segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8735: Blogoterapia (188): Encontros, ou como abrir o tal Capítulo da Vida (Torcato Mendonça)

1. Mensagem de Torcato Mendonça* (ex-Alf Mil da CART 2339 (Mansambo, 1968/69), com data de 1 de Setembro de 2011:


ENCONTROS

Foi-me dado a conhecer o Blogue, LG & Camaradas da Guiné.
Li e, passado algum tempo, fiz um comentário. Não sei porquê, após esse comentário, comecei a escrever com alguma assiduidade. Porquê? …A guerra para mim acabou há muito tempo… dizia ou pensava eu…

Sobre a vida militar e a guerra pensava, há muito tempo, ter essa parte de minha memória envolvida por denso nevoeiro. Recordava, em pequenos “flashes”, um assunto ou outro. Certo, isso sim, era ter considerado encerrado esse Capítulo. Não tenho o hábito,  após considerar encerrado um “Capítulo de Vida”, voltar a abri-lo. Erro meu este, erro meu.

Hoje pouco, muito pouco mesmo, escrevo para o Blogue. Agravado por estes períodos de ausência que vieram reforçar a pouca vontade de “contador de estórias” e etecéteras desse meu passado.

Aborreço-me ler certos escritos. Não são só aqueles geradores de “desavença” ou polémica. Esses são naturais e salutares em espaço de opinião que se quer plural. Refiro-me mais a certos abusos,  não reprimidos.

Muitos deles são aberrações, produto de mentes com algum problema ou intenções destrutivas. Como tal deviam, de imediato, entrar na trituradora do papel. Também certo modo de juntar demasiado as NT e o IN (leia-se Nossas Tropas e o Inimigo). Cada um no seu lugar. Misturas,  não. Claro que a guerra já terminou.

Então falemos abertamente, com o respeito tido outrora ou hoje sem contenda. Diga? Quem? Eu? Só nós? Pois, e assim não, não.

Contudo, o que começo a tolerar menos, detesto, são certas “vaidades”. Chamo-lhe assim e coloco entre aspas para poder continuar.

Volto ao inicio, à abertura de um Capítulo já encerrado, ao erro da sua abertura.

Queria eu dizer então:
- Há muitos anos, muitos mesmo, tendo tanto trabalho, tanta vida a galgar, tanta preocupação, como iria ter tempo para recordações militares?

Fechei então esse “Capítulo” e ponto final. Os anos passaram velozes.

Um dia o telefone tocou.
- É um senhor com um assunto pessoal.
- Quem?
- Diz ter estado na Guiné…
- Passe então… Guiné!?

Estabeleceu-se uma conversa que me levantou algumas dúvidas. Não a recordo bem. Queria o meu endereço para tratar, ele e outros, do primeiro almoço da Companhia, a CART 2339. Disse-lhe o número do apartado.

Dias depois aí estavam notícias. Falei com alguém da Companhia. Não tenho a certeza com quem. Como não recordo o ano. Talvez 90 ou 91. Localidade escolhida para esse primeiro encontro, Aveiro.
Fui. O ponto de encontro foi junto a um hipermercado. Depois fomos para um restaurante da cidade.
Ali estávamos novamente junto,  cerca de vinte anos depois.

Olhava e queria ver o impossível, os mesmos rostos, os mesmos gestos e sorrisos e, confesso, além de não recordar a maioria ou confundir os nomes, estava muito emocionado. O desgaste do tempo, o nosso afastamento, aquela inesperada reunião - planeada,  é certo – a emoção que provocava, a saudade dos que ali não estavam e sentiam-se, tudo junto levava-me a só parte de mim ali estar. Além disso quem ali estava pouco, muito pouco, tinha a ver com o militar que outrora estivera com aqueles camaradas. Era outro muito diferente e não vestia o camuflado. Era passado. Só que nunca se apaga totalmente o passado e algo ainda ali permanecia, algo começava a aparecer. Sentia-o naturalmente.

Além disso apercebia-se, pela forma de estar, de conversar, de rir que alguns ainda por lá andavam. Muito deles pertenciam ainda a esse passado. Viviam o hoje como se fosse o ontem, contavam certas vivências como fossem quase o presente.

Eu reagia, fortemente, a uma palavra se pronunciada – Mansambo. Preferi ir na onda e ouvir mais do que falar. Hoje sinto uma recordação tão longínqua, tão afastada desse encontro, talvez, mesmo mais afastada do que os tempos vividos na Guiné.

Ali estava gente feliz com risos, gargalhadas, falando alto em alegria e, talvez, procurando apagar aquele afastamento de duas décadas. Seria? Não sei.


Do “meu” Grupo estava, como é lógico, mais próximo. Sentia uma maior emoção ao vê-los, sentia-os todos, os presentes e os ausentes. Com alegria ia conhecendo a sua vida de hoje, o seu estar na vida, a família, os filhos e as mulheres. Era uma alegria fortemente emotiva.
- Tens dez filhos?
- Dez…

O tempo voou rápido e saí. Como? Quando? Não sei, não recordo. Rumei a Coimbra. Apetecia-me beber em silêncio, estar só. Vinha-me uma palavra ao pensamento, uma recordação mais forte. Porque abrira aquilo? Porque abrira aquele “Capítulo de Vida”? Era um misto de sim e não. Era o aceitar e o querer afastar. Não as pessoas, não os camaradas ou a Guiné. Então o quê? O meu eu de outrora? Era uma luta entre o passado, aquele passado, e o presente. Mas o presente não podia viver amputando dessa parte do passado.

Aquele encontro é possível que tenha condicionado mais fortemente o novo encerramento. Tanto assim que foram sucedendo, ano após ano, os almoços anuais dos encontros e fui, ano após ano, adiando a minha comparência. No fundo sempre os senti perto. Estavam todos, todos, mas em Mansambo. Eram os eternos camaradas e amigos. Difícil de explicar. Tanto assim que certo acontecimento marcou o regresso.

Ano de 2005, ano difícil para mim. Esperava ser ano de paragem, ano em fim de linha. Regressei, quinze anos depois, ao Encontro,  para uma despedida silenciosa. Era uma necessidade voltarmos a encontrar-nos em Évora onde, trinta e oito anos antes, tudo começara.

Falamos, rimos, revivemos, voltei a entreabrir o tal “Capitulo de Vida”, qual pisca-pisca ou abre e fecha.
Senti-me desgastar mais cedo do que esperava e, a meio da tarde, pedi a meu filho para regressarmos.

Ele, que não foi militar e da Guiné pouco sabia, regressou a contra-gosto. Um regresso cheio de perguntas. Estava deslumbrado e não entendia bem aquele convívio, o modo como as pessoas estavam, a maneira como se relacionavam umas com as outras, a amizade e camaradagem. Tentei explicar. Devia ter explicado há mais tempo.

Poucos dias depois o mais novo disse-me:
- Pai, se para o ano fores ao Encontro, eu quero ir contigo.

O irmão contara-lhe. Talvez um dia isso aconteça, talvez um dia regresse.

Agora tenho ido aos Encontros do Blogue – LG & Camaradas da Guiné. É diferente. São antigos militares, camaradas e amigos, muitos a só se conhecerem nesses encontros, mas com algo em comum. A Guiné, a guerra, as situações de perigo vividas e algo que só eles, só eles compreendem e eu não sei definir.

Há uma palavra que diz algo: - camarigo. Sim camarigo, a contracção de camarada e amigo. Para alguns a palavra camarada é pouco agradável, mas o afecto, a amizade, a partilha de toda uma vivência naquela Terra une-os e continuam camaradas e amigos.

Os encontros de Companhia têm tudo isso e mais a cumplicidade vivida e sentida. Para o ano, parece ser em Maio de 2012, há mais um encontro da Companhia e porque não ir? Estamos, temporalmente, a uma eternidade de meses de distância e vivo um dia de cada vez. Um dia…

Terei que pensar, com tempo, tanto tempo para esse Encontro.

Tenho, sinceramente que tenho, vontade de encerrar mesmo. Ainda hoje consegui ouvir um minuto, talvez dois, do fim da conversa de três Camaradas numa TV. São do Blogue, membros do Blogue. Não deu para ter uma opinião. Certo é que me deu para pensar um pouco, para juntar estas letras e me interrogar sobre alguns porquês.

Até sempre Camaradas ou Camarigos…
TM
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 16 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8676: Fotos à procura de... uma legenda (6): Mansanbo, CART 2339 (1968/69)...O pingue-pongue...da vida undergound (Torcato Mendonça)

Vd. último poste da série de 24 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8703: Blogoterapia (187): Devaneios literários? (José Marcelino Martins)

17 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro amigo Torcato,

Durante muitos anos pensei que tinha encerrado o livro em muito semelhante ao teu. Para descobrir que as suas páginas sempre estiveram abertas no capítulo certo.

No tempo, certo ou não, pegamos nele, folheamos as suas páginas. Procuramos por nós nos demais. E nem sempre nos encontramos.

Será isso nostalgia? Talvez sim.

Fechar o livro? Como, se nem tu podes fazer isso e os teus filhos não o querem?

Deixa que as folhas amareleçam tão graciosamente como os teus escritos. As letras que lá estão serão cada vez mais coloridas. Certamente para quem as souber ler.

Um abraço amigo,

José Câmara

Anónimo disse...

Meu caro Torcato,
Tens aqui um texto extraordinário. Conseguiste transmitir de uma forma límpida e emocionante o que, certamente, muitos camaradas sentiram ou vêm sentindo aquando dos encontros das suas unidades, principalmente o primeiro encontro quando muito afastado temporalmente do regresso. E algumas só agora realizaram o seu primeiro encontro. O que sentiste (e transmites isto de um modo tão realista) é provavelmente o que sentirão ou terão sentido tantos milhares de camaradas. Agora já não falarão só nos filhos, mas também nos netos.
Não tive nem terei este gosto do "reencontro". Mas o teu escrito fez-me pensar:"Além disso quem ali estava pouco, muito pouco, tinha a ver com o militar que outrora estivera com aqueles camaradas. Era outro muito diferente e não vestia o camuflado. Era passado".

Um abraço amigo do
Carlos Cordeiro

Anónimo disse...

Caríssimo Amigo.Já há muito que sabes que um livro de um tal Torcato Mendonca é esperado (näo na Lapónia)mas em Estocolmo,com garantias de apoios prácticos, sempre necessários,quanto à sua publicacäo por estas paragens bem interessadas em literatura.Estes apoios näo säo propriamente por parte de "amadores" nestas coisas,e nestes meios.Cada vez que leio que vais escrevendo...mais espero por esse dia. Um grande abraco.

Anónimo disse...

Caro Torcato

Uma descrição magistral do pulsar de cada um de nós…

Um abraço

José Corceiro

Colaço disse...

Caro Camarigo Torcato,

Poste maravilhoso cheio de nostalgia, questões,perguntas a que nós próprios fazemos e para as quais não temos a resposta.
Adiciono mais uma o 10 de Junho, milhares de ex-combatentes deslocam-se aquele evento muitos deles com enumeras dificuldades, a idade, as mazelas da guerra, mas lá andam eles com um simples cartaz na mão, nas costas ou uma cópia do Guião do Batalhão, companhia,pelotão ou destacamento etc. na ténue esperança de encontrar camaradas,amigos.
A guerra de tudo o que tem de mau uma coisa ela é superior em forjar e cimentar amizades.
Um abraço
Colaço
Nota: O teu poste como diz o José Belo é um bom principio para te encheres de coragem e escreveres o tal livro.

Anónimo disse...

Meu Caro Torcato

Impossível comentar essa vossa vivência, mas, é facilmente entendida a sua emoção, a sua saudade, "não da guerra", mas do tempo e dos camaradas, sobretudo dos ausentes para sempre.

O seu coração vê-se!

Lê-se!

E as emoções também causam dano.
Faz favor de ter cuidado com essa máquina!

Também quero ver esse livro editado.

Um beijo meu amigo.
Obrigada!

Felismina Costa

Anónimo disse...

Amigo Torcato,
Na minha opinião, esse livro não será fechado nunca. Os teus filhos, não o permitiriam, e, ainda bem.
Abraços
Filomena

Anónimo disse...

Caro Camarigo Torcato

A Guerra é uma ferida que nunca cicatriza, por vezes acontece mas...reabre.

Mantenhas

Luís Borrega

Torcato Mendonca disse...

O livro é uma metáfora, uma alegoria, o livro é a minha vida e, como todos os livros tem capítulos.
Já fechei uma série deles...ah e vocês também. Não sou só eu a fazer anos...

Abraços T

Anónimo disse...

Caro Torcato,

Gostei do que li. Gostei e pronto.
Quem, como eu, não viveu certas situações procurou ou esqueceu, sem necessidade de procurar fazê-lo, esses dois anos de vida. Perderam-se nomes, locais e rostos, ficou o mais importante, a gravação esbatida das coisas que não permite ser apagada, é quanto basta para voltarmos a estar juntos...
Um livro é ou pode ser também vaidade, mas será apenas isso? Se conteudo existe e é apreciado, porque não? Não será mais um contributo para lembrar essa página da nossa história?
Um abraço,
BSardinha

Joaquim Mexia Alves disse...

Como me revejo em muito do que escreves e como a melhor resposta quando não se tem palavras é um abraço forte e amigo, aqui to deixo, Torcato, meu camarigo.

Luís Dias disse...

Camarigo Torcato

Julgo que muitos nós passámos por aquilo que tu tão bem colocaste neste teu post. Eu mesmo redescobri a "guerra" ao ter ido ao primeiro encontro da companhia efectuado 25 anos depois de termos chegado da Guiné, encontro esse que teve lugar no antigo RI 2, em Abrantes, local donde havíamos partido. E as emoções de rever os camaradas combatentes foram exactamente como tu as sentiste, um misto de espanto, porque mais velhos, mas também em muitos ainda se notavam os mesmos sinais, trejeitos e comportamentos que eu deles tinha na memória. O engraçado eram que uma larga maioria se fizera acompanhar da família e faziam toda a questão de se fazerem fotografar com o ex-capitão, os ex-alferes e os ex-furriéis. Em muitos de nós correram lágrimas.
Depois disto e agora com o nosso blogue, pergunto-me será que efectivamente nunca retornamos da guerra?
É por isso que tenho matutado num livro em que o título não parece nada real: "O soldado que quis voltar para a guerra!". Não será porventura um voltar físico, mas um regresso emocionado às sensações,camaradagem e à sua juventude. Vamos ver.
Obrigado pelo teu texto. Fez-me relembrar os sentimentos mantidos cativos em memória.
Um abraço
Luís Dias

Anónimo disse...

Caro Amigo Torcato!

Quem não tem livro da vida?
Todos nós!
Mas, a diferença, é que as histórias, são todas diferentes e por isso... interessantes.
À vivências, que vale a pena registar, deixar como testemunho, para que se analise, se avaliem, se repensem!
Tal como o BSardinha, penso que:
Um livro, nunca pode ser só vaidade.
Tem de ser coragem, memória, vontade, análise, para que ele traga conhecimento e valha a pena ser lido.
Tenho muita pena, dos livros que ficam por ler!

Creio, meu amigo, que o seu livro da vida, seria sem dúvida, interessante conhecê-lo, capitulo após capitulo.

Pense nisso!

Um abraço fraterno da

Felismina

Hélder Valério disse...

Caro amigo Torcato

Esses sentimentos, estilo yo-yo, de esqueço e arrumo o passado, volto a lembrar e a 'viver', volto a querer esquecer, volto a relembrar, e por aí adiante... não são assim tão originais.

Aliás, pelo conteúdo de alguns dos comentários anteriores, já podes ter uma amostra disso mesmo que digo.

Acontece é que, quer tenhas tido a intenção ou não, a verdade é que conseguiste produzir um texto intenso, em que muitos de nós se revêm e não podemos deixar que essa tua capacidade inata para nos 'representares em prosa' fique perdida.

Não, camarigo, assim como nesses avanços e recuos foste sempre mais além das tuas intenções limitadoras, também não te deves auto-limitar e privar-nos das tuas conseguidas observações.

Se houver possibilidade e se 'eles' quiserem, leva os teus filhos, ou um deles, ao Encontro da tua Unidade funcional e ao próximo Encontro da nossa Tabanca.
Poderão constatar ao vivo as diferenças e as semelhanças.

No primeiro caso apreciararão a amizade construída pela vivência directa e em co-protecção (afinal dependiam uns dos outros para assegurar a sobrevivência). No segundo caso poderão observar uma amizade construída de forma indirecta, pela assimilação das vivências mútuas.
Ambas são válidas, embora com impulsos e motivações diferentes.

Não vou fazer aqui juizos de valor quanto ao que é mais forte, isso nem sequer interessa, mas em qualquer dos casos apreciarão o sentido forte da amizade, da solidariedade, quase como se de uma 'irmandade' se tratasse.

Quanto ao mais, pouco posso adiantar ao que já foi comentado, pelo que te deixo um forte abraço.

Hélder S.

Anónimo disse...

Pois é camarada Torcato

Felizes aqueles que ainda podem rever camaradas,relembrar momentos de camaradagem e de solidariedade,por mais que façamos por esquecer,estes estarão até ao fim das nossas vidas, pelo menos nos nossos subconscientes.

Outros haverá (o meu caso ) que nem isso poderão fazer,fruto (na altura) das circunstancias estritamente militares.

No meu caso pessoal resta-me ler e comentar este blog,ir aos encontros desta tabanca..e tentar conviver com camaradas que estiveram na guiné em diferentes épocas.

C.Martins

António Matos disse...

Caro Torcato, foram curtos e esplêndidos momentos estes que acabo de passar frente e ao longo do teu texto.
Quanto à prosa, ao nível do que de melhor me lembro de te ter lido; quanto aos timings da acção, irrepreensíveis ; quanto aos conflitos interiores que te levam aos porquês de algumas dualidades comportamentais, muito bem explicados !
Também eu hoje me dispus a abrir o blog ( tinha-o fechado há muitos meses ... ) e fiz correr o rato, écran após écran, sem ser tocado pelo virus do entusiasmo de outros tempos até que, sem qualquer razão aparente, parar no teu "Capítulo da Vida" e extasiar-me com este belíssimo relato !
Pessoalmente, em momento algum da leitura deduzi a eminência do aparecimento dum livro teu ( que bem o saberias fazer ! ) mas sim um caudal de sabedoria acumulado que os sentimentos to fizeram transbordar e provocar esta enchente de comentários.
A transferência inocente do teu sentir aos teus filhos regozija-me na sua essência pela perenidade que se garante à nossa descendência dos dois anos de cada um de nós vividos naquele misto de aventura e dever, muito dificilmente compreendido por quem lá não esteve.
Um abração,
António Matos

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Não posso deixar de saudar a intervenção do António Matos, por ela em si mesmo, pelo seu conteúdo, pela suas observações e também pelo seu reaparecimento.
É sempre com gosto que leio as suas intervenções, mesmo que ele ache que o Blogue "já não é o seu Blogue".
Continuo a achar que é uma questão que se resolve com o tempo.

Abraço
Hélder S.