segunda-feira, 5 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13100: Notas de leitura (586): "O Tráfico de Escravos nos Rios da Guiné e Ilhas de Cabo Verde (1810-1850)", por António Carreira e "Mário Soares e a Revolução", por David Castaño (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 13 de Novembro de 2013:

Queridos amigos,
António Carreira é um nome incontornável de toda a historiografia da Guiné portuguesa.
Neste seu trabalho publicado em 1981, de forma esquemática dá-nos um quadro das últimas décadas do comércio negreiro, e quando chegou o seu termo qual foi o profundo impacto que teve nas economias de Cabo Verde e dos rios da Guiné.
Com base nestes elementos, pode igualmente estender-se o estudo às consequências do “povoamento” cabo-verdiano no espaço guineense, agora direcionado para a economia agrícola.

E sugere-se a leitura de um livro que adapta a tese de doutoramento de David Castaño para se ter uma visão integrada, do lado português, do conjunto de vicissitudes em que decorreu o processo de reconhecimento da independência da Guiné-Bissau onde Mário Soares teve um papel de indiscutível relevo.

Um abraço do
Mário


O tráfico de escravos nos rios da Guiné na 1ª metade do século XIX

Beja Santos

Devemos a António Carreira algumas das mais significativas peças da historiografia envolvendo a Guiné Portuguesa bem como Cabo Verde. No seu trabalho “O trafico de escravos nos rios de Guiné e Ilhas de Cabo Verde (1810-1850)”, edição do Centro de Estudos de Antropologia Cultural da Junta de Investigações Científicas do Ultramar, 1981, que Carreira chama subsídios ou sucintas notas que possam contribuir para o esclarecimento de alguns dos variados e complexos problemas do tráfico negreiro na área geográfica situada entre o rio Senegal e a Serra Leoa, revelam-se algumas surpresas que os estudiosos não podem ignorar.

O proeminente investigador começa por recordar os pontos fundamentais da regulamentação do tráfico nos rios de Guiné e ilhas de Cabo Verde. Quando se fazia um contrato de arrendamento de uma área de tráfico ficava acordado que os navios que se dirigissem àquelas paragens teriam obrigatoriamente de registar a entrada na Alfândega de Ribeira Grande, de Santiago; e completada a carregação do navio, este era obrigado a voltar à Ribeira Grande, pagar os direitos devidos e depois seguir para os portos de destino. As autoridades das praças da Guiné ficavam, pois, limitadas a fiscalização e cobrança de propinas pela entrada de mercadorias, com este dinheiro pagavam-se os seus ordenados. Também deste modo se controlava a saída de escravos. A situação não era do agrado tanto das autoridades dos rios como dos traficantes, era uma operação morosa que agravava despesas e acarretava mortandade nos escravos. Mas a Coroa não transigia no papel da ilha de Santiago no apoio ao comércio dos rios. Com a Restauração, surgiu a ideia de se autorizar o despacho dos navios nos portos de carregamento, o que permitia o pagamento de direitos dos escravos em Cacheu destinados aos portos do Brasil. Esta medida concorreu para aumentar o tráfico clandestino que não era detetado pelas autoridades de Cacheu, Ziguinchor e Bissau, o resto era verdadeira “terra de ninguém”. A Praça de Cacheu recebeu um provedor da Fazenda e era obrigada a rigorosa escrituração. Traficantes sediados em Cabo Verde passaram a comprar escravos nos rios, levando-os para o arquipélago e depois exportando-os tanto para as Antilhas como para o Brasil. Acelerou a concorrência estrangeira, a legislação torna-se ineficaz, criou-se a Companhia de Cacheu e Cabo Verde e assim se levou por diante a construção da fortaleza de Bissau. Carreira enuncia a cobrança de taxa por escravo e a sua evolução. Compulsada a documentação, Carreira chegou a números de escravos destinados ao Maranhão, ao Pará e outras paragens, no século XVIII Cabo Verde deixara de servir de entreposto à exportação de escravos.

Pelo Tratado de Viena de 22 de Setembro de 1815 decretou-se a proibição do tráfico de escravos ao norte do Equador. Em 1836, a legislação portuguesa decretava “proibida a exportação de escravos, seja por mar, seja por terra, em todos os domínios portugueses sem exceção, quer sejam situados ao norte, quer ao sul do Equador”. Mas no período intercalar havia taxa de direitos de entrada no Brasil oriundos dos rios da Guiné e Cabo Verde, o que significa que os acordos eram para inglês ver. O que Carreira observa é que se assistiu a um declínio do tráfico lícito e ao agravamento da crise económica e financeira na região dos rios da Guiné e o arquipélago de Cabo Verde. Cabo Verde assistia ao definhamento dos pequenos comerciantes, em 1772-1774 houve uma grande fome, uma hecatombe que inviabilizou a recuperação económica. A economia cabo-verdiana teve de se recentrar no apanho da urzela e na tecelagem de panos. As crises sucediam-se e a Corte declarou-se incapaz de acudir à crise de negócios nas ilhas.

Nos rios da Guiné também o comércio em geral decaia, os Djilas tornaram-se figuras de indiscutível importância. É neste contexto que os espanhóis que sempre tinham fugido a embrenhar-se diretamente no tráfico de escravos, passaram a fornecer mercadorias diversas e dinheiro aos traficantes cabo-verdianos – era a corrida ao abastecimento de Cuba. Escreve Carreira: “De 1835 a 1839 circulavam na área, afetos ao tráfico clandestino de escravos, 55 navios registados em nome de cabo-verdianos (…) A um mesmo tempo nos rios da Guiné os conflitos entre as diversas etnias do território, longe de se aplanarem, prolongar-se-iam até aos últimos anos do século XIX, com as inevitáveis repercussões nas relações comerciais e sociais entre as gentes do mato e as das praças e presídios. Entre 1820 e 1850 estes núcleos eram, no Norte (Cacheu e Ziguinchor), liderados por algumas famílias abastadas e em Geba e Bissau treze negociantes principais".

Carreira dá-nos um quadro da atuação do coronel Joaquim António de Matos e de Caetano José Nosolini, dois dos principais negociantes de escravos da época, fica com má imagem dos diferentes locais onde se iam abastecer e em que quantidades. Nosolini será protagonista das incursões inglesas em Bolama em tempos de grande tensão em que a Grã-Bretanha se julgava com direito absoluto sobre a ilha de Bolama.

Por último, uma palavra sobre o combate ao tráfico a cargo dos cruzeiros britânicos e o aprisionamento de navios e de escravos. De 1835 a 1839, com escravos a bordo foram referenciados 36 armadores com um total de 55 navios, 39 foram condenados a penas de multa, com ou sem confisco do casco e carga; do conjunto de navios, 15 eram espanhóis e 40 portugueses. Havia também navios considerados “suspeitos” já que transportavam apenas mercadorias destinadas ao “negócio da escravatura” (aguardente, pólvora, espingardas, terçados, barras de ferro, tabaco, vinho…). Para além destas mercadorias, também estavam sujeitos a apresamento os navios que tivessem escotilhas com grades abertas; gargalheiras, algemas, anjinhos, cadeias ou outros instrumentos de contenção, quantidade extraordinária de selhas, gamelas ou bandejas para a distribuição do rancho, quantidade extraordinária de comida, etc. A confiar na documentação existente, o comércio de escravos reduziu-se bastante a partir de 1841 devido à vigilância dos cruzeiros britânicos. Carreira considera que encontrou uma reduzida documentação, deparou-se com lacunas nas fontes de informação e foi forçado a desistir do propósito do seu estudo.

Imagem retirada do site Revista de História.com.br, com a devida vénia

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Leitura recomendada: "Mário Soares e a Revolução", por David Castaño

“Este livro procura responder a uma simples questão: ao conseguir traçar o seu próprio destino terá Mário Soares contribuído para condicionar e alterar o destino coletivo?”.
Com base na sua tese de doutoramento, o historiador David Castaño procura apresentar um retrato rigoroso e objetivo da afirmação política de Mário Soares nos anos decisivos da revolução de Abril. Trata-se do livro “Mário Soares e a Revolução”, por David Castaño, Publicações Dom Quixote, 2013.

Em síntese, e exclusivamente para os propósitos desta nota, Castaño começa por descrever a formação ideológica de Soares, a sua passagem pelo PCP, as principais etapas da sua oposição ao Estado Novo, a formação da Ação Socialista (embrião do PS), o seu exílio em Paris, o regresso em 28 de Abril de 1974, momento em que se encontra pela primeira vez com Spínola que imediatamente lhe pede apoio para publicitar os propósitos do levantamento militar junto de instâncias internacionais, com relevo para os partidos da Internacional Socialista. É nessa ocasião que Soares pede a Spínola um esclarecimento que reputa de fundamental, quer conhecer o seu desenvolvimento, direito ou indireto, no assassinato de Amílcar Cabral. Spínola responde-lhe prontamente que não teve qualquer comprometimento com a morte de Cabral.

Soares começa o primeiro périplo europeu como enviado da Junta de Salvação Nacional. Após a formação do primeiro governo provisório inicia-se o processo que conduzirá à descolonização. Recomenda-se a todos os interessados por conhecer o enquadramento das diligências que levaram aos acordos de Argel e ao reconhecimento do PAIGC pelo Estado português que consultem esta obra entre as páginas 115 e 168, está aqui o registo das conversações, das tensões entre Spínola e Soares e as manobras diplomáticas desenvolvidas em vários continentes.

É indiscutivelmente uma súmula de factos que dão a visão do lado português desses momentos cruciais que conduziram de facto à independência da Guiné-Bissau.
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Nota do editor

Último poste da série de 2 DE MAIO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13081: Notas de leitura (585): "O Pano Artesanal na República da Guiné-Bissau", por Isabel Borges Pereira Mesquitela (Mário Beja Santos)

13 comentários:

Antº Rosinha disse...

Naquela altura das independências em acelerado dos acordos de Argel ( com o PAIGC em Agosto já estava assinado), foi quando Mário Soares respondeu que em democracia é assim, "se o Algarve quizer ser independente, temos que lhe dar a independência".

Até parecia que Caboverde e Guiné tinham peçonha, tal a pressa.

E dizer que a Frente de Libertação da Madeira (FLAMA)já tinha estatutos prontinhos!

Ai se Mário Soares, Almeida Santos, retornado como eu, e o angolano Jorge Campinos têm tido conhecimento a tempo da FLAMA...era limpinho!

Hoje tinha sido um alívio maior para a troica.

Anónimo disse...

António José Saraiva, não propriamente um reacionário da direita caceteira e colonialista, verberou,
num célebre artigo publicado em
Janeiro de 1979 no Diário de Notícias, a
descolonização – à altura designada “descolonização
exemplar” e considerada uma das
glórias da Revolução de Abril - que apelidou
de “uma debandada em pânico, um salve-
-se-quem-puder. Os militares portugueses,
sem nenhum motivo para isso, fugiram
como pardais, largando armas e calçado,
abandonando os portugueses e africanos
que confiavam neles. Foi a maior vergonha
de que há memória desde Alcácer Quibir”.

Valha-nos a lucidez de Mário Soares...Ainda hoje afirmou que actualmente em Portugal nem sequer
existem "direitos humanos." ou seja, vivemos numa tenebrosa ditadura.
Valha-nos a superior inteligência, o rigor,a notável capacidade de luta de Mário Soares, como nos valeu no pós 25 de Abril...

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

É CURIOSO COMO AS INCURSÕES NA POLÍTICA SE FOREM APONTADAS EM DETERMINADA VERTENTE PASSAM INCÓLUMES...

JD disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
antonio graça de abreu disse...



Acho que alguns camaradas não perceberem o traço de ironia do meu comentário.
Eu referia-me à actual lucidez caquética do Mário Soares, à sua superior inteligência, hoje de melro chilreante, ao rigor nas parvoíces que vai debitando, na sua ridícula, mas quase infindável capacidade de luta, enfim um floreado de qualidades senis numa pessoa hoje completamente fora do mundo real em que vivemos.
E com um passado.

Abraço,

António Graça de abreu

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Já faz tempo que não entro em comentários com temas como este, mas hoje "tem que ser".

E começo por, pelo menos desta vez, apoiar o 'esclarecimento ao comentário' que o Graça de Abreu entendeu por bem, fazer. Não ter percebido, ou distrair-se ao ponto de não perceber a ironia do seu comentário inicial só podia dar corpo a uma observação 'enviesada', mas a forma elevada como o Graça 'colocou os pontos nos iis' deu-me satisfação.

Depois, e para não me alongar muito nestas águas turvas quero aqui deixar uma ideia. Minha, claro, com o mérito que tiver, mas minha.

Houve um período em que 'boa gente' se enfastiava por causa da publicação das apreciações que o Beja Santos ia fazendo. E era porque fazia. E era porque fazia muito. E era porque era como que uma "prima-dona". E era porque as suas apreciações eram 'tendenciosas' (e eram sempre, desde que não coincidissem com as apreciações dos críticos do crítico). E era por muitas coisas mais que não vou agora referir.
Tudo isso acabava por desviar a atenção do essencial: o Beja foi-nos dando a conhecer inúmeros livros. De variadíssimos temas, todos relacionados, ou com aspectos que têm a ver, com a Guiné.
Em tempos, num dos períodos 'de mais forte rejeição' a essas trabalhos do Beja Santos, salientei a importância, para mim, claro (mas não só, vários camaradas e amigos se pronunciaram manifestando reconhecer a utilidade desse trabalho, como por exemplo o António Rosinha), desse trabalho. Através dele ficava a saber que o livro tal existia, que abordava o tema "x", e que o Beja tinha a opinião "y". Muito bem, era a opinião dele. Legítima, verdade? Como escreve, "era a dele"!
Na posse dos outros dados, decidia se podia e tinha oportunidade de adquirir a obra, depois lia-a e, naturalmente, formulava a minha opinião.
Portanto, o sumo do trabalho do Beja era-me útil e não deixei de avaliar por mim.

(continua)....

Hélder Valério disse...

... (continuação)

Hoje trouxe-nos dois livros.
Um com um trabalho de fundo sobre o problema da escravatura. Sim, eu sei, isso não existiu. Nós, os portugueses, cristãos, civilizados, europeus, ocidentais, não fizemos, nem contribuímos nem sequer permitimos essas coisas. Falar disso é obra do demo. É propaganda insidiosa, Por isso, trazer aqui esse livro é coisa para voltar a diabolizar.
Para compor o ramalhete, temos Mário Soares!
Ora bem, como aviso à navegação, comunico o meu 'não conflito de interesses'. Não sou nem nunca fui 'soarista' e acho que as coisas não se devem pautar por 'gostos e não gostos'.
Mas entendo que é uma figura incontornável da História recente. E o balanço de uma vida não é feito a quente, deverá ser feito com maior distanciamento temporal e emocional.
Alguns camaradas ficam com os pelos eriçados quando ouvem falar em Mário Soares. Certamente terão as suas razões. Legítimas, claro! Também por aí, nas redes sociais, há uma campanha relacionada com outra figura incontornável da nossa História recente, Oliveira Salazar, até costumam editar coisas subordinadas ao tema "Salazar, nem tudo foi mau". Pois claro que não. Do mesmo modo deveriam fazer o mesmo tipo de juízo para com o Soares, fazer o balanço das suas actuações. Ou só serviu quando serviu os interesses dos críticos?

Há ainda um último aspecto que eu não gostaria de deixar passar sem me referir a ele.
A "política"!
A "política" é a vida. A vida é a política. Tudo o que se faz, tudo o que se decide, é política. As nossas opções, pessoais e colectivas, são política. Quando decidimos não 'falar de política' estamos a 'fazer política'. Quando decidimos não votar e apelar à abstenção 'contra os políticos', estamos a 'fazer política'. A formação (deformação) que foi incutida à nossa geração, e à de antes de nós e agora também, é de que essa coisa da política (entendida como uma abstracção) é lá com os 'plíticos', a minha política é o trabalho, etc. e tal. Uma forma de afastar as pessoas do exercício (perigoso, está visto!) da cidadania e de se desresponsabilizarem dos actos de governação criando condições para amadurecer o desejo de aparecimento de um 'paizinho' salvador que pense, haja e resolva por todos e cada um...

O que estará em causa é a afirmação de "bondade" deste ou daquele Partido, desta ou daquela política partidária. Aí concordo, é um caminho pelo qual nos devemos recusar seguir. Já se sabe: futebol, religião e Partidos são assuntos que desunem e por isso devem ser evitados. Agora a 'política', a essência da vida?

Hoje, o Beja santos mostrou-nos dois livros. Cada um deles, à sua maneira, fala da Guiné, afinal o nosso 'tema de união'.
As coisas que cada livro foca são factos passados. Apenas há uma proposta de descoberta do que lá se trata. Cada um fará o que quiser com as informações recolhidas. Isso será 'conhecimento', cultura', análise, reflexão.
Não entendo, defeito meu, como pode ser interpretado como sendo uma coisa "curiosa", nem como sendo uma "incursão na política numa determinada vertente" e susceptível de "passar incólume".
É despropositado, a menos que o apelo ao "castigo" seja por causa da 'vertente'.

Este meu comentário não é contra ninguém, apenas contra algumas ideias que vão aparecendo e que parece pretenderem 'marcar a agenda'.

Abraços
Hélder S.

Joaquim Luís Fernandes disse...

Muito bem Camarada Hélder, parabéns e apoiado.

Foi bom vires a terreiro pôr um pouco de ordem na casa, contra a deriva pouco democrática, de algum radicalismo, que por vezes se verifica em agumas posições aqui expressas, como se não fosse legítimo falar abertamente dos assuntos desde que não veículem certas opiniões reinantes, tantas vezes marcadas mais por ódios recalcados do que pelo dicernimento da verdade.

A opinião deve ser livre e se possível pautada pelo rigor e pela verdade e não por paixões cegas e facciosas. O contário é pouco edificante.

Um abraço
JLFernandes

Antº Rosinha disse...

Não devemos olhar para Beja Santos. mas sim para os livros que ele nos lê.

Eu gosto do Beja Santos e deste blog, precisamente porque cada um diz o que viu, o que viveu, o que pensa e o que lê, sobre uma terra onde trabalhei 13 anos e uma guerra que vivo há mais de 50.

Eu não converso com ninguém que tenha as minhas ideias, porque com esses não há nada que conversar.

Não dá pica!

Só que aparecessem dois com as minhas ideias, eu fugia daqui, já.

Para mim, passou tudo a ser política, até o futebol é política da mais pura.

Como gosto de ver um milhão de encarnados à volta de um leão na rotunda, se ao menos fosse de uma águia!

Anónimo disse...

O mesmo Sr.Dr.Mário Soares que,aquando dos acontecimentos de 25 de Novembro 1975,decidira tacticamente(?) FUGIR para o Porto, acompanhado por tudo o que era.. responsável político, deixando a área de Lisboa,e Sul,entregue a si própria com o que isso entäo poderia significar em termos de total caos.
Terá valido aos portugueses que alguns militares (menos preocupados com a sua seguranca pessoal)tenham conseguido "conter" os acontecimentos na capital e arredores,evitando o banho de sangue que certamente viria a surgir quando a "contra-ofensiva" desde o Norte viesse a ser efectuada segundo os planos "soaristas".
Serei talvez insuspeito na opiniäo visto,a ser-me desculpado o pessoalismo,ter sido nessa altura colocado na prisäo de Custóias pelos militares "contentores" do pseudo-golpe.
Os mesmos que decidiram näo se preocupar tanto com a sua seguranca pessoal.
Um abraco do José Belo.

Bispo1419 disse...

As minhas saudações para todo o "pessoal" do blogue.

Venho agora aqui só para dizer, sem reservas, que apoio os comentários do Helder Valério de Sousa, acima expressos.
Manuel Joaquim

MANUEL MAIA disse...

CAMARIGOS,

ESTRANHAMENTE ( NÃO PERCEBO NADA DESTA MÁQUINA INFERNAL...) O COMENTÁRIO QUE FIZ NA 2ª FEIRA...

---É CURIOSO COMO AS INCURSÕES NA POLÍTICA... TENHA APARECIDO SEM NOME,COMO ANÓNIMO...

MANUEL MAIA disse...

CAMARIGOS,

ESTRANHAMENTE ( NÃO PERCEBO NADA DESTA MÁQUINA INFERNAL...) O COMENTÁRIO QUE FIZ NA 2ª FEIRA...

---É CURIOSO COMO AS INCURSÕES NA POLÍTICA... TENHA APARECIDO SEM NOME,COMO ANÓNIMO...