sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Guiné 63/74 - P12327: (In)citações (57): O meu próximo livro pode responder a questões relacionadas com o pós independência da Guiné-Bissau (Mário Serra de Oliveira)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Serra de Oliveira (ex-1.º Cabo Escriturário, Bissau, 1967/68), com data e 6 de Novembro de 2013:

Prezado Carlos:
Na tentativa de "rematar" o meu segundo livro, envio o texto abaixo a tua consideração, para recolha de possíveis curiosidades a que eu possa responder, no mesmo.


PRESADOS LEITORES, ESPECIALMENTE AOS LEITORES EX-COMBATENTES NA GUINÉ
Estando a retocar certos capítulos do que já chamo o meu segundo livro, cujo título é “BISSAULONIA”, gostaria que me apresentassem as vossas questões, que acaso possam ter curiosidade, sobre os mais variados aspectos que possam existir, pelo facto de eu lá ter ficado na Guiné, cerca de 14 anos e meio que, como tal, talvez eu esteja habilitado a responder.

Os 4 pontos abaixo são uma iniciativa minha, pensando que os mesmos poderão fazer parte da lista dos pontos que poderão gostar de saber, como foi ou não foi.
Obviamente haverá questões às quais não poderei responder mas tudo farei para descrever o melhor que sei, com a verdade “do clima” politica e social, que passou a reinar na ocasião.

Recordo a todos que só de lá saí em Agosto de 1981, quase 7 anos após a Independência.

1) – Como foi “aquilo”, depois da independência?
2) – O que se passou depois da independência?
3) – Como nos trataram (a mim, minha família e outros) depois da independência?
4) - Que impressões “tiraram” na convivência do dia-a-dia, depois da independência?

Agora, aqui as vossas questões.

Abraço fraternal a todos.
Mário de Oliveira
____________

Notas do editor:

i) Recordemos que Mário Serra de Oliveira, sob o pseudónimo de Mário Tito, é o autor do livro "Palavras de um Defunto Antes de o Ser", Chiado Editora, 2012, ao qual o nosso camarada Mário Beja Santos dedicou uma recensão publicada no poste de 3 DE JULHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10938: Notas de leitura (449): Palavras de um Defunto... Antes de o Ser, por Mário Tito, o nosso camarada Mário Serra de Oliveira (Mário Beja Santos).

Aqui fica feito o convite aos camaradas que quiserem ver afloradas no próximo livro de Mário Serra de Oliveira, "Bissaulonia", as suas questões relacionadas com o pós-independência da Guiné-Bissau até ao ano de 1981, data em que este nosso camarada se mudou para os Estados Unidos.

As sugestões podem ficar registadas em comentário neste poste ou serem encaminhadas directamente para o endereço mariotitodoalcaide@gmail.com.

ii) Último poste da série de 20 DE NOVEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12317: (In)citações (56): Meditação (Abel Santos)

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá Camarada!

Uma nação nova, de fracos recursos, e a enfrentar a saída massiva dos tecnicos que garantiam o funcionamento infra-estrutural, teve que ser compensada com auxílios externos muito generosos, que poderiam traduzir-se em investimento local, desenvolvimento escolar, criação de novas potencialidades agricolas e industriais, apoio financeiro, e outros.
Assim, venho solicitar que te aventures na informação sobre aquelas vertentes, e noutras, desde já, tendo nós conhecimento da frágil capacidade energética, mais exposta depois da retirada dos portugueses, mas que ainda mereceu a instalação de uma fábrica Citroem (do que constava, como funcionou e terminou a actividade); outra de cervejas, que teve um funcionamento muito abaixo da suposta capacidade de produção, apesar de também se destinar a mercados externos; uma frota de barcos de pesca, ideia já lançada no tempo de Spínola; bem como novos projectos agricolas, e incremento escolar com a deslocalão de muitos cooperantes, que, supunha-se, permitiriam as bases para a consolidação da independência e, parece, terão estado na base da proliferação da incipiente hotelaria.
Citei de memória, mas outras iniciativas poderás eventualmente referir, bem como a conjugação dos esforços que as viabilizariam, sobretudo em relação ao modelo fiscal, que imagino, seria uma cópia das pautas alfandegárias.
Grato pela atenção que possas dar, com um abraço
JD

Antº Rosinha disse...

) – Como foi “aquilo”, depois da independência?
2) – O que se passou depois da independência?
3) – Como nos trataram (a mim, minha família e outros) depois da independência?
4) - Que impressões “tiraram” na convivência do dia-a-dia, depois da independência?

Destas perguntas todas que pões, se relatasses a tua impressão sobre a adaptação que foi aquele povo ter de aceitar as filas (forma) para obter os produtos dos Armazens do Povo, o tal racionamento socialista, seria uma curiosidade interessante.

Outra visualização que podias retratar, era o mercado negro do câmbio do dinheiro em plena rua dos jovens com tudo o que era «cooperante» ou comerciante e a corrupção que era preciso desenvolver para se conseguir acesso a qualquer coisa por mais simples que fosse.

Outra coisa que seria interessante era fazeres o retrato das lojas dos comerciantes que ficaram sem mercadorias de prateleiras vazias mas sempre abertas e o milagre dos restaurantes e hoteís e pensões para alimentar os hóspedes.

Cumprimentos