quinta-feira, 8 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6690: O Nosso Livro de Visitas (93): Morais da Silva, de Fá a Gadamael (1970/72): Instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá, adjunto do COP 6, em Mansabá, comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael


1. Por lapso, não chegou a ser convenientemente apresentado, na devida altura, o Cor Art Ref Morais da Silva, nosso leitor, autor de um pequeno estudo estatístico sobre a Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate, já aqui publicado:


Nota enviada, por mail, a pedido do editor L.G., com data de 28/4/2010


(i) Combati em Angola como Alferes (Lucusse e Ninda) e onde frequentei o curso de Comandos;

(ii) Regressei a Lamego onde fui instrutor de tropas Comando;


(iii) Parti para a Guiné em Setembro de 1970;

(iv) Fui instrutor da 1ª Comp Cmds Africana sobre combate de rua (Fá, Setembro/Outubro de 1970;

(v) Fui adjunto do COP 6 em Mansabá (estrada Mansabá-Farim) em Nov/Dez 70 e Janeiro de 71; 

(vi) Avancei no fim de Janeiro de 1971 para o comando da CCaç 2796,  em Gadamael,  quando da morte em combate do seu comandante, meu camarada de curso e amigo Capitão de Infantaria Assunção Silva;

(vii) Fiquei, a meu pedido, no comando desta companhia até ao final da comissão em Outubro de 72.

Regressado à Metrópole...

(viii) Fui Comandante da 1ª Companhia de Alunos da AM [, Academia Militar];

(ix) A partir de 1978, com interrupções para fazer tempo de comando, tempo de guarnição e cursos (no IAEM e EUA),   fui professor, na AM, de Tiro de Artilharia, Táctica de Artilharia, Geometria Descritiva e Investigação Operacional.

(x) A partir de 1991 mantive a cadeira de Inv Oper na AM e passei a colaborar com o Instituto Superior de Gestão onde regi a disciplina até 2005;

(xi) Por algum tempo, regi esta disciplina na Universidade Moderna e na UAL.
Eis, em síntese, a minha vida profissional e académica. Agora pago a promessa de fazer este trabalho, divirto-me a manter o meu site de Inv Operacional, em www.moraissilva.com, (esteve fechado por razões de saúde e começa agora a recuperar "freguesia"), apoio os filhos dos meus amigos e extasio-me a ver crescer um neto de 3 anos.
Morais da Silva


[ Revisão / fixação de texto: L.G.]
 ___________________



Nota de L.G.:


(*) Vd. poste de  7 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6687: Controvérsias (93): Nunca entendi a querela QP-Milicianos... O fim do serviço militar obrigatório foi um desastre nacional (Morais da Silva, Cor Art Ref)

5 comentários:

Luís Graça disse...

Por lapso, rapidamente corrigido, dei o antigo capitão Morais da Silva (Guiné, 1970/72) como "infante", quando ele é "artilheiro"...

Trocar as armas aos camaradas do QP pode até atingir as raias da ofensa pessoal... Não foi o caso. Com sentido de humor e elegância (duas qualidades que eu aprecio nos Homens e que nos distinguem dos machos de outras espécies), ele mandou-me a seguinte nota:


(...) Os meus amigos implodirão com a minha deserção para a Rainha das Armas... eu que sempre fui uma artilheiro inveterado. Sans rancune [, sem rancor,]... Abraço
MS.

Dou conta, agora ao ler o seu breve "Curriculum Vitae", que o Morais da Silva esteve perto de mim, em Setembro /Outubro de 1970, a escassos quilómetros de Bambadinca, na casa do Jorge Cabral (Fá Mandinga), administrando técnicas de combate de rua aos nossos comandos africanos, incluindo o nosso Amadu Djaló (que, dois meses depois, em 22 de Novembro de 1970, andariam pelas ruas de Conacri, nessa temerária operação que se chamou Mar Verde)...

De facto, o mundo é pequeno e o nosso blogue... é grande! (Honni soit qui mal y pense)

Cesar Dias disse...

O Blogue é mesmo grande, como o então Capitão Morais da Silva, também eu e o Carlos Vinhal estivemos integrados no COP6, na altura comandado pelo Tenente Coronel Paraquedista Horácio Cerveira Alves de Oliveira que era bastante considerado pelos vários ramos de tropas aí estacionadas.
Claro que não me recordo de Morais da Silva, mas daqui lhe envio um abraço pelo que fizemos pela estrada Mansabá - Farim
César Dias
Ex-Furriel Milic Sapador
BCAÇ2885

Anónimo disse...

Caro César Dias
Certamente pertencia ao bravo PelSap do alferes Montezuma.
Cabia-me o comando diário da coluna (alternando com o capitão comandante da companhia de Mansabá) e, depois, o comando do Bironque que inaugurei e encerrei após a construção do destacamento de Madina Fula.
Tempos exigentes e desafiadores.
Morais Silva

Carlos Vinhal disse...

Como diz César Dias, eu era um dos anfitriões da malta que demandou Mansabá naquele fim de ano de 1970.

Tivemos imensos camaradas residentes temporariamente aquando da construção do troço da estrada Bironque/Farim.
Lembro os camaradas Pára-quedistas da 121 e 122, 27.ª CComandos, Pel Rec 2641, Pelotões Art.ª, Pel Mil 282, Pel Mort 2116, Sapadores dos BCAÇ 2885 e 3832.
Permitam-me lembrar também os da casa: Pel Caç Nat 57, Pel Mil 253 Sec. Sec Mort 81 e nós CART 2732.

Lembro ainda lá em cima, no K3, os nossos briosos camaradas da CCAÇ 2753 com quem partilhávamos os bons e maus petiscos que nos reservaram.

Um mundo de gente esforçada num único objectivo, uma estrada alcatroada para conforto e segurança de quem lá tinha de passar.

Não esquecerei nunca o grande Comandante TCor Correia de Campos que marcou de forma indelével que serviu sob as suas ordens.

Um abraço
Carlos Vinhal

Carlos Vinhal disse...

Só um aditamento para cumprimentar o Cor Morais da Silva, e lembrar o Cor Carlos Abreu, também ex-CMDT do COP6, com quem tive o prazer de conversar em Janeiro de 2009 aquando do convívio da CART 2732 em Arruda dos Vinhos.

Um abraço aos dois companheiros de tempos e local tão longínquos.

Carlos Vinhal
ex-Fur Mil da CART 2732