quinta-feira, 7 de maio de 2009

Guiné 63/74 - P4295: As Nossas Queridas Enfermeiras Pára-quedistas (9): O dia-a-dia de uma Enf.ª Pára-quedista na Guiné (Giselda Pessoa)

1. Mensagem da nossa camarada Giselda Pessoa, ex-2.º Srgt Enf.ª Pára-quedista, Guiné, 1972/74, com data de 6 de Maio de 2009:

Caro Luís
Tive em consideração as perguntas que me fizeste, inseridas nos teus comentários a um texto meu já publicado, em que pedias para eu dar uma ideia de como foi a integração das enfermeiras pára-quedistas no ambiente matcho de um Teatro de Operações.

Lembro as perguntas que me fizeste nesse comentário:

"Como é que os "matchos" (como se diz em crioulo da Guiné) se acomodaram, na BA12, em Bissalanca, com a chegada das senhoras enfermeiras pára-quedistas ?
Como era o quotidiano das enfermeiras ? Viviam à parte ? Conviviam ? Quantas eram em 1972/74? Frequentavam a messe e o bar dos oficiais, as que eram oficiais, e a messe e o bar dos sargentos, as que eram sargentos ?
As enfermeiras eram discriminadas pela positiva, como se diz hoje? Ou eram apenas militares, tratadas como militares, à luz do RDM?
Assisti algumas vezes à chegada de hélis com enfermeiras pára-quedistas. Elas tinham um tratamento quase VIP, em função não do posto mas da condição de mulheres... Era o machismo de caserna, o marialvismo castrense, a vir ao de cima... Também tinha muito a ver com a cultura da época, em que as relações entre os homens e as mulheres ainda eram muito desequilibradas, em desfavor delas
..."

Para além de alguns pormenores que achei importante referir também, tentei responder a essas perguntas, embora as minhas respostas possam pecar por ser um ponto de vista pessoal que pode não representar necessariamente o entendimento que outras enfermeiras têm desta vivência.
Giselda Pessoa

Base Aérea 12 > Bissau

Com a devida vénia à página dos
Especialistas da Base Aérea 12, Guiné 65/74, do nosso camarada Victor Barata, Especialista da FAP.

UMA ENFERMEIRA PÁRA-QUEDISTA NA GUINÉ

Com este texto pretendo dar uma ideia de como foi a integração das enfermeiras pára-quedistas no ambiente de um Teatro de Operações (neste caso específico, da Guiné) e qual o nosso dia-a-dia naquele território.

Estou naturalmente limitada ao período em que ali estive presente (1972 a 1974), embora com algum conhecimento de situações pontuais de que fui tendo notícia, referentes a épocas anteriores.

Na época que abordo, a nossa coexistência com as forças no terreno (dos 3 Ramos) já estava estabelecida, sendo pacífica e normalizada. É um facto que grande parte das dificuldades (se as tinha havido) já tinham sido ultrapassadas em 1972 e que qualquer estranheza pela presença das mulheres na tropa já se teria dissipado.

Sabe-se que os pilotos têm bastante tendência a zelar pela sua equipa. Nesse aspecto nunca me considerei marginalizada, pois também fazia parte da equipa: No caso das evacuações, afinal a nossa razão de existirmos, a enfermeira era um dos componentes do sistema, ao nível do piloto e do mecânico, e naturalmente aceite como tal. Por outro lado, no caso particular da Guiné, nós conhecíamos todos os tripulantes que operavam no território, e eles conheciam todas as enfermeiras que ali estavam colocadas, o que nos tornava uma grande família, com as suas diferenças, mas unida.

Para mostrar a empatia existente, dou um exemplo curioso: Dirigia-me a pé para o Grupo Operacional quando passa por mim, a grande velocidade, um jipe com vários pilotos. Vejo o jipe dar a volta e travar bruscamente ao meu lado:

- Anda daí depressa que já estamos atrasados!

Pensando que se tratava de uma evacuação meti-me no jipe, mas acabei por perceber que nos dirigíamos ao terminal civil. Quando lhes perguntei o que se passava, explicaram-me que iam ver o avião da TAP que estava a chegar. Argumentei que tinha mais que fazer que ir ver a chegada do avião, pelo que um tentou esclarecer-me:

- Vamos lá ver as mulheres (as hospedeiras de bordo...) que vêm no avião!.

- Mas eu também sou uma mulher!, disse eu. E retorquiu-me o outro:

- Eh pá, tu és igual a nós!

O nosso dia de trabalho decorria normalmente das 08H00 às 18H00, podendo prolongar-se nos dias em que entrávamos de alerta logo de manhã, pelas 06H00 - por vezes entrávamos todas às 06H00, quando havia operações no mato - ou sempre que as missões se alongavam, entrando por vezes pela noite dentro. Embora tivéssemos instalações no Serviço de Saúde para aguardar a chamada para uma missão, no meu caso pessoal optava na maioria das vezes por me manter na zona do GO1201, já com a mochila dos primeiros socorros a meu lado, pronta para embarcar. O tempo para accionar o alerta era reduzido, e assim eu garantia que não seria da minha parte que haveria atraso na saída do meio aéreo.

Já tive ocasião de referir noutro texto que, no caso de certas evacuações de DO-27, durante o voo de regresso à Base, se a enfermeira considerasse que a gravidade do estado do evacuado o justificava as Operações da Base eram alertadas e mandavam preparar um AL-III, fazendo-se a transferência do ferido na placa e prosseguindo o helicóptero directamente para o Hospital, sempre com o apoio da enfermeira.

No apoio a operações executadas em todo o território (por qualquer Ramo) eram muitas vezes destacadas tripulações de alerta, estacionadas em aquartelamentos próximos, o que incluía muitas vezes uma enfermeira para as evacuações. Passei muitos dias nesses destacamentos, compartilhando com a nossa tropa as suas condições de vida e por vezes ouvindo mesmo os seus desabafos.

Poucos dias houve em que não tenha sido solicitada para qualquer evacuação; pelo contrário, quando as coisas corriam mal para as nossas tropas, podia chegar a fazer 3 e 4 evacuações, algumas delas à zona de combate.

Periodicamente éramos designadas para acompanhar os militares evacuados do Hospital de Bissau para os Hospitais Militares em Lisboa (Estrela e Belém). Eram Boeings 707 (com um misto de passageiros e evacuados, estes colocados na parte traseira) ou DC-6 cheios de pessoal em estado grave ou que, pelas características das suas lesões, necessitavam de cuidados e recuperações prolongados na metrópole. Não eram voos fáceis pois, se já é traumático acompanhar e apoiar um ferido nosso num voo local na Guiné, imagine-se o que é fazê-lo com um grande número de feridos e doentes, muitos deles a precisarem da nossa atenção. Restava-lhes a consolação de estarem a afastar-se daquele inferno.

Durante as horas de serviço, o local das nossas refeições dependia da nossa disponibilidade e dos gostos pessoais de cada uma; no meu caso pessoal, muitas vezes tinha que tomar as minhas refeições nos aquartelamentos para onde era destacada, juntamente com as tripulações; quando estava na Base tanto podia almoçar no BCP12 como na messe de oficiais da BA12 (poucas vezes no entanto); na maior parte das vezes contentava-me em comer qualquer coisa no Clube de Pilotos, área de apoio às Esquadras de Voo e próxima destas, por ser o local mais apropriado para responder a qualquer pedido de evacuação. Era também o local de que tinha que me socorrer quando chegava tarde das evacuações e já não serviam almoços nas messes. E por vezes não almoçava...

Terminado o nosso trabalho, afastávamo-nos um pouco da vida da Base, pois habitávamos um apartamento (tipo república) no Largo do Liceu, em Bissau, onde não havia separação entre oficiais e sargentos - afinal éramos todas enfermeiras. No mesmo prédio e noutros próximos habitava outro pessoal da BA12 e do BCP12, alguns com as respectivas famílias. Em média, na nossa casa estavam três/quatro enfermeiras, embora estivessem previstas cinco. Também, o facto de periodicamente estar uma em diligência em Lisboa, acompanhando a evacuação de feridos ou doentes para o Hospital Militar Principal, na Estrela, ou Hospital Militar de Belém, justificava o número mais reduzido das presentes.

Fora das horas de serviço acabávamos por ser bastante caseiras, pois estávamos cansadas do dia de trabalho. Vivendo na cidade de Bissau, podíamos por vezes ir jantar a um dos vários restaurantes ali existentes.

Embora houvesse enfermeiras graduadas em Oficiais ou em Sargentos, a todas era autorizado o acesso às Messes de Oficiais - talvez porque fosse difícil distinguir-nos... No entanto não eram locais que eu apreciasse particularmente, até pela cara enjoada de umas tantas utilizadoras frequentes que não gostavam de nos ver aparecer por lá. O Clube da Marinha, ao lado da respectiva Messe, tinha um ambiente interessante e era talvez o local em que nos sentíamos melhor.

Mas, muito frequentemente, aos serões a nossa casa acabava por ser invadida, quer pelos vizinhos, quer por pessoal da Base que ali procurava refúgio. Por isso, paz e sossego era coisa pouco frequente entre nós...

Tenho boas recordações do modo como me recebiam nos locais onde aterrávamos; mas devo dizer que essa hospitalidade era alargada aos tripulantes do AL-III ou do DO-27 em que eu seguia; e quanto mais isolado fosse o aquartelamento, melhor era a recepção, pois estes eram momentos de contacto com a civilização que esporadicamente lhes eram permitidos. Por isso nunca tive razão de queixa quanto à maneira como era recebida nos aquartelamentos por onde passava - ou onde muitas vezes acabava por ficar grande parte do dia, em missões de alerta.

Se algum conflito surgiu no terreno com pessoal mais graduado do Exército, parece-me que não eram casos isolados envolvendo apenas a enfermeira; também os pilotos se queixavam por vezes das dificuldades de relacionamento com alguns dos responsáveis no terreno, talvez por haver a tendência para, com base no posto, pretenderem meter-se em áreas que não eram da sua competência.

Na Força Aérea talvez pudesse haver aqui ou ali algum espírito marialva que em certas ocasiões nos pudesse ter tratado com alguma condescendência, mas a verdade é que por norma também não dávamos motivos para reparos; embora, quando se tratasse da nossa área profissional, fossemos firmes nas nossas posições, o que poderia desagradar a alguns.

É possível que em algumas ocasiões tenhamos recebido um tratamento quase VIP nos locais por onde passávamos, por sermos mulheres; mas, se naquela época se via suceder isso em locais considerados muito mais normais, não me admira que tal também pudesse suceder nesses recantos em que a civilização chegava com tanta dificuldade. Afinal, quero crer que a nossa presença, nessas situações, fazia lembrar aos militares as irmãs, as mães (embora não fossemos muito mais velhas...) e também as namoradas. E o facto é que não senti qualquer sinal de desrespeito por parte deles em todas as minhas deslocações - embora em muitas delas, dada a gravidade da situação, não tivesse tido tempo para analisar o ambiente existente.

Por vezes, a presença de uma mulher - ainda por cima da tropa, como eles - podia provocar nos militares a vontade de apertar com a enfermeira; lembro-me de um alerta que fiz num aquartelamento em que, não tendo tido nada que fazer, ia folheando algumas revistas existentes. Aproveitando a minha ausência momentânea o pessoal aproveitou para as substituir por um conjunto de Playboys e ficou-se por ali, preparado para assistir a uma possível reacção escandalizada da minha parte. Pelo ar deles quando regressei, desconfiei que alguma me tinham preparado; por isso, quando vi as revistas não demonstrei qualquer reacção e folheei-as evidenciando a maior calma e interesse, como se estivesse a ler a Flama ou o Século Ilustrado... E o pessoal deve ter chegado à conclusão de que não valia a pena continuar a tentar apertar comigo...

Embora correndo o risco de generalizar aquilo que é afinal um ponto vista muito pessoal, espero que estas linhas possam ter esclarecido aqueles que, por estarem mais distantes, tinham uma ideia vaga ou até deturpada do que era o dia-a-dia das enfermeiras no Teatro de Operações da Guiné.

Guiné > Bissalanca > BA 12 > 1972 > A Giselda (à direita), com um militar do Exército e a enfermeira Rosa Mota

Giselda Antunes junto ao GO12

Fotos: © Giselda Pessoa (2009). Direitos reservados.


Giselda Pessoa
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 14 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4181: As Nossas Queridas Enfermeiras Pára-quedistas (8): A dar ao Ambu (Giselda Pessoa)

2 comentários:

Luís Graça disse...

Obrigado, Giselda, por teres querido e sabido responder, com tanta franqueza quanto elegância, às perguntas directas, chatas, quiçá até um pouco 'voyeuristas' do editor-mor do este nosso blogue...

Não é defeito de sociólogo, é feitio, é saudável curiosidade, é querer saber para poder também responder a perguntas que seguramente já fizeram os nossos 'tabanqueiros'...

Começo por sublinhar que continua a ser, para nós, uma honra e um privilégio ter-te nas nossas fileiras, sempre atenta e empenhada, embora discreta...

Muito obrigado pelo teu testemunho, pelo teu depoimento sobre o vosso quotidiano em Bissau e no resto do CTIG...

Deixa-me elogiar-te a tua memória e o teu talento para contar histórias, mais uma vez aqui comprovado.

Adorei esta, que traduz muito bem como vocês se integraram e foram integradas na Força Aérea. Cito o teu poste:

(...) "Para mostrar a empatia existente, dou um exemplo curioso: Dirigia-me a pé para o Grupo Operacional quando passa por mim, a grande velocidade, um jipe com vários pilotos. Vejo o jipe dar a volta e travar bruscamente ao meu lado:
"- Anda daí depressa que já estamos atrasados!

"Pensando que se tratava de uma evacuação meti-me no jipe, mas acabei por perceber que nos dirigíamos ao terminal civil. Quando lhes perguntei o que se passava, explicaram-me que iam ver o avião da TAP que estava a chegar. Argumentei que tinha mais que fazer que ir ver a chegada do avião, pelo que um tentou esclarecer-me:
"- Vamos lá ver as mulheres (as hospedeiras de bordo...) que vêm no avião!.
"- Mas eu também sou uma mulher!, disse eu. E retorquiu-me o outro:
"- Eh pá, tu és igual a nós!"... (...)

Uma delícia de história, 'short story', daquelas que eu gostaria de saber contar e a que costumo chamar "histórias com mural ao fundo"...

Os grupos humanos são exogâmicos, os 'machos' saiem para fora do círculo íntimo do clã ou da família alargada para 'acasalarem'... E as 'fêmeas' funcionam como um bem precioso e raro, constituem uma verdadeira moeda de troca... Daí o dote, o dom, a recompensa, as reparações materiais e simbólicas a que tem direito ao pai da 'noiva'...

E daí também o tabu do incesto... A interdição do desejo dos machos em relação às fêmeas do seu 'inner circle'... As minhas filhas e as minhas irmãs são para eu 'dar' a outros homens, de outros grupos, não são 'para mim'... Por que o casamento é (era) um negócio, uma troca, uma aliança entre dois grupos que reforçam assim, pela cultura, pela economia e pelo parentesco, os seus laços...

Tudo este caldo de cultura socioantropológica para te dizer que é magistral a resposta dos teus 'matchos':
- É, pá, tu és igual a nós. A gente quer é cocar as gajas da TAP...

Se calhar era nas subunidades do exército, no mato, que havia uma atitude mais machista e marialvista em relação a vocês... Quando vocês apareciam no final de operações, para uma curta visita , para descansar ou tomar uma refeição...

As minhas recordações de Bambadinca têm mais a ver com esses breves momentos em que vocês eram verdadeiras estrelas na parada, e os tais 'matchos' (do tenente-coronel ao major, do capitão ao alferes...) se desdobravam em salamaleques, disputando o vosso lado esquerdo, enquanto se atropelavam uns aos outros e vos encaminhavam para o bar...

Afinal, sempre fomos um país de cavalheiros... E no entanto é preciso lembrar que as primeiras enfermeiras pára-quedistas tinham obrigatoriamente que ser solteirinhas e boas raparigas, com robutez física, bom comportamento moral e teor de vida irrepreensível (sic)... Quando muito, podiam viúvas, sem filhos... Viuvinhas, alegres, 'ma non troppo'...

Não seria tanto por serem pára-quedistas, mas sim por serem enfermeiras, mulheres... Deixa-me recordar aqui que foi em plena II Guerra Mundial, no auge do Estado Novo, que se começou a dar início à modernização do ensino e da prática de enfermagem, com o D. L. nº 32612, de 31 de Dezembro de 1942.

No entanto, este diploma legal veio impor uma medida que alguns especialistas dos estudos de género (historiadores, sociólogos...) consideraram 'infamante': a proibição de casar...

No mínimo, era uma medida sexista, obscurantista, discriminatória, que só se aplicava às mulheres, e e que só será revogada mais de vinte anos depois (D.L. nº 44 923, de 18 de Março de 1963). Em suma, a enfermeiar ainda não era uma verdadeira profissão, ams uma 'vocação', embora secular...

Sabemos que as enfermeiras pára-quedistas foram um corpo 'estranho' ao Exército. E que foi a Força Aérea a abrir, em 1961, no início da guerra de Angola, as suas fileiras às mulheres (curiosamente por mão de um homem hoje classificado como 'ultraconservador', o Kaulza de Arriaga).

Historicamente é um exemplo pioneiro... Mas há ainda uma pergunta que eu ainda te queria fazer, desculpa lá estar a ser chato e abelhudo: essa proibição (de casar) ainda se mantinha, no teu tempo (1972/74) ?

Um chicoração. E um Alfa Bravo para o teu 'matcho'. Com humor e camaradagem, Luís

Luís Graça disse...

Mandei à Giselda o link de um artigo sore as enfermeiras´pára-quedistas:

dngente
Mulheres conquistam boinas verdes
por ALEXANDRA MACHADO
18 Agosto 2007

Consultar o artigo completo em: http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=663250


Eis os seus comentários:

Luís

O artigo contém alguns pequenos erros, mas não ofendem.

Na verdade no primeiro curso só acabaram seis – a Maria Irene não chegou a ser brevetada e não consta dos nossos registos pessoais.

Só tenho indicação de 46 pára-quedistas formadas, não 48.
Realmente apenas se registaram oficialmente 9 cursos. No livro do Coronel Grão sobre as enfermeiras pára-quedistas são referidos 12 pela Isabel Rilvas. Suponho que ela estaria a considerar em separado os cursos ministrados àquelas que, por acidente ou doença, se atrasaram e acabaram o curso mais tarde.

Finalmente, baixas só houve uma, a da Celeste na Guiné. A Cristina apenas esteve incapacitada temporariamente, e só saíu dos pára-quedistas em 1 de Janeiro de 1975.

Beijinho. Giselda