.

Os que ficámos temos a vantagem de deixar mais recordaçãoes. Além dos camaradas de guerra, nunca nos esquecemos uns dos outros,. há as mulheres e os filhos, que, embora não compreendendo totalmente (só compreende por completo quem viveu por completo as mesmas situações), nos procuraram aceitar e entender, com sacrifício e amor.

Meu amigo Zé Neto, lá, no "assento etéreo onde subiste" ( e estás lá com certeza, porque, se não, vou desacreditar totalmente), tens a recordação dos teus familiares e dos teus amigos, incluindo os deste blogue "noveforanadaevaotres", nome fuleiro, invulgar... mas com gente fixe que gosta de ti.

Um grande abraço, Zé Neto, e até breve.

A. Marques Lopes
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J.Vacas de Carvalho

O Talmude diz-nos que o nascimento e a morte são como uma viagem de barco. Quando nascemos ou quando partimos, não sabemos como vai ser a vida ou a viagem. Pode ser calma, com muitos amigos, boa familia ou tempestuosa. Vamos enfrentar dificuldades?. Vamos ser homens honestos ou canalhas?. Então, quando nascemos vamos chorar, porque não sabemos o que vida ou a viagem nos virá trazer.

Mas quando a viagem chega ao fim, e temos orgulho nela, como é o caso do Zé Neto, então vamos rir, vamos beber um copo, porque quando se chega ao fim de uma grande viagem, com a dignidade do Zé, com a amizade e o amor que ele partilhava com os amigos e com a família , então, valeu a pena fazer a viagem, valeu a pena viver.

Tenho uma cerveja fresca que vou beber por ele e pela família. Zé Neto, valeu a pena, fazer a viagem como tu a fizeste.

Um abraço

Zé Luis
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Carlos Vinhal

O Comboio da Vida!...

Camaradas: Por coincidência chegou hoje ao meu computador este trabalho de alguém que interpreta a vida assim...

O nosso Zé Neto será sempre chamado em cada Formatura do nosso Pelotão.
Carlos Vinhal

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Nuno Rubim

Querida Amiga Leonor:

É com profunda consternação que recebi a infaustosa notícia, não obstante estar preparado para ela.

Peço-lhe que transmita à família, especialmente à sua Avó, os meus sentidos pêsames e a minha solidariedade neste difíceis momentos. Espero estar presente no velório.

Um gande abraço
Nuno Rubim
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Sousa de Castro

É a lei da vida, por muito que nos custe, temos de ser fortes para enfrentar situações como esta que acaba de ocorrer. Nesta hora de profunda tristeza para a família e também para toda a tertúlia, apresento condolências à família do Zé Neto. Que descanse em Paz.

Sousa de Castro
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Idálio Reis

Neta Leonor, a minha mensagem de há dias, provavelmente já não foi do teu conhecinento nem do teu avô (*).

Toda a tua família perde um ente querido. Também vamos sentir a sua falta na nossa tertúlia. Deixará sempre uma lacuna difícil de preencher.

Nesta hora de manifesto pesar, curvo-me em silêncio à perenidade do Homem grande que foi o companheiro Zé Neto.

Sentidas condolências do Idálio Reis.

* May 25, 2007 8:09 PM > Subject: Oh meu grande Zé Neto!

Tomo conhecimento que o antigo camarada de guerra José Neto porventura debate-se com uma das mais duras batalhas com que actualmente está confrontado.

O determinismo da lei da vida prega-nos, de quando em vez, contrariedades de monta, como que armadilhas dolorosas. E somos tão insignificantes para contrariar tais vicissitudes.

O Zé Neto foi um dos homens que me impulsionou a escrever a história da minha Companhia, porque ele a viveu enquanto esteve em Guileje, e reconheceu como poucos essa fase dramática da nossa vivência naquela fatídica zona, deixando bem espelhado pela força da sua escrita o que Gandembel representou no contexto da guerra que se travava então naqueles tempos.

Desejo muito ardentemente que consiga sobrepujar esta fase crucial, da forma como ele merece.

À sua família, a minha solidariedade, pedindo-lhe que lhe transmita este meu recado. Com votos de rápidas melhoras, cordialmente Idálio Reis.
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Benito Neves

Luís,

Não tive o prazer de conhecer pessoalmente o Zé Neto, mas pelos seus escritos também vamos criando as nossas afinidades, admiração e respeito. A notícia que hoje recebemos provocou o mesmo sentimento que tive quando, na Guiné, vi cair outros camaradas: revolta e tristeza perante a impotência para vencer esta, como outras batalhas.

Que descanse em paz!

Agradeço-te que apresentes, em meu nome, os meus sentidos pêsames a toda a família.

Benito Neves
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Manuel Lema Santos

Prezada Leonor,

Não conheci pessoalmente o seu Avô. Mesmo no blogue não tenho antiguidade suficiente e as circunstâncias da vida não me proporcionaram o conhecimento desse Camarada.

Embora tenhamos partilhado, na Guiné, o ano de 1967 e parte de 1968, ramos diferentes das Forças Armadas - estive na Marinha - tornavam impossível vencer a distância física entre Gadamael, onde chegávamos e Guileje, onde o seu Avô esteve.
Mesmo como ilustres desconhecidos, a identidade adquirida foi a mesma e
indelevelmente gravada no espírito - Guiné.

Curvo-me, em silêncio, na sentida homenagem ao Marido, Pai, Avô, Homem e também Militar, num até breve.

Manuel Lema Santos
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José Teixeira

Querido Camarada e amigo Zé Neto:

Cruzamo-nos esporadicamente no campo de batalha em Buba. Pisamos o mesmo tchão. Vivemos as mesmas angústias. Tive opotunidade de dialogar contigo e receber de ti amáveis palavras de conforto sobre o meu simples trabalho de descrever a quente algum do tempo que vivi a contra gosto, numa guerra que não queria, para que os vindouros pudessem conhecer a verdadeira história.

Acolheste-me neste blogue com carinho e afecto, quando eu timidamente fazia passar as minhas estórias. Agora vejo-te partir para o eterno aquartelamento sem no mínimo te poder abraçar.

Deixa-me chorar um pouco, pois foi um pouco de mim, de nós todos, que partiu, mas fica. Fica na minha memória. Esta classe em extinção ficou mais pobre, ou talvez mais rica, quem sabe !
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Texto do José Neto, capitão (reformado), o patriarca da nossa tertúlia: era o Sargento da CART 1613, em Guileje, tendo feito uma comissão entre 1967 e 1968. Seguido da minha resposta.

Tenho acompanhado com interesse especial o Diário do José Teixeira por uma simples razão: Eu estava em Buba, com a CART 1613 (Os Lenços Verdes) quando a companhia dele [a CCAÇ 2381] lá desembarcou. Éramos a companhia de apoio ao novo Batalhão (BCAÇ 2835),"dita" em descanso depois de onze meses em Guileje.

A flagelação de 22 de Julho ao quartel de Buba que ele descreve foi "realmente uma brincadeira", pois foi efectuada a partir do outro lado do rio e dali "até com uma fisga se acertava no cu dum cozinheiro", mas não acertaram uma. Fraca pontaria? Não sei.

Desse evento guardo dois momentos hilariantes: (i) um capitão do comando do Batalhão (morreu há dias,Coronel) envergando um colete anti-balas vermelho que fazia parte do seu enxoval, acachapado numa vala e a guinchar como um desalmado; (ii) e a sessão fotográfica dos "maçaricos" (Comandantes incluídos) junto dos invólucros canelados de transporte das granadas que o IN lá deixou.
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Agora é a minha vez de saudar o Zé Neto e dizer-lhe que tem uma grande memória. Gostava de lhe dizer que os muçulmanos que têm dois traços na face e que lhe é colocada ao nascer, numa espécie de baptizado muito gira,em que em cheguei a participar, são "Fula Futas" ,ou seja um grupo Fula proveniente da região famosa do interior de África - Futa Jalon, que se entrosou com os Fulas e os Mandingas na Guiné.

Posso também informr que a partir de Agosto de 1968, acabaram-se as colunas de Buba para Quebo, pela estrada de Cumbijá. Aliás nessa data as povoações de Cumbijá e Colibuia estavam abandonadas. A sua população tinha sido evacuada para Mampatá. Era zona demasiado "quente" para ser transitada. Na penúltima coluna que se fez por lá, tive o meu baptismo de fogo em coluna, tivemos um morto e dois feridos por mina e duas ferozes emboscadas, as tais dos dois bi-grupos.

Na última , em que não participei, sei que as emboscadas foram violentas e o que nois salvou foi o grupo de Comandos africanos estacionados em Quebo, que avançaram para o IN de peito aberto - o tal encontro em que trouxeram como trofeus as orehas dos IN mortos.

As ligações para Gadamael Porto, via Buba também estavam encerradas e a estrada de Buba para Fulacunda intransitável, pois a meio do caminho havia o campo IN de Sare Tuto, que tive o preazer de visitar recentemente e ter o meu último e agradável encontro com antigos Guerrilheiros, como já foi também noticiado.

Um abraço

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Querido Zé: Que o Criador te acolha como tu soubeste acolher este amigo, no blogue. Gostei de te conhecer, tanto quanto gostaria que ainda estivesses no nosso meio.
Descansa em paz

J.Teixeira

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Guiné 63/74 - P2473: Estórias de Guileje (2): O Francesinho, morto pela Pátria (Zé Neto † )















Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (167/68) > Álbum fotográfico de José Neto (1929-2007) > Aspectos da vida quotidiana da companhia... Na primeira foto, assinala-se a vermelho o Francesinho, com a sua concertina... Na foto a seguir, também foto de grupo (a segunda a contar de cima), o então 2º Sargento Neto, de pé, de óculo escuros, vem assinalado a vermelho... As fotos seguintes falam por si, não precisando de legenda...

Fotos: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). (Fotos do José Neto † , reeditadas por Albano Costa). Direitos reservados.

Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) > Álbum fotográfico de José Neto (1929-2007) > Ao centro, o Francesinho, o herói desta estória (1). Foto do saudoso Cap José Neto (1929-2007), o nosso primeiro tertuliano a deixar-nos, pelas leis naturais da vida.

Foto: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2008). Direitos reservados.


1. Comentário de L.G.:

O Zé, que foi (e é ou continua a ser, velando por nós) o patriarca da nossa tertúlia (onde estve apenas um ano e picos), quis partillhar connosco, aos setenta e seis anos, uma parte "muito significativa" das memórias da sua vida militar.

Um pouco antes de morrer - inesperadamente, vítima de cancro do pulmão -, enviou-nos "trinta e três páginas retiradas (e ampliadas) das 265 que fui escrevendo ao correr da pena para responder a milhentas perguntas que o meu neto Afonso, um jovem de 17 anos, que pensava que o avô materno andou em África só a matar pretos enquanto que o paterno, médico branco de Angola, matava leões sentado numa esplanada de Nova Lisboa (Huambo). Coisas de família"...

Tenho que te agradecer, mais uma vez, Zé, onde quer que estejas! As tuas memórias de Guileje foram (são) também as memórias das nossas vidas, dos teus rapazes, dos nossos camaradas.. Eras o mais velho de todos nós, já partiste mas a tua saudosa memória ficou connosco. Deste-nos ume exemplo de generosidade, de energia, de alegria de viver, mas também de coragem e de abnegação na fase terminal da tua doença (que foi fulminante). Em tua memória e à memória dos teus rapazes da CART 1613, de quem falavas comos e fossem teus filhos e que estiveram contigo em Guileje, volto reproduzir, agora na 2ª série do teu/nosso blogue, o sumaríssimo mas incisivo retrato do Francesinho que tu desenhaste com mão de mestre, sentido de justiça, humor e sobretudo com grande sensibilidade humana...

Olha, em Março de 2008, estaremos em Guileje e far-te-emos uma pequena homenagem. Pepito, não esqueceremos o Zé, nosso amigo comum, amigo de Guileje, amigo da Guiné e e do seu povo!... Um (e)terno Alfa Bravo para ti, camarada, que repousas no céu dos guerreios! (LG)


2. Estórias de Guileje > O Francesinho (2)
por José Neto †

Com pouco mais de metro e meio de altura, franzino, quase imberbe, era um poço de força, energia e boa disposição que a todos espantava.

Geralmente, quando o pessoal regressava das duras caminhadas pelas matas e bolanhas vinha estafado e atirava-se para cima do catre para descansar. Essa não era a prática do Francesinho. Tomava um duche, ficava como novo e, com a sua concertina algo desafinada, espalhava alegria por toda a tabanca e arredores.

Era emigrante em França, para onde foi com os pais ainda criança, e pela nossa Lei não estava sujeito ao serviço militar, mas quando atingiu a idade própria veio apresentar-se e foi incorporado.

Constava nos seus documentos que era analfabeto e agricultor e, no entanto, falava correctamente francês e era operário especializado da indústria metalomecânica.

O mais surpreendente, se é que o Francesinho não fosse ele uma permanente surpresa, era a correcção com que falava português com a pronúncia e os ditos da sua região, as terras do Basto.

A sua única preocupação era a de que, quando acabasse a tropa, as nossas autoridades lhe passassem um papel para apresentar no birú [bureau, escritório, em francês] da fábrica onde trabalhava, justificando que esteve ao serviço da sua Pátria.

Desgraçadamente não foi preciso o papel, mas julgo que o tal birú da fábrica decerto deu por falta do portuguesinho, alegre e diligente, nascido na freguesia de Ribas, concelho de Celorico de Basto e falecido heroicamente em combate na Guiné Portuguesa (3).

As últimas mãos que afagaram aquele rosto de menino, antes de se soldar a urna de chumbo que o trouxe de volta, foram as do Capitão [Eurico] Corvacho e as minhas. Não é vergonha dizer que não contivemos as lágrimas que nos correram pela cara abaixo.

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Notas de L.G.:

(1) Vd. poste anterior desta série > 14 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2437: Estórias de Guileje (1): Num teco-teco, com o marado do Tenente Aparício, voando sobre um ninho de cucos (João Tunes)

(...) Na expectativa do Simpósio Internacional Guiledje na Rota da Independência da Guiné-Bissau (Bissau, 1-7 de Março de 2008), que será também o da celebração da amizade entre os nossos dois povos e entre os antigos combatentes de um lado e do outro, damos início à publicação de histórias/estórias tendo como sujeito/objecto o aquartelamento e a tabanca de Guileje, as NT que os defenderam e, eventualmente, os guerrilheiros do PAIGC que nos combateram até ao abandono daquela posição militar no sul da Guiné, em 22 de Maio de 1973 (...).

(2) Extracto da VII parte das memórias do primeiro-sargento da Companhia de Artilharia nº 1613 (Guileje, 1967/68), o então 2º Sargento José Afonso da Silva Neto (falecido em Maio de 2007, com o posto de capitão, reformado).

Vd. postes de:

11 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - DXXI: Memórias de Guileje (Zé Neto, 1967/68) (7): Francesinho e Cavaco, o belo e o monstro
25 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - DLXXXV: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto) (Fim): o descanso em Buba

Vd. ainda os seguintes postes de (ou sobre) o nosso camarada José Neto:

31 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1805: In memoriam (1): Adeus, Zé Neto (1929-2007) (José Martins, Humberto Reis, Luís Graça, Virgínio Briote e outros)

2 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1910: Cap Zé Neto (1929-2007): Homenagem da AD - Acção para o Desenvolvimento, de Bissau

(3) Julgo tratar-se do soldado António de Sousa Oliveira, da CART 1613/BART 1896, natural de Celorico de Basto, freguesia de Cruz-Ribas, morto em combate no dia 28 de Dezembro de 1967 (segundo elementos que colhi na lista dos mortos do Ultramar, organizada por concelhos, pelos nossos camaradas que criaram e que gerem a página Moçambique, Guerra do Ultramar, e a quem endereço os meus cumprimentos e os meus agradecimentos pelo trabalho realizado, contribuindo para a preservação da memória da guerra do ultramar/guerra colonial, não apenas em Moçambique como nas restantes frentes).

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Guiné 63/74 - P2898: Efemérides (8): O Cap José Neto deixou-nos há um ano (Carlos Vinhal)

O nosso Capitão Zé Neto (1929-2007), na foto como 2.º Sargento da CART 1613, Guiné 1967/68.

Guiné > Rio Corubal > Saltinho > 1969> As férias do pessoal da CART 1613, enquanto aguardava, em Colibuia e Cumbijã, a indicação do seu teatro de operações... No foto vemos o acrobático e já famoso salto do então sargento Neto... Em 29 de Maio de 2007, o capitão reformado José Neto deu o seu último salto mortal... Nascido em Leiria, em 1929, era uma atleta e um apaixonado pela vida... e por Macau e pela Guiné... Foi também um homem determinado, um homem que se fez a ele próprio, com trabalho, estudo e abnegação... (LG)

Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) > O Zé Neto fotografado entre os putos da tabanca.

Foto: © José Neto (2007). Direitos reservados.

 
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) > O 2º sargento Neto, que fazia as funções de 1º sargento da companhia, fotogrado junto a um abrigo e à viatura blindada Fox.

Foto: © Zé Neto / AD - Acção para o Desenvolvimento (2007). Direitos reservados.

Lisboa > Julho de 2005 > "Casa do nosso amigo comum, António Júlio Estácio... Foto tirada no dia em que conheci o Zé Neto. Ele a mostrar-me o seu álbum, que é de nós todos".

Capitão Zé Neto foi um dos grandes impulsionadores da Iniciativa de Guiledje, contribuindo com ideias, sugestões, conselhos e com o seu acervo documental constituído por fotografias, slides, memórias escritas, relatos e recordações de valor incalculável. Tudo isto colocou ele à disposição do futuro Arquivo Histórico-Militar de Guiledje.

Fotos: © Pepito / AD - Acção para o Desenvolvimento (2007). Direitos reservados

Camaradas, tertulianos e amigos leitores que diariamente visitais a nossa Página. Hoje é um dia triste, pois lembramos a memória de um camarada que nos deixou faz hoje um ano. Em jeito de homenagem, deixo parte das mensagens que deram a triste notícia.


1. Mensagem da Leonor [Léo Neto], neta do Cap José Neto, com data de hoje (29 de Maio de 2007), enviada às 7h29.

Assunto: Notícias tristes.
Caros amigos:
É com enorme dor que vos escrevo para comunicar o falecimento do meu querido avô, Zé Neto.
(...). Um abraço, Leonor.
 
2. Mensagem do editor do blogue (que circulou pela nossa tertúlia, por e-mail):

Amigos e camaradas: O camarada Zé Neto faleceu esta noite, no Hospital Militar. Enfrentou com coragem este difícil período da sua vida mas perdeu a sua última batalha, a mais terrível de todos que enfrentou, a batalha contra o cancro do pulmão...

A sua neta, Leonor, deu-me a notícía, a mim e a mais alguns camaradas, logo de manhã... Ela tem 17 anos e está desolada... Tinha uma belíssima relação com o avô. Mas aos 17 anos é difícil perceber e aceitar a morte de um ente querido.

O Zé estava em grande sofrimento. Foram quatro meses de luta, desigual (...) O Zé era o nosso patriarca. Estive com ele apenas uma vez, na minha escola. Almoçámos juntos, eu, o Nuno Rubim e o Pepito (O Pipo, como ele carinhosamente o chamava). De resto, contactámos-nos durante um ano por e-mail e por telefone. A Guiné aproximou-nos e tornou-nos amigos...

E o seu contributo, em termos de blogue, foi reconhecidamente importante para o trabalho de reconstituição da memória de Guileje que está a ser feito pelo Pepito, pelo Nuno Rubim e por outros camaradas, também com a nossa participação.

Os seus escritos e as fotos começaram por dar visibilidade a Guileje. Ele também tinha muito apreço pelo Pepito e pelo projecto de Guileje. É também uma notícia triste, esta, para os nossos amigos da Guiné-Bissau.

(...) O Zé era um homem que se integrava muito bem, no seio das comunidades em que vivia. E Guileje foi um exemplo disso: ele também achava que havia mais vida para além da tropa, da burocracia e da guerra... Era, além disso, um homem com grande sentido de humor, com sentido de justiça e com coragem, física e moral...Como muitos homens da sua geração e da sua classe socioprofissional, fumava muito... Não sei quantas comissões de serviço terá feito no Ultramar... Sei que esteve em Macau, de que falava com saudade...

Quando conseguiu deixar de fumar, começaram a surgir os seus problemas de saúde... Andava irritado, como qualquer ex-fumador... Mas conseguiu, com a sua enorme força de vontade, deixar o cigarro de vez... Infelizmente, tarde de mais... Recordo-me da penúltima vez que lhe falei, ao telefone, já numa fase mais avançada da doença:- Então, Zé, como vai isso ?- Olha, entregue aos médicos, que agora me querem tirar um pulmão... Estão aqui reunidos em junta médica...- Tu és forte e ainda vais vencer essa batalha.- Eu quero é viver, mesmo com um pulmão a menos...- Pois...- Sabes, fui estúpido...
Quando era novo, vendia saúde... Lembras-me da minha fotografia no Saltinho? Eu era um atleta... Mas cheguei a fumar cinco maços!... A gente pensa que a doença só acontece aos outros... – rematava ele, sem mágoa, com lucidez, com coragem, e ainda com esperança.


Grande Zé, até sempre! Privei pouco tempo contigo, mas gostei de te conhecer. Vamos ter saudades tuas. Mas não te esqueceremos, na blogosfera e fora dela... Tens uma neta fantástica que vai pôr em ordem os teus escritos e cultivar a tua memória.

Luís Graça & Camararadas da Guiné

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Nota de CV:

(1) Vd. posts de:

31 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1805: In memoriam (1): Adeus, Zé Neto (1929-2007) (José Martins, Humberto Reis, Luís Graça, Virgínio Briote e outros)
10 de Janeiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXXXVII: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto) (1): Prelúdio(s) 

13 de Janeiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXLVII: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto) (2): Ordem de marcha
21 de Janeiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDLXVII: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto) (3): Dauda, o Viegas

23 de Janeiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDLXXIII: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto)(4): os azares dos sargentos
3 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXCVII: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto)(5): ecumenismo e festa do fanado
8 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - DVII: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto)(6): dos Lordes e das

sábado, 2 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20302: Efemérides (314) : No dia de Finados, lembremos os nossos queridos mortos da Tabanca Grande: já lá vão 75 em 798














Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Cemitério local > 1 de novembro de 2019 > "Festa dos nossos queridos mortos"




Fotos (e legendas): © Luís Graça(2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Cemitério local > 1 de novembro de 2019 >  Mais um amigo da família, o Manuel Serafim Mendes Santos, natural da Granja, que partiu este ano, em 16/7/2019, aos 70 anos. Estudou no seminário,  vivia no Montijo, tem um filho na América, foi quadro superior da Segurança Social... Fez a guerra colonial em Moçambique. Encontrávamo-nos, de vez em quando, em Lisboa. É mais um camarada, que entra a título póstumo, para a Tabanca de Candoz. 



Foto (e legenda): © Luís Graça(2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Há anos, há mais de 40, que eu venho aqui, a estes terras, de vale do Tâmega e do Sousa, que foram berço da Nação, para recordar os nossos "queridos mortos"...Não, não vou, neste dia, à minha terra, na Estremadura, onde não há o mesmo "culto dos mortos". É o único dia do ano, e o único sítio do mundo,  em que eu assisto a uma missa católica.


Aqui os cemitérios enchem-se de flores, de velas, de cãnticos, de orações, de eflúvios, de lágrimas e suspiros, e sobretudo de vivos (*)... Que vêm dizer aos seus queridos mortos coisas tão elementares, singelas, autênticas, sinceras como o seguinte. Aqui se reza em voz alta e se fala com os mortos:

"Espera por mim, pai, mãe, irmão, avô, avó..., aquece-me o lugar, reza por mim, está frio aí em baixo para ir contigo, deixa-me ainda ver o meu neto entrar na Faculdade, casar e ter filhos, que serão os meus bisnetos... 

"Morreste cedo, meu querido pai, mãe, irmão, avô, avó..., mas eu quero ir contigo, o mais tarde melhor, mesmo com as mazelas todas que o médico de família já me diagnosticou... 


"Não me leves a mal, temos toda a eternidade para estarmos juntos, conversar, rever a nossa vida,  de fio a pavio, de trás para a frente, de frente para trás, contar histórias, recordar os bons velhos tempos cá da terra da alegria... Sim, porque pode haver o céu das bem aventuranças, como promete o padre da freguesia que acaba de dizer a missa de Dia de Finados,  mas esta a única terra da alegria que eu conheço...

"Em boa verdade, eu nem sei o que fazer com o tempo todo, uma eternidade, que me vai calhar na rifa... Deixa-me viver mais uns aninhos, guarda-me o lugarzinho à direita de Deus Pai, mete-me uma cunha, se for preciso, afinal eu nunca te pedi nada em vida... Receio que também haja cunhas no céu... Desde que nascemos,  estabelecemos redes clientelares... Se for preciso, eu mando rezar mais umas missas... Se não for possível junto à direita de Deus Pai, pode ser logo na primeira fila, num lugarzinho onde eu possa ainda ver e ouvir... Já vejo mal e ouço pior... 

"Não quero perder pitada de nada do primeiro dia do resto da minha vida eterna... Acho que o primeiro dia é que deve ser empolgante. Tenho receio que depois vá morrer de tédio... Em boa verdade, vivo apavorado com essa perspectiva de eternidade, de viver durante séculos e séculos até ao fim do mundo... Simplesmente, eu queria dormir um sono profundo, eterno, sem despertador, para me compensar das noites de alvoroço e de angústia em que o cabo quarteleiro me chamava às tantas da madrugada para mais uma operação na noite negra da Guiné"...





Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > 2 de novembro de 2019 >  As cores do outono da nossas vidas...

Foto (e legenda): © Luís Graça(2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


2. Nesta efeméride (**), o dia de Finados, 2 de novembro, eu quero aqui recordar os nossos queridos mortos..., a começar pelos da Tabanca Grande!


Recordo-me de todos, os 75, que "da lei da morte já se libertaram", um a um, por ordem alfabética, do Agostinho [Valentim Sousa] Jesus (1950-2016), ex-1.º Cabo Mecânico Auto da CCS/BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74) ao Vítor Manuel Amaro dos Santos (1944-2014), cor art ref, DFA, ex-cmtd da CART 2715 (Xime, 1970/72), que fiz sentar, a título póstumo, à sombra do nosso poilão, no lugar nº 781, no dia em que se comemorava os 48 anos da Op Abencerrragem Candente, em que as NT tiveram 6 mortos e 9 feridos graves na antiga picada da Ponta do Inglês... e eu estava lá. (LG)

O primeiro a finar-se foi o cap SGE Zé Neto (1929-2007)(***), o último o António Manuel Carlão (1947-2018) (****). Em boa verdade, o mais recente dos nossos grã-tabanqueiros a partir foi o Mário Pinto (1945-2019) (*****).

________________

Lista dos amigos/as e camaradas da Tabanca Grande que da lei da morte se foram libertando, desde 2007 até hoje (n=75 num total de 798):


Agostinho Jesus (1950-2016)
Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)
Alfredo Roque Gameiro Martins Barata 
(1938-2017)
Amadu Bailo Jaló (1940-2015)
António da Silva Batista (1950-2016)
António Dias das Neves (1947-2001)
António Domingos Rodrigues (1947-2010)
António Manuel Carlão (1947-2018)
António Manuel Martins Branquinho (1947-2013)
António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018)
António Rebelo (1950-2014)
António Teixeira (1948-2013)
António Vaz (1936-2015)
Armandino Alves (1944-2014)
Armando Teixeira da Silva (1944-2018)
Augusto Lenine Gonçalves Abreu (1933-2012)
Aurélio Duarte (1947-2017)

Carlos Cordeiro (1946-2018)
Carlos Filipe Coelho (1950-2017)
Carlos Geraldes (1941-2012)
Carlos Rebelo (1948-2009)
Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2014)
Clara Schwarz da Silva (1915-2016)

Daniel Matos (1949-2011)

Fernando Brito (1932-2014)
Fernando [de Sousa] Henriques (1949-2011)
Fernando Rodrigues (1933-2013)
Francisco Parreira (1948-2012)
França Soares (1949-2009)

Gertrudes da Silva (1943-2018)

Humberto Duarte (1951-2010)

Inácio J. Carola Figueira (1950-2017)
Ivo da Silva Correia (c.1974-2017)

João Barge (1945-2010)
João Caramba (1950-2013)
João Henrique Pinho dos Santos (1941-2014)
João Rebola (1945-2018)
João Rocha (1944-2018)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
Joaquim Peixoto (1949-2018)
Joaquim Vicente Silva (1951-2011)
Joaquim Vidal Saraiva (1936-2015)
Jorge Rosales (1939-2019)
Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017)
José António Almeida Rodrigues (1950-2016
José Eduardo Alves (1950-2016)
José Fernando de Andrade Rodrigues 
(1947-2014)
José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017)
José Manuel P. Quadrado (1947-2016)
José Marques Alves (1947-2013)
José Moreira (1943-2016)

José (ou Zé) Neto (1929-2007)

Luís Borrega (1948-2013)
Luís Encarnação (1948-2018)
Luís Faria (1948-2013)
Luís F. Moreira (1948-2013)
Luís Henriques (1920-2012)

Manuel Carneiro (1952-2018)
Manuel Castro Sampaio (1949-2006)
Manuel Martins (1950-2013)
Manuel Moreira (1945-2014)
Manuel Moreira de Castro (1946-2015)
Manuel Varanda Lucas (1942-2010)
Maria da Piedade Gouveia (1939-2011)
Maria Manuela Pinheiro (1950-2014)
Mário Gualter Pinto (1945-2019)
Mário Vasconcelos (1945-2017)

Nelson Batalha (1948-2017)

Rogério da Silva Leitão (1935-2010)

Teresa Reis (1947-2011)

Umaru Baldé (1953-2004)

Vasco Pires (1948-2016)
Victor Condeço (1943-2010)
Vítor Manuel Amaro dos Santos (1944-2014)  


Requiescant in pace, camaradas!
____________

Notas do editor:


(*) Vd. postes de;

8 de novembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17945: Manuscrito(s) (Luís Graça) (128): O Dia de Fiéis Defuntos na Tabanca de Candoz: aqui a tradição ainda é o que era... Parte II - Fotos

6 de novembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17939: Manuscrito(s) (Luís Graça) (127): O Dia de Fiéis Defuntos na Tabanca de Candoz: aqui a tradição ainda é o que era...


1 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13833: Manuscrito(s) (Luís Graça) (41): Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris


(**) Último poste da série >  1 de novembro de  2019 > Guiné 61/74 - P20299: Efemérides (313): Na Guerra da Guiné, há 55 anos: A emboscada comandada por Osvaldo Vieira à escolta sob o meu comando, na estrada Mansabá-Farim, ao cair da tarde daquele 1.º de Novembro de 1964

(***)  Vd, poste de 31 de maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1805: In memoriam (1): Adeus, Zé Neto (1929-2007) (José Martins, Humberto Reis, Luís Graça, Virgínio Briote e outros)

(****) Vd. poste de 21 de setembro de 2019 >  Guiné 61/74 - P20164: In Memoriam (348): António Manuel Carlão (Mirandela, 1947- Esposende, 2018), ex-alf mil at inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Contuboel, Nhabijões e Bambadinca, 1969/71... Entra para a Tabanca Grande, a título póstumo, sob o nº 797.

(*****) Vd. poste de 11 de junho de 2019 > Guiné 61/74 - P19882: In Memoriam (343): Mário Gualter Rodrigues Pinto (1945-2019), ex-fur mil art, CART 2519 (Buba, Mampatá e Aldeia Formosa, 1969/71)... Era chefe de cozinha, e vivia no Barreiro... O corpo já seguiu para a capela mortuária da igreja do Lavradio, Barreiro, e o seu funeral realiza-se esta tarde pelas 16h15 (Herlânder Simões / Luís Graça)

terça-feira, 1 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22244: In Memoriam (397): Com o Alcídio Marinho (1940-2021), ultrapassamos a centena de amigos e camaradas, membros da Tabanca Grande, que "da lei da morte já se libertaram" (n=103)... Quase um quarto dos falecimentos (n=25) ocorreu em 2020 e 2021 (últimos 5 meses), ou seja, em plena pandemia de COVID-19.


CCAÇ 412 (Bafatá, 1963/65) > 2015 > Convívio dos "Capacetes 
Verdes" que celebraram os 50 anos do seu regresso a casa...  Não conseguimos identificar o local.  Foto da página do Facebook do Alcídio Marinho.


1. O Alcídio [José Gonçalves] Marinho (1930-2021), ex-fur mil inf, está assinalado com rectângul9 a amarelo. Era membro da nossa Tabanca Grande desde 23/9/2011, sentando-se no lugar nº 520 à sombra do nosso poilão. Tem mais de duas de dezenas de referências no nosso blogue.

O Alcídio Marinho  Era natural do Porto, vivia na freguesia de Miragaia. Estava reformado da Petrogal. Passou grande parte da sua infância e juventude em Amarante. Andou na escola Colégio S. Gonçalo, em Amarante. Foi um dos animadores dos convívios da sua companhia. Participou igualmente em 4 encontros nacionais da Tabanca Grande (de 2011 a 2014).

Foi Prémio Governador da Guiné em 1964. (Merece uma leitura ou releitura o poste P15168, com o relato da sua atribulada viagem de férias à Metrópole, num Dakota Skymaster.)

Conheci-o, a ele e à sua companheira Rosa, em Monte Real, em 2011 (Foto à esquerda, cortesia de Manuel Resende). 

Na conversa que tive com ele fiquei a saber que a sua  CCAÇ 412, sediada em Bafatá, tinha uma vasta zona de acção, que ia de Cantacunda ao Enxalé, a norte do Rio Geba, e de Bambadinca ao Xitole, ao longo da margem direita do Rio Corubal (aquilo que mais tarde, seis anos depois, no meu tempo, era já "preenchido" por 2 batalhões, um em Bafatá e outro em Bambadinca, ou seja, por mais de 2 mil homens em armas, incluindo subunidades adidas e pelotões de milícia).

Era um homem afável e com excelente memória.   Combateu, no leste da Guiné, nos "anos de chumbo" de 1963/65. Foi pena que não tenha querido ou podido  passar a escrito algumas das suas muitas memórias desse tempo. 

Vai hoje a enterrar, no cemitério de Cedofeita, no Porto (*). À sua companheira, Rosa, à sua filha, Gabriela, e demais familiares e amigos íntímos e camaradas de armas, apresenta a Tabanca Grande as suas mais sentidas condolências. É um dos nossos bravos que parte para o Olimpo dos Combatentes. (LG)



2. Com a morte, ocorrida no passado dia 29,  do Alcídio Marinho (1940-2021) (*), são já 103 os amigos e camaradas, membros da Tabanca Grande, que deixaram a Terra da Alegria, em 17 anos da nossa existência enquanto blogue, de acordo com o conhecimento que temos. Haverá, eventualmente, mais casos que, por uma razão ou outra, não chegaram ao nosso conhecimento em devido tempo.

Num total de 840 membros (registados), os falecidos representam 12,3 %. Desses 103, 11 morreram em 2020 e 14 nos últimos cinco meses de 2021. Temos, assim,  um total de 24,2% de grã-tabanqueiros que morreram durante a pandemia de COVID-19.  É uma lista já impressionante. 

Saibamos honrar a sua memória e lembrá-los com saudade.


Lista alfabética  dos amigos/as e camaradas que da lei da morte se foram libertando (n=103): 

Agostinho Jesus (1950-2016)
Alcídio Marinho (1940-2021)
Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)
Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017)
Amadu Bailo Jaló (1940-2015)
Américo Marques (1951-2019)
Aniceto Rodrigues da Silva (1947-2021)
António da Silva Batista (1950-2016)
António Dias das Neves (1947-2001)
António Domingos Rodrigues (1947-2010)
António Manuel Carlão (1947-2018)
António Manuel Martins Branquinho (1947-2013)
António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018)
António Rebelo (1950-2014)
António Teixeira (1948-2013)
António Vaz (1936-2015)
Armandino Alves (1944-2014)
Armando Teixeira da Silva (1944-2018)
Augusto Lenine Gonçalves Abreu (1933-2012)
Aurélio Duarte (1947-2017)

Carlos Cordeiro (1946-2018)
Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai) (1929-2021)
Carlos Filipe Coelho (1950-2017)
Carlos Geraldes (1941-2012)
Carlos Marques dos Santos (1943-2019)
Carlos Rebelo (1948-2009)
Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2014)
Clara Schwarz da Silva (1915-2016)
Cláudio Ferreira (1950-2021)
Cristina Allen (1943-2021)


Daniel Matos (1949-2011)
Domingos Fernandes (1946-2020)

Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019)

Fernando Brito (1932-2014)
Fernando [de Sousa] Henriques (1949-2011)
Fernando Franco (1951-2020)
Fernando Rodrigues (1933-2013)
Francisco Parreira (1948-2012)
França Soares (1949-2009)

Gertrudes da Silva (1943-2018)

Humberto Duarte (1951-2010)

Inácio J. Carola Figueira (1950-2017)
Isabel Levezinho (1953-2020)
Ivo da Silva Correia (.c 1974-2017)

João Barge (1945-2010)
João Cupido (1936-2021)
João Caramba (1950-2013)
João Henrique Pinho dos Santos (1941-2014)
João Rebola (1945-2018)
João Rocha (1944-2018)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
Joaquim da Silva Correia (1946-2021)
Joaquim Peixoto (1949-2018)
Joaquim Vicente Silva (1951-2011)
Joaquim Vidal Saraiva (1936-2015)
Jorge Rosales (1939-2019)
Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017)
José António Almeida Rodrigues (1950-2016)
José Augusto Ribeiro (1939-2020)
José Barreto Pires (1945-2020)
José Ceitil (1947-2020)
José Eduardo Alves (1950-2016)
José Eduardo Oliveira (JERO) (1940-2021)
José Fernando de Andrade Rodrigues (1947-2014)
José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017)
José Manuel P. Quadrado (1947-2016)
José Maria da Silva Valente (1946-2020)
José Marques Alves (1947-2013)
José Moreira (1943-2016)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
José Pardete Ferreira (1941-2021)

Leopoldo Amado (1960-2021)
Libório Tavares (Padre) (1933-2020)
Lúcio Vieira (1943-2020)
Luís Borrega (1948-2013)
Luís Encarnação (1948-2018)
Luís Faria (1948-2013)
Luís F. Moreira (1948-2013)
Luís Henriques (1920-2012)
Luís Rosa (1939-2020)

Mamadu Camará (c. 1940-2021)
Manuel Amaral Campos (1945-2021)
Manuel Carneiro (1952-2018)
Manuel Castro Sampaio (1949-2006)
Manuel Martins (1950-2013)
Manuel Moreira (1945-2014)
Manuel Moreira de Castro (1946-2015)
Manuel Varanda Lucas (1942-2010)
Marcelino da Mata (1940-2021)
Maria da Piedade Gouveia (1939-2011)
Maria Manuela Pinheiro (1950-2014)
Mário Gualter Pinto (1945-2019)
Mário Vasconcelos (1945-2017)

Nelson Batalha (1948-2017)

Paulo Fragoso (c.1947-2021)

Raul Albino (1945-2020)
Rogério da Silva Leitão (1935-2010)

Teresa Reis (1947-2011)

Umaru Baldé (1953-2004)

Vasco Pires (1948-2016)
Victor Alves (1949-2016)
Victor Condeço (1943-2010)
Vítor Manuel Amaro dos Santos (1944-2014)
 
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 31 de maio de 2021 > Guiné 61/74 - P22243: In Memoriam (396): Alcídio José Gonçalves Marinho (1940-2021), ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 412 - "Capacetes Verdes" (Bafatá, 1963/65)

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Guiné 63/74 - P1802: Zé Neto (1929-2007): In Memoriam: Morreu um Homem Grande, adeus, amigo, adeus, meu capitão ! (Pepito)

Lisboa > Julho de 2005 > "Casa do nosso amigo comum, António Júlio Estácio... Foto tirada no dia em que conheci o Zé Neto. Ele a mostrar-me o seu álbum, que é de nós todos".

Foto: © Pepito / AD - Acção para o Desenvolvimento (2007). Direitos reservados

1. Mensagem do Pepito:

Luís:

Depois de regressar de Lisboa, abria todos os dias o meu computador e respirava de aliívio quando não via um email teu...como o de hoje (1).

Dizia para mim: O Zé Neto venceu mais um dia.

Diz-se que devemos estar preparados. Mas quem se prepara para a morte de um amigo?
Peço-te o favor de enviar aos nossos amigos do Blogue o que escrevi e envio em anexo.

abraços

2. Mensagem do Pepeito aos Amigos Tertulianos:

Prendi-me de amizade pelo Capitão Zé Neto já lá vão 2 anos, quando um amigo comum, o António Júlio Estácio, que o conheceu em Macau, fez questão de mo apresentar.

Começava a Iniciativa de Guiledje a dar os seus primeiros passos e as dúvidas históricas [eram] muitas.

Pelo álbum de fotografias que logo me disponibilizou, comecei a conhecer melhor o homem que, por detrás de uma figura austera e séria, tinha um coração enorme e que amava as coisas simples da vida como aquelas que viveu em Guiledje.

Tive o privilégio de o ouvir falar dos amigos que cá deixou, do Viegas, criança abandonada que ele salvou durante um bombardeamento cobrindo-o com o seu próprio corpo, um dos seus grandes amores da vida. Da Fatumata, sua lavadeira que me perguntava sempre quando é que o Capitão Neto ia voltar e eu a dar-lhe o recado: “Oh Capitão, olhe que à sua custa como uma galinha cada vez que lá passo. Imagino como os seus amigos o irão receber...”. E o sorriso de saudade a abrir-se no seu rosto sério.

Falou-me frequentemente com orgulho da esposa, da força que ela lhe tinha sempre transmitido quando ele estava em Guiledje e do quanto isso tinha sido determinante para ele.

Chamou-me a atenção para a eventual dificuldade em obter água de um furo que pretendíamos fazer em Guiledje. Partilhámos vários meses e em conjunto esta incerteza. Por isso, foi ele o primeiro a saber que já “corria água em Guiledje”. Respondeu-me de imediato a dizer “olhe que essa frase soa-me como poesia...”

Recordo a última vez que estivemos juntos, há duas semanas, no Hospital Militar, acarinhado pela esposa e família, o Nuno Rubim e eu, no momento da despedida, quando prendendo com força e determinação a sua mão à minha, me disse e repetiu duas vezes: “hei-de voltar a Guiledje”.

Lembro a emoção que se apoderou de mim, por lhe ter sempre prometido esta viagem de regresso e pelos poucos meses que faltavam para se concretizar.

Tanta coisa para contar e uma angústia enorme que me sufoca. Como nós guineenses dizemos, perdemos hoje um Homem Grande.

Aceita, Zé Neto, esta lágrima que me corre pela face.

Adeus, Amigo. Adeus, Meu Capitão.

Pepito

__________

Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 30 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1801: Capitão José Neto (CART 1613, Guileje, 1967/68), a última batalha

(2) Acabei de mandar à tertúlia a seguinte mensagem:

Amigos & camaradas: O funeral do nosso camarada é amanhã às 16h, no cemitério dos Olivais. O corpo estará em câmara ardente na Igreja de São João de Deus, Praça de Londres, Lisboa, a partir das 16h30. Aqui vai uma pequena biográfica que encontrei sobre ele no portal Projecto Memória Macaense, onde enconteri pelo menos um escrito seu (sobre o Restaurante Cecília.


José A.S. Neto, ou, simplesmente Zé Neto, como diz ser mais conhecido entre os amigos macaenses, nasceu em Leiria em 1929.

Desembarcou em Macau como praça de Artilharia, em Setembro de 1951. No Colégio Dom Bosco, completou dois cursos de habilitação literária e cursou o inglês por um ano no Saint John´s School.

Durante a permanência em Macau, foi promovido a Furriel e a 2° Sargento. Tem uma filha nascida em Macau, no Hospital São Rafael, em Agosto de 1960, do casamento com uma metropolitana, ocorrido também na cidade do Santo Nome de Deus.

Após 10 anos, em Dezembro de 1961, deixou Macau. Com muita saudade, diz “trouxe Macau no coração, pelo muito que lhe fiquei a dever”.

Antes da reforma como Capitão, ainda fez três comissões em África, em Cabinda, Guiné e Angola, conseguindo ainda completar o Curso de Oficiais do Exército em 1973.

O Zé Neto também escreve para o Boletim da Casa de Macau – Portugal

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13881: In Memoriam (206) Nuno da Costa Tavares Machado, alf mil art, CART 1613, morto em Guileje, em 28/12/1967, e condecoado com a cruz de guerra, de 3ª classe, a título póstumo


O aspirante  miliciano Tavares Machado


O retrato emoldurado do alf mil Tavares Machado com a cruz de guerra  de 3ª  classe com que foi agraciado a título póstumo (Publicaremos em breve o teor dos louvores que originarama  condecoração, de acordo com, a documentação pesquisada pelo nosso colaborador eprm,anete José Martins)


Fotos: © Aníbal Teixeira  (2014). Todos os direitos reservados



1. Mensagem de Aníbal Teixeira, na sequência da publicação do poste P13826 (*)


Data: 12 de Novembro de 2014 às 01:43
Assunto: Re: Guiné- Alferes Tavares Machado



Caro Amigo Luís Graça, bom dia.

Lamento só hoje responder, mas tentamos na casa da minha sogra, aonde habita no Porto, encontrar o álbum de fotografias do Nuno que na ocasião foi entregue á família. Não encontramos, mas temos esperança que havemos de o encontrar para partilhar com o Amigo e camaradas as fotos encontradas.

Entretanto, anexo a foto do Nuno como Aspirante que a sua irmã, minha mulher,  tem no seu escritório e a foto existente na casa da mãe do Nuno no Porto, com a medalha que lhe foi atribuída.

Acredito que em breve lhes darei mais noticias e imagens com o fim de enriquecer memórias quantas vezes incompreendidas pelas novas gerações.

Um forte abraço Amigo .

Anibal e Teresa Teixeira



2. Em 31 de outubro p.p., o nosso editor  Luís Graça escreveu o seguinte a Aníbal Teixeira, cunhado do nosso malogrado camarada:

Caro amigo Aníbal: em resposta às suas perguntas, pertinentes, lúcidas, frontais, sem panos quentes, sobre as circunstâncias da morte do Nuno. nosso camarada,  já deve ter recebido uma mensagem do meu camarada José Martins (*). Infelizmente, não temos meios humanos, logísticos e financeiros para lhe poder facultar mais informação para além daquela que existe no "silêncio" dos arquivos e das publicações...

Esperamos sempre, ao publicar estes materiais no blogue, para além do dever de memória e de partilha, que haja camaradas das subunidades envolvidas na Op Relance (CART 1613, CART 1659, CCAÇ 1622, Pel Caç Nat 51...) com dados ou factos novos. (**)

Infelizmente não temos uma única foto individualizada do Nuno. Podemos partilhar consigo o álbum, a cores, do José Neto, que exerceu funções de 1º sargento da companhia. Há alguns fotos de grupo onde o Nuno pode eventualmente aparecer. Mas não temos legendas detalhadas e o Neto já morreu em 2007.

Em contrapartida, ficar-lhe-íamos gratos, a si e à sua esposa, se nos quiserem mandar algumas fotos do Nuno, do tempo da tropa e da guerra... Será uma forma, digna. de todos lhe prestarmos homenagem e honrarmos a sua memória. (***)

O meu apreço pelo gesto. Um grande abraço. Um beijo fraterno para a sua esposa, um beijo filial para a senhora sua sogra e mãe do Nuno. Luís Graça.

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 Notas do editor: 


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8155: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (14): Lista, de A a Z, dos amigos e camaradas da Guiné, registados na Tabanca Grande até hoje





Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > O nosso I Encontro Nacional > O grupo de camaradas fotografados, por volta da 13h, antes do almoço no Restaurante Café do Monte, na Herdade da Ameira. Ainda não tinham chegado todos... De qualquer foi o ano em que ainda "cabiam todos" na fotografia...Mas vejamos quem estava naquele momento, da esquerda para a direira: 

(i) na primeira fila, António Baia (de óculos escuros, enfermeiro num pelotão de intendência, veio com o Fernando Franco), José Bastos, Pedro Lauret, Lema Santos, Sampedro (foi capitão em Fajonquito, veio com o Manuel Pereira), Manuel Pereira, Aires Ferreira (de óculos escuros), Vitor Junqueira (também de óculos escuros), David Guimarães, José Casimiro Carvalho (de joelhos), Fernando Calado (ex-alf mil, CCS do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), Tino Neves, Jorge Cabral e, por fim, Luís Graça; 

(ii) na segunda fila, Carlos Vinhal, Fernando Franco, Fernando Chapouto, Magalhães Ribeiro, Zé Luís Vacas de Carvalho, Neves (um empresário que veio com outro empresário, o Martins Julião, da CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72 ), Humberto Reis (de óculos escuros), Virgínio Briote, Raul Albino...

Faltavam outros de camaradas que foram pioneiros nestas lides, e que por um razão ou outra não estão na foto: lembro-me, por exemplo, do Paulo Santiago, do Carlos Fortunato, do Carlos Santos (que trouxe notícias do Rui Alexandrino Ferreira), do António Pimentel, do Paulo Raposo e do Carlos Marques dos Santos (os dois organizadores do encontro), do António Santos, do Hernâni Figueiredo, do José Martins, do Manuel Lema Santos (ilustre representante da Marinha, juntamente com o Pedro Lauret, dois imediatos da LFG Orion, embora em épocas diferentes), do Rui Felício, do Sérgio Pereira, do Victor David...

Nesse primeiro encontro do nosso blogue, éramos um pouco mais de 50, contando com as nossas companheiras... No último encontro, o V, em Monte Real, em 2010, juntámos 3 vezes mais...




Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > As nossas belas, solidárias e discretas companheiras... Infelizmente, não têm tido o tempo de antena que merecem... Nem sequer constam, a maior parte delas, da lista da nossa Tabanca Grande, mesmo tendo participado em todos ou quase todos os nossos encontros...[ Atrás delas, reconhece-se o Fernando Chapouto e o pira de Mansoa, o nosso ranger Magalhães Ribeiro]...


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2006) . Todos os direitos reservados.


Vd. poste de 15 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1177: Encontro da Ameira: foi bonita a festa, pá... A próxima será em Pombal (Luís Graça)



 Lista (alfabatética dos amigos e camaradas da Guiné, registados na Tabanca Grande até 21/4/2011)


(A) A. Marques Lopes [, foto à esquerda], Abel Maria Rodrigues, Abílio Delgado, Abílio Duarte, Abílio Machado, Acácio Correia, Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), Afonso M.F. Sousa, Agostinho Gaspar, Aires Ferreira, Albano Costa, Albano Gomes, Alberto Antunes, Alberto Branquinho, Alberto Nascimento, Alberto Sousa Silva, Albino Silva, Alcides Silva, Alfredo Reis, Almeida Campos, Altamiro Claro, Álvaro Basto, Álvaro Mendonça, Amadu Jaló (ou Djaló), Amaral Bernardo, Amaro Munhoz Samúdio, Américo Estanqueiro, Américo Marques, Amílcar Mendes, Amílcar Ramos, Amílcar Ventura, Ana Duarte, Ana Ferreira (ou Ana Paula Ferreira), Aníbal Magalhães, Anselmo Garvoa, Antero F. C. Santos (n=36) 



(António) António Alberto Alves, António Almeida, António Azevedo Rodrigues, António Baia, António Barbosa, António Barbosa [Santarém], António Barroso, António Bartolomeu, António Bastos, António Bonito, António Branco, António Branquinho, António Brum, António Camilo, António Carvalho, António Clemente, António Cunha, António Cunha ('Lassa'), António da Costa Maria, António da Silva Batista, António Dâmaso, António Dias, António Duarte, António Estácio, António Faneco, António Garcia Matos (ou António Matos), António Graça de Abreu, António Inverno, António J. Pereira da Costa, António J. Serradas Pereira, António (ou Tony) Levezinho, António Manuel Conceição Santos, António Manuel Oliveira, António Manuel Salvador, António Manuel Sucena Rodrigues, António Marques, António Marquês, António Martins de Matos, António Moreira, António Nobre, António Paiva, António Pimentel, António Pinto, António Rodrigues, António Rodrigues Pereira, António Rosinha, António Sá Fernandes, António Sampaio, António Santos, António Santos Almeida, António Tavares, António Teixeira, António Teixeira Mota, António Varela (n=54)


(Ar) Arlindo Roda [, foto à esquerda ], Armandino Alves, Armandino Santos, Armando Faria, Armando Ferreira Gomes, Armando Fonseca, Armando Pires, Arménio Estorninho, Arménio Santos, Armindo Batata, Arnaldo Sousa, Arsénio Puim, Artur Conceição, Artur José Ferreira, Artur Ramos, Artur Soares, Augusto Silva Santos, Augusto Vilaça (n=18)



(B) Belarmino Sardinha [, foto à direita], Belmiro Tavares, Belmiro Vaqueiro, Benito Neves, Benjamim Durães, Benvindo Gonçalves, Bernardino Parreira, Braima Djaura (n=8)



(Carlos) Carlos Alexandre [, foto à esquerda, 1973, na Ponte Caium], Carlos Américo Cardoso, Carlos Ayala Botto, Carlos Azevedo, Carlos Carvalho, Carlos Cordeiro, Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai), Carlos Farinha, Carlos Fernandes, Carlos Filipe Coelho, Carlos Fortunato, Carlos Geraldes, Carlos Guedes, Carlos Jorge Pereira, Carlos Marques dos Santos, Carlos Mendes, Carlos Nery Gomes de Araújo,Carlos Pinheiro, Carlos Schwarz (Pepito), Carlos Silva, Carlos Sousa, Carlos Valentim, Carlos Vinhal , Clara Schwarz (n=24) 



(Carv) Carvalhido da Ponte, Casimiro Vieira da Silva, Cátia Félix, César Dias, Cherno Baldé, Conceição Brazão, Conceição Salgado, Constantino Costa, Constantino (ou Tino) Neves, Coutinho e Lima, Cristina Allen, Cristina Silva, Cristóvão e Aguiar (n=13) 

(D) Daniel Matos, Daniel Vieira, David Guimarães, David Peixoto, Delfim Rodrigues, Diamantino Monteiro (ou Diamantino Pereira Monteiro), Diana Andringa, Dina Vinhal, Domingos Fonseca, Domingos Maçarico, Durval Faria (n=11) 

(E) Eduardo Campos, Eduardo Costa Dias, Eduardo J. Magalhães Ribeiro, Eduardo Santos, Ernesto Duarte, Ernesto Ribeiro (n=6) 








Guiné > Bissau > 1965 >  "Mascote da companhia em Bissau, nos primeiros dias de permanência na Guiné"... (Foto de Fernando Chapouto, Op Esp, CCAÇ 1426 (Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda, 1965/67).


Foto e legenda: © Fernando Chapouto (2008) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

(F) Felismina Costa, Fernandino Leite, Fernando Almeida, Fernando Araújo, Fernando Barata, Fernando Calado, Fernando Chapouto, Fernando Costa, Fernando Franco, Fernando Gomes de Carvalho, Fernando Gouveia, Fernando Henriques, Fernando Inácio, Fernando Loureiro, Fernando Manuel Belo, Fernando Moita, Fernando Oliveira, Fernando Teixeira, Ferreira da Silva, Ferreira Neto, Filomena Sampaio, Florimundo Rocha, Fradique Morujão, Francisco Godinho, Francisco Palma, Francisco Santos, Francisco Silva (n=26) 

(G) Gabriel Gonçalves, George Freire, Germano Penha, Germano Santos, Gil Moutinho, Gilda Pinho Brandão (ou Gilda Brás), Giselda Antunes Pessoa, Gualberto Passos Marques, Gumerzindo Silva (n=9)







Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca)> 1969 ou 70 > Belíssimma vista aérea da tabanca de Samba Juli, sendo visível o perimetro de arame farpado, as valas e os abrigos individuais > Em Fevereiro de 1969, aquando o desastre do Cheche, a CCAÇ 2405 estava sediada em Galomaro, com um pelotão em Samba Juli, outro em Dulombi e um terceiro em Samba Cumbera. Samba Juli fazia parte de um conjunto de tabancas fulas, em autodefesa no regulado do Corubal, ao longo da estrada Bambadinca-Xitole, onde se incluía Dembataco e , Moricanhe (a oeste da estrada), Samba Culi, Sinchã Mamajã, Sare Adé, Afiá, Candamã, entre outras (a leste)... Tudo nomes que ainda ressoam estranhamente nas nossas cabeças: em muitas delas contávamos as estrelas à noite e esperávamos o alvorecer não sem alguma ansiedade....  Neste episódio, passado m Dezembro de 1969, Beja Santos refere a sua ida a Samba Juli, fazer um transporte de doentes, com o seu Pel Caç Nat 52, agora destacado em Bambadinca e morrendo de saudades de Missirá ... A lealdade dos fulas(ou a sua aliança política com os tugas contra o PAIGC) era paga com estes e outros serviços... (LG)



Foto: © Humberto Reis (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné Direitos reservados

Vd. poste de 1 de Fevereiro de 2008 >  Guiné 63/74 - P2498: Operação Macaréu à Vista - II Parte (Beja Santos) (18): Operação Punhal Resistente





(H) Hélder Sousa, Henrique Cabral, Henrique Cerqueira, Henrique Martins de Castro, Henrique Matos, Henrique Pinto, Herlander Simões, Hernani Acácio Figueiredo, Hugo Costa, Hugo Guerra, Hugo Moura Ferreira, Humberto Reis (n=12)

(I) Idálio Reis, Inácio Silva, Isabel Levy Ribeiro (n=3)



(J) J. Armando F. Almeida, J. C. Mussá Biai, J. L. Mendes Gomes, J. L. Vacas de Carvalho, J. M. Pereira da Costa, Jacinto Cristina, Jaime Machado (n=7) 

(João) João Bonifácio, João Carlos Silva, João Carreiro Martins, João Carvalho, João Crisóstomo, João Dias da Silva, João Graça, João Lourenço, João M. Félix Dias, João Melo, João Miranda, João Pinho dos Santos, João S. Parreira, João Santos, João Seabra, João Santiago, João Varanda (n=17) 

(Joaquim) Joaquim Fernandes, Joaquim Gomes de Almeida (o "Custóias"), Joaquim Guimarães, Joaquim Macau, Joaquim Mexia Alves, Joaquim Peixoto, Joaquim Pinheiro, Joaquim Sabido, Joaquim Soares, Jochen Steffen Arndt (n=10)

(Jorge) Jorge Araújo, Jorge Cabral, Jorge Caiano, Jorge Canhão, Jorge Coutinho, Jorge Félix, Jorge Lobo, Jorge Narciso, Jorge Picado, Jorge Rijo, Jorge Rosales, Jorge Rosmaninho, Jorge Santos, Jorge Silva, Jorge Simão, Jorge Tavares, Jorge Teixeira, Jorge Teixeira (Portojo) (n=18)

(José) José Afonso, José Albino, José Barreto Pires, José Barros, José Bastos, José Belo, José Brás, José Cancela, José Carlos Ferreira, José Carlos Neves, José Carmino Azevedo, José Casimiro Carvalho, José Colaço, José Corceiro, José Cortes, José Crisóstomo Lucas, José da Câmara, José Eduardo Alves, José Eduardo Oliveira (JERO), José Ferreira da Silva, José Figueiral, José Firmino, José Francisco Robalo Borrego, José Gonçalves, José Jerónimo, José Luís Vieira de Sousa, José Macedo, José Manuel (Josema, ou José Manuel Lopes), José Manuel Dinis, José Manuel Pechorro, José Manuel Samouco, José Marques Ferreira, José Martins, José Moreira, José Nunes, José Paracana, José Pedro Neves, José Pedrosa, José Pereira, José Pinho da Costa, José Quintino Romão, José Rocha (ou José Barros Rocha), José Rodrigues, José (ou Zé) Teixeira, José Vermelho, José Zeferino (n=46) 

(Ju) Júlia Neto, Júlio Abreu, Júlio Benavente, Júlio César, Júlio Faria, Juvenal Amado, Juvenal Candeias (n=7) 

(L) Leopoldo Amado, Lia Medina, Libério Lopes, Luís Borrega, Luís Camões, Luís Candeias, Luís Carvalhido, Luís de Sousa, Luís Dias, Luís Faria, Luís Fonseca, Luís Graça [Henriques], Luís Guerreiro, Luís Jales, Luís Marcelino, Luís Miguel da Silva Malú, Luís Moreira, Luís Nascimento, Luís Paiva, Luís R. Moreira, Luís Rainha (n=21) 

(Manuel) Manuel Abelha Carvalho, Manuel Amante, Manuel Amaro, Manuel Bastos Soares, Manuel Bento, Manuel Carmelita, Manuel Carvalhido, Manuel Carvalho Passos, Manuel Castro, Manuel Correia Bastos, Manuel Cruz, Manuel Domingues, Manuel G. Ferreira, Manuel Henrique Quintas de Pinho, Manuel João Coelho, Manuel Joaquim, Manuel Maia, Manuel Marinho, Manuel Martins, Manuel Mata, Manuel Melo, Manuel Moreira, Manuel Oliveira Pereira, Manuel Peredo, Manuel Rebocho, Manuel Reis, Manuel Resende, Manuel Rodrigues, Manuel Santos, Manuel Sousa, Manuel Tavares Oliveira, Manuel Traquina, Manuela Gonçalves (Nela) (n=33)






Guiné > Bissau > Bissalanca > BA12 > A chegada do hospital, em maca, do Ten Pilav Miguel Pessoa, após ter o seu Fiat G-91 ter sido abatido por um, Strela, em 25 de Março de 1973 sob os céus de Guileje, e recuperado no dia seguinte pelas NT. Do lado direito, a Enf Pára-quedista Giselda Antunes. Foto do Srgt Coelho, da secção fotográfica da BA12.


Vd. poste de 4 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3839: FAP (4): Drama, humor e... propaganda sob os céus de Tombali (Miguel Pessoa, Cor Pilav Ref)

Foto : © Miguel Pessoa (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados



(Mar / Mig) Maria Clarinda Gonçalves, Maria Joana Ferreira da Silva, Maria Teresa Almeida, Mário Armas de Sousa, Mário Beja Santos (ou Beja Santos), Mário Bravo, Mário Cláudio [pseudónimo de Rui Barbot Costa], Mário Cruz ("Shemeiks"), Mário de Oliveira (Padre), Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), Mário Fitas (ou Mário Vicente), Mário Migueis, Mário Pinto, Marisa Tavares, Marta Ceitil, Martins Julião, Maurício Nunes Vieira, Melo Silva, Miguel Pessoa, Miguel Ribeiro de Almeida, Miguel Ritto, Miguel Vareta (n=22)

(N) Natalino da Silva Batista, Nelson Domingues, Nelson Herbert, Norberto Gomes da Costa, Norberto Tavares de Carvalho, Nunes Ferreira, Nuno Almeida, Nuno Dempster, Nuno Rubim (n=9) 

(O/P/Q) Orlando Figueiredo, Orlando Pinela, Osvaldo Pimenta, Pacífico dos Reis, Patrício Ribeiro, Paula Salgado, Paulo Lage Raposo (ou Paulo Raposo), Paulo Reis, Paulo Salgado, Paulo Santiago, Pedro Cruz, Pedro Lauret (n=12)

(R) Raul Albino, Raul Azevedo, Raul Brás, Regina Gouveia, Renato Monteiro, Ribeiro Agostinho, Ricardo Figueiredo, Ricardo Sousa, Ricardo Teixeira, Rogério Cardoso, Rogério Chambel, Rogério Ferreira, Rogério Freire, Rosa Serra, Rui A. Santos, Rui Alexandrino Ferreira (ou Rui Ferreira), Rui Baptista, Rui Esteves, Rui Felício, Rui Fernandes, Rui Gonçalves, Rui Santos, Rui Silva (n=23)



Fotos Falantes III > Foto 29 > Candamã > 1969 > O Torcato Mendonça e o seu Gr Comb, CART 2339 (Mansambio, 1968/69)

Foto: © Torcato Mendonça (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


(S/T) Sadibo Dabo, Santos Oliveira, Sérgio Pereira, Sérgio Sousa, Silvério Lobo, Sílvio Abrantes (Hoss), Sousa de Castro, Susana Rocha, Tina Kramer, Tomané Camará, Tomás Carneiro, Tomás Oliveira, Tony Grilo, Tony Tavares, Torcato Mendonça (n=15) 






Guiné > Região de Tombali > Catió > Foto 3A - Vila de Catió > Vista aérea da Rotunda e Avenida de Catió antes de 1967.  O edifício à esquerda na foto era a escola primária que em 1967 já tinha sido modificado. 



Vd. poste de 19 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6616: In memoriam (44): Victor Condeço (1943-2010), um camarada discreto, amável, afável, prestável, generoso (Luís Graça / Benito Neves / Juvenal Amado)





Fotos (e legenda): © Victor Condeço (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.  [O Vitor foi um dos camaradas que deixou, com saudade, o seu lugar vago, em 2010, à volta do poilão da Tabanca Grande]




(V/X/W/Z) Valentim Oliveira, Vasco da Gama, Vasco Ferreira, Vasco Joaquim, Vasco Santos, Victor Alfaiate, Victor Alves, Victor Barata, Victor David, Victor Garcia, Victor Tavares, Virgínio Briote, Vítor Cordeiro, Vítor Junqueira, Vítor Oliveira, Vítor Raposeiro, Vítor Silva, Xico Allen, Zé Carioca (ou José António Carioca), Zélia Neno (n=20) 



Camaradas que da lei da morte se foram libertando: 



Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)

António Domingos Rodrigues (1947-2010)
Carlos Rebelo (1948-2009)
França Soares (1949-2009)
Humberto Duarte (1951-2010)
João Barge (1945-2010)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
Rogério da Silva Leitão (1935-2010)
Victor Condeço (1943-2010) 



Total dos membros registados da Tabanca Grande (em 21/4/2011)= 491 (É possível que possa haver uma ou outra falha, involuntária, nos nossos registos)



Últimas dez entradas (da mais recente para a menos recente): 


Jorge Coutinho, Manuel Abelha Carvalho, Armandino Santos, Florimundo Rocha, Susana Rocha, Manuel Sousa, Francisco Henriques, José Rodrigues, José Barros, Manuel Bento.

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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8152: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (13): O Blogue faz parte da minha identificação (Hélder Sousa)