terça-feira, 22 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9075: Bombolom XIX (Paulo Salgado): I Grande Guerra em África (1914-1918), guerra colonial (1961/74)... Relembrando os nossos mortos




Lisboa > 1914 > I Guerra Mundial (1914-1918) > Cais do Arsenal > Embarque de tropas portuguesas para Angola, durante a 1ª Guerra Mundial > Sob o comando de Alves Roçadas, foi enviado para Angola uma força expedicionária de 1600 homens, em Outubro de 1914. Por sua vez, o batalhão de infantaria nº 23 partiu para Moçambique.

Fonte: Cortesia de Wikipédia (2011). Imagem do domínio público (documento com mais de 70 anos).



1. Mensagem, de 20 do corrente, do nosso amigo Paulo Salgado [, transmontano de Moncorvo; administrador hospitalar reformado; consultor, especialista em gestão de serviços de saúde, a trabalhar em Angola;  ex-Alf Mil, CCAV 2721,Olossato e Nhacra, 1970/72]: 

Camaradas, Amigos, Camarigos: 

Tem andado calado o meu bombolom (*)… Há tanta coisa para contar. Mas, às vezes, fico indeciso… Se achardes bem,  postai esta mensagem de solidariedade para os que sofreram tanto como nós, lá no Rovuma, lá no Cunene, durante a primeira grande guerra. Como nós  – mais ainda, tenho a certeza – passámos na Guiné. Um abraço, Paulo.

2. Bombolom II > I Grande Guerra (1914-1918)

Em 18 de Agosto de 1914,  tendo sido declarada a Grande Guerra, o governo português, entendeu ser necessário guarnecer e reforçar diversos postos fronteiriços no norte de Moçambique e no sul de Angola,  para o que foram mobilizadas duas forças expedicionárias com destino àquelas colónias, ameaçadas pelos alemães.

As cenas mostradas nas fotografias da Ilustração Portuguesa e de outras revistas da época não eram muito diferentes das que todos quantos rumaram a Moçambique, Angola e Guiné conhecem sobejamente.

Na verdade, amigos do blogue, o meu velho amigo Ti Adriano contava-me as histórias que viveu no norte de Moçambique, de 1915 a 1919 – quatro anos…!

O seu neto veio a falecer cerca de 50 anos depois nas matas da Guiné! 

Os seus olhos marejaram-se de lágrimas no funeral, em choro convulsivo, e bem sabedor do que teria sido a “guerra” sofrida pelo neto. Ouvi-o após a cerimónia da secção que veio acompanhar o soldado na caixa de pinho (como cantava o Adriano – o outro: Correia de Oliveira…): 
- Pobre filho, quanto terás sofrido!
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