segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Guiné 63/74 - P7113: (In)citações (12): Gadamael Porto manda uma saudação especial aos antigos militares portugueses (Pepito)


Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > O porto ou cais acostável, construído pelo exército português


Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > A caminho do porto, situado num dos braços de mar do rio Cacine...


Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > A pista de aviação (ou melhor, o que resta dela)...



Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > Instalações do comando, centro de transmissões e residência de oficias




Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > Abrigo do morteiro 60 [, mais provavelmente 81].

Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > > A base do pau da bandeira...



Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > Mari Dabô, lavadeira de Alferes Oliveira [, da CCAÇ 4743 ?] que ficou em Gadamael depois da independência e que é de Moscavide


Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > Mariama Mané, lavadeira do Major Manso



Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 > Arafá Turé, aluno do professor Furriel Barros, do Porto, em 1971

Fotos (e legendas):  © Pepito / AD -Acção para o Desenvolvimento (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


1. Notícias (frescas e boas) do nosso amigo Pepito [, foto à èsquerda, em Guileje, 1 de Março de 2008]:

Data: 11 de Outubro de 2010 12:35

Assunto: Gadamael Porto manda uma saudação especial aos antigos militares portugueses  (*)

Luís, Amigo

Ontem [, domingo,]  estive em Gadamael Porto para uma reunião com a população daquela zona da linha da fronteira. A partir deste ano a AD vai intensificar a sua intervenção de Balana a Gadamael no quadro do reforço da coordenação das acções ambientais transfronteiriças (corredores de animais selvagens e preservação das florestas comuns).

A população local fez questão de mostrar os vestígios do antigo quartel (incomparavelmente melhor preservados que os de Guiledje), de enviar fortes e sentidas saudações para os militares que com quem lidaram e por quem se tomaram de amizade, assim como as incontornáveis lavadeiras que cantaram cantigas da altura. 

Por nabice minha, só consegui gravar na máquina fotográfica uma dessas músicas, mas a TV Klelé irá lá para gravar o reportório todo. Pessoalmente, testemunho-te uma emoção enorme que tive quando uma das lavadeiras se pôs surpreendentemente a cantar a Senhora do Almortão, uma das músicas de que mais gosto.

Gadamael Porto irá passar a ser nosso local preferencial de intervenção e desta forma iremos "atacar" o segundo G dos três G [ Guiledje, Gadamael, Guidaje].

Vou enviar várias fotos com as pessoas que fizeram questão de mandar mensagens para os seus antigos amigos e algumas imagens das infraestruturas que restaram. Nota que há muitas mais, mas que só na época seca é que as poderemos ver, quando tudo estiver limpo.

Cada foto leva consigo a legenda e vão em vários emails porque estou sem programa de redução de fotos.

abraço
pepito

PS: para informação complementar, sempre digo que começou em Guiledje a remoção dos UXO e minas (e se as há!!!!!), mas fora do quartel, como é evidente. Foram descobertos fragmentos das bombas da aviação quando bombardearam Guiledje depois da tomada do quartel pelo PAIGC. Fica para mais tarde as fotos e os testemunhos sobre esse bombardeamento. 




Guiné > Região de Tombali > Gadamel > Entre 31 de Maio e 2 de Junho de 1973 > O Fur Mil Op Esp, J. Casimiro Carvalho, da CCAV 8350 (Piratas de Guileje, 1972/74), numa das famosas valas de Gadamael... "(...) Em Gadamael não havia casamatas como em Guileje, só valas. Os bombardeamentos eram tão intensos que nem dava para acreditar, quando ouvíamos as saídas, tínhamos 22 ou 23 segundos até as granadas 120 caírem em cima de nós ou , muito raramente, caírem mais além. O pessoal começou a fugir para o rio, e as granadas caíam no rio, o pessoal corria para o parque Auto e as granadas caíam no parque Auto, o pessoal saltava para as valas e as granadas iam cair nas valas. Numa dessas quedas (voos) para a vala - e já lá ! -, senti as nádegas húmidas e, ao pôr lá a mão, esta veio encharcada em sangue... Berrei que estava ferido e fui evacuado num patrulha da Marinha para Cacine (...) (JCC).

Foto: © J. Casimiro Carvalho (2009). Direitos reservados

2. Comentário de L.G.:

Não imaginas, Pepito, o turbilhão de emoções que vão provocar a tua mensagem e as tuas fotos...Aqui, neste lugar, travou-se uma das batalhas mais encarniçadas e sangrentas da guerra da Guiné (1963/74), a seguir à retirada de Guileje (em 22 de Maio de 1973), entre 31 de Maio e as duas primeiras semanas de Junho de 1973.  Sobre Gadamael temos já 115 referências, no nosso blogue (II Série), que irão seguramente aumentar com os próximos postes...  Em contrapartida, há relativamente poucas imagens... (Sobre Guileje são mais de 300 as referências e temos muito mais imagens, graças também e sobretudo ao vosso trabalho de recolha).

Está na altura de organizarmos a lista das subunidades (companhias) que passaram por Gadamael, tal como fizemos com Guileje.  Por outro lado, sei que o Nuno Rubim está a investigar tudo o que há sobre Gadamael... Pela parte que nos toca, vamos reforçar o apelo para que apareçam mais camaradas que tenham estado em (ou passado por) Gadamael (como foi o caso, por exemplo, dos nossos camaradas pára-quedistas, do  BCP 12). (**)

Vou também divulgar as notícias que me mandaste há dias sobre Guileje e sobre o Domingos Fonseca que passará lá a viver e trabalhar. Dá-lhe um abraço fraterno da malta da Tabanca Grande (incluindo o João Graça). Para mim, vai o meu especial reconhecimento pelo trabalho, extraordinário, que tu, um paisano (que nem sequer foi à tropa!), tens feito por todos nós, ex-combatentes de um lado e do outro, bem como pelas populações, nomeadamente da Região de Tombali, que sofreram a guerra...

Que  o nosso trabalho, conjunto, de recuperação, preservação e divulgação da(s) memória(s) destes homens e mulheres, tenha como contrapartida a partilha (e a concretização)  da esperança num futuro mellhor para todos/as. Um abração do Luís.

______________

(**) De entre esses camaradas está o pessoal da CCAÇ 4743, Os Meninos de Gadamael (Gadamael, 1972/74), de que fui encontrar um vídeo, no You Tube, do José Toste, Ilha Terceira, Açores (Duração: 1' 51'').

Recorde-se a batalha de Gadamael (Maio/Junho de 1973):


Operações > Guiné Maio de 1973: O Inferno > Gadamael, o verdadeiro infernoGadamael - o verdadeiro inferno! 

Em Maio de 1973, a guarnição de Gadamael, constituída pela Companhia de Caçadores 4743, que dependia operacionalmente do COP 5, com sede em Guileje, constituía a retaguarda deste posto e era o seu único ponto de apoio para o reabastecimento depois de a acção do PAIGC ter tornado intransitáveis as ligações por terra para Bedanda e Aldeia Formosa. 

O interesse militar de Gadamael resumia-se a servir de ponto de reabastecimento a Guileje, pois situava-se no último braço de mar do rio Cacine que permitia a navegação a embarcações de transporte.
O interesse militar de Guileje tornara-se, por sua vez, muito discutível, pois a guarnição fora ali instalada ainda no tempo do dispositivo territorial montado pelo general Schulz, para anular as infiltrações de guerrilheiros vindos da grande base de Kandiafara, na Guiné-Conacri, pelo célebre «Corredor de Guileje». Mas os guerrilheiros tinham conseguido ultrapassar esse obstáculo, fixando-se em toda a zona da península do Cantanhez, o que reduziu Guileje a um ponto forte onde as forças portuguesas resistiam e marcavam presença territorial. 

Em 1973, [Guileje] não servia já como base de apoio a operações lançadas na margem sul do rio Cacine, limitando-se a assegurar a presença das tropas portuguesas entre este rio e a fronteira com a Guiné-Conacri, em conjunto com as guarnições de Cacine e Gadamael. Mantinha-se naquele local aguardando situação mais favorável que permitisse a sua transferência, sem ser como resultado directo da pressão do adversário, dispondo, como ponto forte, de instalações defensivas, que lhe permitiram resistir sem baixas significativas a fortes ataques de artilharia. 

Tinha contudo, a grave limitação do abastecimento de água, que era transportada em depósitos a partir de uma fonte situada no exterior do quartel, e este movimento diário constituía a grande vulnerabilidade das tropas ali entrincheiradas. 

Após a retirada de Guileje, a guarnição de Gadamael ficou constituída por duas companhias (a CCav 8350, vinda de Guileje, e a CCaç 4743, que ali se encontrava do antecedente), um pelotão de canhões S/R, com cinco armas, e um pelotão de artilharia de 14 cm, com três bocas de fogo. Este conjunto de forças passou a constituir o COP5, tendo sido nomeado para o seu comando o capitão Ferreira da Silva, em substituição do major Coutinho de Lima.

Ao contrário de Guileje, Gadamael dispunha de más condições de defesa, por se situar em zona pantanosa onde era difícil construir abrigos. Se as condições já eram más para os militares da guarnição, a situação piorou significativamente com a chegada da coluna vinda de Guileje, que não dispunha de abrigos, nem de condições de alojamento para ali permanecer. Pior ainda, a duplicação de efectivos aumentou a concentração de pessoal dentro do espaço exíguo do quartel e tornou-o alvo altamente remunerador para ataques de artilharia do PAIGC. 

De facto, as forças do PAIGC, moralizadas pela vitória obtida em Guileje, transferiram para Gadamael os seus esforços e entre as 14 horas, de 31 de Maio e as 18 horas, de 2 de Junho bombardearam o quartel com setecentas granadas, uma média de treze por hora, provocando cinco mortos e catorze feridos, além de avultados prejuízos materiais. 

A violência destes bombardeamentos fez com que a guarnição de Cacine, a cerca de dez quilómetros para jusante do rio, difundisse uma mensagem a comunicar que Gadamael fora destruída, no entanto, a posição manteve-se, embora com o aquartelamento parcialmente destruído e a defesa imediata com brechas. 

Em 1 de Junho foram lá colocados os capitães Monge e Caetano, para enquadrar os militares ali reunidos.
Em 2 de Junho foram recolhidos pela lancha Orion cerca de trezentos militares que se haviam refugiado nas bolanhas em redor de Gadamael, para escapar aos ataques. 

Ainda neste dia desembarcou uma companhia de pára-quedistas e um pelotão de artilharia, passando o comando do COP5 para o comandante dos pára-quedistas. 

Entre 3 e 4 de Junho caíram em Gadamael duzentas granadas, que provocaram mais dois mortos e quatro feridos. Em 4 de Junho, o PAIGC realizou uma emboscada a menos de um quilómetro do aquartelamento, causando quatro mortos e quatro feridos e capturando três espingardas G-3 e um emissor de rádio. O comandante do COP5 pediu autorização para retirar de Gadamael, o que não lhe foi concedido, recebendo ordem para defender a posição a todo o custo. 

Em 5 de Junho, uma lancha da Marinha, botes dos fuzileiros e embarcações sintex do Exército evacuaram de Gadamael os mortos e os feridos, além de militares que não se encontravam em condições de combater, passando o COP5 a ser comandado pelo tenente-coronel Araújo e Sá. No mesmo dia ocorreu novo ataque com setenta granadas, que provocaram cinco feridos graves e cinco ligeiros. 

A partir de 12 de Junho, foi colocada uma terceira companhia de pára-quedistas na região, ficando todo o Batalhão de Pára-Quedistas 12, empenhado no Sul, para «segurar» Gadamael. 

As forças portuguesas sofreram nesta acção vinte e quatro mortos e cento e quarenta e sete feridos.
O PAIGC conseguira ocupar uma posição militar portuguesa e apresentar esse feito na conferência da OUA, lograra esgotar as reservas de forças de intervenção portuguesas (o Batalhão de Comandos mantinha-se inoperacional depois das baixas sofridas no ataque a Cumbamori de 19 de Maio) e limitara seriamente a acção aérea. Estavam, pois, reunidas as condições para se realizar uma grande acção política no interior do território, o que aconteceu em Madina do Boé (***), em Setembro, com a declaração unilateral da independência, na presença de numerosos convidados estrangeiros.

Fonte: Guerra Colonial 1961-1974 (com a devida vénia...)

(***) Erro grosseiro: foi em Lugajole, na fronteira sudeste com a República da Guiné-Conacri. Vd.poste de  4 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5050: Efemérides (27): Declaração da Independência em 24 de Setembro decorreu não em Madina do Boé mas Lugajole (Patrício Ribeiro)



10 comentários:

JOSE CASIMIRO CARVALHO disse...

...Lágrimas...lágrimas...lágrimas..
de emoção,raiva,saudade...
Como gostaria de abraçar essa gente, que comigo sofreu...
morria tudo...a eito, a guerra é assim.Houve feridos,mortos, grandes herois, outros menos, enfim... quem pode criticar ?, somos humanos; a emboscada...foi comigo, infelizmente, mas também passei uns bons lapsos de tempo em...Gadamael.
Obrigado gentes de Gadamael, um dia , quem sabe, irei retribuir-vos essas lindas palavras de amizade (estou a chorar neste momento)que tiveram a gentileza de enviar, obrigado.
até breve (espero).

J Carvalho
Pirata de Guileje (e Gadamael).

António Martins de Matos disse...

Quero dar os parabéns ao Pepito pela reportagem, vai certamente agradar a inúmeros leitores do blogue.
Apenas um comentário às últimas linhas do extracto da “Guerra Colonial”, inserido pelo LG.
A declaração unilateral da independência, não aconteceu em Madina do Boé mas sim algures no território da Guiné Conacri, a razão foi simples, arriscavam-se a levar com umas bombas no meio da cerimónia.
A nossa tropa foi a Madina passados um ou dois dias e encontrou-a tão abandonada como quando dela tínhamos saído. Deixámos lá um das “Caldas” para os animar.
Estas correcções são importantes porque caso contrário, de tanto se ir dizendo uma série de inverdades, elas acabam por se transformar nas “verdades verdadeiras”.

Um abraço
António Martins de Matos

Luís Graça disse...

António:

Tens toda a razão, é um erro (histórico) que fomos nós, blogue, os primeiros talvez a detectar e a corrigir...


De facto, o lugar de nascimento da nova República da Guiné-Bissau não foi Madina do Boé (nem poderia ser, por razões de segurança), mas um lugarejo junto à fronteira, na região do Boé, longe de Madina, para lá de Béli... Não me ocorre agora o nome, nem isso tem importância... Independentemente da nossa leitura dos acontecimentos, pugnamos aqui pelo rigor dos factos...

Luís Graça disse...

António: O lugar do parto (distócico) foi Lugajole...

Já escrevemos bué de baites sobre isso... sem com isso queremos hostilizar os nossos amigos guineenses... Mas a verdade, mesmo que amarga, se traga, diz o nosso povo... Ninguém (nenhum) pode construir o seu futuro na mentira do passado...


Vd. poste de 9 de Outubro de 2009
Guiné 63/74 - P5079: Dossiê Madina do Boé e o 24 de Setembro (5): Lugajole, disse ele (Luís Graça)


http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2009/10/guine-6374-p5079-dossie-madina-do-boe-e.html

Torcato Mendonca disse...

Li, vi as fotos e senti que aquela gente merece o melhor. Assim ela consiga libertar-se totalmente... nisso, homens com você,são importantes Carlos Schwarz. (errei o nome?, paciência sabe a quem me refiro).

Depois:
1 - José Casimiro tu és um Herói de Gadamael. As tuas lágrimas são de raiva...raiva e sentes saudade pelos teus camaradas que derramaram o sangue naquela terra.
Hoje és solidário com aquele povo, o povo das tabancas. Os que nos combateram antes é passado. Passou.
O voto por uma Guiné Feliz.

2 - A independência em Madina é mera propaganda politica. Compreendo que assim tenham agido. Mas, como diz Martins de Matos podiam levar umas "ameixas"...e saía o tiro pela culatra, digo eu.

O meu abraço solidário ao Povo Guineense.
O meu abraço aos nossos camaradas, ao Soldado Português.

Abraços do Torcato Mendonça

Luís Graça disse...

Recorde-se, ainda a propósito de Madina do Boé (que era praticamente o único topónimo importante da Região do Boé, já na altura desertificada), as palavras do nosso camarada e amigo Patrício Ribeiro:

"Ao ler no livro BATALHAS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL – Guerras de África Guiné – 1963 - 1974, da Academia Portuguesa de História, de Fernando Policarpo, volume 21, na página 135, verifiquei que o autor declara… que a Independência da Guiné foi proclamada em cerimónia, na 'localidade de Madina do Boé' (sic), em 24 de Setembro de 1973 (foto 1).

"Num passeio, que fiz em 2005 naquela região, via Ché Ché (foto 2), na companhia de uma equipa da RTP África e do correspondente do Jornal Expresso, visitamos, acompanhados pelas autoridades locais, o local onde foi declarada a Independência, junto à localidade de Lugajole, conforme Monumento ali erguido em memória à cerimonia (foto 3), que uma queimada tinha destruído.

"Fica em cima de uma colina (morro), num local muito alto, de onde se pode avistar para os lados de Beli (foto 4)… quem vem lá, a diversos quilómetros (foto 5). Aqui ficam as minhas duvidas… qual seria afinal o local da proclamação: Lugajole ou Madina?

"A distância entre as duas povoações é de muitos quilómetros, assim como de muitas horas de viagem em jipe".

4 de Outubro de 2009
Guiné 63/74 - P5050: Efemérides (27): Declaração da Independência em 24 de Setembro decorreu não em Madina do Boé mas Lugajole (Patrício Ribeiro)

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2009/10/guine-6374-p5049-efemerides-23.html

Hélder Valério disse...

Caro 'Pepito'

Estas tuas notícias são sempre importantes, porque revelam a importância da aposta ganha quando se trilha o caminho certo.

Há que continuar no que vêm fazendo pois parece que está a dar frutos.
Obrigado pelas notícias. Manda mais!

Um abraço
Hélder S.

Luís Graça disse...

Glossário:

UXO, acrónimo de Unexploded Explosive Ordnance...

Pode traduzir-se por
Engenhos explosivos não explodidos

No sítio da empresa Geomines, lê-se:

"Entenda-se, os engenhos explosivos que, após terem sido preparados e prontos para a explosão e depois armados ou preparados de outra maneira, com vista numa determinada missão, são atirados, largados, catapultados, lançados ou colocados de maneira a constituir perigo para as acções ofensivas, as instalações, as forças ou o material militar e que devido a uma anomalia ou uma intervenção intencional ou por qualquer outra razão não explodem."

http://www.geomines.com/portugal/definicoes-abreviaturas.html

Bernardo Godinho disse...

Aproveito este blogue para expressar a minha gratidão ao Tenente-Coronel Araújo e Sá (infelizmente já falecido) e seus comandados, Força Aérea (António Martins e outros)e porque não a Nossa Senhora de Fátima, pois foi graças a este triunvirato, que a minha Companhia não sofreu baixas, perante o fogo intenso e aterrador de que fomos vítimas, nesse período.
Sofremos baixa sim, por esquecimento, incúria ou outras razões, que a minha mente não descortina,no livro "Guerra Colonial" que não se refere, aos períodos seguintes (Julho, Agosto e Setembro!), tão massacrantes, que o diga a Companhia de Comandos Africanos...

Unknown disse...

Sou da CCac 4743 !Meninos de Gadamael não vi nem li depoimentos do que se passou em GadamaelPorto por camaradas da minha Companhia !A única Pessoa identificada e que corresponde a verdade é o do nosso Capitão Comando Ferreira da Silva (hoje Coronel na Reserva ! De resto em todas as reportagens que leio não miro ninguém dos meninos de Gadamael ! Só leio meias verdades ! O 1 Fiat a ser abatido foi no dia 25 de Março e pilotado pelo Tenente Pessoa ! Foi resgatado pelo Capitão Marcelino da Mata no dia seguinte do território da Guiné Conacri ! Para ser escrita a história real falem com o Coronel comando Ferreira da Silva ou Rafael Durão ou Manuel Monge !