segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Guiné 63/74 - P10782: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (2): Quem seria o "anjo do céu" que veio na DO 27, nº 3331, buscar feridos a Bambadinca ? Pede-se a ajuda do Humberto Reis, do João Carreira Martins, do Abel Rodrigues, da Giselda Pessoa, da Maria Arminda, da Rosa Serra, do Jorge Narciso...


Foto nº 38 -  A (pormenor)


Foto nº 38

Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) / CCAÇ 12  (1969/70) > Pista de aviação de Bambadinca... Evacuação de feridos > Em primeiro plano, uma enfermeira paraquedista (cuja identidade desconhecemos, mas esperemos que possa ser revelada por uma das suas camaradas), e o fur mil enfermeiro da CCAÇ 12, o João Carreiro Martins, o nosso querido "Pastilhas"... A seus pés um ferido, com a cabeça engessada...



Foto nº 36 - A (pormenor)


Foto nº 36-B (pormenor)


Foto nº 36

Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) / CCAÇ 12 (1969/70) > Pista de aviação de Bambadinca... A Dornier 27, nº 3331, está pronta a descolar, levando não um mas dois feridos... Ou é ilusão de ótica ?

Na foto 36, vê-e ao centro o fur mil op esp Humebrto Reis (2º Gr Conmb / CCAÇ 12), e à esquerda o oficial de dia, que me parece ser,  visto de costas, o alf mil Abel Maria Rodrigues, nosso grã-tabanqueiro, tal como o Humberto. Estendido na maca, na parte de trás,  está o ferido com a cabeça engessada, e no cockpit, no lugar do copiloto (ou do mecânico),  parece-me "ver" outro ferido, africano...

Serão militares da CCAÇ 12,  serão civis,  ou serão prisioneiros de guerra ? Os nossos feridos graves, em combate, eram sempre ou quase sempre helitransportados a partir do mato... Não é aqui o caso... Estes feridos são evacuados a partir de Bambadinca... Não poderiam ser seguramente os feridos das duas minas anticarros, que explodiram em 13 de janeiro de 1971, à saída do reordenamento de Nhabijões... Nessa altura, o fur mil Lopes já estava longe,  na metrópole, há 7 meses... Tanmbém não poderiam ser prisioneiros da Op Lança Afiada, março de 1969 (Nessa altura ainda estavámos na matrópole, nós, malta da CCAÇ 2590, futura CCAÇ 12)...

Na ausência de legendas, neste álbum do José Carlos Lopes [,foto à esquerda, numa rara foto, de bigode, em Bambadinca, possivelmente já  na segunda metade de 1969 ou princípios de 1970,] e não querendo maçá-lo ao telefone a esta hora, só espero que alguém de Bambadinca desse tempo me ajude, a começar pelos camaradas da CCAÇ 2590/CCAÇ 12, aqui referidos e retratados, o Humberto Reis, o Abel Maria Rodrigues (?) e o João Carreiro Martins...

Espero também que as nossas queridas enfermeiras paraquedistas, as camaradas Giselda Pessoa, Rosa Serra e Maria Arminda (ou o melec Jorge Narciso, que é do nosso tempo de Guiné) me consigam também identificar a enfermeira paraquedista da foto nº 38...que nesse dia (não sabemos qual, mas só estar compreeendido entre finais de julho de 1969 e finais de maio de 1970) foi até Bambadinca buscar feridos graves...

Já falei ao telefone com o meu camarada Lopes, de resto meu vizinho (, mora em Linda a Velha, concelho de Oeiras,) e embora ele não visite o nosso blogue (por um questão de princípio e de higiene mental, não quer voltar a reviver esses tempos), está disposto a partilhar mais fotos do seu álbum e da sua coleção de diapositivos com os amigos e camaradas da Guiné que integra a nossa gloriosa e fraterna Tabanca Grande.

Prometi ir um dia destes fazer-lhe uma visita. Soube por outro lado qual era a sua verdadeira especialidade: Contabilidade & Pagadoria, um delicioso nome arcaico ou castrense para tesouraria... Até lá,  o meu reconhecimento e agradecimento, em nome de toda a nossa Tabanca Grande. (LG)

7 comentários:

Jorge Narciso disse...

Apesar da posição não facilitar o reconhecimento parece-me a Ceu
Jorge Narciso

Luís Graça disse...

Obrigado, Jorge. Estamos a falar de enfermeiras do teu tempo... Um abraço. Luis

Luís Graça disse...

Camaradas (m/f):

Apelando à vossa memória, boa vontade, santa paciência... Beijinhos e abraços (com o desejável calor natalício q.b.)... LG

Luís Graça disse...

Uma pergunta ao Jorge Narciso, melec (vulgo, mecânico de aviões na FAP), um rapaz do meu tempo de Guiné:

Em caso algum, por razões de segurança, vocês levavam feridos "feridos", civis ou militares, no cockpit, ao lado do piloto, fosse na DO 27 fosse no heli...


Certo ? Confirmas ?

Explica-me lá então o que faz o passageiro da foto, no assento do co-piloto ou do melec, e que me parece um civil (ou então um guerrilheiro), com um gorro típico, guineense ? Os pilotos e melec da FAP andavam sempre impecavelmente fardados, é esdsa imagem que eu retenho deles... É impensável o homem do gorro ser um piloto ou um melec...

Estou à espera que o nosso comum amigo Humberto Reis me esclareça quando, em que data, foi tirada esta foto, e quem são os "artistas" que aparecem...nomeadamente os feridos (que eu julgo serem dois, tanto quanto a resolução da imagem nos permite "ver")...

Um abração. LG

Anónimo disse...

Pedem-nos para identificar a enfermeira que aparece na evacuação do ferido de,Babandinca.A meio do ano de 69, foi a última vez que estive na Guiné. Parece-me serem ou a Céu Pedro ou a Critina.Pode ser que a Rosa Serra confirme. Também fui a Babandinca, mas não sou eu. Um abraço Mª Arminda

Anónimo disse...

Como sabem, o meu local de comissão foi o HM241, como lembrança e visões que ainda permanecem do passado, pela estatura digo ser a Céu Pedro, chegava ao chão primeiro que o helicóptero, digo isto pelo seguinte:
Quando era preciso sangue para uma evacuação e na base não havia, passavam pelo Hospital para o levar, ainda hoje tenho nos meus olhos a imagem dessa enfermeira a saltar do heli pela minha altura e correr para o laboratório de sangue, recebendo o mesmo a meio caminho entregue pelo Manuel

António Paiva

Jorge Narciso disse...

Caro Luis
Cá vai a resposta que me pedes, com uma pequena correcção (precisão) prévia:
Na Força Aerea as especialidades eram ( e ainda são) identificadas por siglas.
Exemplos:
MELEC – designação genérica de Mecanico Electricista (existem sub-especialidades - ex:MELIAV)
MMA - Mecanico Material Aereo (ou de avião), era o meu caso
MAEQ - Mecanico Armamento e Equipamento (agora MARME)
etc.
Mas vamos à questão que colocas:
No Alouette III não existe propriamente um cockpit fisicamente restrito, antes um espaço amplo com 3 lugares à frente e uma area traseira (banco rebativel) com até 4 lugares.
Em voo normal os lugares da frente eram ocupados: pelo Piloto o mais à direita, o central pelo mecânico e o da esquerda, no caso de evacuações, era destinado à enfermeira, normalmalmente com o banco montado em posição invertida, ou seja voltado para trás porque era ai que eram alojadas as macas (até 2 em posição sobreposta ).
No caso de se transportarem passageiros (feridos ou não) o normal é que esses ocupassem ou o lugar restante na frente ou os traseiros. Isso dependia no entanto do “calibre” dos mesmos, ou seja: das estrelas (Spinola viajava sempre no da esquerda), dos galões, ou do estatuto. Poderia até acontecer que o próprio mecanico viajasse atrás.

Já na DO, como no caso da foto, existe de facto o que se pode designar como cockpit(cabine), com dois lugares. No meu tempo não era corrente o piloto ser acompanhado por mecanico, pelo que qualquer passageiro que o acompanhasse (inclusivé o homem do gorro, independentemente de quem fosse) voaria à frente, sendo que quando a ocupação era multipla. naturalmente teriam de se distribuir também pela traseira. Em todo o meu tempo de Guiné voei três ou quatro vezes em DO, sempre no regresso de operações e as saudades são poucas pois, exceptuando uma delas, fi-lo “lá atrás” em cima do material de apoio, pior que numa carroça…

Uma nota ainda para a referencia ao nosso (FAP) atavio, no meu caso o funcionamento era o seguinte: Após um voo com inumeras passagens dos 40 graus à superficie, para uns inacreditáveis 10 graus a 1000 ou mais metros de de altitude e os sequentes regressos ao “braseiro”, o fato de voo ia ficando impregnado de um certo “sumo”, não inodoro, que bem conhecemos, obrigando naturalmente à sua diária lavagem, muitas vezes conjuntamante com o próprio duche. Como a secagem era mais rápida que a própria sombra, no dia seguinte estávamos prontos a integrar… uma qualquer parada.

Finalmente e quanto à identificação da Enfermeira, quem melhor que uma sua companheira como no caso a Arminda e um homem do HM como o Paiva (a ambos deixo também um abraço) para o efeito.
Como eles continuo a “apostar” também na Ceu.
Abração
Jorge Narciso