sábado, 27 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7349: Kalashnikovmania (6): Eu tive três amores, a G3, a HK21 e AK47 (J. Casimiro Carvalho)

1. Comentário do J. Casimiro Carvalho ao poste P7334:

Ó Torcato e Graça :

Ele há coisas que não têm explicação.

Uma delas  são as armas.
Eu, em Lamego, adorava a G3.
Na Guiné adorava a HK 21 
e falava com ela
e ela compreendia-me,
pois eu conhecia.
Comigo a gaja não encravava.

Posteriormente, já em Gadamael, 
apaixonei-me por aquela outra gaja, a AK 47.
E foi amor duradouro, caramba,
mas a gaja era mesmo boa,
que me perdoe a minha querida G3, 
pois não sou gajo de  traições.

Portanto, temos três gajas,
todas elas boas,
com as suas particularidades,
convenhamos.
Como as mulheres, né ?!

Um abraço deste vosso camarigo,
J. Carvalho







O José Casimiro Carvalho foi Fur Mil Op Esp da CCAV 8350, Piratas de Guileje, e da CCAÇ 11,  Lacraus de Paunca, tendo passado por Guileje, Gadamael, Guileje, Nhacra e Paúnca,entre outros sítios, entre 1972 e 1974. Nas três fotos, vemo-lo "afagando" a G3 (em Lamego), a HK21 (em Guileje) e AK47 (em Gadamael ?)... LG

Fotos: © José Casimiro Carvalho (2007). Todos os direitos reservados.
___________

Nota de L.G.:

Ultimo poste da série > 25 de Novembro de 2010

3 comentários:

Luís Dias disse...

Caro Casimiro Carvalho

Em relação à ML HK-21, devo dizer-te que era uma excelente arma, com uma cadência de tiro razoável, com a possibilidade de rápida troca de cano e ainda por ser semelhante à HK-G3, o que era útil para que, em caso de necessidade, qualquer elemento operacional sabia trabalhar com ela. O problema maior era o sistema de alimentação, quando as fitas eram ligadas por arames. Com o peso torciam-se e faziam encravar a arma. Em 11 de Março de 1972, pelas 18h00, numa operação na zona do Rio Corubalo, quando parámos junto a um afluente R. Lemenei para descansar, fomos surpreendidos por uma longa rajada de ML HK-21, produzida pelo 1º Cabo Amílcar Costa, do meu GC, o qual avistou um elemento IN a avançar para nós, pegou na ML que estava encostada a uma árvore e foi assim que se desencadeou um fogachal imenso, que durou muitos minutos. O acto do 1º cabo e depois o lançamento de granadas de morteiro 60 mm sobre o IN pararam o ataque e conseguimos sair dali apenas com feridos ligeiros e o IN sofreu baixas (8) confirmadas pela Maria Turra, o que não era normal. O problema foi que após a a rajada longa a HK encravou (elos de arames)e o meu cabo,danado com a arma, ainda a quis partir contra uma árvore. Mais tarde conseguimos obter fitas formadas por elos desintegráveis (primeiro dos páras e depois dos comandos)e as HK funcionavam em pleno.
Um abraço
Luís Dias

JOSE CASIMIRO CARVALHO disse...

ADORO QUANDO ALGUÉM FALA COM CONHECIMENTO DE CAUSA.
E TÚ FALAS...CONCERTEZA, AMIGO LUIS DIAS.
É QUE EU USAVA ESSA 2ª VIA, OS ELOS DOS PÁRAS.
OUTRO DOS DEFEITOS DESSA "CHAVALA" ERA A MESA APRESENTADORA/TRANSPORTADORA QUE DEVIDO A UM LIGEIRO ERRO DE CONCEPÇÃO NUMA ARESTA , ENCRAVAVA, E EU QUANDO DESCOBRI, LIMEI ESSA ARESTA E COM ESSAS ALTERAÇÕES, A MIÚDA NUNCA MAIS ENCRAVOU, ALÉM DE QUE QUANDO EU REGRESSAVA DAS PATRULHAS, MERGULHAVA AS FITAS EM GASÓLEO E ...PRONTO.

UM ABRAÇO.

J Carvalho

caçador disse...

meu amigo casimiro eu estive em angola mas na época só usavamos fn e a fbp que a fbp nao tinha segurança nenhuma era só cair no chao e desparava a toua mas acho que melhoraram ela mais tarde claro eu servi de 65 a 67 e tinhamos uma tal madesn nao valia nada e fui jose guilherme natural de alijo