quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7370: Operação Tangomau (Mário Beja Santos) (1): Primeiras notícias da Guiné-Bissau

1. Mensagem de Mário Beja Santos* (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 2 de Dezembro de 2010:

Malta,
Por favor, peguem na carta de Bambadinca. Acima de Missirá, na confluência com os regulados de Mansomine e Joladu temos o rio Gambiel. Aqui vim pela primeira vez na primeira semana de Agosto de 1968. Fiquei deslumbrado com tanta beleza: palmares imponentes, palmeiras de Samatra, nas margens de um rio que fertiliza as bolanhas, na altura abandonadas do lado do Cuor e discretamente cultivadas na outra margem, como vim a perceber, quando levei com uma carga de morteiro, meses depois.
O Gambiel era para mim, tal como Chicri, um dos panoramas assombrosos, que eu queria rever nesta viagem. Lá fui de motocicleta, na companhia de Lânsana Sori, um jovem da Guiné Conacri. Depois da guerra ali apareceu uma nova tabanca, Madina de Gambiel. Chegados ao local, pedi para falar com o chefe da tabanca. Levantou-se um homem, quando ouviu a minha voz. Chegou ao pé de mim e disse-me:

- Reconheci-te pela maneira de andar e pela voz, sou o Ieró Baldé, do pelotão de milícias de Missirá.

E caímos nos braços, um no outro, não me coibi de soluçar por alguém que me reconheceu, mais de 40 anos depois. E de mão dada fomos até ao Gambiel.

Estou de regresso, acho que vocês têm todo o direito de receber as primeiras notícias. Muito provavelmente, volto lá em breve.
Se aqui se vai instalar a recessão, quero informar-vos que cortei o cabelo na barbearia Chiado, no Bissau Velho, por 2€. Então vou até à Guiné para dar um pontapé na crise.
Trago toneladas de fotografias. Se houvesse aí uma alma caridosa em Lisboa que me ajudasse a abrir este ficheiro, fico antecipadamente grato. É assunto sério e urgente.
Venho de boa saúde, comi canja de ostra, muita papaia, banana-maçã, bifes de sereia e cachupa de milho.

Um abraço do
Mário


Operação Tangomau (1)

Primeiras notícias da Guiné

Beja Santos

1. Na concepção logística, a operação começa a tremelicar em pleno check in, três horas antes do voo para Bissau, no fim do dia 17 de Novembro. O Tangomau leva mais de 40kg de carga, é fácil supor porquê: as inevitáveis mudas de roupa, artigos de higiene e asseio, enfim, dois pares de sapatos e umas chinelas, tudo aquilo que parece ser imprescindível para um conforto básico no início da época seca. Não são os bacalhaus, chouriços e azeite que fazem mossa, a culpa é dos livros, cartonados. A menina do check in é intransigente: ou paga o excesso a 9 euros por quilograma ou a bagagem não é expedida.

É aí que intervém o providencial Abudu, experiente nestas coisas da carga em excesso. Alivia-se da mala que vai no porão e sobrecarrega-se na carga que vai nas espáduas do Tangomau, é ele que decide quando as malas já estão no tapete rolante. O Tangomau protesta, a proposta do Abudu é inadmissível, há uma pasta que vai ajoujada com papéis e os livros do costume, endereços, cadernos e canetas, na mão esquerda, qual Lusíadas, sobraça a prenda mais preciosa que segue para a Guiné, as cartas da Guiné portuguesa em 1:50.000, a prenda que Humberto Reis depositou nas mãos do Tangomau e que vai ser transferida para o INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, o verdadeiro arquivo nacional da Guiné-Bissau que foi profundamente vandalizado durante o conflito político-militar de 1998-1999.

Não querendo adiantar os factos, foi nas instalações do INEP que ficaram as tropas senegalesas, as baterias da Junta Militar despejaram algumas canhonadas sobre o edifício e os garbosos senegaleses aqueceram-se com fogueiras em que a matéria-prima era documentos de inegável valor histórico… pois bem, o saco que vai na outra espádua tem já peso exorbitante. É aí que Abudurramane Serifo Soncó dá uma lição admirável a quem protesta, furtando-se a ser burro de carga:

- Aquela menina é uma malvada, tu até lhe mostraste a capa dos livros, se ela tivesse bom coração nem ameaçava com multas. Tu vais levar os livros todos, há uma grande expectativa a rodear a tua viagem, arrastas os sacos até entrar no avião, pensa nas alegrias que vais dar aos outros.

A advertência sortiu efeito, o Tangomau rilhou os dentes, comeu umas coisas para enganar a fome, foi apresentando o passaporte aqui e acolá, atirou o corpo para uma cadeira e começou a ler “O Nosso Jogo”, de John Le Carré. Sim, leva dois livros de John Le Carré, este e o que acaba de sair, de título “Um Traidor dos Nossos”. “O Nosso Jogo” é uma obra-prima. Há muito que o autor do clássico “O espião que veio do frio” reciclou as temáticas da Guerra Fria, agora os problemas são do mundo confuso e turbulento e multipolar: vamos ser confrontados com conflitos étnicos acirrados por potências que pretendem debilitar a Mãe Rússia; vamos ficar chocados com os actos criminosos de certa indústria farmacêutica que não olha a meios para testar novos medicamentos usando populações em abuso de fraqueza para chegar a novas combinações; vamos acompanhar a manipulação dos serviços secretos que preparam uma cilada envolvendo velhos espiões para agitar o papão do terrorismo talibã… Em “O Nosso Jogo”, dois espiões reformados vão aparecer no barril de pólvora do Cáucaso, é a luta do povo inguche contra a Rússia e a Ossétia.
Até Bissalanca, o Tangomau vai saboreando a trama urdida por Larry Pettifer que arrasta o seu amigo Timbo até ao sacrifício supremo. Na pasta, leva outras preciosidades. Por exemplo, “O Poder e o Povo”, de Vasco Pulido Valente.

O avião acaba de poisar, o hangar de Bissalanca está iluminado e vai acolher quem chega.


2. Os trâmites da viagem passaram pelos seguintes procedimentos: encontrar um agitador encartado que convoque todos os antigos soldados caçadores e milícias: o Fodé Dahaba aceitou a incumbência, melhor trombeteiro não há; encontrar uma alma caridosa que desse cama e mesa na região de Bambadinca: o embaixador Inácio Semedo e o Eng.º Fernando Semedo embarcaram na aventura, o Tangomau vai aboletar-se no Bairro Joli, premonitoriamente em frente da bolanha de Finete e com vistas desafogadas até Chicri e Mato de Cão; até o embaixador de Portugal na Guiné-Bissau promete apoios, o Tangomau tem pela frente viagens por bairros ínvios, esconsos, labirínticos: Bairro Militar, Bairro Bissaque, Bairro Missirá, Bairro Quelélé…; camaradas da Guiné fazem pedidos desordeiros: entregar envelopes às antigas lavadeiras; um senhor de Mansambo, Lorde Torcato, pede informações sobre gente no eixo Bambadinca-Xitole; um anarca, de nome Jorge Cabral, quer estimativas na compra de uma morança em Finete, obra asseada, chapa de zinco com forro de cibes, duas janelas à frente e duas atrás, cozinha e casa de banho, de preferência com vista para a bolanha, o Tangomau é mandatado para descobrir um construtor e negociar o terreno com o chefe da tabanca local; anarca assumido e poeta dissimulado, esse tal Jorge Cabral demanda que vá a Fá e mais tarde proceda a um relato… mas há mais pedidos, alguns aparentemente inocentes que o Tangomau pagará com língua de palmo: por exemplo, o Humberto Reis, a quem chamam o cartógrafo-mor, manda uma carta para um tal Zeca Braima Sama, o dito Zeca depois quer entrevistas, ele faz agit-prop em Bafatá, este Tangomau veio mesmo a calhar, um encontro de sexagenários que foram combatentes não é notícia que se dê todos os dias, depois o rumorejar vai até à RTP África. Não vale a pena dissecar a torrente de acontecimentos, eles irão ser perfilados, de acordo com a calendarização prevista e as inúmeras situações imprevistas. Fiquemos por aqui, já estamos na madrugada do dia 18, o senhor Sabino, da embaixada de Portugal, majestoso no porte e dotado de um português bem cadenciado, ajuda-o a pôr os cerca de 40kg dentro de um Land Rover e vai encaminhá-lo para a Pensão Lobato na Pansao N’Isla, que no passado era a estrada que unia o Bissau Velho a Santa Luzia, o Quartel-General.


3. O que é que há a destacar e que começa a gravar-se na memória perdurável? A lufada de um vento quente com os seus aromas peculiares: as acácias floridas, os odores putrefactos devido aos gafanhotos mortos, deve também haver umas gomas e resinas que rescendem odores acres, e tudo misturado é aquele calor de estufa nocturna, o Land Rover afoita-se pelas dezenas de milhares de buracos dessa estrada só iluminada pelos faróis das viaturas, já perto de Bissau há o movimento das discotecas, passa-se pelo espectro do HM 241, chega-se à Chapa Bissau, para o lado esquerdo temos o Bairro Caracol, por aqui pode descer-se até ao Quartel-General, para a direita temos o mercado de Bandim, a Mãe de Água no alto do Crim, àquela hora está tudo adormecido, com tudo é permanente a zanguizarra dos grilos. E depois de muitas sacudidelas e fintas dentre o alcatrão esburacado chega-se à Pensão Lobato. O Tangomau é recebido por algumas baratas, uma ventoinha ruidosa que lembra a do filme Apocalypse Now. São três da manhã, a pele já está empapada de suor, põe-se o despertador para as 8, não há leituras para adormecer, a pituitária acomoda-se aos cheiros e o Tangomau lembra aquela primeira noite de Missirá, já lá vão 42 anos, em que tudo estranhou e até sorriu antes de adormecer a pensar como aquela comissão militar passou depressa, mas não fugazmente. Fez uma jura a si próprio: o primeiro dia em Bissau irá ter parecenças com a experiência vivida em 29 de Julho de 1968, o dia da descoberta da cidade. Puro engano, como se vai ver a seguir, com a máquina digital na mão vai percorrer os escombros do palácio presidencial, passará bem próximo do que foi o museu da Guiné (agora chamado Primatura ou escritório do Primeiro Ministro), também na Praça dos Heróis Nacionais, segue-se a descida da Avenida Amílcar Cabral, a UDIB, o Hotel Portugal e a primeira grande, grande comoção: a Pensão Central onde a D. Berta o vai acolher de braços abertos.
(Continua)

Comentário: Meu querido Jorge Cabral, ao percorrer o mercado de Bambadinca (no antigo Bambadincazinho ), fui abordado por Dungo Queta, que perguntou por ti. Sei que vais ficar muito magoado com o obituário. Entreguei uma folha ao Dungo e pedi-lhe para fazer uma lista da malta do 63. Aqui tens. O original será para ti. O que não te posso entregar é a dor de alguns dos teus antigos soldados, desfizeram-se em confissões, pedidos, o mais que sabes. Já tenho o orçamento da tua casa. O “passeio” a Fá não foi fácil. Vou dar notícias, mais adiante.

Estas eram as minhas obrigações para com o Abudu. Acabaram por se multiplicar: o Tumblo, por telemóvel, mandou-me ao bairro Missirá, eu tinha que ir visitar a família, um Soncó tem que partir mantenha logo que chega. Mamadu Soncó estava enlutado, acabara de morrer o seu irmão Quecuta, que conheci em criança. Só o voltei a ver em 1 de Dezembro, pediu-me para trazer um dos filhos para jogar futebol em Portugal.
__________

Notas de CV:

(*) Vd. postes de:

27 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7347: Notas de leitura (177): Marcelino Marques de Barros, um sábio guineense (Mário Beja Santos)
e
12 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7269: Operação Saudade 2010 (Mário Beja Santos) (5): Páginas de um diário quase improvável, antes de viajar para a Guiné (3) 1 de Novembro

7 comentários:

Anónimo disse...

Camarada e amigo (CAMARIGO no linguarejar do MEXIA ALVES):
TORCATO e JORGE CABRAL. Missirá,Bafatá, Mansambo, Bambadinca, mangais e cajueiros, macaréu, etc...
Uma abraço enorme do tamanho do GEBA.

CMS
2339 - Mansambo
68/ 69

Luís Graça disse...

O Tigre de Missirá está de regresso a casa e à nossa Tabanca Grande... Fiz confusão, quando lhe respondi há um bocado ao mail dele (pessoal, pelo que não transcrevo tudo...):

"Luís (...): Quando puderes, telefona-me. Hoje não, viajei das 3 às 7.30 da manhã, nem imaginas o pandemónio que era a minha secretária. Um abraço de profunda estima, Mário".

Dizia-me que tinha estado com malta da minha CCAÇ 12, incluindo do José Carlos Suleimane Baldé. Pensei que ele ainda lá estava, que estupidez a minha! Respondi-lhe nestes termos:

"Mário:

"Que bom saber notícias tuas. Ainda há dias o Barão da Cunha perguntou por ti... Imagino o "macaréu" de emoções por que estás a passar.

"O Zé Carlos diz-me muito: foi o nosso 1º cabo, promovido por mérito (era soldado arvorado)... Ajudei-o a fazer a 4ª classe. Ainda hoje escreve bem português e espero que fale... Foi, além disso, amigo, intérprete, guarda-costas, cozinheiro, mediador cultural... sempre que eu estava no seu Grupo de Combate (e acabei por ficar lá, mais tempo do que noutros)...

"Há dias estive com dois alferes da 2ª geração da CCAÇ 12 (1971/73), e as respectivas mulheres, mais o Vacas de Carvalho e a sua companheira... Mais a Alice, claro... Fomos aos fados... Um é o Jaime, engenheiro, director geral de uma empresa do Pinto Bastos, aqui em Lisboa (a mulher, Odete, é jurista no Tribunal de Costas). Outro é o Sobral, médico, estomatologista, em Coimbra (a mulher é obstetra)... A Odete é madrinha da filha mais nova do Zé Carlos Suleimane Baldé, que tem 6 anos... Estamos a tentar organizar um encontro de toda a malta da CCAÇ 12, em Maio de 2010... Nessa altura, o Zé Carlos é nosso convidado, mais a filhota... A Odete paga a viagem da miúda, e para o Zé Carlos andamos a recolher fundos... Já há 600 euros, para a viagem. Vou abrir uma conta no blogue, para o resto que falta... Espero que em Maio nos possas acompanhar, tu e os teus bravos do Pel Caç Nat 52. Os homens que nos sucederam, a nós, CCÇ 12, foram muito maltratados pelo BART 2917, e em especial pelo 2º comandante" (...)

E depois mandava-lhe um recado, como se ele ainda lá estivesse, na Guiné-Bissau, com computador às ordens, Net, e todas essas mordomias que, na vida real, criam um abismo entre nós e os nossos amigos guineenses...

"Estou-te grato pelas notícias...Dá um abraço a essa rapaziada toda, que me conhecia por "Furielo Enrico" (Henriques...), o que voou na mina de Nhabijões, na GMC, em, 13 de Janeiro de1971, mais o Furriel Marques e o 4º já no final (regressei em Março de 1971)... O que apanhou o massacre da Ponta do Ingles, em 26 de Novembro de 1970 (...). Um xicoracao para ti, Tigre de Missira. Luís".

Vou ver se amanhã lhe telefono...

Luís Graça disse...

É impressionante: 10 em 26 homens do Pel Caç Nat 63, que foi comandado pelo "nosso Alfero" Jorge Cabral, já morreram... (É o que leio da nota manuscrita do Beja Santos).

É muito mais do que um terço: 38,5%!... Em 40 anos...

O mesmo terá acontecido com as outras subunidades, compostas por soldados do recrutamento local, como é o caso da minha CCAÇ 12 (1969/1974)...

Se aplicarmos esta proporção (ligeiramente mais agravada por uma actividade operacional mais intensa), 40 dos 100 homens que eu conheci, em Contuboel, em Junho de 1969 e depois em Bambadinca, de Julho de 1969 a Março de 1971, já terão morrido...

Em África, pode dizer-se que se aplica que nem uma luva o provérbio popular português, que deve remontar ao Séc. XVI: "Muita saúde, pouca vida, que Deus não dá tudo"...

Luís Graça disse...

É impressionante: 10 em 26 homens do Pel Caç Nat 63, que foi comandado pelo "nosso Alfero" Jorge Cabral, já morreram... (É o que leio da nota manuscrita do Beja Santos).

É muito mais do que um terço: 38,5%!... Em 40 anos...

O mesmo terá acontecido com as outras subunidades, compostas por soldados do recrutamento local, como é o caso da minha CCAÇ 12 (1969/1974)...

Se aplicarmos esta proporção (ligeiramente mais agravada por uma actividade operacional mais intensa), 40 dos 100 homens que eu conheci, em Contuboel, em Junho de 1969 e depois em Bambadinca, de Julho de 1969 a Março de 1971, já terão morrido...

Em África, pode dizer-se que se aplica que nem uma luva o provérbio popular português, que deve remontar ao Séc. XVI: "Muita saúde, pouca vida, que Deus não dá tudo"...

Torcato Mendonca disse...

Mário B. Santos

Obrigado por teres escrito e dares novas e mais novas de gentes velhas, com mais quarenta anos em cima. O Luís Graça admira-se de tantos terem deste mundo desaparecido. Claro...a média ...da vida.

Ontem vi um documentário sobre a Guiné.
fala-se menos português do que no nosso tempo. O desenvolvimento...palavras para quê.

Abraça aquela gente das Tabancas, a gente boa que connosco andou. Como diz o CMS e ainda os de Fá Mandinga, de Candamã e Afiá, de tanto lado.

Abraço fraterno Torcato

Hélder Valério disse...

Caros camarigos

De facto já estranhava não haver notícias da 'viagem de saudade' do MBSantos, mas como tive problemas informáticos podia ter deixado passar muita coisa e não me ter apercebido de alguma referência que pudesse ter ocorrido.

Mas, assim não foi!
Chegam-nos agora os relatos dos 2 primeiros dias, a ida, a chegada, o alojamento e um ou outro pormenor das diligências efectuadas.

Estão prometidos e adivinham-se mais reportagens, o que pode fazer contribuir para a subida da média de intervenções do MBSantos, mas creio que, para estas reportagens, não deverá haver grande contestação.

As emoções estão 'à solta', como ele relata, e até nem deixa de ser ele próprio na sua expressividade, não procurando outras palavras ou outras expressões para as relatar.

Admito perfeitamente que ser reconhecido 'pelo andar e pela fala' ao fim de tantos anos (mesmo que já houvesse algum 'zumzum' sobre a sua chegada) é obra! Quem não se emocionaria?

Vamos então aguardar, serenamente, os próximos episódios.

Um abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

E a Lista não está completa..Faltam soldados de outras etnias e os Cabos Africanos.Curiosamente nem sequer foram os mais velhos a partir primeiro...

Tenho que me apressar..Espero que o Mário pague o sinal da minha moradia em Finete..

Abraço.

Jorge Cabral