terça-feira, 20 de março de 2007

Guiné 63/74 - P1615: Historiografia da presença portuguesa em África (5): O Capitão Diabo, herói do Oio, João Teixeira Pinto (1876-1917) (A. Teixeira-Pinto)







Fotos de João Teixeira Pinto (1876-1917) : (i) na primeira, a contar de cima (com barbas compridas e os galões de alfres), ainda é legível a dedicatória manuscrita do oficial português "à sua querida mulher com um beijo do seu marido muito amigo. 27 de Maio de 19__(?). Oferece João Teixeira Pinto"; (ii) na segunda, lê-se: "João Teixeira Pinto: Cavaleiro da antiga e mui nobre Ordem da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérioto (1908)"; finalmente (iii) a terceira, deve ser de época posterior, já do tempo da I República.

Fotos: © A. Teixeira-Pinto (2007). Direitos reservados.

Na sequência de uma correspondência trocada entre mim e o Prof. A. Teixeira-Pinto, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a propósito da Carta da Região de Teixeira Pinto (hoje, Cachungo) (1), eu pedi-lhe que nos falasse um pouco sobre o seu antepassado ilustre, o capitão João Teixeira Pinto, um dos nossos heróis das campanhas de África, dos finais do Séc. XIX e princípios do Séc. XX.

Este homem, que foi Torre e Espada, em 1908, é mal conhecido da nossa geração que fez a guerra colonial, entre 1963/74, para não falar da geração dos nossos filhos... Alguns de nós (Afonso M.F. Sousa, Jorge Cabral, Beja Santos) já aqui evocaram episodicamente o seu nome (2)... Como a ignorância é a mãe do preconceito, aqui ficam mais umas achegas para a compreensão da história contemporânea de Portugal e da Guiné-Bissau (3).

1. Mensagem de 27 de Fevereiro de 2007, enviado por A. Teixeira-Pinto:

Exmo. Colega Professor Luís Graça:

Recebi o seu mail que agradeço e prometo dar o meu contributo leal e amigo ao seu Projecto sobre a Guiné. E, já que mo pede, para divulgar alguns aspectos menos conhecidos sobre o Capitão Diabo (João Teixeira Pinto).

Estou de partida para Santiago de Compostela onde vou fazer uma conferência na Universidade, mas mal tenha tempo, responder-lhe-ei com todo o gosto.

O seu mail surpreendeu-me pela elegância, pois a minha abordagem tinha sido de facto um bocado cáustica (sinceramente abomino as teses do mea culpa, quando a nossa postura no Mundo, cheia de erros certamente, tem muito mais virtudes que qualquer outro povo e o saldo é francamente positivo - o que explica o nosso não enriquecimento à custa dos territórios do Ultramar). Tal elegância só pode vir de uma pessoa de Bem e por isso felicito-me pela oportunidade de o ter conhecido (ainda que de forma pouco ortodoxa, reconheço).

Um abraço sincero
Teixeira-Pinto


2. Mensagem de 3 de Março de 2007:

Caríssimo Colega Prof. Luís Graça

Como prometido aqui venho falar-lhe um pouco do meu antepassado João Teixeira Pinto, nascido em Moçâmedes, Angola, em 1876 e morto em combate contra os alemães, em Negomano, no Norte de Moçambique em 1917, durante a 1ª Guerra Mundial.

Filho de um transmontano, também oficial com serviços relevantes prestados em Angola, onde era conhecido pelo Kurika (leão, em língua cuanhama), João Teixeira Pinto era primo direito do meu Avô paterno.

Sem necessitar de uma única praça (leia-se, soldado) da Metrópole e apenas com a colaboração de tropas gentílicas, comandadas pelo chefe de milícias Abdul Injai (2), o capitão Teixeira Pinto (na qualidade de chefe do Estado Maior da Guiné entre 1912 e 1915) conquistou o Ôio, contrariando as instruções expressas do governador e também comandante militar da Guiné. Entrou depois no chão dos Balantas e dominou-os, submetendo-os à Coroa Portuguesa.

Eram outros tempos, outras formas de pensar e de olhar para o Mundo. Que direito temos nós de julgar o passado por então se agir de uma forma diferente da nossa? O que consideramos hoje em dia menos correcto, era perfeitamente legítimo naquele tempo. E por essas ideias e princípios muita gente se bateu, sofreu e morreu.

Hei-de enviar-lhe, com mais tempo, a carta que, já em Lisboa, o capitão Teixeira Pinto escreveu ao governador da Guiné protestando contra a forma imerecida como foi tratado o Abdul Indjai, elevado a soba [régulo] do Ôio por sua intercessão. O chefe de milícias que tanto nos ajudou (com homens e com haveres seus) foi esquecido, marginalizado e castigado, depois de João Teixeira Pinto ter saído da Guiné. Justificou-se depois tais medidas com uma pretensa tirania exercida pelo soba sobre os seus subordinados.

Hoje, com muita hiprocrisia eivada de um racismo sórdido e inconfessado, proclama-se a dignidade dos negros, do seu direito à liberdade. Para, sem que o tenham pedido, os entregar à mais baixa e reles das tiranias, em que um grupo de títeres exploram e utilizam em proveito próprio os recursos de todos. Recordo um cuanhama que me pedia que o trouxesse para Portugal:
- Eu trabalho na tua fazenda, só pela comida. Não me deixes ficar, que assim vou morrer. O preto não sabe governar o preto. Se protestas ou te queixas, morres.

Em fase alguma do nosso passado, mesmo no tempo da escravatura, exercemos esse magistério selvático e desregrado que hoje campeia numa grande parte da África. Calamos, de forma cúmplice, qualquer manifestação de indignação, mais do que justificada face a tão descarados atropelos ou perante evidências claras da corrupção mais desenfreada, do esbulho puro e simples de qualquer oportunidade de futuro que essa clique dominadora negou ao seu povo.

Temos nós a culpa de ter negado a essa mole imensa de gente a possibilidade de terem esperança (os Darfour sucedem-se aqui e ali, com mais ou menos intensidade). Em Angola deixam-se morrer com cólera, dengue ou com a febre hemorrágica as populações do Norte (os bakongos, inimigos figadais dos caluandas e dos catetenses).

É ridícula a verba de 300.000 dólares que o (des)governo de Angola alocou para o combate da doença no distrito do Uíge. Os dinheiros do petróleo entram directamente na conta do presidente e dos seus familiares (as filhas são riquíssimas), enquanto que em Portugal os estudantes de Angola têm atrazos de anos nas suas bolsas e vivem com recurso à prostituição. A vida nada vale por aquelas paragens, mata-se com a maior das facilidades.

Há mais de 20 anos estive a dirigir a construção de duas vias rápidas na Costa do Marfim (ainda o presidente Houphouet Boigny estava no seu apogeu). Vinham guinéus de Bissau, a pé, ter comigo ao escritório em Abidjan para me tocarem (num ritual de veneração que me deixou emocionado) como parente próximo do Capitão Diabo e para me pedirem emprego. Era gente que me seguia cegamente para qualquer lado e que estou certo daria a vida para me defender de qualquer ameaça. O mito ficou e a atitude de veneração reverencial, tão própria dos negros, apenas ilustra a que ponto estava a consideração que lhes merecia o grande capitão. Fosse o sentimento outro e jamais me teriam procurado. E nunca por nunca me teriam pedido para me tocarem (apenas com a ponta dos dedos).

Enfim, caro colega, coisas e histórias de África que se recordam com alguma nostalgia.

Prometo um segundo capítulo.

Um abraço amigo
A. Teixeira-Pinto
_________

Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 25 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1548: As cartas do nosso (des)contentamento (A. Teixeira-Pinto / Luís Graça)

(2) Vd. posts de:

7 Setembro 2005 > Guiné 63/74 - CLXXX: Teixeira Pinto ou Canchungo? (Afonso M.F. Sousa)

15 Fevereiro 2006 > Guiné 63/74 - DXXXVI: Carta (aberta) ao Luís (Jorge Cabral)

(...) " Assim, na Guiné, quer em Fá, quer em Missirá, procurei entender, e através de longas conversas com Homens e Mulheres Grandes aprendi alguma coisa. Dessa forma me inteirei da excisão (a qual depois presenciei) e do infanticídio ritual, dois temas que há mais de vinte anos, falo nas minhas aulas.

"Percebi que uma Guiné idílica e pacífica, de negros portuguesismos, nunca existira… Todo o território ao longo dos séculos foi palco de imensas guerras, sangrentas repressões e alguns desastres das nossas tropas. Perante o meu espanto, indicaram-me em Fá, o local onde no tempo, dos avós, dos avós deles, havia sido aprisionado o Governador, que teve de pagar resgate aos beafadas.

"E em Missirá levaram-me a conhecer o campo onde as forças portuguesas e seus ajudantes estiveram longo tempo entrincheirados, preparando a conquista de Madina/Belel, na luta contra o grande guerreiro Unfali Soncó, no princípio do século XX.

"Foram também os velhos que me falaram de Abdul Injai, régulo do Cuor e do Oio, companheiro de Teixeira Pinto, herói tão amado quanto odiado, caído em desgraça no fim da vida, e degredado para Cabo Verde.

"Chegado a Lisboa, e desde então tenho tentado estudar, convicto que é impossível compreender a guerra colonial e o que se seguiu, sem reflectir na história do país e nas múltiplas acções de resistência armada contra os Portugueses" (...).

18 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P882: Infali Soncó e a lenda do Alferes Hermínio (Beja Santos)

(3) Sobre a conquista do Oio por Teixeira Pinto, em 1913, vd a página do nosso camarada Carlos Fortunato, de que transcrevemos com a devida vénia as seguintes passagens:

Transcrevemos a seguir uma passagem do livro História da Guiné, Portugueses e Africanos na Senegâmbia (1841-1936), René Pélissier, Editorial Estampa, 2001, que dá uma explicação sobre o que foram as grandes batalhas pela conquista do Óio de 14 de Maio a 6 de Junho de 1913, como a batalha do Morés a 30 de Maio, ou a conquista de Mansodé a 5/6/1913, embora tenhamos a lamentar a má qualidade da tradução (Os links e notas da minha responsabilidade - L.G.):

"Os Mandingas islamizados são cada vez menos favoráveis à resistência, mas os Soninquês mais do que nunca. A sua ameaça contra o Posto de Mansoa pode pois ressurgir do norte. É no que quer acreditar Teixeira Pinto, que vai servir-se deste pretexto especioso para justificar a sua invasão do Oio. Perguntamo-nos mesmo se ele não ultrapassa as ordens do seu governador, de quem não gosta e que pensou impedir-lhe as manobras, proibindo-lhe as razias de auxiliares. Ora Teixeira Pinto só pode manter-se com eles e prefere-os amplamente aos soldados regulares.

"Não hesitaremos em invocar aqui o factor psicológico: o capitão quer entrar na história e, sozinho quebrar a lenda da invencibilidade dos Soninquês. Tendo experimentado o valor de Abdul Injai e dos seus homens, mas também o dos Fulas Forros do Sancorlá [, no Cuor, a nordeste de Missirá], comandados pelo seu régulo (Boram Jame?) que estão à sua volta, decide portanto, sacrificar a quantidade à qualidade, ao deixar para trás todos os seus oficiais e, evidentemente, as embarcações.

"Joga ao póquer ao internar-se no Oio, sem trem, sem metralhadora, simplesmente com um canhão de 70, um sargento, quatro artilheiros brancos e dois soldados indígenas, mais outro sargento branco e duas praças africanas.

"E, evidentemente, Abdul Injai e os seus lugar-tenente, que parecem ter reagrupado filhos de chefes fulas decididos a criar uma reputação de guerreiros. Mas, no total, isso não representa mais que 400 auxiliares enquadrando carregadores balantas. Mesmo o impulsivo Graça Falcão não entrara pelo Oio, em 1897, sem dez a vinte vezes mais homens. E com os resultados que sabemos!

"Em caso de desastre, o Exército não poderá imputar-lhe grandes perdas, pois que não toma auxiliares em conta, mas o Oio é, de qualquer modo, um grande bocado de pão para pouca gente; uma aposta muito imprudente que este chefe de estado-maior se comprometera com dez soldados, lá onde ele pretende - sem razão - que Biker conheceu meia derrota em 1902.

"Não sabemos claramente se o Oio enfraqueceu em onze anos, mas de modo nenhum temos essa impressão. No entanto, a 14 de Maio de 1913, a pequena tropa sobe para norte, sem provisões, acabando por carregar as munições Balantas requisitados à força. Sabendo cada um com o que contar, as coisas não se arrastam. A 15 de Maio, em fila indiana, os invasores são atacados numa daquelas armadilhas de verdura, da qual se salvam com fogo vivo, para cairem sobre a tabanca fronteiriça de Cambajo, tomada de assalto e incendiada.

"O combate é um dos mais difíceis alguma vez conhecidos na Guiné, se Teixeira Pinto tivesse menor talento para se valorizar ou, na sua falta, um revolver a seu lado, este caso teria passado à posteridade.

"A peça disparou 44 vezes, mas 40.000 cartuchos foram consumidos em Cambajo, o que num só combate é enorme nos anais luso-africanos.

"Teixeira Pinto não deplora senão três mortos e treze feridos entre os auxiliares, o que se explica talvez pelo alcance das Kropatchek, que lhes estão confiadas. Como quase sempre com os Portugueses, as baixas dos Soninquês serão desconhecidas durante toda a campanha.

"Constituída em quadrado, a coluna é atacada novamente a 16 de Maio, durante hora e meia, mas inflige pesadas perdas aos Soninquês.

"Obrigado a comer milho miúdo, acomodado à carne dos porcos (!) que vêm devorar os cadáveres, a expedição está, apesar de tudo em bastante mau estado e tem de enviar um destacamento a Porto Mansoa, em busca de reabastecimento.

"Por seu lado, os Soninquês estão realmente decididos a resistir e multiplicam os fossos nas pistas. De uma maneira geral batem-se não nas tabancas, que depressa abandonam, mas na floresta onde armam emboscadas e metralham o quadrado. Se bem que um certo desânimo seja perceptível nas suas fileiras, os duros levam ainda a melhor e envenenam sistematicamente os poços. Ainda que se esteja na estação das chuvas, a sede vai ser um dos obstáculos a esta penetração.

"Durante este bloqueio, no norte do Oio, Calvet de Magalhães decide enganar os Soninquês, que o esperam em Gindu. Parte para Farim, atravessa ali o rio por volta de 17 de Maio e destrói imediatamente a tabanca de Bafatá do Oio, tomada de surpresa.

"A partir desta testa de ponte, varrerá mais seis tabancas de 23 a 30 de Maio, na região já batida em 1897 e em 1902.

"As coisas importantes desenrolam-se, evidentemente, ao sul onde, a 24 de Maio, a coluna é reabastecida em Cambajo pelo destacamento que, via Bissorã, atravessar o bloqueio defeituoso dos Soninquês. Destes últimos, não compreendemos bem a táctica mas, segundo parece, só se concentram excepcionalmente, senão como explicar que, em florestas tão cerradas e picadas tão estreitas, pequenos grupos pesadamente carregados e constantemente flagelados pudessem livrar-se sem feridos?

"É inútil seguir as reptações da coluna, de tabanca em tabanca, não sendo algumas aliás referenciáveis. Basta dizer que Teixeira Pinto parte de Cangajo, a 26 de Maio, para ocupar Unfarim.

"O posto de Bissorã não fornece reforços, simplesmente água e homens de Malam Bá, o que confirma que Teixeira Pinto não quer partilhar a vitória com nenhum outro oficial. Apostou tudo em Abdul Injai, do qual tem as capacidades operacionais em estima, como não se encontra em nenhum outro oficial português, quando se trata de fazer um juízo profissional sobre um chefe de auxiliares africanos.

"É um caso único de entendimento e mesmo de quente cumplicidade entre um quadro do activo e um senhor da guerra indígena. A 27 de Maio, a serpente armada volta a partir, derriba outras tabancas, enrola-se (29 de Maio, em Maqué), muitas vezes atacada, mas nunca verdadeiramente ameaçada. Em Sansabato destrói uma 'grande mesquita onde se sagram os fidalgos do Oio'.

"Continuam sem eco os apelos à rendição, o avanço prossegue para Morés, já visitada por Graça Falcão em 1897. Aborda-se aí o coração da resistência do Oio (cf. a guerra de libertação) e os Soninquês concentram no seu caminho uma potência de fogo que faz vacilar os artilheiros europeus e os Fulas de Sancorlá. No entanto, Morés cai, por sua vez, a 30 de Maio.

"O problema da sede é cada vez mais preocupante, mas Teixeira Pinto, inflexível, não quer repetir o erro de Biker (4). São todas as tabancas do Oio que quer tomar e, principalmente, Mansodé que desempenha o papel de capital da resistência.

"Entre Mansodé e Morés, tendo os Soninquês cortado a pista com trincheiras e árvores abatidas, Teixeira Pinto usa a astúcia e decide progredir para o alvo, por uma pista mais a leste (via Mamboncó), sempre reabastecido sem dificuldade por Porto Mansoa (a simplesmente quatro horas de marcha).

"Paliçadas, emboscadas, nada os detém. A 3 de Junho, a coluna transpõe todos os obstáculos entre Morés e a pista destinada a conduzi-la a Mansodé. Água e munições chegam bastante regularmente de Porto Mansoa e , a 5 de Junho a marcha final continua para Mansodé. A coluna já só tem 320 irregulares, mas conservou os seus seis soldados europeus e quatro africanos intactos. Mamboncó é tomada. Chegado a este ponto, o mal-estar aumenta na coluna.

"Mansodé tem fama, na Guiné, de ser invencível, a tal ponto que os seus defensores se gabam de não a terem fortificado, bastam os seus peitos para a defenderem.

"Pela primeira vez tomados pelo terror dos poderes ocultos ou da valentia atribuída à gente de Mansodé, os lugar-tenentes de Abdul Injai recusam-se a marchar. Tão perto do objectivo é o atoleiro.

"Para dali sair, Teixeira Pinto, que conhece a sua gente, tê-la-ia galvanizado teatralmente, fazendo avançar a peça para o norte, acompanhando-a sozinhos Abdul Injai e ele próprio dizendo aos guerreiros indóceis: 'que os cobardes podiam voltar para trás, porque eu e Abdul iamos morrer em Mansodé'.

"Reviravolta e entusiasmo veemente bastam: Mansodé cai e desfaz-se em fumo no mesmo dia (5 de Junho de 1913, depois de uma resistência enérgica, mas breve.

"Desde então, dissipados os encantamentos, a campanha está militarmente terminada ao sul."

(4) Joaquim Pedro Vieira Judice Biker, Governador interno da Guiné, entre 1901 e 1903. Era oficial da Marinha. No tempo da conquista do Oio, o governador, já nomeado pela República, era Carlos de Almeida Pereira (23 de Outubro de 1910 a Agosto de 1913).

1 comentário:

Anónimo disse...

Porque o rigor também é uma forma de respeitar as nossas figuras históricas, se calhar a principal, gostaria que me esclarecessem como foi possível que o capitão Teixeira Pinto, tendo estado na Guiné entre 1912 e 1915, submeteu os Balantas à “Coroa Portuguesa”, se a República foi instaurada em Portugal em 1910?

João Tunes