segunda-feira, 5 de março de 2012

Guiné 63/74 - P9564: O PIFAS, de saudosa memória (5): Quando o Autocarro do Amor fazia escala na Guiné (Augusto Silva Santos)

O PIFAS de Augusto Silva Santos


1. Mensagem de Augusto Silva Santos*, ex-Fur Mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73, com data de 4 de Março de 2012:

Olá Camarada e Amigo Carlos Vinhal,
Na sequência da solicitação do Luís Graça sobre o assunto em epígrafe, venho por este meio dar o meu pequeno contributo para este tema, no qual também junto uma foto do meu "PIFAS", velhinho de 40 anos. É algo, entre outras coisas, que guardo quase religiosamente, a maior parte pelas boas recordações que me trazem.

Foi um programa radiofónico que me marcou muito na altura da minha passagem pela Guiné. Era a nossa grande companhia no dia-a-dia que, de alguma forma, ajudava a passar melhor o tempo e a matar saudades através dos muitos temas que passavam.

Infelizmente não me recordo muito bem dos nomes dessas canções ou de quem as cantava, mas lembro-me por exemplo de uma muito engraçada que ainda hoje (embora raramente) se ouve passar nas rádios locais, que salvo erro começava assim: "Era o autocarro do amor". Julgo que não é este o título, mas era assim que era conhecida.

Também me lembro que na altura se ouvia alguma música africana, nomeadamente de Cabo Verde, na parte dos discos pedidos. A esse propósito, também me recordo de algumas passagens com certo humor aquando das solicitações, como por exemplo estando na altura muito em voga as músicas do Gianni Morandi, de alguém solicitar a passagem da canção "Non son degno di te", como "Não sou digno di bo".

Pesquisa CV: Capa do single "O Autocarro do Amor" interpretado por "Os Taras" e Montenegro

Um Grande Abraço
Augusto Silva Santos
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 10 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8256: Controvérsias (122): Exemplar de Bilhete Postal da Guiné, edição da Casa Mendes - Bissau (Augusto Silva Santos)

Vd. último poste da série de 5 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9563: O PIFAS, de saudosa memória (4): Discos pedidos: Para o Mamadu Djaló que firma no Catió, a canção de Gianni Morandi 'Não sou digno di bó'... (Luís Borrega / Joaquim Mexia Alves)

5 comentários:

Luís Graça disse...

Amigos, camaradas, camarigos:

Quantos corações destroçadas não seguiram para a Guiné, nos Niassa, nos Uige, nos Alfredo da Silva... E quantos corações destroçados não ficaram, a sangrar, cá na metrópole!...

Acredito que esta canção, tipicamente de época, tenha sido "uma das músicas das nossas vidas"... Além disso, o Gianni Morandi era popularíssimo... É espantoso como a bela canção latina dos anos 60 (italiana, francesa, espanhola, portuguesa...) desapareceu completament do éter!...

Confesso que, embora não sendo o "meu género", volto a ouvi-la com nostalgia... É capaz de ser da idade...

Luís Graça disse...

... O comentário, assinado por mim, era para o poste anterior. Mas também fica bem aqui...

De qualquer, obrigado, camarada Augusto... Devo dizer-te que não ouvia rádio na Guiné (ou só muito esporadicamente), e portanto não conhecia o PFA ou PIFAS - como a malta o chama, com carinho e saudade... Nem e sei se o PFA já existia quando cheguei à Guiné, em meados de 1969... Gostava de confirmar isso: quando nasceu o PIFAS ?

Também não me lembro deste "Autocarro do Amor"... Mas fizeste bem em recordá-lo... Recordar é viver duas vezes...

Um abraço afetuoso! Luís

Anónimo disse...

augusto quando te referiste ao autocarro do amor pensei que te estavas a referir ao autocarro que saia nas colunas as terças e sestas feiras de teixeira pinto - bissau era um autocarro para quem nao sabe que andava de lado ocupava a estrada toda e levava tudo que e imaginavel porcos,galinhas, pessoas, euma ves levava uma vitela por isso alcunhamos de autocarro do amor augusto eu cheguei ao pelundoa 27 outbro de 1972 antonio faneco pelundo

augusto.d.s.santos@gmail.com disse...

Olá António Faneco,
Conforme já tiveste oportunidade de constatar, eu pertenci ao BCAÇ.3833 / CCAÇ.3306 que estava colocada em Jolmete. Por tal motivo, estive por diversas vezes no Pelundo, sede do Batalhão, onde tinha um irmão que era Furriel Mil. Mec. Auto (Arménio Silva Santos) que pertencia à CCAÇ.3307. Eu fui colocado em rendição individual no início de 72 e ali permaneci até ao final da comissão (finais de Novembro de 72), portanto cerca de 1 ano. Se chegaste ao Pelundo em Outubro de 72, por certo pertenceste ao Batalhão que nos foi render. Quanto ao autocarro do amor a que te referes, lembro-me perfeitamente do que falas e, muito provavelmente, o nome provém precisamente do disco a que me refiro no meu testemunho.
Um grande abraço e obrigado pelo teu contacto.
Augusto Silva Santos

Anónimo disse...

augusto realmente e verdade o meu batalhao e que foi render o teu o teu irmao nao tenho visao de quem fosse porque so tivemos um mes juntos mas da companhia operacional ficou conosco um pira fosso que tinha ido rendiçao individual teve azar pediu para ficar conosco no pelundo passado dois meses fomos parar ao cantanhes mais para a frente estou a pensat escrever um pouco desta passagem um abraço o meu email e antoniofaneco@sapo.pt