terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7398: In Memoriam (65): Faleceu o nosso camarada João Barge, ex-Alf Mil da CCAÇ 2317 (Tertúlia / Editores)

1. O nosso camarada Hugo Guerra, por contacto telefónico, deu-nos ontem conhecimento do falecimento de João Barge* (foto à esquerda), amigo de Carlos Nery e do Rui Barbot / Mário Cláudio  e camarada de Idálio Reis na CCAÇ 2317 (Gambembel, 1968/69).

Tanto quanto é possível saber-se, o seu funeral terá ocorrido hoje nas Caldas da Rainha.

Queremos deixar à família,enlutada, e em especial à sua filha Maria do Carmo Barge,  deste malogrado camarada e amigo, as nossas mais sentidas condolências.

Cada camarada que morre leva um pouco do nosso colectivo de ex-combatentes. Somos cada vez menos para contar quão grande foram o nosso sofrimento e o nosso sacrifício e para exigir o devido reconhecimento.

Aqui fica nestas fotos a nossa singela homenagem a um tertuliano que não teve muito tempo nem saúde para nos contar pormenores da sua passagem por terras da Guiné, onde foi Alf Mil ao serviço da CCAÇ 2317.


Bissau > João Barge, com 15 meses de comissão


Bissau > João Barge e Rui Barbot (Mário Cláudio)


Gandembel (Ponte Balana) > Dezembro de 1968 > João Barge à entrada do abrigo onde dormia com os seus camaradas.



João Barge no papel de Mr. Martin na peça "A Cantora Careca", levada à cena em Abril de 1970 em Bissau e encenada por Carlos Nery. Vd. Poste 6935*.


Representação da peça "A Cantora Careca", de Ionesco, encenada em Bissau pelo Cap Mil Carlos Nery  > Casal Martin (João Barge e Maria Guilhermina)


João Barge com o seu "encenador" Carlos Nery (ex-Cap Mil, CMDT da CCAÇ 2382), no V Encontro da Tertúlia, em Monte Real, em Junho passado. Encontraram-se justamente aqui, neste dia, ao fim de 40 anos!!!
__________

Notas de CV:

(*) Vd. postes de:

3 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6670: V Convívio da Tabanca Grande (12): Caras novas (Parte III): O João Barge, da CCAÇ 2317, que foi meu actor em A Cantora Careca, com o Rui Barbot/Mário Claúdio... (Carlos Nery)
e
4 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6935: A Cantora Careca, estreado em Bissau no dia 5 de Abril de 1970 (Carlos Nery)

Vd. último poste da série de 29 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7357: In Memoriam (64): Hoje faleceu o Alfredo Dinis (ex-1º Cabo Enfermeiro da CCS / BART 6523, Nova Lamego, 1973/74)

11 comentários:

Anónimo disse...

Sentidos pêsames à familia do nosso camarada e a expressão sincera do meu apreço aos Editores pela dignidade que transmitiram à postagem sobre o falecimento de João Barge.
JERO

Luís Graça disse...

Acabei de telefonar ao Joaquim Gomes Soares, ex-1.º Cabo da CCAÇ 2317 / BCAÇ 2835, Gandembel / Ponte Balana, 1968/70, o homem que organizou o encontro do pessoal o ano passado, encontro esse a que compareceu o João Barge... Já sabia da triste notícia... Disse-me que o João Barge tinha ido para Gandembel substituir o Cap Barroso de Moura (hoje General)... Mas o que me parece mais provável é ter sido o João Barge substituir o Capitão quando este deixou a companhia e foi para Bissau...

Vd. no poste do Hugo Guerra uma velha imagem de jornal com o João Barge ao lado do Cap Barroso Moura...


10 de Janeiro de 2009
Guiné 63/74 - P3715: As Boas-Festas da Nossa Tabanca Grande (14): Em Gandembel - O Adeus à Guerra (Hugo Guerra)

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2009/01/guin-6374-p3715-as-boas-festas-da-nossa.html

Anónimo disse...

Um abraço de sentidos pêsames à família do nosso camarada João Barge.

No próximo sábado estarei com o Carlos Nery, seu grande amigo e que me houvera já manifestado a infausta notícia.

Só nos conhecermos "por escrito", mas une-nos o amor pelo teatro pela Guiné e pelo nosso Blogue e quando aplaudir a peça para que tive a honra de ser convidado pelo Nery,os meus aplausos irão também para o João Barge.

Vasco A. R. da Gama

José Marcelino Martins disse...

Daqui a minha saudade para o João Barge, e os meus sentidos pêsames á familia que, além da sua familia nuclear nós, membros da Tabanca, também fazemos parte.

Luís Graça disse...

O Idálio Reis é bem explícito: O João Barge, de rendição indiviaul, vem substituir o Trindade e não o comandante da companhia... Chega em Outubro de 1968... Em finais de Janeiro de 1969, Spinola manda abandonar Gandembel...ao fim de mais de três centenas e meia de ataques e flagelações...

(...) "A Companhia sai para a Guiné, com 158 homens: 5 oficiais, 17 sargentos, 35 cabos e 101 soldados. A bordo do Uíge, a 10 de Dezembro de 1969, sob o comando de um único oficial (este escriba), chegam à unidade mobilizadora, o RI 15 de Tomar, 121 militares, com 11 sargentos, 29 cabos e 80 soldados; ficaram na Guiné, para a entrega do material, 1 alferes e 3 sargentos.

"Há as perdas: 9 mortos (1 alferes, 1 furriel e 7 soldados), 18 evacuados para Lisboa (7 feridos graves, 5 por doença e 6 feridos menos graves), e 4 não regressam por mudança de Companhia. Há ainda 2 elementos, que saem antecipadamente: 1 cabo — o nosso Lamego e o Comandante de Companhia, para continuar a sua carreira militar como oficial superior de Infantaria, [ hoje gen ref Barroso de Moura]" (...)

Releia-se a "fotobiografia" dos bravos da CCAÇ 2317...

10 de Outubro de 2007
Guiné 63/74 - P2172: Fotobiografia da CCAÇ 2317 (1968/69) (Idálio Reis) (11): Em Buba e depois no Gabu, fomos gente feliz... sem lágrimas (Fim)

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/10/guin-6374-p2172-fotobiografia-da-cca.html

Anónimo disse...

Lamento profundamente a morte do nosso Camarada João Barge.
À Família enlutada e aos seus Camaradas que perderam um Amigo, os meus sinceros pêsames.
Luís Borrega

Anónimo disse...

Lamento profundamente a morte do nosso Camarada João Barge.
À Família enlutada e aos seus Camaradas que perderam um Amigo, os meus sinceros pêsames.
Luís Borrega

Cesar Dias disse...

Á familia e amigos de João Barge, envio os meus sentidos pêsames.Que a sua alma descanse em paz.

César Dias

Anónimo disse...

Quanddo o João Barge chegou a Gandembel o Pelotão que ía comandar estava em Ponte Balana comigo e foi para aí que ele se deslocou. Passámos juntos mais de dois meses e com ele que "fechei a porta " em Ponte Balana.Era um amigo bom , calmo e pachorrento, com uma cultura muito acima da média.Sabia falar àrabe e com isso se entretinha a falar com alguns dos nativos do meu Pel. Caç. Nat. 55.
O abrigo, no qual ele parece estar a entrar, foi feito pelos seuss homens em Pante Balana em Out, ou Novembro de 1968 e era aí que dormia com os Furrieis do seu pelotão.
Quando precisei dele como minha testemunha num Proc.por doença, de imediato respondeu afirmativamente e lá veio a Lisboa, onde nos encontrámos, há 5 anos.
Estivemos juntos pela ultima vez em Monte Real, este ano, e cconversámos emmocionados, embora nada deixasse transparecer do seu estado de saúde.
Perdi um grande amigo e camarada de armas.
Paz à sua alma, onde quer qque esteja. Os meus sentidos pêsames à familia.
Hugo Guerra
P.S.- Fui eu e não o Hugo Moura quem avisou o Vinhal logo no dia do falecimento.

Joaquim Mexia Alves disse...

Que Deus o tenha no seu eterno descanso.

Mais um camarigo que parte e mais uma saudade que fica.

Anónimo disse...

Troca de correspondência entre o editor L.G. e o Agostinho Gaspar, de Leiria, mebro da Tbanaca do Centro:

Agostinho: Soube, ontem à noite, pelo Carlos Vinhal (e este através do Hugo Guerra)que morreu o João Barge... De doença.

Conheci-o na Tabanca do Centro. Era muito amigo do Mário Cláudio e do Carlos Nery. o Nery prometeu escrever duas linhas sobre mais este camarigo que desaparece do nosso convívio. Temos a obrigação de o recordar, com saudade. Ele passou por Gandembel... É do tempo do Idálio Reis. Era um homem e grande sensibilidade e cultura. Poeta, com obra publicada. Aveirense. Professor aí
em Leiria, no Instituto Superior Politécncio. O Nery, que já falou com a filha, disse-me que o funeral terá sido hoje... Tu conhecia-lo bem ? Ou só de vista ? Um abraço. Luis (7/12/2010)


2. Res+osta do Agostinho (10/12/2010):

Só hoje me foi possível reponder ao ao teu email. O nosso ex-camarigo João Barge, não o conhecia profissionalmente, mas encontrei-me com ele várias vezes nos encontros dos almoços. Falámos e apresentámo-nos e neste último já o notei um bocadinho fragilizado.

É a lei da vida, cada vez somos menos para contar as nossas aventuras por terras africanas.

Um abraço,
Agostinho Gaspar