sexta-feira, 8 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11215: Blogpoesia (327): In Memoriam: A professora de Samba Culo, morta em 7/7/1967, de Kalash na mão (A. Marques Lopes)



Guiné-Bissau > AD - Acção para o Desenvolvimento >  O orgulho de saber escrever > Foi "foto da semana" na página oficial desta ONG >  Data de Publicação > 7 de Fevereiro de 2010; Data da foto > 20 de Maio de 2008; Palavras-chave > Alfabetização.

Legenda: "É com muito orgulho que Bissam Galissa escreve o seu nome, materializando o sonho de toda a sua vida: ser alguém na sociedade, saber assinar e concitar o respeito de todos os membros da sua comunidade. No passado ela era obrigada a colocar a sua impressão digital em documentos e cartas, o que lhe provocava um grande mal-estar social no relacionamento com as outras pessoas. Hoje, ela sabe que tem todo o respeito do marido e dos filhos porque, como eles sabe ler uma carta sem ajuda de outros, não precisando de partilhar assuntos pessoais com mais ninguém e fazendo as próprias contas da sua actividade económica, a horticultura".

Foto: © AD - Acção para o Desenvolvimento  (2010). Todos os direitos reservados



1. Amigos e camaradas: 

Hoje faz anos o grã-tabanqueiro, da primeira hora,  A. Marques Lopes. É, além disso, dia internacional da mulher. Temos aqui falado, embora com discrição, sobre o papel da mulher, na Guiné e na nossa terra, no tempo da guerra do ultramar, para uns, guerra colonial para outros ou de libertação, para terceiros (1961/74). 

Houve mulheres que lutaram e morreram nesta guerra. Por danos colaterais ou de armas na mão. Em geral, em missões nobres, como as da saúde e da educação. No nosso caso, não podemos deixar de evocar hoje o papel pioneiro das nossas camaradas enfermeiras paraquedistas, para quem temos uma dívida  de gratidão.  (Sem esquecer as outras, que ficaram na nossa retaguarda). No caso do PAIGC, não podemos deixar de lembrar aquelas que  foram não só enfermeiras, como também professoras e até combatentes. 

Lembrei-me hoje da história da professora de Samba Culo. Essa história comoveu-me, na altura.  O nosso amigo e camarada A. Marques Lopes em 7 de Julho de 1967, estava no sítio errado, em Samba Culo (*). Tal como a jovem professora, que morreu, aos 18 anos. Ou talvez não: cada um estava, na hora e no sítio que lhe foram predestinados pela História.  

A morte da professora marcou-o, ao Marques Lopes,  para o resto da vida. Em 2006 ele voltou lá, a Samba Culo, na margem esquerda do Rio Canjambari,  para fazer contas com os fantasmas do passado. É uma história de sangue e lágrimas. É sobretudo reveladora da grandeza de alma de um português, ex-alferes miliciano da CART 1690, sediada em Geba

No 9º aniversário do nosso blogue, esta história  está entre as melhores que já aqui publicamos, na I Série, mas que a grande maioria dos nossos leitores, por ter chegado mais tarde,  nunca a leu. Vou hoje republicá-la, mantendo o seu conteúdo mas modificando-lhe a forma. Em homenagem a dois grandes  seres humanos, um, felizmente ainda vivo, o nosso camarada A. Marques Lopes;  e outro, uma mulher, guineense, que morreu anónima, na luta por um ideal, a professora de Samba Culo. (LG).


2. A professor de Samba Culo (**)



por A. Marques Lopes  [, foto à esquerda, Geba, 1967]

Ali estava ela, jovem e bela 
como a conheci há trinta anos,
mas agora com um olhar calmo 
e um sorriso nos lábios,
vi-a na expectativa do meu abraço.
E abracei-a... e chorei.

Professora, este jovem é o Cinco, 
que me trouxe de jeep até aqui,
e este é o Blétch Intéte, 
filho da siguê (i) dos balantas de Barro.
O outro teu patrício, homem-grande, é o Cacuto Seidi, 
chefe da tabanca de Barro.
Foi ele que me disse que o Blétch Intéte tem irã (ii)
e que só ele podia fazer com que eu te encontrasse.

A minha chegada aqui, há trinta anos, foi muito diferente, 
como deves calcular,
e não me refiro, evidentemente, 
às razões de cada uma das viagens.
Desta vez, assim que pisei o aeroporto Osvaldo Vieira,
tive de levar as mãos ao peito 
para que o coração não me abandonasse.
Por mais esforços, por mais conversas apaziguadoras,
durante as quatro horas que durou a viagem,
não consegui acalmá-lo 
nem convencê-lo de que era preciso dominar a ansiedade 
e moderar os desejos de ti.
Perdido, cego de alegria e paixão, 
chegara a hora da realização do sonho de vários anos,
depois de desvanecidos todos os fantasmas, é claro,
porque, quando saí daqui a primeira vez, 
evacuado para o hospital,
este coração estava enraivecido com vocês todos,
que me tinham ferido e matado amigos meus. 

Passados nove meses, aqui voltei, 
para continuar na guerra, é verdade,
ainda confuso mas já sem ódio 
e desejoso de entender o que se passava.
Foi nessa minha fase, Professora, que nos conhecemos,
quando dei contigo na tua escola de Samba Culo, 
naquela manhã de 7 de Julho (iii).

Da segunda vez que abandonei a Guiné e deixei a guerra,
a minha vontade e empenho foi esquecê-la,
varrer-vos a todos da minha memória,
lavar as marcas do sangue dos meus amigos, 
do meu próprio, 
e também do vosso,
banir o medo e o cansaço que se me entranharam na alma
ao percorrer as matas deste chão
que, agora, vê lá!, reguei com lágrimas 
de alegria e de saudade consolada.

Para aqui chegar, frequentei bares e prostitutas,
acumulei sessões contínuas no Olímpia (iv),
fui estudante mas nunca acabei cursos,
percorri a Europa: 
estive em Paris, no Quartier Latin das minhas leituras;
Londres, vi a Royal Guard e a rainha;
Roma, não vi o Papa porque estava de férias em Castelgandolfo;
e vê lá que me atrevi a passar a cortina de ferro, 
em Praga, 
Moscovo
— onde namorei uma soviética na Praça Vermelha, 
a tchetchena Aniuska — ,
Leninegrado e Kiev; 
fui activista sindical e militante político,
participei em primeiros de Maio,
fiz trabalhos clandestinos
e levei porrada da polícia,
dormi em esquadras,
casei-me, fiz filhos e apanhei bebedeiras,
bati nos filhos e descasei-me,
conheci muitas mulheres,
fiz amor por todo o lado,
levei muitas negas e passei noites de solidão,
dormi em bancos de jardim e debaixo de árvores,
mas nunca te esqueci,
não houve prazer-anfetamina 
que cauterizasse esta memória em carne viva
nem bebida que a afogasse;
cansei-me da vida,
como me cansara antes para não morrer,
e pensei em matar-me.
Mas, olha, não consegui, 
não por causa de Deus,
pois nesse período nunca fui à missa 
e nunca me confessei;
não o fiz porque tinha começado a amar-te
e não queria morrer sem voltar a ver-te, 
sem deixar de to dizer.

Está a ficar noite e tenho três horas para chegar a Bissau.
— Cinq, prépare le jeep, 
nous en allons tout de suite! (v)

Sabes, professora, 
porque é que o meu condutor se chama Cinco?
Nasceu no dia 5 de Maio
e é o quinto filho de sua mãe, 
que decidiu dar-lhe esse nome tão significativo.
Não, não te preocupes 
que ele não percebeu nada da nossa conversa,
além do crioulo só sabe francês,
pois frequentou apenas uma escola em Dakar.
É que, professora, nasceu há 23 anos,
muito depois daquele dia 
em que tive de te abrir o ventre com uma rajada de G3
por te ver empunhar a kalash 
que tinhas pendurada no quadro da escola.
Ele não estava aqui entre os teus meninos.
Se tivesse estado, 
saberia falar e escrever português, com certeza.
Sei que foste uma boa professora.
Vi que escrevias no quadro as palavras 
com o desenho correspondente
para os teus alunos identificarem bem em português 
os objectos do seu dia-a-dia.
Vi os livros por onde aprendiam a ler,
vi os cadernos de redacção e de cópias.
Está descansada, 
não matei nenhum deles, garanto-te.
Devem estar por aí, cidadãos do teu país.

Tenho de partir, de voltar a Portugal.
Gostei muito de falar contigo, 
tinha mesmo necessidade de o fazer,
já que, naquele dia 
em que nos encontrámos pela primeira vez,
só eu te disse “firma lá!”
e tu não me disseste nada.
Percebo que nem me quisesses ouvir...
E nunca mais dormi descansado até agora.
Quero pedir-te uma última coisa,
que desculpes aquele meu soldado 
que tentou violar-te quando estavas agonizante.
Conseguiste ver ainda que não o deixei fazer isso.
Perdoa-lhe, era bom rapaz,
um camponês minhoto que para aqui foi lançado
e, sabes, é fácil perder a cabeça 
numa guerra de inimigos fabricados.
Talvez o encontres por aí, 
o teu camarada Gazela matou-o em Jobel
e o corpo dele por cá ficou.
Deve andar, como tu, 
no meio desta floresta do Óio.
Fala com ele agora.
___________

Notas de AML

(i) Feiticeira tribal

(ii)  Irã, entre os balantas, que são animistas, é qualquer ser da natureza, árvore ou animal, ou qualquer objecto a que é atribuído poder mágico. «Tem irã» significa ter poder sobrenatural que é preciso respeitar e temer.

(iii)  vd. I Série, poste de A. Marques Lopes, de 7 de Junho de 2005 > Guiné 69/71 - XLIX: Samba Culo II :

" (...) o que mais me impressionou nesta operação foi o seguinte: Samba Culo tinha uma escola; quando lá chegámos, vi escrito no quadro preto, em perfeito português: "Um vaso de flores". Tinha desenhado, a giz, por baixo, um vaso de flores.E o que nunca mais esquecerei na minha vida: quando atacámos a base, uma jovem dos seus 18 anos ficou com a barriga aberta por uma rajada de G3. E mais (coisas terríveis desta guerra!): o Bigodes, [....]   (que foi, depois, feito prisioneiro pelo PAIGC e que acabou por morrer em Conakri), quis saltar para cima dela. Tive que lhe bater. Esta é uma situação que nunca me sai do pensamento... e da minha consciência. Tinham muitos livros em português, que era o que estavam a ensinar aos alunos (miúdos ou graúdos?). Trouxemos também (imaginem!) uns paramentos completos de um padre católico! Lembranças que se me pegaram para toda a vida". (...)

(iv) Cinema popular na Rua dos Condes, em Lisboa.

(v) Cinco, prepara o jipe, vamos arrancar de imediato.




Guiné-Bissau > PAIGC > Novembro de 1970 > Uma escola do PAIGC.  Imagem do fotógrafo norueguês Knut Andreasson (com a devida autorização do Nordic Africa Institute, Upsala, Suécia). A fotografia não traz legenda. Tudo indica que tenha sido tirada na Guiné-Conacri, numa base de retaguarda do PAIGC, ou mesmo em Conacri, onde havia desde Março de 1965 uma escola-internato para os filhos dos guerrilheiros.

Trata-se de um estrutura física sólida, que só poderia existir em meio urbano. No interior, nas "regiões libertadas", não havia estruturas, escolas, hospitais ou outros equipamentos sociais, de pedra e cal... Pela simples razão, que eram um alvo fácil para a aviação portuguesa, e porque eram difíceis os caminhos que levavam às bases de retaguarda, tanto no Senegal como na Guiné-Conacri. Além disso, sabemos que eram duríssimas as condições de vida tanto das populações controladas pelo PAIGC como dos próprios guerrilheiros... A propaganda para consumo externo, naturalmente, contava outra história... Tanto a propaganda do PAIGC como das autoridades portuguesas da época.

Fonte: Nordic Africa Institute / Foto: Knut Andreasson (com a devida vénia... e a autorização do NAI)



Guiné > Região do Oio > Carta de Farim (1954) (Escla 1/50 mil) >Detalhe >  Posição relativa de Samba Culo, na margem esquerda do Rio Geba, a sudoeste de Canjambari. 

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.

(...) "6. Op Inquietar II. 4 a 7 de Julho de 1967"

"Situação particular: Há notícias que o IN tem un acampamento em Canjambari, além de outros espalhados pela mata do Óio. Tem-se revelado durante operações realizadas e implantado engenhos explosivos nos itinerários.

"Missão: Executar uma acção em força sobre o acampanento IN de Canjambari em coordenação com forças do AGRP 1976.

"Força executante: Dest A - CCAÇ 1685; 1 Gr Comb CART 1690; 1 Secção CMIL 3; Dest B - CART 1689: 1PEL.(-) /CMIL 3; Dest C - 1 PEL EREC 1578.

"Desenrolara da acção:


05JUL67

Pelas 00H00 iniciaram o movimento em direcção a Samba Culo, seguindo o itinerário Banjara-Gendo-Tambicó-Samba Culo. Pelas 07H00 atingiram Gendo. Um pouco à frente desta antiga tabanca, pelas 08H00 foi detectado um grupo IN o qual tentaram cercar e capturar, só não o conseguindo por alguns elementos da Milícia na testa da coluna, que não entenderam a manobra, terem aberto fogo, pondo-os em fuga.

Entretanto foram avistadas 2 casas de mato, que foram destruídas bem como diversos utensílios domésticos. Retomado a progressão e cerca das 11HOO foi detectado um núcleo de 10 casas de mato, incluindo uma escola com vinte carteiras, tendo sido totalmente destruídas pelo fogo. Retomado a progressão e ainda perto deste último acampamento, as NT emboscaram um grupo IN não estimado, do qual foi capturado um elemento portador de uma faca de mato.

Reiniciado a progressão, Tambicó (Base de patrulhas) foi atingida às 14H00. Junto a base de patrulhas pelas 14H20, um grupo IN que seguia em coluna por um, detectou as NT abrindo fogo e tendo ferido um Soldado, pondo-se em fuga pela reacção das NT.

Pelas 14H45 saiu um grupo de combate em patrulhamento ao longo do R Canjambari e regressou sem contacto. Pelas 15H20 um grupo IN estimado em 30 a 40 elementos atacou a base de patrulhas com mort 60, LGF, PM e Armas Automáticas, durante 15 minutos sem consequências.

Os T6 que nessa altura sobrevoavam a base de patrulhas para protegerem o heli na evacuação do ferido, fizeram umas rajadas sobre o grupo IN. Nessa altura foi evacuado em HELI para o HM 241 o soldado ferido na acção IN anterior.

Pelas 17H00 saiu um outro grupo de combate para fazer o reconhecimento do itinerário Tambico - Samba Culo. Percorridas apenas algumas dezenas de metros, foi emboscado por um grupo IN de cerca de 60 elementos armados de mort 60, LGF, PM e Armas Automáticas, tendo ferido 2 soldados, evacuados mais tarde para o HM 241, por heli.

Juntamente com a emboscada o IN flagelou a base de patrulhas com 2 granadas de mort 60. Perante a reacção das NT o IN furtou-se ao contacto com baixas prováveis.

06JUL67

Cerca das 11H20, orientado pelo PCV iniciou-se a progressão em direcção ao acampamento de Samba Culo, tendo atingido pelas 15H20. O IN, que estava instalado do lado Sul do acampamento e que tinha reagido fortemente impedindo o Dest B de entrar no acampamento, reagiu à manobra de envolvimento e assalto ao acampamento com Mort 60 e PM, tendo ferido dois soldados, evacuados posteriormente para o HM 241 por heli.

O IN, apercebendo-se do cerco que se preparava, furtou-se ao contacto tendo as NT assaltado e destruído o acampamento composto por 30 casas de mato, sendo algumas cobertas a zinco. Foram destruídos também alguns utensílios domésticos.

Já no regresso o guia conduziu as NT a uma arrecadação de material, que o Dest B conquistou tendo capturado todo o armamento lá existente. Capturado o material foi destruída a arrecadação ouvindo-se então fortes rebentamentos de cartuchos e granadas que se prolongaram por 50 minutos.

Retomado a progressão de regresso para Banjara as NT por alturas de Farim 8H8-44, accionaram uma armadilha tendo ficado ferido um elemento do Dest B.

07JUL67

As NT atingiram Banjara pelas 05H00 após o que regressaram a quartéis. A operação terminou às l6H530.

"Resultados obtidos:

-Foi capturado armamento IN;
-Foram mortos, feridos e feitos prisioneiros elementos IN;
-Foi destruído diverso material e utensílios doméstico;
-Foram destruídos cerca de 10.000 munições e diverso material explosivo algum do qual se supõe encontrar-se enterrado, dado a violência das detonações". (...)


 ____________

Notas do editor:

(*) Vd. I Série, 29 de novembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCXX: A professora de Samba Culo (A. Marques Lopes)

4 comentários:

Torcato Mendonca disse...

O Editor está equivocado no que escreve em itálico. Não é em relação á guerra, não é em relação ao elogio aos professores do Paigc. Podia,é certo, haver uma breve nota a muitos militares portugueses, a esposas de muitos outros, que deram aulas.
A 1ª Nota do equivoco, forçado a isso talvez pelo Almeida, sobre a falta de conhecimento deste sobre os almoços da companhia. Foi o Almeida que me "descobriu" e contactou para fazermos o 1º almoço em Aveiro(87,88 ou ou 90). Fui lá. Só voltei a ir em 2005. Todos os anos houve almoços e mantive sempre contacto com os Organizadores. Ele, que já falou n vezes comigo, podia ter feito o mesmo. Os graduados podem não concluir a recruta ou especialidade por variadas razões. Da minha especialidade devem ter "chumbado" dez ou mais...mais...o soldado português,diz-se,era mal preparado...pois...se chumba...mas deviam ter chumbado mais.
O 2º equivoco para terminar: as Companhias tinham a sua forma própria de se conduzirem. Há assuntos que são internos e só aos militares dessa Companhia dizem respeito. Aqui no Blogue uma das regras é manter-se salvaguardado o bom nome das pessoas. Nada mais digo. Havia falta de informação no inicio deste Blogue, que eu respeito muito mas, também exijo que seja mais assertivo, menos "falador" quando se refere a Camaradas "Viriatos".
São assuntos internos e não se publicitam.A campanha da 2339 honra os seus militares.
Grato pela atenção.
O sexto e ultimo CMDT (porque trouxe para Évora- Portugal)a CART 2339.
Torcato ex- Alf. mil.
Nada disto tem a ver com o que o nosso camarada Marques Lopes relata. Já conhecia esse acontecimento, marcante para ele como homem de paz.
Abraços T.

Cherno Baldé disse...

Caros amigos,

Aproveito para felicitar aos Editores da TG, em particular ao Editor Chefe, Luis Graça, pela feliz ideia e oportunidade da reedição dos melhores Postes da Iª Série e de forma especial os trabalhos do vosso camarada A. Marques Lopes.

Após uma breve leitura dos postes que foram aqui publicados sobre Cantacunda e zona circundante, da sua autoria, não resisti a tentação de visitar o " Coisasdaguiné" que o próprio anima onde, já sem a emoção inicial da descoberta, viria a encontrar um texto de verdadeira Antologia, intitulado " Na bolanha dá para pensar...", talvez o melhor que o Marques Lopes já escreveu na sua vida ou simplesmente a melhor reflexão que um soldado já fez sobre a sua vida a volta da guerra colonial.

Seria interessante voltarem a (re)publicar estas reflexões do A. Marques Lopes na noite em que foi obrigado a dormir (de olhos abertos) ele e mais outros companheiros na bolanha de Sinchâ jobel.

Um grande abraço,

Cherno Baldé

Cherno Baldé disse...

Caros amigos,

Aproveito para felicitar aos Editores da TG, em particular ao Editor Chefe, Luis Graça, pela feliz ideia e oportunidade da reedição dos melhores Postes da Iª Série e de forma especial os trabalhos do vosso camarada A. Marques Lopes.

Após uma breve leitura dos postes que foram aqui publicados sobre Cantacunda e zona circundante, da sua autoria, não resisti a tentação de visitar o " Coisasdaguiné" que o próprio anima onde, já sem a emoção inicial da descoberta, viria a encontrar um texto de verdadeira Antologia, intitulado " Na bolanha dá para pensar...", talvez o melhor que o Marques Lopes já escreveu na sua vida ou simplesmente a melhor reflexão que um soldado já fez sobre a sua vida a volta da guerra colonial.

Seria interessante voltarem a (re)publicar estas reflexões do A. Marques Lopes na noite em que foi obrigado a dormir (de olhos abertos) ele e mais outros companheiros na bolanha de Sinchâ jobel.

Um grande abraço,

Cherno Baldé

Anónimo disse...

Mais uma vez o descabido elogio de uma mulher armada que, há 40 anos, não haveria de ler nada disto na mesma toada.

'Morreu de Kalash na mão'?
Foi então bem morta e enterrada.
Não odiei as gentes -menos ainda hoje- mas não elogio os que me agrediam (e matavam, se pudessem ou tivessem tido 'andamento' para isso...)

Andamos aqui a brincar aos poetas ou andamos a brincar com a sensibilidade de quem ia apanhando um tiro nas trombas e que, cumprindo, acabou por enfiar vários tiros nas trombas de uns rapazinhos bonzinhos que 'de kalash na mão' se entretinham a fazer recados a quem quis correr connosco?

SNogueira