quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Guiné 63/74 - P10794: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (3): a zona ribeirinha de Bambadinca alagada, no tempo das chuvas (1968 ou 1969)



Foto nº 98

Foto nº 81


Foto nº 88



Foto nº 88-A


Foto nº 88-B


Foto nº 77


Foto nº 91


Foto nº 87

Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > A zona ribeirinha de Bambadinca, na margem esquerda do Rio Geba (Estreito), alagada no tempo das chuvas... Foto provavelmente de meados de 1968 ou 1969... Em meados de 1970, no tempo da CCS/BART 2917 (1970/72),  já havia um novo troço de estrada ligando por fora (isto é,  contornado o planalto onde se situava o aquartelamento e o posto administrativo de Bambadinca)  a estrada do Xime com a de Bafatá.

Na foto nº 98, aparece um dos ícones de Bambadinca, a fonte, raramente fotografada por quem lá esteve ou por lá passou... Iremos dedicar um próximo poste a esta fonte, de que eu mal me recordo, e que não tenho a certeza se funcionava, no meu tempo (CCAÇ 12, 1969/71).

Na foto nº 91, vê-se melhor a rampa, ao fundo, que dava acesso ao aquartelamento de Bambadinca (lado oeste, ou seja, a entrada de quem vinha do Rio Geba, Cuor, Bafatá...). Por aqui passaram centenas de viaturas e milhares de homens, vindos do Xime a caminho do leste (e vice-versa, do interior do leste para o Xime, com passagem e paragem obrigatórias por Bambadinca).

Na foto nº 88-A, se não me engano, vê-se a carrinha, a casa e a "tasca" do Zé Maria - tasca onde eu e alguns "petisqueiros" da CCAÇ 12 (como o Tony Levezinho e o Humberto Reis) íamos, com frequência, comer uns camarões tigres do Rio Geba (a 50 pesos o quilo, o equivalente a uma queca ou a garrafa de uísque novo!) e beber uns canecos (**)... As  restantes casas já não consigo identificá-las... Do lado direito da rampa, quando se subia para o quartel e posto administrativo, havia a casa e o estabelecimento comercial do Rendeiro, outro comerciante branco, que era das nossas relações (íamos lá de vez em quando comer um chabéu de galinha). Do paradeiro Zé Maria nunca mais soube nada. Do Rendeiro,  vim a saber há meses que já morreu (com uma proveta idade e uma numerosa descendência).

Na foto nº 87, também se não me engano, descortina-se o Rio Geba ao fundo...Havia um cruzamento:  à esquerda, seguia-se para o porto fluvial de Bambadinca e para o entreposto da Intendência; e à direita, começava a estrada alcatroada para Bambadinca... Peço aos meus contemporâneos de Bambadinca para confirmaram ou corrigirem as legendas... E , mais uma vez, obrigado ao José Carlos Lopes pela cedência destas fotos. Pormeti-lhe fazer bom uso delas.... Já tenho o seu email (além dos contactos telefónicos) e espero, um dia destes, trazê-lo, de bom grado, para a nossa Tabanca Grande...  LG

Fotos: © José Carlos Lopes (2012). Todos os direitos reservados.
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Notas do editor:

(*) Postes anteriores da série >

10 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10782: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (2): Quem seria o "anjo do céu" que veio na DO 27, nº 3331, buscar feridos a Bambadinca ? Pede-se a ajuda do Humberto Reis, do João Carreira Martins, do Abel Rodrigues, da Giselda Pessoa, da Maria Arminda, da Rosa Serra, do Jorge Narciso...


8 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10774: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (1): Embarque de vacas no porto de Bambadinca

(**) Vd. poste de 17 de maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6408: (Ex)citações (72): A dolce vita de Bambadinca: Os lagostins do Zé Maria, pescados pelo barqueiro do Enxalé em "zona vermelha"... (Luís Graça)

1 comentário:

Luís Graça disse...

Espantoso!... Veja-se no Google Earth... Todas as casas, de estilo colonial, praticamente desapareceram neste arruamento que era, até finais de 1969, a principal via de acesso a Bambadinca (quartel e vila, sitos no morro que dominava tanto o rio Geba, a norte, como a grande bolanha, a sul)...

A povoação estendeu-se ao longo da estrada alcatroada (de 1970/71), e ao longo da pista de aviação... O "centro de Bambadinca" mantém-se, mais ou menos, com muitos dos antigos edifícios militares em ruína... Estive lá em 3 de março de 2008, o exército guineense aproveitou as instalações do comando de batalhão, bem como os quartos e messes dos oficiais e sargentos...

Mas nesse arruamento que incluía a famosa rampa de acesso (onde o major "elétrico", alcunha do major Ribeioro, pai do prof e antigo bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Ribeiro, teve um grave acidente com o seu jipe, por falha de travões...) ainda se pode ver a fonte de Bambadinca, ou pelo menos a sua base em pedra!...