sábado, 8 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8871: Agenda cultural (162): Lançamento do terceiro livro do nosso JERO, um cistercense de alma e coração: Alcobaça é comigo,... Domingo, 9 de Outubro, pelas 15h00, no Parlatório do Parque dos Monges, Chiqueda, Alcobaça


 Alcobaça > Setembro de 2011 > O jornalista, escritor e nosso camarada e amigo JERO (acrónimo de José Eduardo Reis de Oliveira), autor de Alçobaça é Comigo.


 Alcobaça > Mosteiro de Alcobaça > Homem de múltiplas facetas e talentos, o JERO converteu-se recentemente aos encantos e deslumbramentos da fotografia digitar...

Fotos: © JERO (2011). Todos os direitos reservados


1. Mensagem do nosso JERO, com data de 3 do corrente:

Caro Luís: Sei que tens uma vida complicada mas quem sabe se poderás estar em Alcobaça no próximo domingo? Segue uma breve apresentação do evento.

Um abraço cisterciense do
JERO




2. Convite:

JERO é o pseudónimo jornalístico de José Eduardo Reis de Oliveira, que o utiliza em jornais de Alcobaça, e não só, desde os seus 18 anos.


Alcobaça é comigo é o seu 3º livro, que pretende recordar algumas figuras que marcaram certas épocas da terra onde nasceu e onde tem vivido a maioria dos seus 71 anos.


São 30 histórias como poderiam ser mais. De diversos tons e sabores. Umas sérias, outras brincalhonas e outras entre o sério e brincalhão.


Alcobaça é comigo é apresentado no próximo dia 9 de Outubro de 2011, pelas 15H00, no Parlatório do Parque dos Monges, em Chiqueda, Alcobaça.


O painel de apresentação é de luxo. Padre Carlos Jorge, Drª.Madalena Tavares e Dr. Carlos Gomes.

Teremos muito gosto em contar com a sua presença.


Até domingo!

 3. Do seu blogue pessoal, Jeroalcoa -  Histórias e memórias pessoais, transcrevemos parte de um poste de 16 de Setembro último:


(...) 'Alcobaça É Comigo«  pode parecer pretensioso . Mas não é. É apenas sentido e, eventualmente, possessivo porque Alcobaça é a minha terra desde que me conheço. E já lá vão setenta e um. E mais alguns meses.

Por causa disso – o tempo passado, a memória desse tempo e o gosto de escrever – levaram-me a organizar esta espécie de livro. Numa recente conversa com um amigo especial – o meu barbeiro – deu-me (sem saber…) a força que me faltava para me abalançar a esta tarefa. Algumas das histórias “dadas à estampa” nas páginas seguintes foram temas de conversa em diversos “cortes de cabelo”. Quase que posso dizer que havia mais conversa que cabelo cortado…

Em passado recente disse-me: 'Que histórias que você conta! Devia escrever um livro'.
E fui na conversa dele e o livro aqui está. Despretensioso. Umas vezes brincalhão. Outras vezes sério. Essencialmente… para memória futura.


Tenho a noção que algumas das histórias e historietas relatadas só os mais velhos as conhecem. Fica aqui portanto o seu registo para os outros. O meu registo e a minha dedicatória para os mais novos. Os que não conheço e os que conheço. É…especialmente dedicado aos meus netos que, como não podia deixar de ser , também 'entram no livro'.
Aliás eles entram em tudo na minha vida. Longe ou perto…em ALCOBAÇA…comigo.»
(...)


4. Comentário de LG:

Alguns de nós perguntarão, legitimamente: Mas o que é que este livro tem a ver com a Guiné e a nossa guerra  ? E eu, à partida, não sei responder por que não conheço nenhuma das trintas histórias, contatas e recontadas pelo JERO, na tertúlia do barbeiro, entre duas barbas e um cabelo... 

É verdade que podia pôr a notícia do lançamento do 3º livro do JERO noutra série, Os Nossos Seres, Saberes e Lazeres... Mas achei que estava bem aqui, na nossa Agenda Cultural...  Por outro lado, quem é que não tem curiosidade em saber as conversas dos homens no momento da tosquia ? Sempre ouvi dizer é que na cara dos pobres que os barbeiros aprendem... A barbearia teve sempre os seus encantos e mistérios. Mesmo na guerra, em tempo de guerra, nos nossos Bu...rakos,  também tínhamos o nosso baeta... Em dia de tosquia, baixavam-se as guardas, esbatiam-se as hierarquias, rangiam-se os dentes, dizia-se mal do "patrão", cobiçava-se a mulher ou a laveira do alferes ...

Em especial na província,  o sítio onde os homens punham  a conversa em dia e, noutros tempos, transpiravam e alguns conspiravam... Nela pontificava uma personagem, popular mas ao mesmo tempo estranha, mágica e poderosa, que era o barbeiro mas também o barbeiro-sangrador, o enfermeiro, o tiradentes, o confidente...  

Enfim, estou curioso em ler as histórias do Jero, temperadas com o aço da navalha do seu barbeiro... Tanto mais que ele, além de grande, encantador e sedutor contador de histórias, ele, a sua figura, algo mística, arrancadada das esculturas do mosteiro de Alcobaça,  faz-me sempre lembrar um aristocrático e medievo monge cistercense, daqueles a quem devemos quase tudo ou muito do que somos enquanto povo... 

No meu caso, falo como português, estremeno, à beira mar plantado... O vinho, a pera rocha, a maçã reineta, os cereais, a doçaria, as bebidas espirituosas... mas também e sobretudo o "imaterial" das nossas sociedades, a que chamamos cultura, ou que é o outro lado da cultura: os livros, a língua, a música, as artes, a arquitetura, o ensino da medicina, e por aí fora...

Não se nasce impunemente em Alcobaça. E por isso o JERO com toda a humildade e autencidade pode vir, a terreiro, dizer, alto e bom som: É, camaradas, Alcobaça é comigo!...  E eu estou com ele, meu camarada da Guiné. O lançamento de um livro é sempre um exercício de cultura e memória. Mas também de partilha e comunicação, ou seja, é um ato da aventura humana.

 "Escrever um livro, plantar uma árvore e fazer um filho", não foi o Eça de Queirós quem o disse, foram os intelectuais da Alta Idade Média, os monges do Ora et labora (reza e trabalha), os únicos que sabiam ler e escrever, quando o Portugal, hoje milenário, ainda (ou já) era uma criança, o Condado Portucalense...

Um xicoração muito grande  para o JERO, antecipado, para o caso de eu não poder estar amanhã em Alcobaça, a tempo e horas, na sua festa, no lançamento do seu livro. Saudações para a família, amigos e camaradas da Guiné que se quiserem e puderem associar a este festivo evento, que é também da nossa Tabanca Grande...  LG

PS - Há mais cistercenses em Alcobaça, para além do Jero... Por exemplo, o nosso Amado Juvenal, mesmo que mais laico do que o Jero, mas não menos talentoso contador de histórias... (Isto, este talento,  vem-lhes do ADN monacal, ou terá sido cultivado - ou no mínimo temperado - nos rios e bolanhas da Guiné ?)

11 comentários:

Torcato Mendonca disse...

Tem.tem a ver connosco. Penso eu.
O Jero é nosso Amigo e Camarada, vai lançar um Livro de sua Terra, da sua Alcobaça e, não o publicitar aqui -dizer- seria pouco ou mesmo nada elegante. Este é um espaço de afectos,de camaradagem, de congratulação pela felicidade do nosso amigo e companheiro.

Para ti Companheiro um Abraço e que tudo decorra bem. Parabéns pelo teu trabalho,
Abraço ao Jero e a todos do T.

Carlos Vinhal disse...

Caro José Eduardo
Não és periquito nestas coisas de apresentação de livros, porque escrever, e bem, é contigo. Quero mesmo assim deixar aqui os meus votos dos maiores êxitos para o teu livro, importante para os teus conterrâneos em particular e para os teus leitores de um modo geral.
Um abraço
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

Luís Graça disse...

Jero, fui encontrar na Praia da Areia Branca, no restaurante, o nosso camarada Manuel Reis e a esposa... Vivem em Aveiro, mas tiveram aqui casa durante 10 anos... Não eu fazia a mínima ideia... De qualquer modo, isto só prova que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca ... é Grande!... Ainda estivemos à conversa um bom bocado.. Manda-te também um abraço e votos de bom sucesso para o teu livro... Infelizmente não poderá passar por Alcobaça... Luis

Luís Graça disse...

Letra e música de:


Maria de Lurdes Rezende

Quem passa por Alcobaça


Quem passa por Alcobaça,
Não passa sem lá voltar,
Por mais que tente e que faça
É lembrança que não passa.
Porque não pode passar.


Não se esquece facilmente
Dos seus mercados a graça
E o seu Mosteiro imponente
Recorda constantemente,
É lembrança que não passa.

Por mais que tente e que faça,
Ninguém se pode esquecer
Das margens do Rio Baça
Nem do Alcoa que passa
Por ser mais lindo de ver.

Sua lembrança não passa
Porque não pode passar,
Por mais que tente e que faça
Quem passa por Alcobaça,
Tem que por força voltar.

http://pegacifras.uol.com.br/cifras/maria-de-lurdes-rezende/quem-passa-por-alcobaca_14850.html

Luís Graça disse...

O seu a seu dono... "Alcobaça" é de Belo Marques (música) e Silva Tavares (letra)... Criação de Maria de Lourdes Resende...


http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_de_Lourdes_Resende

http://alcobaca.no.sapo.pt/cultura/personalidades.htm

Anónimo disse...

Mensagem de 5 de Outubro, chegada à nossa caixa de correio:

Caro Amigo Luís Graça.

Na impossibilidade em poder estar presente, saúdo a iniciativa, felicito o autor e formulo ardentes votos dos maiores êxitos
Com amizade

António J. Estácio

Luís Graça disse...

Parlatório dos monges:


"Parlatório, de ca. de 5 m de largura, encontra-se ao lado da Sala do Capítulo. Era apenas no Parlatório que os monges estavam autorizados a falar com um representante do abade. Por princípio, os monges estavam obrigados ao silêncio, com excepção da reza, e só se podiam transmitir informações muito necessárias. Por esse motivo, muitos utilizavam uma linguagem gestual".


http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_Alcoba%C3%A7a

Anónimo disse...

Grande Jero

Que o dia de hoje vai correr bem para ti, não tenho dúvidas.

Quando estiver com o P------inho, vou-lhe moer o juízo.

Um abraço,

Jorge Rosales

JD disse...

Viva Jero!
A cerimónia já lá vai, e espero que estejas satisfeito e orgulhoso por um trabalho a que te dedicaste com paixão.
Ainda mantenho a esperança de recorrer ao teu conhecimento para me guiares num dia bem passado em Alcobaça.
Quando isso acontecer... vou moer o juízo ao meu Comandante.
Abraços fraternos
JD

Anónimo disse...

A longa viagem desde o extremo norte sueco até ao blog do Amigo e Camarada Jero tem sempre valido a pena.Gostaria de estar presente nesta ocasião,mas desde aqui a Estocolmo,bem lá para o sul,são SÓ 1.400 quilómetros,e dali a Alcobaça....Um grande abraço para o autor e para todos os felizardos que estão perto do Convento.

Manuel Reis disse...

Camarigo GERO:

Parabéns!

Vai um pouco tarde, mas a tempo de desejar o maior sucesso para o teu livro.

Um abração.

Manuel Reis