sábado, 14 de julho de 2007

Guiné 63/74 - P1951: Álbum das Glórias (17): A tabanca de Cutia (César Dias)

Guiné > Região do Óio > Mansoa > Cutia > Tabanca > c. 1970 > Foto enviada pelo César Vieira Dias, ex Furriel Miliciano Sapador, CCS / BCAÇ 2885, um batalhão que esteve em Mansoa e Mansabá desde Maio de 1969 a Março de 1971 (1) .
Não sei se Cutia era um reordenamento: a avaliar pela foto, parece-me bem que sim, os cibes cortados, em primeiro plano; o desenho europeu, colonial, rectangular, das casas; os arruamentos feitos a régua e esquadro; a falta de árvores seculares entre as moranças... De qualquer modo, há semore algo de mágico quando paramos para olhar o quotidiano da vida das pacíficas gentes da Guiné, sejam eles balantas, fulas ou mandingas (não conheci outras etnias)... Apesar da guerra, a vida continua(va)...
Por outro lado, o que é fantástico nesta tertúlia é a prontidão de resposta dos seus membros, a sua sensibilidade e a sua solidariedade... Não há ftos de Cutia, um buraco que ninguém sabe onde fica ? Um camarada responde de pronto: - Eh, eu estive lá, passei por lá, tenho uma chapa, memórias, recordações...
O meu muito obrigado ao César pelas suas fotos de Cutia, em meu nome, em nome do Aires Ferreira e do Mário de Oliveira. Em nome também dos anónimos habitántes de Cutia. Este também o seu Álbum das Glórias.
Foto: © César Vieira Dias / Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Direitos reservados.



1. Mensagem do César Dias:
Camarada Aires Ferreira (1):

É verdade, o Luís Graça tem razão, essa foto do fortim de Cutia era minha, caso não tenhas nenhuma aí vai mais uma, esta da tabanca.

Um abraço

César Dias

2. Segunda mensagem do César Dias, a esclarecer melhor a foto, o seu conteúdo e contexto:


Olá Luis

Apreciei bastante a homenagem que fizeste às gentes daquele lugar, Cutia. Gostaria no entanto de dizer que as duas fotos que enviei, mostram a totalidade da aldeia em 1970, 4 ou 5 tabancas de cada lado na estrada Mansoa / Mansabá, e ao fundo o fortim que alojava a guarnição.

Este destacamento era bastante frequentado pelas gentes das armas pesadas, obuses 14, oriundos de Mansoa e Bissau. Foram deslocados até lá para flagelarem a mata do Morés, integrados em operações nesta zona.

O nosso co-editor Carlos Vinhal passou muitas vezes por este lugar, recordá-lo-á concerteza.

Foi só mais uma achega.

Um abraço
César Dias

Mansoa 69/71 (2)

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Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 30 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1472: Sobrevivente do BCAÇ 2885 (Mansoa e Mansabá) (César Dias)

(2) Vd. post de 12 de Julho de 2007: Guiné 63/74 - P1946: Estórias de Mansoa (2): um capelão em apuros na estrada de Cutia (Aires Ferreira)

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