segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17777: O que é feito de ti, camarada (7): Coelho, meu colega de escola (até à 3ª classe, nos Casais da Vestiaria, Alcobaça), e que fez comigo a recruta, em 1971, no CICA 4 (Centro de Instrução de Condução Auto), Coimbra... Depois perdi-lhe completamente o rasto (Juvenal Amado)


Foto nº 1 A


Foto nº 1 B


Foto nº 1 - Coimbra > CICA  (Centro de Instrução de Condução Auto) 4  > 1971 > Camaradas da recruta.  Ao meu lado (foto nº 1 A), o Coelho, meu colega de escola (até à 3ª classe), nos Casais da Vestiaria, Alcobaça.

Foto (e legenda) © Juvenal Amado (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Em mensagem de 17 de julho de 2017, o nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74),  enviou-nos um poema de sua autoria, "Tempo" (*), e a seguinte nota:.

"Carlos e Luís,  nesta foto tínhamos dias de recruta no CICA4 em Coimbra.

Só me lembro do nome do camarada mesmo ao meu lado direito. Chamava-se Coelho, andamos os dois na escola primária até à 3ª classe,  nos Casais da Vestiaria, deixei de o ver quando vim morar para Alcobaça onde fiz a 4ª a classe e me empreguei.

Reencontrei-o na recruta em 1971, depois voltámo-nos a perder de vista nas voltas que a vida dá."


2. Comentário do editor:

Juvenal,  está tudo dito no belo poema que escreveste sobre o "Tempo" (*)... Muita da poesia que os poetas escrevem é sobre esta "matéria", o tempo que nos escapa das mãos, como areia do deserto, e as nossas memórias esburacadas e doridas...  

O que é será feito do Coelho, teu colega de escola  (**) ?  Tu foste parar à Guiné, e o Coelho (e outros "filhos  dos monges cistercenses de Alcobaça") ?  Foi mobilizado, para Angola, Guiné ou Moçambique ? Foi para a peluda ?  Regressou  "são e salvo" do ultramar ? Emigrou ? Casou, teve filhos ? É vivo ? Se sim, por onde pára ?... É muito pouco provável que conheça o nosso blogue e te/nos descubra... A tua foto tem 46 anos... Mas, mesmo assim, "o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca.. é Grande!",,, 

(...) Na neblina julgo ver vultos,
fugazmente vislumbro algo indefinido,
vejo jovens enlaçados que flutuam,
não sabem ainda que a juventude
é um momento fugaz,
é uma pétala que se solta,
que se esmaga entre os dedos
e solta a fragância.
Esse é o aroma do tempo que passa,
e os cemitérios são os nossos fieis depositários (...)

_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 20 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17604: Blogpoesia (520): Não é possível conservar o tempo (Juvenal Amado, ex-1.º Cabo Condutor Auto)

1 comentário:

Juvenal Amado disse...

Luís é verdade na altura esperava encontrar qualquer um deles ao virar da esquina. A amizade que tínhamos na altura esbateu-se pela ausência.
Engraçado na mesma escola andei com dois irmãos. Um deles chamava se Augusto e era um bocado torto e o que a minha mãe chamaria mal inclinado. Quando vim de férias a casa viajamos no mesmo avião pois ele era de uma das companhias de comandos que prestavam serviço na Guiné. Bebemos uns Whiskies e também o perdi de vista. Já o irmão via com frequência pois trabalhava em Alcobaça.

Quando for a Alcobaça vou entrar em contacto com o José Lourenço e saber dele

Um abraço