quinta-feira, 9 de junho de 2016

Guiné 63/74 - P16182: Memória dos lugares (340): Gadamael, 1974: foto dos régulos de Ganturé e de Gadamael... O de Ganturé chamava-se Abibo Injassó (Carlos Milheirão, ex-alf mil, CCAÇ 4152/73, Gadamael e Cufar, 1974)


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Foto: © Carlos Milheirão (2016). Todos os direitos reservados.




1. Mensagem de Carlos Milheirão [ex-alf mil, CCAÇ 4152/73, Gadamael e Cufar, 1974]


Data: 9 de junho de 2016 às 00:02


Assunto: Foto de Gadamael


Olá, caro Carlos Vinhal

Porque li um "post" em que alguém falava do régulo de Ganturé, lembrei-me de que tenho uma foto onde estão os dois (o de Ganturé e e o de Gadamael). Não me lembro de quem é quem mas lembro-me que o de Ganturé se chamava Abibo [Injassó].(*)

Abraço,

Carlos Milheirão (**)

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Notas do editor:



(...) A CART 494, comandada pelo então Capitão de Artilharia Alexandre Coutinho e Lima, embarcou em Lisboa, no navio Niassa, em 17 jul 63, tendo desembarcado em Bissau em 24 jul.

Esteve em Ganjola  (Norte de Catió), desde 17 set 63 (, desembarcámos às 11H00, ) até 15 dez 63, sendo a primeira tropa portuguesa a ocupar aquela localidade.

O baptismo de fogo foi no dia da chegada, em pleno dia (16h30); um grupo inimigo (IN) atacou com grande intensidade de fogo, aproximando-se a cerca de 3 metros, nas poucas zonas onde já estava instalado.

O IN teve 4 mortos confirmados, encontrados no meio do capim, com as respectivas armas: 2 Espingardas Mauser, 1 carabina e 1 pistola metralhadora PPSH. As nossa tropas (NT) não tiveram a mais pequena beliscadura; foi um dia de muita sorte.

Desde 17 set 63 até 28 mai 65, ocupou Gadamael, sendo a primeira Companhia naquela localidade. Neste período, construiu, a partir do zero, dois aquartelamentos: a sede da Companhia e o destacamento de Ganturé.

Realizou uma intensa actividade operacional, no sector que lhe foi atribuído, bem como a abertura e manutenção dos respectivos itinerários. Gadamael foi uma verdadeira plataforma logística, pois no seu “porto” desembarcavam os reabastecimentos para a Companhia e para as guarnições de Guileje, Mejo e Sangonhá/Cacoca, que davam origem às respectivas colunas, para os levar ao destino.

A Companhia realizou uma permanente acção psicossocial, no sentido de fazer regressar as populações, que se traduziu pelo regresso a Ganturé do seu Régulo Abibo Injassó e de 108 elementos da população.

Desde 28 mai 65 até 18 ago 65, esteve no sector de Bissau, onde desenvolveu acções de patrulhamento, acção psico social e assistência sanitária às populações.

A Companhia regressou a Lisboa em 18 ago 65, a bordo do navio Uíge; seguimos para o Regimento de Artilharia Pesada nº. 2, em Vila Nova de Gaia, onde o pessoal foi desmobilizado. (...)






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