quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Guiné 63/74 - P1524: Antologia (59): O Povo Português (Livro da Terceira Classe)



Fonte: Portugal. Ministério da Educação Nacional - O Livro da Terceira Classe. [Porto: Domingos Barreira. 4ª Ed., 1958]. pp. 63-64.

Foto: Luís Graça (2007).

Em post anterior e em comentário a um contributo do Vitor Junqueira sobre o falar de São Miguel, Açores (1), escrevi eu:

"Embora Portugal seja, de há muito, um país sem etnicidades, sem problemas étnicos, linguísticos ou religiosos, subsistem alguns regionalismos que, de tempos a tempos, o poder político se lembra de aproveitar, acicatar ou pôr ao seu serviço... Lembro-me muito bem de ler, no nosso livrinho da terceira classe - o mais ideológico dos manuais escolares do tempo de Salazar - que Portugal era um só, mas havia portugueses mais alegres, trabalhadores e hospitaleiros do que outros (por exemplo, os minhotos em relação aos alentejanos), ou mais rijos, destemidos e corajosos (por exemplo, os transmontanos em relação aos algarvios)"...

É altura de recuperar esse texto, que todos nós - os da nossa geração - leram e releram no tempo de escola. Aproveito para lembrar que em 1958 (data desta 4ª edição do Livro da Terceira Classe) - ainda se falava em colónias (p. 92): "As actuais colónias portuguesas são pequena parcela das imensas terras que conquistámos ou descobrimos. Muitas passaram par o o domínio de outros países, e o Brasil transformou-se numa grande nação independente"... (LG)


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Nota de L.G.:

(1) Vd. post de 14 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1523: Todos portugueses, mas uns mais do que outros ? Expressões micaelenses (Vitor Junqueira)

1 comentário:

Anónimo disse...

olá, muito boa-noite!
percorrendo o blogue, vim ter a um comentário sobre (O livro de leitura da terceira classe), sobre uma lição do dito livro, intitulada (O Povo Português). Que saudades desse tempo! do tempo da infância, em que nos sentiamos orgulhosos dos feitos dos nossos avós,e eu, que adorava história, recordei a lição da página 91/92 (Conquistas e Descobrimentos), que começa por falar das vitórias alcançadas sobre os Castelhanos, que consolidaram a independência nacional; e depois a luta contra os mouros, e depois África, e depois Índia e Brasil. Segundo o autor do texto, a empresa dos Descobrimentos, foi a maior que se realizouy no mundo, para a dilatação da Fé e da civilização, mas diz igualmente que Portugal tirou dela, mais glória do que riqueza.
AS, à época, colónias Portuguesas, eram uma pequena parcela das imensas terras que conquistamos ou descobrimos. Muitas passaram para no domínio de outros países, e o Brasil tornou-se numa grande Nação independente.
Assim foi! DEMOS NOVOS MUNDOS AO MUNDO. E por todo o mundo, a nossa língua se fala. Fomos um império! Que nos desculpem os que acham que fomos a sua desgraça. Eu continuo a acreditar, que fomos descobrir mundos. Dá-los a conhecer. Levando-lhes religião, língua, costumes, cultura, civilização,e, sinto como se tivesse participado nessa grande aventura. Bravos Portugueses, que achavam apertada a sua nesga de terra e procuraram maiores horizontes.
Que bom recordar a História! apesar de ter hoje o efeito de uma verdadeira história.

Felismina Costa
Uma amiga