sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Guiné 63774 - P13654: Manuscritos(s) (Luís Graça) (39): Portugueses pocos, pero locos... Ou como vemos (e somos vistos por) os outros...O que fazer com tantos clichés, estereótipos e preconceitos idiotas ? E não se pode exterminá-los ?

A.  Portugueses pocos, pero locos... Ou como vemos (e somos vistos por) os outros


Nisto de comparações internacionais, todos perdemos, ao fim e ao cabo... Porque acabamos por reforçar a filosofia de senso comum,  as ideias feitas, os estereótipos que temos uns sobre os outros... A sua origem, às vezes, ou quase sempre, perde-se nos tempos, isto é, na história,..

Por exemplo: o mais internacionalista dos povos,  pretendem os valorosos tugas descendentes do Viriato (mas também de judeus, bérberes, africanos negros subsarianos...)  seria, sem dúvida, o português. Poderíamos apresentar dezenas de argumentos a favor desta tese. Fiquemo-nos por umas 3 dezenas de proposições a favor da tese do "internacionalismo português"..

O mais internacionalista, universal, ecuménico, global, aberto, flexível e... desenrascado  dos povos  à face da terra, seria o  português (também conhecido por portuga, tuga, Zé, Zé Povinho...)... É a  tese da idiossincrasia portuguesa que teria ajudado "a dar novos mundos ao mundo"…

B. De qualquer modo, sendo nós portugueses, correremos também o risco de sermos etnocêntrico, isto é, "caseiros", parciais, como certos árbitros do futebol... Dizem os antropólogos que não há povos que não sejam etnocêntricos...   E nós não escapamos à regra... Mesmo que haja alguns mais do que outros, com um ego muito comprido...

Mesmo assim, vamos tentar fazer aqui um exercício de distanciamento cultural e afetivo,  em relação a esse  povo, afinal tão mal conhecido e pior amado, sobretudo pelos seus próprios filhos e netos...

Em boa verdade, não sabemos por onde ele anda, desde que o mandaram emigrar, ir à vida (que a morte é certa): imaginem que é até na Lapónia há descendentes do Zé Povinho!... No inferno, seguramente que haverá alguns mais... Mas do inferno se diz que tem humor alemão, cozinha inglesa, garrafeira sueca, hotelaria espanhola, economia à grega, finanças à portuguesa, gestão à italiana...

Será verdade ? Ainda não cheguei lá, mas para lá caminho... Ou melhor: só conheço a filial do inferno na terra, ou algumas filiais... (*)

A imortal figura do Ze Povinho, em cerâmica,
criada pelo Rafael Bordalo Pinheiro,
no último quartel do séc. XIX.  Tal como o não menos
famoso boneco das Caldas, que tem muitos usos,
incluindo o da crítica social...
Fonte: Cortesia de Wikipedia
1. Quando um portuga apanha com um grande problema pela frente, ou com um bico de obra, ou tem uma tarefa muito difícil , diz logo que se vê grego para dar conta do recado. Ou então remete a solução para as calendas gregas. Infelizmente, o futuro tem prazos... e nenhum povo pode viver sem fuuro, senhiores reopresentantes da Nação... . Pelo que o futuiro só pode ser português, ou ser escrito, falado e contado também em, português, é o que diz o bom irã acocorado no alto do poilão sagrado da nossa Tabanca Grande!

2. Se a coisa é mesmo complicada de perceber, se ele não percebe patavina do que está a acontecer. ou do que está em jogo, ele desculpa-se logo, afirmando que isso, para ele, é chinês, ao ponto de ficar com os olhos em bico... Daí à depressão, à letargia, à inanição,, ao coma e á morte, pode ser um pulo de lobo...

3. Antigamente, os portugueses iam lá, ao Império do Meio,  fazer negócios da China. Hoje são eles (os chineses) que vem cá fazer negócios de Portugal… São bem vistos e têm vistos Gold…

4. Em Portugal quem trabalha no duro, de manhã à noite, é um mouro de trabalho, mas também já foi um galego ou até um ucraniano.

5. Pelo contrário, o portuga que não gosta de trabalhar e é racista, alega que trabalhar é bom para o preto. Já o carioca, o malandro do Rio de janeirro, diz que ”trabalho se fez para burro e português”…

6. Invenções, modernices, merdas que não interessam a ninguém como a ciência & a tecnologia,  a investigação & o desenvolvimento, são chamadas de … americanices.

7. Se um portuga é gabarolas, se gosta de armar ao pingarelho, ou fazer-se grande demais, é logo apelidado de amigo de espanholadas, ou de construir castelos em Espanha;  se estudou numa universidade estrangeira, é logo apelidado de estrangeirado.pelos indígenas...

8. Se ele faz um esforço de comunicação com os seus amigos e vizinhos espanhóis, riem-se do tipo por que não fala o espanhol de Cervantes mas sim um divertido portunhol (que é um novo dialeto ibérico). Uma coisa que ninguém lhe nega é o sentido e a capacidade de desenrascanço, vocábulo que até agora nbão eqyuivalência noutras línguas cultas...

9. Em matéria de amores, e apesar da vizinhança, o balanço poderia ser bem mais positivo: o Portuga diz que “de Espanha nem bom vento nem bom casamento”… Os espanholitos não entendem os seus vizinhos: “Portugueses, pocos pero locos”…

10. Em Portugal, que é uma terra de gente invejosa, uma pessoa também não pode viver com um mínimo de luxo, conforto e ostentação (Champagne, jaquinzinhos, Mercedes em 2ª mão, lagostins, barraca no Algarve com piscina desmontável, férias na neve em Sierra Nevada...), sem que os seus míseros vizinhos venham dizer que vive à grande… e à francesa.

11. Se o gajo tem um pé de meia, é poupado, tens uns dinheiritos numa conta na Suiça (, sim, porque a banca suiça democratizou-se, é inclusiva, vê bolsas mas não corações…) é por que é agarrado ao dinheiro, forreta, capitalista, corrupto, ganancioso, logo tem uma costela de… judeu. Por outro lado, fazer judiarias é, por exemplo, comer criancinhas ao pequeno almoço como se dizia, que comiam os bolcheviques da rússia soviética e, por extensão, todos os comunistas antes da queda do muro de Berlim. Agora há outros que não comem criancinhas, mas tiram o leite às criancinhas....

12. Pelo contrário, se ele, o portuga,  te faz uma sacanice ou te apunhala pelas costas, logo dirás que é umitaliano, mafioso. Ou no mínimo filho da mãe...ou da outra. Se se arma em esperto, essa esperteza pode ser saloia (do nome dado aos aos mouros de Lisboa, antes da conquista cristã em 1147: de çala ou salab, nome dado as orações que eles faziam)… Saloio, por extebnsão, é o habitante dos arredores de Lisboa, alguém que não é citadino, muito menos sofistiacad ou cosmopolita...

13. Se faz algo para causar boa impressão aos outros, ou manter as aparências,  manter a fachada, acusam-no de o fazer só para… inglês ver. Ou para “Bruxelas ver” [, a partir da entrada na (Des)União Europeia],

14. Quando Portugal entrou (desgraçadamente, para alguns), para a União Europeia, em 1986, fez tudo para se tornar o “bom aluno da Europa” (sic) eem vez de dar lições à Europa... Pel contrário, e até se deu ao luxo de dispensar, muito humildemente, um primeiro-ministro em exercício para ocupar, em Bruxelas, o cargo de Presidente da Comissão Europeia; uma das razões para essa requisição do Zé Durão é por que ele era reconhecidamente um poliglota (falava, além da língua materna, o inglês, o francês, o portunhol e… o cherne).

15. No Algarve, o comum dos portugas adora (ou adorava, nos anos sessenta e setenta) ir até à Quarteira engatar e comer  bifas (inglesas e outras nórdicas, com ou sem sardas). Este lado antropofágico  do portuga parece que lhe dá fama e pro

16. Entre tremoços, amendoins e bejecas, eles (os portugas, machos) adoram passar as férias a jogar… à sueca.

17. Elas, as portugas fêmeas, pelo contrário, preferem gastar o subsídio de férias (ou preferiam, no tempo em que ainda havia subsídio de férias…) no Corte Inglês ou noutros estabelecimentos da estranja como a galega Zara.

18. Em África, nos PALOP que já fizeram parte do seu grande império colonial, o português (m/f) ainda é tratado carinhosamente pelo seu diminuitivo, tuga (m/f).

19. Os da Madeira, vá-se lá saber porquê, chamam cubanos… aos do Continente, mas quem fuma(va) charuto cubano é(era) o Alberto João.

D. Quixote e Sancho Pança, ilustração de 
Gustave Doré. Imagem do domínio público.
Fonte: Wikipedia
20. Quinhentos anos depois de Álvares Cabral ter aportado ao Novo Mundo, os portugueses estavam a redescobrir o Brasil, a falar à moda de lá e a importar os seus indígenas (, os brazucas).

21. Católico de batismo, apostólico e romano, mas pouco cumpridor dos 10 mandamentos da lei de Deus, em matéria de fé o portuga tende a ser mais papista que o Papa.

22. Já quando os gajos (três gatos pingados, segundo dizem) chegaram ao País do Sol Nascente [, Japão], por volta de 1543, os japoneses chamaram-lhe… os bárbaros do sul, porque comiam com as mãos e exprimiam os seus sentimentos em público; em contrapartida, uma fila de turistas japoneses a entrar para uma casa de fados, no Bairro Alto, é uma fila de toyotas.

23. O pobre do lusitano, dizem,  tem um complexo de inferioridade desde a ocupação romana (séc. III a.C.)… Os governadores (romanos) da Lusitânia, muito séculos antes da Troika, queixavam-se a Roma de que os lusitanos não se governavam nem se deixavam governar… Na Lusitânia, ”governar” é “meter a mão ao bolso”… Para um puro alemão, como a sra. Ângela Merckel, este trocadilho é ininteligível…

24. Para os franceses, da geração de 1950/60, as mulheres portuguesas já nasciam com bigode, eram todas Marias, peludas e feias, trabalhavam como "femmes de ménage" (mulheres a dias) ou "concierges"(porteira)  e vestiam de preto… Por isso, o tuga, em França, gostava de depedir-se à francesa, isto é, sair sem se despedir…

25. Em contrapartida, "les portugais sont toujours gais", leia-se: pobretes mas alegretes... E às ostras, os parisienses chama(va)m "les portugaises", as portuguesas... Uma tribo "gourmet", hã, estes  parisienses!... Em contrapartida, os portuguesas, que gostam das portuguesas, detestam "ostras"...e só comem "bacalao" ("morue") com batatas... Seco e salgado! (***)

26. Já a cozinha espanhola resune-se, para os vizinhos portugueses, às tapas, aos bocadilhos, às paelhas e às tortilhas... E já não é nada mau!...

27. A sífilis foi durante séculos uma doença terrível que atormentou os nossos soldados, marinheiros,. exploradores, navegadores, bandeirantes, missionários, comerciantes de além-mar...É, um pandemia pós-feudal, resultante do florescimento das cidades, da economia mercantil, da mobilidade espacial e sobretudo dos Descobrimentos, da primeira "autoestrada" da globalização aberta pelos portugueses: a sífilis conhecdia enter os médicos da época como o morbo gálico (gaulês ou francês) era conhecido como o mal italiano em França, o mal espanhol no Novo Mundo, o mal português  na Índia... E hoje o  ébola ? Será que é apenas um problema da África  negra,  subsariana ? Tal como o HIV/SIDA que, nas décadas de 1980/90,  era visto como um problema de saúde... dos homossexuais e, depois,  dos toxicodependentes...

28. Na lista das “10 palavras estrangeiras mais fixes ["coolest"] que a língua inglesa devia ter”, vem em nº 1 o vocábulo português “desenrascanço”.  O sítio é norte-americano e o artigo (de 13 de abril de 2009) tem quase 3 milhões de visualizações (**)...

“Desenrascanço" (sem cedilha...) seria a arte de encontrar a solução para um problema no último minuto, sem planeamento e sem meios... explica o "site": o exemplo mais próximo seria a célebre personagem da série  televisiva MacGyver.

É um traço da "cultura" portuguesa e terá sido a chave para o segredp da sua sobrevivência ao longo de séculos... “Enquanto a maioria dos norte-americanos  terão crescido  sob o lema dos escuteiros,  'sempre prontos', os portugueses fazem exactamente o contrário... Como eles gostam de dizer, est
ão-se "cagando" para os entrretanos, gostam é dos finalmentes...Em suma, há sempre uma solução de última hora para resolver um problema... Para quê estar a perder tempo com planos que saem furados?

Moral da história: O futuro ? Logo se vê... Viva a arte lusitana do desenrascanço!... Andamos a desenrascarmo-nos há mil anos!

29. E provérbios populares portugueses sobre os negros ? Há três ou quatro de que gosto muito: "Ainda que negros, gente somos e alma temos"; "Branco vem de Adão; e negro, não ?"; "Negro furtou, é ladrão; branco roubou, é barão";  "Os negros pintam os seus demónios de branco"... Recorde-se o cognome de Teixeira Pinto, "capitão diabo"...

30. O que fazer com tantas clichés idiotas ? E não se pode exterminá-los ? ... 

Recordo-me dos meus soldados fulas me dizerem, no TO da Guiné, na CCAÇ 12, em pleno chão fula (Badora): "Furié, um balanta a menos  é um turra a menos"... Sabemos como é que acaba o tribalismo, o fundamentalismo, o racismo,  e muitos os outros ismos!...

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Notas do editor

(*) Últino poste da série > 20 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13630: Manuscrito(s) (Luís Graça) (38): Viagem no vinte e oito da Carris

(**) Clicar em: http://www.cracked.com/article_17251_the-10-coolest-foreign-words-english-language-needs.html

(***) Veja-se esta delícia... no sítio Cityzeum, um idiota de um sítio de "aconselhamento turístico"... Não me peçam para traduzir, que perdia a piada toda!... O "top ten" dos preconceitos sobre os portugueses e as portuguesas...

(,,,) Top 10 des préjugés sur les portugais

En voyage, on rencontre une multitude de nationalités, et chacune porte son lot de clichés, parfois justifiés... mais pas toujours. Retour sur les préjugés envers les portugais.

(i) Les portugais sont poilus... 

Côté Méditerranéen oblige, les portugais sont effectivement assez bruns et leurs poils se voient davantage. 

(ii) ...Et les portugaises encore plus !

Depuis des siècles, les portugaises endurent les pires blagues sur leur supposée pilosité abondante. Pourtant, ce n'est pas une généralité !

(iii) Les portugaises sont femmes de ménage ou concierges

La faute au cinéma qui a trop popularisé la femme de ménage Conchita ou la concierge Mme Martinez.

(iv) Les portugais sont plombiers ou maçons

Là aussi une idée reçue qui date des années 50, pendant lesquelles les immigrés portugais acceptaient les boulots les plus ingrats. Aujourd'hui, ce sont les polonais qui ont hérité de ce cliché !

(v) Ils ne mangent que de la morue

Et ça leur donne une haleine délicate et parfumée.

(vi) Les portugaises sont moches

Un cliché largement lié au fait que les portugaises soient réputées poilues. Pourtant, certaines portugaises sont de véritables bombes !

(vii) Les portugais sont petits

Les femmes sont laides et les hommes sont petits : aucun portugais n'est épargné par les stéréotypes ! Mais c'est vrai que les portugais sont généralement moins grands que, disons au hasard... les suédois !

(viii) Les portugais font tout frire

Forcément, la morue c'est tellement mauvais qu'il faut bien l'accommoder d'une manière mangeable : avec de l'huile !

(ix) Les portugais portent une moustache

C'est pour aller avec le look de plombier : salopette, casquette et moustache. Comment ça, on dirait Mario ?

(x) Les portugais parlent fort

C'est l'origine méditerranéenne qui veut ça : les portugais se croient obligés d'élever la voix à 250 décibels pour interpeller quelqu'un qui se trouve à deux mètres.

12 comentários:

Luís Graça disse...

1. Pessoalmente, não gosto nada desta ideia-feita do "desenrascanço" português... Não sei se somos mais desenrascados do que outros povos... Pode ser a nível individual, mas a nivel coletivo, tenho mais dúvidas... Veja-se a nossa história recente...

É verdade que somos capazes de encontrar soluções em momentos difíceis: veja-se o que se passa com a atual geração portuguesa, a dos 25/30 anos, a mais qualificada da nossa história... Nºão foi preciso mostrarem-lhe o caminho (semlpre doloroso) da emigração...

2. talvez o exemplo do "exército colonial portugues" opudesse dar um belo estudo de caso sobre alegado o proverbial desenrascanço... Um exército, maal preparaadom, mal equipado e treinado para a "guerra clássica", que chega a Ango9la e á Guiné. de caqui amarelo, mausers e capacaete de aço... e que se transforma, com o tempo, n uma bioa máquina de guerra "antissubversiça" ou de antiguerrilha, é de se lhe tirar o chapéu!...

Não caio na tentação de fazer comparações com outros exércitos e outros contextos de guerra (Argélia, Indochinam, Vietname...), mas se calhar valeria a pena os estudisos debrucarem-se sobre esse soldado desconheccido a que chamamos "desenrascanço"... Pensem nisso!

Antº Rosinha disse...

Quando Salazar parou o país (para pensar) em 1933 e em 1961 com o caso do extinto Estado Português da India, e o terrorismo no norte de Angola pôs o país a mexer novamente, foi a nossa geração a desenrascar a alhada e a tentar salvar o que podia.

E o resultado está aí, 5 PALOP e Timor Lorosae.

Foi pouco? foi muito? o tempo o dirá.

Talvez mais que a nossa geração, só a geração do Jesuita Padre Antonio Vieira, que acabou com o reinado dos Filipes Castelhanos em Portugal, com os Holandeses e Franceses em algumas partes do Brasil, os Holandeses em Angola, não conseguiu noutras partes do mundo, mas o que sobrou foi imenso.

Lembrar que exactammente nessa altura quizeram os actuais Catalães que agora se querem agora livrar de Filipe VI, no tempo de Vieira não conseguiram livrar-se de Filipe IV.

Pode-se chamar "desenrascanço"? meia dúzia de gatos pingados fazerem frente a Reis, Papas, Russos, piratas, etc.?

também foi desenrascanço, mas foi muita ajuda de indíos, pretos, indianos, indonésios, mestiços e um tal luso-tropicalismo que existiu embora seja denegrido e até negado só porque o Estado Novo se aproveitou desse fenómeno.

Um dos expoentes máximos da força desse luso-tropicalismo foi a formação do MPLA, PAIGC e FRELIMO e MSLTP.

Quem não tem cão caça com gato!









Anónimo disse...

Pois é, Luís

É uma boa antologia... mais pourquoi cettes chose là ne sont elles arrivées aux treinte?
Tudo isso que 'çê escreveu foi bem planejado ou nasceu de uma ideia que, por desenrascanço, virou análise social?
Abraço
Alberto Branquinho

Luís Graça disse...

Branquinho, às vezes é preciso "tapar buracos" no blogue... É desenrascanço, mesmo... À portuguesa...

Tenho um "stock" (estoque, no português do Brasil) ou um "baú", como o Vasco Pires, donde "rapo" algumas coisas (ideias, esboços, escritos antigos...) que depois desenvolvo...

O pretexto acabou por ser o poste do Eduardo de Mansambo e Cobumba (que raio de nome e que raio de sítio para um cmaarada viver!), que dissertou sobre o colchão pneumático que ficou nas lonas e que "virou" manta (*)...

Quem não tem/tinha colchão, dorme/dormia no chão!... Não era assim no "nosso tempo", Alberto e Eduardo ?

Não, não é análise social, é puro humor de caserna!... A análise social tem outros espartilhos, outras regras... E é chata para burro a linguagem do cientista social...

Espero que dês mais achegas... Um abração. Luis
__________

(*) Vd. poste de
26 DE SETEMBRO DE 2014

Guiné 63/74 - P13653: Pedaços de um tempo (António Eduardo Ferreira) (10): Quando a manta passou a servir de colchão

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2014/09/guine-6374-p13653-pedacos-de-um-tempo.html

Manuel Luís Lomba disse...

Luís:
Se de Espanha nem bom vento nem bom casamento, será assunto que respeita a catalães, bascos, galegos, etc; para os portugueses, união ibérica só com as espanholas...

Manuel Luís Lomba

Manuel Luís Lomba disse...

Luís:
Se de Espanha nem bom vento nem bom casamento, será assunto que respeita a catalães, bascos, galegos, etc; para os portugueses, união ibérica só com as espanholas...

Manuel Luís Lomba

Luís Graça disse...

... Manuel Luís, como em tudo há exceções, não quero de modo algum ofender os "matrimónios" lusoespanhóis... Que os há e "muy felices"...

O Dom João VI e a Carlota Joaquim é que foram um mau exemplo ... Dizem que ela era uma megera e provocou uma guerra civil, fratricida, entre os tugas ... Ele, dizem, era feio que nem um bode, mas no Brasil seu coração perdeu-se pelas "mulatchinhas"...

Também dizem que o D. Miguel não era filho do Dom João... Não quero ofender a casa real lusitana... Mas é o que se diz nos "mentideros" da história...E nem tudo o que se diz é para se escrever no livro de honra da história...

Os brasileiros adoram-no. Pudera! Transmitiu-lhes um país que é do tamanho de um continente... Por isso, mais respeito pelo nosso (e deles) Dom João VI...

Boa noite!... LG

Valdemar Silva disse...

Essa de comer criancinhas ao pequeno almoço parece ser mais antiga. Li, algures, que as tropas miguelistas, já acossadas, em Santarém, espalharam pela população que os liberais comiam criancinhas ao pequeno almoço. Mas, afinal, o que os liberais queriam é que as crianças comecem ao pequeno almoço.
Esta 'treta' repete-se quando é preciso assustar os incautos.

Mas, também é muito nossa, para mim a máxima é aquela do elogio ao trafulha, vigarista, fraudulento (que é tudo a mesma coisa) com um 'esperto é ele'.

Luís Graça disse...

Quem já foi vítima de discriminação, baseada no fenótipo (cor da pele, etc.), como eu (em Amsterdão...), sabe como dar valor ao combate contra os preconceitos étnico-linguísticos...e sobretudo contra os comportamentos xenófobos e racistas... É uma experiência que não se esquece mais: (i) és apontado de lado, no aeroporto, por um polícia à paisana, 2 metros de altura, louro, de olhos azuis, só porque o teu fenótipo é mediterrânico, do sul da Eurioa: tanto podes ser português, como bérbere, grego, palestiniano... E usas barbas e cabelo comprido... Aconmteceu no início dos anos 90... E o meu amigo Richard Wynne, irlandês típico, de Dublon, com fenótipo céltico, foi barrado, comigo e outros "europeus", à entrada de um bar em Amsterdão... "Irlandês" tem má fama, á noite...

Luís Graça disse...

Nada como o amor para vencer as barreiras da ignorãncia e do preconceito...

Veja-se aqui notícia do Brasil Post, com data de anteontem... LG
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Programa de intercâmbio Erasmus é responsável pelo nascimento de 1 milhão de bebês, diz relatório

Brasil Post | De Gabriela Bazzo
Publicado: 25/09/2014 12:32 BRT Atualizado: 25/09/2014 15:04 BRT


(...) Um estudo publicado pela Comissão Europeia nesta semana estima que mais de 25% dos participantes do programa de intercâmbio Erasmus conheceram seu parceiro enquanto estudavam fora. O resultado? Um milhão de bebês.

Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde, a marca é significativa e prova que o programa “cria várias coisas positivas”.

O levantamento foi baseado em entrevistas com mais de 88 mil estudantes, professores e empresários, em 34 países e também constatou que pessoas que estudaram no exterior são mais propensas a terem relacionamentos a longa distância.

Segundo o The Independent, o potencial romântico do Erasmus já havia sido mencionado pelo escritor italiano Umberto Eco em 2011.

“O intercâmbio universitário Erasmus criou a primeira geração de jovens europeus”, disse ao jornal italiano La Stampa.

“Eu chamo isso de revolução sexual: um jovem catalão conhece uma menina flamenca: eles se apaixonam, se casam, e se tornam europeus, assim como seus filhos”.

Um terço dos alunos que participaram do Erasmus teve um parceiro de nacionalidade diferente. Entre aqueles que estudaram em apenas um país, o percentual cai para 13%.

O estudo de mais de 200 páginas, no entanto, não fala apenas sobre o potencial afetivo do programa de intercâmbio.

Segundo o relatório, o intercâmbio no exterior aumenta as possibilidades profissionais dos jovens.

De acordo com a pesquisa, enquanto pelo menos um em cada cinco jovens na Europa está desempregado atualmente, 64% dos empresários afirmaram que a experiência internacional torna um candidato mais atraente para um emprego.

Criado em 1987, o programa Erasmus já ajudou mais de 3 milhões de alunos da União Europeia a estudarem no exterior. (...)

(Reproduzido com a devida vénia...)

http://www.brasilpost.com.br/2014/09/25/programa-intercambio-erasmus_n_5882134.html

Anónimo disse...

Luís

Acho que entendeste que gostei muito do apanhado de clichés, estereótipos, preconceitos... que fizeste. Eu divirto-me a citá-los e a usá-los como provocação em conversas com amigos. É que parece que não, mas usá-los de forma crítica, verrinosa até, faz bulir com almas acomodadas e que se sentem atingidas (não sei porquê).
Por exemplo: num texto transcrito nos comentários é referido que, por causa de um programa qualquer, um catalão conheceu uma flamenca(!), tiveram dois filhos e, agora, são todos europeus. Ora, isso fez-me lembrar a verrina do Juca Chaves quando "gozando" com a moda brasileira da viagens à Europa, punha um casal a contar para os amigos que "Primeiro fômo a Lisboa e despois fomos passear para a Europa". Há uns tempos "virou" moda precisamente o contrário.
(ATT: Deixou de ser usado o portuguesíssimo verbo "tornar-se"...)
Abraço
Alberto Branquinho

Anónimo disse...

Eu sou preconceituoso

Da estupidez,ignorância,do "chico esperto",falta de civismo,dos que julgam que só têm direitos, dos "racistas" até porque só há uma raça que é a humana, dos fundamentalistas, dos invejosos,do cinismo e hipocrisia, do populismo saloio..etc...

Tenho mesmo preconceito.

C.Martins