quarta-feira, 2 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9841: Agenda cultural (199): Intervenção de Mário Beja Santos na Tertúlia sobre o livro de sua autoria "Adeus até ao meu regresso", realizada no passado dia 26 de Abril em Lisboa

Realizou-se no passado dia 26 de Abril, na Bertrand Dolce Vita Monumental, Lisboa, uma sessão integrada no ciclo "Tertúlia, Literaturas da guerra colonial: há memórias que nunca acabam", com coordenação do Cor Carlos Matos Gomes, em que esteve em destaque o livro "Adeus até ao meu regresso" de autoria do nosso camarada Mário Beja Santos que foi um dos intervenientes a par do nosso camarada e Editor/Administrador deste Blogue, Luís Graça.


1. Deixa-se aqui um apontamento da intervenção de Mário Beja Santos:


Adeus, até ao meu regresso:

Algumas questões sobre a literatura da guerra da Guiné

Por Mário Beja Santos

Pode não ter uma elevada qualidade, esta literatura da guerra da Guiné, mas tem uma longevidade assombrosa, basta dizer que surgiu logo aos primeiros tiros, em 1964, e não para de nos surpreender.

Abraça, esta literatura, o romance e o conto, as memórias de vários matizes, o ensaio, a poesia, a reportagem, a investigação histórica e os diários.

Obedece às vicissitudes dos ciclos históricos do Império, da descolonização, do desatar dos constrangimentos, da gradual equidistância que permite aos participantes joeirarem azedumes e centrarem-se no essencial. Foi essa a trajetória que eu escolhi para tratar no livro Adeus, até ao meu regresso as impressões que colhi sobre os títulos que tive oportunidade de conhecer e, tanto quanto sei, até tive a felicidade de ler o essencial.

Começou a guerra, não havia espaço para dúvidas de fé, o regime não permitia sedições nem clamores anticoloniais. O que se escreveu tem a ver com a dinâmica militar, o apoio à guerra, o exame do estudioso da evolução da guerrilha ou a nomeação do verdor do soldado português: Armor Pires Mota, Manuel Barão da Cunha, Hélio Felgas, por exemplo.

No final da década, numa linguagem totalmente codificada, emerge um nome importante das letras portuguesas, Álvaro Guerra, ex-combatente, a quem se ficará a dever alguns parágrafos belíssimos e irrecusáveis sobre esta guerra (desde O Disfarce até já nos anos 70, O Capitão Nemo e Eu).

Estamos nos anos 70, antes do 25 de Abril temos a escrita desalentada de A Flor e a Guerra, de Manuel Barão da Cunha e os textos sempre encriptados (ou quase) de Álvaro Guerra. Vejamos com algum detalhe algumas obras de Álvaro Guerra. Oiçamo-lo em O Disfarce: «Nasci na pátria do ódio gentil, na pátria da paz e do sono, do idílio de uma seringa cheia de medo com uma veia cheia de velho sangue, uma veia sossegada e antiga, sem dores de me parir. Cresci entre as histórias mentirosas e as mezinhas mitológicas de adiar mortes serenas, milhões de tranquilíssimas mortes conformadas, ao som do fado-hino e da saudade-destino».

Falta agora uma apreciação de O Capitão Nemo e Eu (1973), é a última incursão de Álvaro Guerra na guerra da Guiné.

Alguns críticos que saudaram a obra na época interrogaram-se se se estava perante um romance, uma narrativa ou uma memória. Há um homem que está ferido, preso a uma cama de hospital, que entra num processo de convalescença, que divaga quase em estado de delírio, entre o sono e a vigília, nunca é dado estabelecer as fronteiras entre o que é sono e o que é sonho.

Temos um ferido que tateia o corpo e o meio envolvente, que vigia a fisiologia e que repesca os factos acontecidos, a justificação por estar ali, sujeito a remédios e injeções. 



Pequena tertúlia que contou comn a presença de alguns camaradas da Tabanca Grande: além do Beja Santos, o Jorge Cabral, o Luís, a Alice, o Alberto Branquinho, o João Martins, o António Vaz,  o Francisco Henriques da Silva (antigo embaixador na Guiné-Bissau, o Joaquim Carvalho (do BENG)... Fotos de L.G.

É bem possível que tenha regressado ferido na perna, tal como Álvaro Guerra, tão ferido que volta à infância, vê aparecer no seu quarto um anjo, depois regressa ao Geba e amaldiçoa a sua sorte: «Por lá chafurdei na lama das lalas, debati-me no turbilhão dos tornados, derreti-me na fornalha de um sol quase invisível, dissolvi-me na chuva vertical, e amei como um danado aquela terra que me injetou a febre, me secou, me expulsou a tiro. Mas nunca o preço do amor é excessivo nem a presença da morte o pode aniquilar». Bastava este parágrafo de Álvaro Guerra para o colocar obrigatoriamente em qualquer antologia referente à literatura da guerra da Guiné.

E chegamos a 1974, a dinâmica literária dá uma sacudidela veloz, é tempo de niilismo e de irreverência. José Martins Garcia será o arauto e o grão-mestre dessa viragem. E  

Lugar de Massacre a obra incontornável do anúncio desses novos tempos.

Lugar de Massacre é um livro soberbo (3ª edição, 1996). É difícil acreditar que haja prosa mais niilista, corrosiva e grotesca que a que ele utiliza na construção dos personagens, dos ambientes e atmosferas, nos diálogos entre guerreiros, até nas circunstâncias do quotidiano. Martins Garcia usa até à exaustão o nonsense como metáfora, a relação entre chefes e subordinados decorre habitualmente entre o despotismo, a orgia sexual e a bebedeira que culmina no embrutecimento e até mesmo na hospitalização. É um livro autobiográfico, como ele próprio anota: «Este romance foi redigido entre o mês de Dezembro de 1973 e o dia 8 de Setembro de 1974. Qualquer coincidência com a realidade colonial dos anos 1966 – 1968, no que respeita à Guiné-Bissau, não é produto do acaso».

Os anos 80 terão novas características: os autores estão mais disponíveis para os relatos confessionais, a intimidade vem à flor dos relatos, tornam-se crus, pujantes, como numa corrediça os acontecimentos circulam velozmente do presente ao passado ou vice-versa. Três autores (Álamo Oliveira, José Brás e Cristóvão de Aguiar) merecem incontestável destaque.

Álamo Oliveira com o seu Até Hoje (Memória de Cão) vem desafrontadamente falar da homossexualidade e da guerra, entre João e Fernando, as personagens principais. É uma obra rica na descrição de ambientes. Por exemplo, a chegada do correio é um acontecimento avassalador, como Álamo Oliveira descreve: «Estão como cabras espantadas, prisioneiros ridículos, inocentes, amantes de cordel, aos saltos, gritinhos tarzânicos. Doentes de alegria explosiva, rapazes com o coração a viajar para o princípio do ser, primitivos os sentidos expostos. Fixam-se no meio da parada, a mão à testa para tapar o sol, a avioneta de voo raso, dois sacos de correio que se despenham e se amparam nos mil dedos que os agarram... As notícias vinham ali ensacadas, cadeadas, atrasadas quase quatro semanas. Vinham alegrias de tempo contado, saudades moídas pela azenha da distância, tristezas em rebanho... Os olhos estão fixos nas mãos do cabo-escriturário que agora é todo o quartel de Binta e só aquele tamanho, a mão emocionado metendo a chave no cadeado do saco com a mesma untuosa demora da desfloração».

José Brás é um estreante e traz uma grande surpresa com as suas Vindimas no Capim. Vindimas no Capim é uma obra de peso da literatura da guerra colonial guineense. Um Filipe Bento que vem à fala orgulhoso do pai barbeiro e da mãe costureira, orgulhoso das origens, da fossanga das vinhas, íntegro numa raiva desmedida à instituição militar com quem, tudo leva a crer, ficou definitivamente incompatibilizado. Enternece este regresso à juventude e depois saltar para Cutima-Fula, Camba-Jate ou caminhar até Guileje, nos entretantos deixar claro o que o pessoal da 4022 viveu em estafadeira. Há imagens que, de tão bem resumidas, nunca mais se esquecem: «Buba! Ao longe pareceu-nos um bairro de lata. O Prior Velho. O rio era a autoestrada do norte e o barco a carreira dos Claras a caminho de Lisboa. As barracas iam crescendo e já se viam braços no ar à beira do espelho da estrada; um amontoado de troncos a entrar na largura da rota, em forma de cais, e uma mancha a alargar-se, a mexer-se, a gritar».

É uma narrativa que fala de bruxa de vários tipos, das eleições no tempo de Salazar, do obscurantismo de vários matizes, de um mundo que gradualmente foi desaparecendo com o termo daquela guerra. Compreendemos, no fim da narrativa, porquê vindimas no capim: é a voz do chamamento da terra, dentre as tabancas, ao pé do corredor da morte, com os palavrões da guerra. E também se compreende a dedicatória «Àqueles que se estoiravam, eles próprios, por dentro e por fora, para que a terra continuasse a parir e o sol a fecundá-la». Seguramente, estas Vindimas no Capim têm lugar merecido entre o que melhor se escreveu nos já longínquos anos 80.

Temos finalmente Cristóvão de Aguiar, ainda hoje às voltas com o seu livro Braço Tatuado.

Desde que escreveu Ciclone de Setembro (1985), Cristóvão de Aguiar (1940) nunca mais largou o filão da Guiné, onde combateu de 1965 a 1967. Virá a desafetar de Ciclone de Setembro o romance O Braço Tatuado (1990), segue-se Relação de Bordo (1999), Trasfega (2003) e A Tabuada do Tempo (2006).

A expedição de Arquelau de Mendonça em terras da Guiné, publicada em Ciclone de Setembro (1985) deve ter sabido a pouco quer ao escritor quer aos leitores. Arquelau é um ilhéu típico: foi à guerra para não se demorar, andou lá a correr, acompanhado de um casal de rafeiros, comandou o 1.º grupo de combate da CCAÇ 666. As suas correrias, tanto quanto parece, centraram-se no Leste, procurou alhear-se da guerra, era impossível, viu execuções sumárias, dez mortos numa emboscada, entre Piche e Canquelifá. Sofreu as solidões do aquartelamento de Dunane, sentiu a sombra da loucura, depois o Niza, o tal soldado do braço tatuado, resolveu suicidar-se quando a Lena (cujo nome estava tatuado) o preteriu por outro. Não é difícil perceber como o episódio do Niza lhe ficou gravado, obriga Cristóvão de Aguiar a revisitações: «Tento de onde estou parado parlamentar com ele. Faço-lhe ver que aquela loucura o poderá desgraçar para o resto da vida. Não me dá ouvidos. Desgraçado já ele estava, nenhuma outra desgraça o poderia afetar tanto. Dão uns passos a medo e muito devagar. Mal nota que me vou aproximando, dá dois tiros para o ar. Estaco estarrecido. Muito subtil, levo a mão ao bolso e palpo a arma. Ele olha-me com a fixidez de um dementado e entende o meu gesto sorrateiro. Diz ele: Se o meu alferes sonha em tirar a pistola, abato-o de seguida... E despeja, em rajada, quase todo o carregador da G-3 para o ar, mas não tanto para o ar que não sinta o assobio de uma bala rente ao ouvido direito. Não me dou por achado, mas entro em pânico por dentro. A minha cabeça é um carrossel de fogo. Mordo os beiços numa tentativa de autodomínio, se calhar de autodefesa. Verifico que o Niza não traz cinturão nem as cartucheiras. Respiro de alívio».

Dos anos 90 em diante temos toda a gente a escrever: Armor Pires Mota regressa com Cabo Donato Pastor de Raparigas e surpreende-nos com uma obra-prima Estranha Noiva de Guerra. Seja em edições de autor ou com chancela de editora, surgem títulos à volta do romance e conto, de um modo geral coisas insignificantes, mesmo quando há boa vontade. O registo vai para Tempo Africano de Manuel Barão da Cunha, Memória dos Dias sem Fim, de Luís Rosa e As Ausências de Deus, de António Loja. Barão da Cunha remexe nos seus diferentes títulos anteriores, põe alguém em nome das jovens gerações a interpelar um ex-combatente que cirandou por África, o resultado é o de um bom exercício didático. Ficamos a dever a Luís Rosa e a António Loja parágrafos belíssimos, diria mesmo que se acaso se vier a publicar uma antologia de grandes textos eles terão presença obrigatória.

No campo das memórias é onde mais longe se foi, no escol e no rol. Vasco Lourenço, Salgueiro Maia, Gustavo Pimenta, as reportagens de João Paulo Guerra, antigos prisioneiros do PAIGC e essencialmente José Talhadas, Amadú Djaló e Moura Calheiros. A equidistância veio garantir olhares mais serenos sobre a guerra colonial, a investigação revelou-se parte interessada sobretudo com os trabalhos de João de Melo, Rui de Azevedo Teixeira e Margarida Calafate Ribeiro. 

Muita gente começou a vazar recordações, a título exemplificativo: Nuno Mira Vaz escreveu sobre o BCP 12 e a Guiné; Garcia Proença sobre os movimentos independentistas, o Islão e a Guiné; António Duarte Silva deu continuidade ao estudo da história recente da Guiné, é hoje um investigador indispensável; Sanches de Baêna escreveu sobre os fuzileiros da Guiné como Kruz Abecassis sobre a aviação. 

No campo da História Luís Nuno Rodrigues escreveu uma biografia sobre Spínola, recorrendo aos parâmetros da história oral, José Freire Antunes escreveu nos anos 90 (recentemente reeditado) A Guerra de África, 1961-1974. E Carlos de Matos Gomes e Aniceto Afonso deram devido relevo à história da Guiné nos já incontornáveis Os Anos da Guerra Colonial. A súmula sobre a guerra da Guiné de Fernando Policarpo tem poucas rugas e muitos méritos para acicatar a curiosidade dos não-iniciados.

Graça de Abreu colige notas da sua observação, não escondendo o quotidiano entediante, estava atento ao evoluir da guerra e tinha acesso a muita informação, daí a utilidade em ler-se o seu trabalho como uma apreciação do agigantar da guerra, entre 1972 e 1974; Leonel Olhero está num Esquadrão Panhard, sobretudo em Bula, doseia as recordações entre o antes e o durante a guerra e profere declarações altamente polémicas como aquelas que tece ao capitão Salgueiro Maia. Mário Beja Santos pretende reconstituir a sua comissão militar desde que desembarcou em Bissau, em Julho de 1968, até ao seu regresso, em Agosto de 1970. Organiza metodicamente os acontecimentos por semanas, interessa-se em mostrar como descobriu o deslumbramento pelo Cuor, onde viveu 17 meses, com a missão principal de garantir a navegabilidade do Geba.

Urgindo pôr temo a este arrazoado de considerações sobre uma literatura sem fim à vista, tendo mesmo em conta que este arrazoado poderá ter sido injusto em omissões graves ou qualificações menos abonatórias, importa sublinhar que qualquer síntese é espinhosa quando não abre espaço à antologia. Isto para significar que se revela indispensável entregar a um especialista o cotejo de textos representativos de autores representativos. O único mérito que posso conferir a este apanhado é a chamada de atenção para obras e autores até agora omitidos, sabe-se lá por que razões de cariz ideológico ou outras. Afinal, até eu me esqueci de apresentar A Cubana que Dançava Flamenco, de Armor Pires Mota, de dizer que continuam a surgir obras com depoimentos de ex-combatentes, caso de Dias de Coragem e de Amizade, Angola, Guiné Moçambique: 50 histórias da guerra colonial, de Nuno Tiago Pinto, com prefácio de Carlos de Matos Gomes (A Esfera dos Livros, 2011); deixei no olvido inúmeras histórias de companhias, algumas delas de grande significado. Não quero estar na pele do historiador a quem couber tal missão! Todos os dias o investigador é confrontado com surpresas, entra num arquivo ou num alfarrabista e surgem mais novidades. Há depois amigos zelosos que juntam outras peças e, com um sorriso nos lábios, surpreendem-nos. Falou-se na literatura propagandística do regime, o exemplo escolhido foi o de Amândio César. Mas há mais. Horácio Caio escreveu em 1970 Guiné 9 Dias em Março, José Manuel Pintasilgo escreveu em 1972 Manga de Ronco no Chão e Horácio Caio volta às lides do panegírico em 1974 com Guiné 1974, Vigilância e Resposta. Para que conste que o rol é supostamente infindável.

A despeito de uma maioritária falta de qualidade desta literatura, há parágrafos extraordinários assinados por Álvaro Guerra, Martins Garcia, Cristóvão de Aguiar, António Loja ou Luís Rosa. E Estranha Noiva de Guerra, de Armor Pires Mota, o mais persistente dos todos os escritores da guerra da Guiné, é autor de uma obra-prima digna de constar na bibliografia indispensável de todas as literaturas de guerra.

Haverá surpresas? E porque não? As memórias de Amadú Djaló, do sargento Talhadas e do coronel Moura Calheiros não foram publicadas nos últimos anos? Até ao lavar dos cestos, até estar vivo o último militar que combateu na Guiné, há que contar com as surpresas da vindima, não há mês em que não surja um título, um depoimento, um olhar sobre aquela guerra que se travou enquanto se caminhava na farroba de lala, entre cipós e tabás, a patinhar no tarrafo, nas emboscadas montadas em florestas secas densas, militares acoitados atrás do baga-baga, a resistir à fúria das emboscadas, ou dentro dos aquartelamentos, imprecando em noites de flagelação destruidora. Haverá seguramente surpresas, este género literário está muito longe de ter fechado para obras e muito menos para mudança de ramo.
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 24 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9797: Agenda cultural (197): "Adeus até ao meu regresso" em foco na "Tertúlia - Literaturas da guerra colonial: há memórias que nunca acabam", dia 26 de Abril de 2012, pelas 18 horas, na Bertrand Dolce Vita Monumental, Lisboa, com a participação de Mário Beja Santos e Luís Graça

Vd. último poste da série de 29 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9828: Agenda cultural (198): "O Trilho: um cruzar de épocas em gerações transversais – 1950-2050", novo livro de José Saúde

2 comentários:

Hélder Valério disse...

Caros amigos

Ao ler nesta súmula as referências ao meu ídolo de juventude (em termos de hockey em patins), Álvaro Guerra, lembrei-me que noutros livros dele, não propriamente dedicados à temática da guerra, as referência à Guiné estão presentes.

Por exemplo, na trilogia que ele escreveu (Café República, Café Central, Café 25 de Abril) onde através dos habitantes duma inventada "Vila Velha" (claramente a 'nossa' Vila Franca de Xira) se vai acompanhando a evolução da história do país e do mundo, logo no primeiro volume há várias referências de um determinado personagem que tinha estado na Guiné e somos informados de vários aspectos do que é (era) viver lá e das consequências que isso teve na sua personalidade.
Só refiro isto porque quando li o livro estes aspectos 'passaram-me' ao lado mas depois já vi as coisas com mais atenção.

Abraços
Hélder S.

Anónimo disse...

João Carvalho (Eng.Bambadinca/Saltinho
L. Graça, as fotos esrtão lindas mas,eu não sou JOAQUIM.
Um Abraço