domingo, 18 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9222: Agenda cultural (180): O filme Quem Vai à Guerra, de Marta Pessoa (Portugal, 2011), à venda, em DVD, neste Natal




Quem vai à guerra, um filme de Marta Pessoa, produzido pela Real Ficção (Portugal, 2011). Edição em DVD. Disponível nas lojas FNAC de todo o país. Preço: c. 15 €

Foto: Facebook > Quem Vai à Guerra (com a devida vénia...)


Sobre este filme (documental) se disse, por exemplo, na revista Visão, de 15 de Junho de 2011, em artigo assinado por Manuel Halpern, o seguinte:

(...) "Marta Pessoa, a autora de 'Lisboa Domiciliária', faz agora um trabalho de fundo sobre o papel das mulheres durante a Guerra Colonial, que ironicamente se chama 'Quem vai à Guerra', como que deixando claro que ao lado da guerra que quem combate no campo, há uma outra tendencialmente silenciosas, mas também sofrida. Marta Pessoa dá voz a estas mulheres, edificando o seu papel sofrido e as mazelas sobretudo psicológicas. E faz isto cercando o tema, metodologicamente, como que dividindo os exemplos por grupos, socorrendo-se sobretudo de depoimentos, fotografias e das raras filmagens da época


"Assim, o primeiro ponto são as mulheres que realmente ficaram na metrópole... As mães e as namoradas que viram os seus homens partir, numa despedida de lenços brancos que se acenava até ao fio do horizonte... a elas restava esperar, nada mais do que esperar, às vezes até nunca. Em paralelo, as mulheres que foram, que ficaram nos postos de retaguarda, nas cidades e vilas de África, para estarem mais próximas dos seus maridos. E que sofreram uma mudança radical de vida. Uma compara a experiência na Guiné com uma prisão, uma pena que se tem de cumprir com sacrifício.

"Depois há as madrinhas de guerra, aquelas que se correspondiam com soldados, para lhes dar ânimo, num esforço diário. E também as enfermeiras paraquedistas que, por si só, mereciam um documentário à parte, que arriscaram a vida em cenário de guerra, entre homens, no tempo de brandos e bons costumes, em que a sua missão nem sempre era moralmente bem vista". (...)


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