quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8950: As músicas pop/rock anglo-americanas mais em voga em 1972/73 e que eu ouvia no mato (Parte II) (Luís Dias)



Guiné > Zona leste > Bambadinca > Alf Luís Dias "junto a um Harvard T-6, em Bambadinca Setembro/Outubro 1973".


Guiné > Zona leste > Galomaro > Dulombi > CCAÇ 3491 (1971/74)> "Vista Aérea do Aquartelamento do Dulombi, 1972"


"Se não encontrarmos o caminho, abrimos um" - Aníbal, General Cartaginês, aquando da passagem dos Alpes com as suas tropas para atacar Roma. A OBRIGAÇÃO DE COMBATER: Não foi tanto a bandeira, a farda ou a autoridade hierárquica que nos fez estar ali, nos trilhos, nas picadas, nas bolanhas e no mato denso: foi, antes de mais, os camaradas que estavam a nosso lado, com quem contávamos e que esperavam de nós o mesmo comportamento. 

Luís Dias dixit acerca de ele próprio, no seu perfil no Blogger. É consultor/formador em Ciências Criminais e de Segurança. Gosta de música (rock), cinema e futebol... Foi Alf Mil, CCAÇ 3491 /Galomaro e Dulombi, 1971/74).


Fotos (e legendas): © Luís Dias (2011).  Todos os direitos reservados. 



AS MÚSICAS POP/ROCK ANGLO-AMERICANAS MAIS EM VOGA EM 1972/73 E QUE EU OUVIA NA GUINÉ  (Parte II) (*)

por Luís Dias


Assim, o que estava na onda em matéria de música rock anglo-americana e que, para além das gravações que levei, ouvia com frequência eram:

ANO DE 1972

ALICE COOPER - “School´s out” é uma das músicas que lança a banda de Vincent Furnier para a fama. A banda iniciara o seu percurso em 1969 mas só no ano anterior, com o lançamento do álbum “Killer” que foi um êxito é que se torna internacionalmente conhecida. Em 1973 o seu álbum “Billion dollar babies” é também um êxito.

Cooper é bastante conhecido pelas suas apresentações ao vivo, que tem frequentemente como recurso cenas teatrais violentas e cheias de efeitos de horror, mas também de humor, como forma de chocar o público.

Actualmente, a banda Marilyn Manson, surgida em 1989 é, do meu ponto de vista, a sucessora dos Alice Cooper. Por sinal o líder e vocalista da banda, Brian Hugh Warner, nasceu em 1969, ano do lançamento do primeiro álbum de Cooper.

AMERICA - “A horse with no name”, “ I need you” e “Sandman”, foram êxitos desta banda que possuía uma grande harmonia vocal. O seu estilo folk rock chamou a atenção do produtor dos Beatles, George Martin, que produziu sete dos seus álbuns durante os anos 70. A canção “A horse with no name” fê-los ganhar um “Grammy” para “o melhor novo artista”.

ALLMAN BROTHERS BAND - ”One way out” (um original do cantor de blues, Elmore James) da banda de Southern Rock, Blues Rock e Country Rock Americano, é uma pérola do estilo boogie.

A banda iniciara-se em 1969 e em apenas dois anos eram considerados das melhores bandas de rock norte-americanas. O seu guitarrista Duane Allman (falecido em Outubro de 1971, num desastre de mota) foi considerado pela revista “Rolling Stone” como o segundo melhor guitarrista de sempre. O álbum de 1971, “ Live at Filmore East” é reconhecido como um dos melhores discos de música ao vivo.

BARCLAY JAMES HARVEST – “Medicine man”, da banda de rock sinfónico que dava os primeiros passos a caminho do êxito e que viria a ter o seu auge em finais dos anos 70 e princípios dos anos 80.

ARGENT- “Hold your head up” da banda do teclista Rod Argent (Ex-Zombies).

BEE GEES – “How can you mend a broken heart” e “Run to me”. A banda de origem australiana dos irmãos Gibb, já era famosa desde meados dos anos 60, praticando um som comercial mas de boa qualidade vocal.

Canções como “Spicks and specks”, “Massachussets”, “World”, “Words”, “To love somebody”, “I can´t see nobody”, “I started a joke”, “I just´ve got to get a message to you”, lançadas na década anterior eram conhecidas internacionalmente. No fim da década de 70, com o surgir do Disco Sound, os Bee-Gees alavancados no filme “Saturday night fever”, com John Travolta, atingiriam o cume do sucesso.

BLACK SABBATH – “Changes”, “Supernaut”, “Tomorrow´s dream”. O som hard da banda do vocalista Ozzie Osbourne e do guitarrista Tony Iommy, que juntamente com os Deep Purple e os Led Zeppelin, deram provimento aos estilos Hard Rock e Heavy Metal.

Em 1972 eram já um nome reconhecido na cena musical internacional depois dos álbuns anteriores de 1970 e 1971. O seu som pesado, de temáticas ocultistas e mesmo satanistas, catapultaram esta banda para um patamar de reconhecimento importante, com uma legião de fãs específica e muito fanática.

BOB DYLAN – “Watching the river flow” é um tema refinado do cantor de Folk e Folk Rock norte-americano que desde os anos 60 era considerado uma das figures emblemáticas da cena da música rock. 

Conhecido pelas canções de intervenção e de crítica social, Dylan é efectivamente uma star já bem instalada internacionalmente.

BREAD – “The guitar man”, da banda de Soft Rock norte-americana, que entre os anos 1970 e 1977, produziu 17 êxitos comerciais.

CARPENTERS – “Top of the world”, dos irmãos Richard e Karen Carpenters.

CAT STEVENS – “Cant´t keep it in” do cantor que, em 1977, converter-se-ia ao islão, passando a chamar-se Yusuf Islam e que se tornou conhecido com canções como: “Mathew & Son”, “Father and son”, “Lady d´Arbanville”, “Wild world” e “Morning has broken”.

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL – “Someday never comes” e “Sweet hitch-hiker” deste grupo norte-americano, que já andava nas andanças musicais desde 1959 (John Fogerty, Tom Fogerty, Doug Clifford e Stu Cook), embora só em 1968 lançassem o seu primeiro álbum. Temas como: ”I put a spell on you”, “Susy Q”, “Proud Mary” (mais tarde um grande êxito cantado por Ike & Tina Turner),“Bad moon rising”, “Green river”, “Down on the corner”, "Travelin' Band", "Who'll Stop the Rain", "Up Around the Bend," e "Lookin' Out My Back Door", foram “smash hits” por todo o mundo.

CHICAGO – “Saturday in the park”, tema do ano para a banda de Chicago/Ilinois, que praticava um rock de Jazz fusion/rock progressive/Soft Rock e que era muito apreciada em Portugal, onde os temas “Does anybody knows what time it is?”, “Colour my world”, “Make me smile” e “25 or 6 to 4” e o álbum ao vivo, “Chicago Live At Carnegie Hall”, de 1971, tinham sido grandes êxitos junto da juventude.

DAVID BOWIE - “Starman” e “Ziggy stardust”, são os temas de viragem deste cantor inglês para o denominado Glam Rock, que ficara conhecido quando em 1969 lançou o tema “Space oddity”, que atingiu o top cindo dos “UK Singles Chart” e que viria a ter grandes sucessos nos anos 80.

DEEP PURPLE – “Higway star”, “Never before”, “Lazy”, “Space truckin´”, “When a blind man cries” e o excepcional “Smoke on the water”. Quem não conhece uma das bandas principais da cena Hard rock/Heavy Metal ?! 

O som da banda e as suas principais músicas são reconhecidos pelos amantes do género. Como esquecer o espantoso “Riff” da entrada de “Smoke on the water”, do guitarrista Ritchie Blackmore e aquela batida do baterista Ian Pace...

Este grupo já havia espantado toda a gente com o álbum “Deep Purple In Rock”, de 1970. Nesse álbum há um solo de guitarra que, a meu ver, é um dos mais especiais de toda a história do rock, pela beleza da sua concepção e execução, consagrando Ritchie Blackmore como um dos portentos mundiais do uso da guitarra, refiro-me, é claro ao tema “Child in time”. A banda ainda anda por aí e já actuou diversas vezes em Portugal, mas a força com que actuavam naqueles tempos era impressionante (Ian Gillan, voz, Jon Lord, teclas, Ritchie Blackmore, guitarra, Roger Glover, guitarra baixo e Ian Paice, bateria).

DIANA ROSS – “God bless the child”, do filme “Lady sings the blues”, foi uma das canções que sobressaiu do filme sobre a diva cantora (Billie Holliday) e que consagrou Diana Ross, que já nos anos 60 brilhava nas Supremes e com as Supremes.

DOOBIE BROTHERS – “Listen to the music” foi um dos grandes sucessos da banda do cantor Michael McDonald, que tiveram uma carreira interessante nos Estados Unidos durante a década de 70.

EAGLES – “Take it easy”, foi o seu primeiro sucesso tirado do álbum homónimo de 1972, mas outros se seguiriam em especial o tema “Hotel California”, de 1976. Uma das grandes bandas de Country Rock. Produziram 7 álbuns de estúdio, 2 álbuns ao vivo, 9 álbuns de compilações e 29 singles. Dos singles, 5 estiveram no top do “Bilboard Hot 100” e 17 foram top hits nas tabelas classificativas americanas. 

O álbum “Hotel California” recebeu 16 discos de platina e o single com o mesmo nome obteve também o disco de platina. Receberam 6 prémios “Grammy” e estão no “Rock and Roll Hall of Fame” desde 1998. Músicos como Glenn Frey, Don Felder, Don Henley, Joe Walsh, Timothy B. Schmidt e Randy Meisner, ficam indelevelmente ligados ao melhor que a música rock produziu.

EMERSON, LAKE & PALMER – “From the beginning” do álbum “Trilogy” foi um dos temas mais conhecidos desta banda de Rock Progressivo/Rock Sinfónico, que na década de 70 obteve bastante sucesso. 

Era composta por três excelentes músicos: Keith Emerson, nas teclas (Ex-The Nice); Greg Lake, no baixo e na voz (Ex-King Crimson) e Carl Palmer, na bateria (Ex-Atomic Rooster).

ELTON JOHN – “Rocket man” e “Honky cat”, eram os temas conhecidos deste conhecido cantor, depois dos sucessos de “Border song”, “Your song”(1970) e “Friends”(1971). 

Elton John era uma estrela em ascensão que iria atingir o zénite nos anos seguintes, em termos comerciais.

ELVIS PRESLEY – “Always on my mind”, um dos últimos sucessos comerciais do King, aquele que deu o corpo e alma ao Rock and roll, iniciando a sua carreira em 1954, que terminaria com a sua trágica morte, em 16 de Agosto de 1977.

GENESIS – “Get ´em out by Friday” e “Watcher of the skies”, do álbum “Foxtrot” vinham na continuidade iniciada em 1970 com “The knife” (álbum “Trespass”) e a sensacional “The musical box” (álbum “Nursery Cryme”, de 1971) e projectavam o que iria ser o tremendo sucesso desta banda de Rock Progressivo e dos seus músicos: Peter Gabriel, vocalista, Michael Rutherford, no baixo, Steve Hackett, na guitarra, Phil Collins, na bateria e Tony Banks, nas teclas. 

De facto, nos anos seguintes, a banda iria atingir um estatuto enorme. Em 1975 estive presente no concerto que os Genesis deram no Pavilhão de Cascais, onde tocaram o álbum por inteiro “The lamb lies down on Broadway” e outros temas já conhecidos. Um dos mais belos e fantásticos concertos que tive oportunidade de ver.

GILBERT O´SULLIVAN – “Alone again (naturally)” e “Claire” deste cantor irlandês eram a continuação do êxito conseguido em 1970 com “Nothing Rhimed”. No ano seguinte Gilbert ganha um “Grammy”, relativo à canção “Alone again (naturally)”. Não obstante a sua longa carreira (o último single foi editado em 2008), o sucesso não lhe voltou a sorrir como nos anos 70.

HAWKWIND -   “Silver machine” é, seguramente, o tema mais conhecido desta banda inglesa que praticava diversos estilos: Space Rock/Hard Rock/Acid Rock/Progressive Rock e Psychedelic Rock, mas que nunca alcançou um lugar no pódio internacional. 

JETHRO TULL – “Thick as a brick”, é o tema mais conhecido do álbum com o mesmo nome da banda inglesa nascida em 1967. Este era o seu quinto trabalho, sendo que o álbum anterior, de 1971, “Aqualung”, ainda é uma das melhores obras da música rock, com músicas excepcionais como: “Aqualung” e “Locomotive breath”.

A sua música caracteriza-se também e muito pelas histórias que apresentam. A apresentação ao vivo desta banda era muito bem conseguida, em especial devido à exuberância do seu líder, vocalista e flautista, Ian Anderson, bem acompanhado pelo guitarrista Martin Barre. O som era uma mistura de Folk Rock com Progressive Rock, Jazz Rock e Hard Rock.

JOHN DENVER – “Rocky mountain high” foi uma das mais importantes músicas apresentadas por este cantor/compositor/activista político/poeta/fotógrafo e piloto norte-americano, falecido aos 53 anos, quando pilotava o seu próprio avião e se despenhou no Oceano Pacífico, em 12 de Outubro de 1997. A sua carreira ficou recheada de excelentes canções, nos estilos Country, Folk e Pop.

LOU REED – “Vicious”, “Satellite of love” e “Walk on the wild side” foram dos temas mais importantes deste cantor, membro fundador da banda dos anos 60 Velvet Underground. O seu estilo insere-se no Rock Psicadélico, temperado também pelo Art Rock, Glam Rock e o Rock Progressivo.

MOODY BLUES – “For my lady”, “Isn´t life strange” e “I´m just a singer in a rock´n´roll band”, foram os temas que esta banda, nascida para a música em 1964, em Inglaterra, colocou na ribalta musical neste ano.

A banda praticava um som de fusão de Classical Music, com a inovação da introdução do Mellotron e de acompanhento por uma Orquestra Filarmónica e são inesquecíveis os temas dos anos 60: “Nights in white satin”, “Tuesday afternoon”, “Voices in the sky”, “Ride my see saw”, “The Actor”, “Lovely to see you”, “Lazy day”, “Candle of life”, “Watching and waiting”, “Question”, “Melancholy man” e “Story in your eyes”. 

O grupo terá vendido ao longo dos muitos anos que tem de carreira perto de 70 milhões de álbuns, por todo o mundo e foram premiados com 14 discos platina e ouro. Acresce que a banda ainda mexe em 2011, mantendo um dos músicos originais da linha de 1964 e ainda três dos músicos originais da linha de 1967.

MOTT THE HOOPLE – “All the young dudes” foi o tema mais conhecido desta banda de Glam Rock, escrito por David Bowie.

NEIL DIAMOND – “Song sung blue” do cantor e compositor norte-americano é uma entre muitas das suas composições que tiveram assinalável êxito. Os seus temas retratam muitas das vezes aspectos da sua vida. Compôs a música para o filme de 1973, “Fernão Capelo Gaivota” e foi o actor principal do filme “Jazz singer”.

NEIL YOUNG – “Heart of gold”, “The needle and the damage done”, são dois importantes temas do álbum de 1972 “Harvest”, deste cantor e compositor canadiano. 

Neil iniciou a sua carreira musical em 1960 no Canadá, mudando-se em 1966 para a Califórnia, onde fundou a banda de Country Rock, Buffalo Springfield, juntamente com Stephen Stills, vindo a integrar em 1969 (como quarto membro) o grupo, Crosby, Stills, Nash & Young. Guitarrista com grande versatilidade,  percorreu durante a sua longa carreira a solo um grande número de estilos e tendências, sendo reconhecido como um excelente performer.

PAUL SIMON – “Me and Julio down by the schooll yard” é um dos temas do 1º album a solo deste excelente cantor/compositor norte-americano. Paul é mais conhecido por ter integrado o famoso duo Simon & Garfunkel, de “Folk Rock”/”Soft Rock”, que ao longo de vários anos lançaram diversas músicas que ainda hoje são ouvidas com interesse, porque marcaram uma época. 

O duo separou-se em 1970, mas de quando em vez juntam-se para reaparições ao vivo. Os temas “The sound of silence”, “Mrs. Robinson”, “Scarborough Fair”, “I am a rock”, “The boxer”, “The bridge over troubled water”, “Homeward bound”, “A hazy shade of winter”, “At the zoo”, “Cecília”, “El condor pasa”, e “America”, foram estrondosos êxitos, que fizeram elevar este duo a um nível de reconhecimento ímpar.

ROBERTA FLACK – “The first time ever I saw your face” foi disco de ouro desta cantora negra norte Americana de “R&B”/”Soul”/Jazz que recebeu um “Grammy” no ano seguinte, por esta canção.

ROXY MUSIC – “Virgin plain”A banda do cantor Bryan Ferry iniciara os seus passos em 1970 e esta música pertencia ao seu primeiro álbum, saído em 1972. A banda inseria-se nos estilos Art Rock/Glam Rock/Psychedelic Roc e mais tarde na New Wave, onda que lhes daria o sucesso internacional. Tive o grato prazer de os ver ao vivo no Estádio do Restelo, julgo que no Verão de 1982, juntamente com o grupo King Crimson e a banda portuguesa Heróis do Mar.

STEVIE WONDER – “Superstition” e “You are the sunshine of my life” do cantor de R&B/Soul Music/Jazz/Funk e Pop eram os sucessos da altura, de um artista que se iniciou muito cedo na música (11 anos) e já tinha muitos êxitos na carreira surgidos na década anterior, tendo o seu primeiro sucesso surgido aos 13 anos, “Fingertips (Pt.2)”. 

Temas como: “Hi-heel sneakers”, “For once in my life”, “My Cherie amour”, “Yester-me, yester-you, yesterday”, “Signed, sealed, delivered, I´m yours”, “Never dreamed you´d leave in summer”, “”Master blaster”, “Ebony and Ivory”, ”I just call to say I love you”, “That´s what friends are for”, “Part time lover” e “Overjoyed”, projectaram Stevie como um dos mais importantes músicos do século XX. 

Durante a sua já longa carreira, Stevie Wonder produziu, até ao ano de 2009, 23 álbuns de originais, 3 álbuns de músicas para filmes, 4 álbuns ao vivo, 10 álbuns de compilações de êxitos, 1 colectânea box e 98 singles.

TEMPTATIONS – “Papa was a rolling stone” – Tema desta já muito experiente banda vocal que se iniciou nos anos 60 e que já tinha êxitos importantes como: “My girl”, “Don´t look back”, “Get ready”, “Ain´t too proud to beg”, “I wish it would rain”, “Cloud nine”, “I´m gonna make you love me (com as Supremes)”,”Runaway child, running wild”, “I second that emotion” e ”Ball of confusion”. A sua longa carreira perdurou até ao ano 2000.

URIAH HEEP – “Easin´livin´”, “The wizard”, “Circle of hands”, “Sunrise” e “Sweet Loraine”– Alguns dos melhores temas desta banda inglesa de Hard Rock/Heavy Metal, que se iniciara na cena musical em finais dos anos 60 e que já contavam com um álbum em 1970, dois em 1971 e dois em 1972. A banda prosseguiria o seu caminho por muitos e muitos anos, mas sem alcançar os êxitos obtidos nos primeiros anos da década de 70.

YES –“I get up, I get down/Close to the edge”, desta banda de Rock Progressivo /Rock Sinfónico, é um dos temas do excelente álbum “Close to the edge”. O grupo foi fundado em 1968 e no ano seguinte surgia o seu primeiro álbum com o título “Yes”, onde se destaca o tema “Survival”. 

Em 1970 surgia o álbum “Time and a Word”, com os temas principais “Time and a Word” e “Sweet dreams” e em 1971 o “Yes álbum”, com destaque para as músicas “I´ve seen all good people” e “Yours is no disgrace” e também o álbum “Fragile” com os brilhantes temas “Roundabout” e “Long distance runaround” (temas que eu ouvia com muita particulariedade já em 1972 na Guiné). 

A banda continuou a produzir excelentes álbuns e conseguiu sucesso com muitas outras canções, em especial: “Soon” de 1974 e “Owner of a lonely heart” de 1983, mas também “Going for the one”, “Wonderous stories” e “Onward”. A produção de álbuns manteve-se até 2001 e a banda continua activa, embora os seus membros tenham mudado diversas vezes em relação aos músicos originais.

Yes (1969), Time and a Word (1970),The Yes Album (1971),Fragile (1971),Close to the Edge (1972), Tales from Topographic Oceans (1973), Relayer (1974), Going for the One (1977),Tormato (1978), Drama (1980),90125 (1983), Big Generator (1987), Anderson Bruford Wakeman Howe (1989), Union (1991), Talk (1994), Open Your Eyes (1997), The Ladder (1999) e Magnification (2001).

Músicos mais importantes que passaram pela banda: Jon Anderson e Benoit David (vocalistas principais), Chris Squire (guitarra baixo), Steve Howe, Peter Banks, Trevor Rabin e Billy Sherwood (todos guitarristas), Rick Wakeman, Tony Kaye, Patrick Moraz, Geoff Downes, Igor Khoroshev e Oliver Wakeman (todos teclistas), Bill Bruford e Alan White (bateristas).

(Continua)

[Imagens: Capas de discos, do domínio público, selecionadas por L.D.]

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Nota do editor:

Último poste da série > 20 de Outubro de 2011 > Guiné 63/74 - P8932: As músicas pop/rock anglo-americanas mais em voga em 1972/73 e que eu ouvia no mato (Parte I) (Luís Dias)

12 comentários:

Luís Graça disse...

Luis:

Desculpa, não reparei que o single do Boby Dylan "Knockin' On Heaven's Door" [Batendo à porta do inferno] era de 1973, e não de 1972...

Estava na tua coleção de capas de discos... Gosto da letra, pacificista (?), "Mama, put my guns in the ground /I can't shoot them anymore"... Gostava da voz roufenha do rapaz, mas hoje sorrio, com meia cara... São os "baladeiros" da nossa geração... Uns gostavam mais, outros menos, e outros não gostavam de todo...

Aqui fica o resto da letra... Apanhada por aí na Net onde há tudo como na farmácia... Mantenhas. Obrigado pelas tuas "memórias musicais" da Lisboa / Bissau / Galomaro /Dulombi...

L.G.
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Mama, take this badge off of me
I can't use it anymore.
It's gettin' dark, too dark to see
I feel I'm knockin' on heaven's door.

Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door

Mama, put my guns in the ground
I can't shoot them anymore.
That long black cloud is comin' down
I feel I'm knockin' on heaven's door.

Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door
Knock, knock, knockin' on heaven's door


http://www.azlyrics.com/d/dylan.html

Torcato Mendonca disse...

Pois é Luís Dias, pois é. Não gostas só de armamento. Gostas e sabes daquela música que a maioria dos rapazes da nossa idade gosta.
É bom reviver, nesta tarde invernosa, os nomes de alguns de que tanto gostávamos e gostamos, basta ir procurar o 33 rotações,e ouvir aquela musica...curiosamente a, muita dela, estão associadas outras boas recordações...
Aquele abraço T.

Luís Dias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís Graça disse...

O Luís Dias já me corrigiu e bem: Onde está "Heaven" (céu) eu li "Hell" (inferno)... Tenho que ir ao oculista... Ou se calhar, Torcato, li mesmo o que queria ler... Enfim, um fenómeno de dissonância cognitiva... Culpo o joanete, amputado... É preciso sempre arranjar um bode expiatório para tudo... Pecha nossa, de tugas, de seres humanos, de xico-espertos, de primatas... LG

Luís Dias disse...

Caros Luís e Torcato

O Luís escolheu um excelente tema, uma música de Bob Dylan, com uma letra magnifica (Batendo à porta do Céu, e não inferno), que também foi um êxito num "cover" interpretado pelo "slowhand", Eric Clapton, também um "jovem" da nossa geração. Este tema pertence ao filme: "Pat Garrett & Billy The Kid", do realizador Sam Peckinpah, em que o próprio Bob Dylan entra como actor.A velha luta entre o bem e o mal. O xerife(Garrett)e um famoso pistoleiro William Bonney (Billy The Kid)são as faces opostas da mesma moeda. Garrett prende Billy, mas este evade-se matando dois guardas e acaba morto por Garrett.
Torcato muitos destes músicos, que se iniciaram nos anos 60 e 70 ainda tocam por aí ao vivo!!! É sinónimo de que velhos são mesmo só os trapos! E nós somos o exemplo disso e eles tiveram a sorte de não terem estado na guerra!
Outro pormenor e relacionado com o avião T-6 que aparece aí na foto. A pista onde o avião está poisado é a de Bambadinca e a foto foi tirada quando era o Comandante da Companhia de Instrução de Milícias (Foi um tempo muito bem passado). A nave andava a fazer umas "acrobacias" aéreas, pilotada por um furriel, enquanto um alferes piloto, que estava em terra filmava a cena. Acontece que o avião chateou-se com tanta volta e resolveu avariar, obrigando o piloto a aterrar de emergência. Veio uma DO-27 de Bissau com um mecânico e este lá esteve a colocar o caça/bombardeiro operacional. Não sabemos se ouve problemas para os pilotos, isto porque quem veio a pilotar era o alferes, que depois trocou com o furriel para este efectuar uns "floreados" para a fotografia/filme. Podia ter sido pior. Já se sabe a malta gosta muito da brincadeira, mas às vezes dá para o torto.
Um abraço e ouçam muita música.
Luís Dias

Luís Graça disse...

Luís Dias, caríssimo:

Certamente eliminaste, por lapso, o teu comentário, tão informativo e tão a propósito da letra desta canção e do respetivo filme, que eu eu não vi... Queres que eu o reponha ?

Luís Graça disse...

... Já está tudo nos conformes!... Acontece-me muito a mim: escrever, editar e apagar, e voltar a reformular e a editar o comentário... LG

Luís Graça disse...

Luís, tens que nos falar, com tempo e vagar, desse teu tempo de Bambadinca, da "minha"/nossa Bambadinca... O Paulo Santiago (do Pel Caç Nat 53) também foi instrutor de mílícias, aí em Bambadinca... Julgo que ainda o apanhaste... Ou não ?

Onde era exatamente a carreira de tiro ? Sei que era para os lados da ponte do Rio Udunduma... Tens fotos ?

Donde vieram os instruendos ? A que etnias pertenciam ? Onde foram colocados ? Problemas é que tiveste com essa malta ? Quanto tempo por lá ficaste ?, etc.

Mantenhas. LG

Luís Graça disse...

Ora cá está outra canção do nosso tempo... Gostava da música e da letra... Ouvia-a muito... É de 1970, quando a dupla Simon & Garfunkel já preparavam o "divórcio"... Curiosamente é uma letra, bonita, sobre a amizade, a camaradagem, o amor, a solidariedade... E muito atual, nestes dias tristes e desesperados para muitos portugueses e europeus...

Bridge over troubled water [Ponte sobre águas agitadas]

Simon & Garfunkel (1970)

When you're weary
Feeling small
When tears are in your eyes
I will dry them all

I'm on your side
When times get rough
And friends just can't be found
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

When you're down and out
When you're on the street
When evening falls so hard
I will comfort you
[ Lyrics from: http://www.lyricsfreak.com/s/simon+and+garfunkel/bridge+over+troubled+water_20124580.html ]
I'll take your part
When darkness comes
And pain is all around
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

Sail on Silver Girl,
Sail on by
Your time has come to shine
All your dreams are on their way

See how they shine
If you need a friend
I'm sailing right behind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind

http://www.lyricsfreak.com/s/simon+and+garfunkel/bridge+over+troubled+water_20124580.html

Luís Dias disse...

Caro Luís

Em primeiro lugar apaguei o tal post, porque me tinha esquecido de falar do porquê da foto do Harvard T-6 na pista de Bambadinca. Eu já não apanhei o Paulo Santiago em Bambadinca. Encontrava-me com o meu GC de reforço ao Batalhão de Piche, quando fui nomeado para comandar a Companhia de Instrução de Milícias, em Bambadinca. Tive como segundo comandante um dos meus furriéis e 1º cabos como comandantes de pelotão, oriundos de diversas unidades. Foi uma temporada de cerca de 2 meses para preparar os pelotões militarmente para serem colocados em diversas tabancas, embora já não me recorde, para onde foram e qual era a origem dos seus elementos. Foi um tempo agradável, de que gostei particularmente e pode conviver com a malta da CCS do BART3873. O quartel era também maior e com outra filosofia que a que eu não estava habituado, quer no Dulombi, quer nas sedes dos Batalhões de Galomaro, de Piche e de Bolama, onde estivera antes.
Creio que a carreira de tiro era onde tu referes e tenho uma foto dela, mas não sei se dá para identificares. Recordo-me que também conheci na altura o Tenente Comando Jamanca, que comandava a CCAC21, que intervinha na zona. Mais tarde iria intervir na área de Canquelifá, em conjunto com o BCA. Tinha um sargento na área administrativa que também fazia fotografia e onde muitos jovens africanos iam tirar o retrato (!!!). Isto admirava-me porque eram jovens, mas em idade de combater e, como se sabe, a maioria servia nas milícias, ou então nas fileiras do PAIGC. Eu por brincadeira costumava dizer-lhes: Então onde é que ficou a kalash ou o roquete? Atrás de uma palmeira na bolanha? Eles riam, mas...acho que muitas das vezes acertava. O quartel era aberto à população.
Não tive problemas com o pessoal, porque tinha uns óptimos instrutores, gente aplicada e isso foi manifesto no exercício final para os graúdos de Bissau verem - um golpe de mão, muito bem executado.
A única chatice foi que treinámos os milícias com as G3, e muito perto do fim foram-lhes entregues FN FAL, o que nos obrigou a um trabalho suplementar sobre esta arma. Ainda por cima, tive uma discussão com o responsável pelo Armamento (Um Major)que afirmava que as armas eram novas e eu dizia-lhe que elas foram foi pintadas de novo, mas as coronhas, ainda em madeira, tinham inscrições feitas pelas nossas tropas com dizeres referentes a Angola. Calei-o.
Um abraço
LD

Anónimo disse...

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