segunda-feira, 4 de maio de 2009

Guiné 63/74 - P4279: Blogoterapia (101): Obrigado, Manuel Maia, emocionaste-me até às lágrimas (José Brás)

1. Mensagem do nosso camarada José Brás, que foi Fur Mil da CCAÇ 1622 (Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68), e é autor do romance Vindimas no Capim, Prémio de Revelação de Ficção de 1986, da Associação Portuguesa de Escritores e do Instituto Português do Livro e da Leitura):

Caríssimos

Carlos, Luís e Briote


Não tem nada a ver com a guerra, isto que quero dizer-vos, agora, de lágrimas a rebentar por sob as pálpebras quando leio de voz alta, só e em frente ao monitor, a escrita do Manuel Maia (*).

De voz alta porque quero emocionar-me até ao limite, na oportunidade de não ter quem me chame de maluco.

De lágrimas a rebentar porque, felizmente, continuo a poder emocionar-me perante os sinais do humano quando chegam altos como este rio de palavras engenhosas, talentosas e suadas.

Que maravilha!

Cercados por centrais globais de (des)informação e por um real saído dos noticiários das televisões, o dia-a-dia carrega-nos de pesadas preocupações acerca do futuro do mundo e da humanidade.

Talvez que, no fundo, não seja mais do que a velhíssima tendência para o pessimismo que nos atinge depois de anos de lutas e esperanças.

Gente como o Manuel Maia são a garantia de que não passa disso e de que a comoção e a imagem das mãos dadas por cima de incertezas continuarão a marcar o homem do futuro na sua dualidade divina e na sua multiplicidade de andarilho.

Afinal, já nem sei se foi de guerra ou não que quis falar, porque ninguém fala de guerra senão para falar de paz.

Um abraço (normal) para vocês e outro de agradecimento ao Manuel Maia.

José Brás

_________

Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de 3 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4278: Blogpoesia (44): A história de Portugal em sextilhas (II Parte) (Manuel Maia)

2 comentários:

Hélder Valério disse...

Manel Maia, aquando da leitura do "post" com as sextilhas que reflectiam o início da "História de Portugal em verso" tive oportunidade de manifestar a minha satisfação. Pedi que continuasses (não tinha entendido que era para continuar mesmo)e disse-te que estava imensamente agradado, recorrendo para isso até à figura de estilo ao dizer que "estava de boca aberta".
Pois como me falta a arte e o engenho do José Brás, peço-te que entendas o que eu queria dizer através das suas palavras, as quais subscrevo inteiramente.
Hélder S.

Colaço disse...

Eu tenho as minhas limitações em transportar para o papel as emoções pessoais.
Mas ao ler as Sextilhas do Manuel Maia fico bloqueado.
Quando disse continua foi por ter ficado estupefacto, com a beleza do poema e á espera da continuação para mais uma refeição, alguém disse a poesia come-se.
Colaço