segunda-feira, 28 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13058: Agenda cultural (311): Lançamento do livro de Henrique Tigo, "As Portas de Abril", 30 do corrente, 4ª feira, 19h, Centro Cultural Malaposta, Olival Basto, Loures



1. Mensagem de Henrique Mourato, nosso leitor,  geógrafo, pintor e escritor, nascido em Lisboa em 1978, que usa o pseudónimo de Henrique Tigo, autor de "As Portas de Abril":

Data: 9 de Abril de 2014 às 23:52

Assunto: Convite Lançamento de Livro


Dia 30 de Abril, pelas 19h no Centro Cultural da Malaposta. [Metro: Sr. Roubado, linha amarela]

Será servida uma degustação de enchidos oferecida pela MACAL.

Agradecemos confirmação a sua presença.

Henrique Tigo, telem 966233079  
Email: henrique.meo@gmail.com


2. O livro será apresentado por:

(i) Coronel Manuel Bernardo – Escritor de vários livros sobre a guerra em Africa e sobre o 25 de Abril.

(ii) Carlos Alberto Moniz - Músico e compositor;

(iii) Edmundo Pedro - histórico da resistência antifascista em Portugal;

(iv) Comandante Henrique Mendonça – Capitão de Abril-


3. Sobre este livro entre outros escreveram:

"Tem o leitor entre mãos o trabalho do Henrique Tigo, um artista historiador, que, naturalmente enxerga a história com a sensibilidade própria da estética e da poesia da vida"

José Verdasca – Presidente da Ordem Nacional de Escritores.

"Com esta pequena peça teatral pretende Henrique Tigo dar a conhecer aos mais jovens os tempos tenebrosos que se viveram antes do 25 de Abril e os importantes passos que se deram no desenvolvimento do nosso Portugal."

Henrique Mendonça - Militar de Abril 

Escrevi "As portas de Abril" quando tinha apenas 15 anos, achei que escola transmitia pouco aos alunos sobre o que tinha sido o 25 de Abril de 1974, sendo eu um produto do pós-Abril, rapidamente apercebi-me, que senão fizesse alguma coisa para ajudar a minha geração e as gerações futuras o 25 de Abril, poderia entrar no esquecimento, ou ser uma festa só para alguns na Assembleia da República.

Para mim o 25 de Abril de 1974, foi o dia mais bonito que Portugal viveu, havia Liberdade, Igualdade e Fraternidade no Ar, o povo esteve unido como nunca antes nem como nunca depois… Fomos o único país no mundo onde houve um golpe militar e das armas dos militares, só saíram cravos!

Não falo, nem pretendo falar sobre o dia 26 de Abril, quero sim manter a "chama" do dia 25 de Abril de 1974, onde todos os Portugueses, por momentos foram Irmãos!

Este livro que é uma peça de teatro já foi levado a cena duas vezes pelo Teatro Passagem de Nível uma vez de 1996 e outra 1998.

Agora que se comemoram os 40 anos de Abril,  a mesma vai pela primeira vez ser editada pela editora Calçada das Letras e lançada no próximo dia 30 de Abril no Centro Cultural Malaposta.


Henrique Tigo – Autor das Portas de Abril
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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de abril 2014 >  Guiné 63/74 - P12989: Agenda cultural (310): Sessão de apresentação do livro de Francisco Henriques da Silva e Mário Beja Santos, "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro", levada a efeito no passado dia 10 de Abril no Palácio da Independência

3 comentários:

Antº Rosinha disse...

Henrique Trigo promete não ",misturar" 25 de Abril com o dia 26.

E ninguem devia misturar uma coisa com a outra.

Porque o dia 25 deve ser de todos e o dia 26 cada um tem o seu.

Anónimo disse...

Na apresentação de “Portas de Abril” de Henrique Tigo
Por Cor. Manuel Bernardo

Quero esclarecer que, na minha opinião, os designados “Capitães de Abril”, foram todos os oficiais que se empenharam quer antes, quer no dia 25, sendo grande parte deles já com o posto de major, pois entretanto, no segundo semestre de 1973, como foi o caso de Otelo, tinham sido promovidos, ou como eu, no primeiro trimestre de 1974.
Lembro que o sucedido com os incidentes de meados de Janeiro de 1974, em Moçambique – insultos e manifestações de brancos locais contra os oficiais em serviço idos do Continente, com apedrejamento da Messe de Oficiais da Beira e outras “escaramuças” - levou à agitação dos capitães, lá e cá, e à sua maior politização. Aliás na primeira semana de Fevereiro, acabaria por se chegar a acordo, entre os dois grupos de capitães em conflito (do QP e do QP oriundos de milicianos), para levar por diante o derrube do Governo.
Assim, quando ocorreu o 16 de Março, não me admirei que tivesse havido nessa data uma tentativa para deitar abaixo o governo de Marcello Caetano. A minha colaboração em apoio de Otelo, que se encontrava com o Miquelina Simões, junto da portagem de Sacavém, aguardando “as colunas que viriam do Norte do País”, está descrita no seu livro “Alvorada em Abril”, editado em 1977. Como ele diz, a seu pedido telefónico, mandei-lhe dois oficiais para o apoiar: o então Major de Cavalaria Nuno Bívar e o T. Cor. de Eng.º, Fisher Lopes Pires. No rescaldo, o Bívar, que fora visto a chatear os oficiais situacionistas, foi transferido para outra Unidade e o Lopes Pires, que ficara quieto no jeep, continuou na Academia e viria a ser um dos elementos no Posto de Comando da Pontinha no 25 de Abril e, meses depois, membro da Junta de Salvação Nacional.
O outro caso que queria referir é o seguinte.
Em 24 de Abril, ao fim da tarde, encontrei o Otelo na Academia Militar e ele disse-me: “Olha amanhã faz 40 dias que os nossos camaradas estão presos na Trafaria”. Como não me acrescentou mais nada, acabei por ficar na ignorância em relação ao golpe a executar horas depois. Tal atitude é compreensível entre militares, pois como eu não tinha qualquer missão definida, nem comandava tropas, para evitar qualquer quebra do segredo da operação militar, não devia ser informado.
Assim, qual não foi o meu espanto, quando, na manhã seguinte, conduzindo o meu carro, fui encontrar a autoestrada Estoril/Lisboa completamente vazia. É que desde a madrugada havia comunicados rádio do Posto de Comando da Pontinha a pedir para as pessoas se manterem em casa, e eu, como ainda não montara um aparelho na viatura, vinha completamente alheado em relação ao que se estava a passar, no País.
Em relação ao Henrique Tigo, autor do livro hoje apresentado, agradeço-lhe o convite; e estou aqui, julgo que não apenas em meu nome pessoal, mas, de certa maneira, representando o nosso grande amigo Joaquim Evónio Vasconcelos, falecido há quase dois anos, e que era um grande animador de muitos dos presentes em tertúlias e convívios, em que participava.
Como sabem publiquei, em co-autoria, um seu trabalho que tinha entre mãos quando faleceu, e referente ao 11 de Março de 1975 e à prisão injustificada que sofreu na altura.
Parabéns ao autor pela sua publicação e por ter juntado tantos amigos à sua volta nesta ocasião.
Muito obrigado.
Manuel Amaro Bernardo (Cor. ref.)
30-04-2014

Anónimo disse...

Henrique Mourato
8 maio 2014 11:00


Devido ao enorme sucesso do lançamento do livro "As Portas de Abril", vamos realizar uma nova apresentação deste livro.
Desta vez na Casa da Cultura dos Olivais - Rua Conselheiro Mariano de Carvalho n.º 68 1800 Lisboa pelas 18h30m.


O livro será apresentado por:

Fernando Pereira - Senhor das 1000 Vozes, e a última vítima da PIDE;

Francisco Pina Queiroz – Diretor da Casa da Cultura dos Olivais

Edmundo Pedro - histórico da resistência antifascista em Portugal.