quinta-feira, 22 de março de 2018

Guiné 61/74 - P18448: (D)outro lado do combate (23): "Plano de operações na Frente Sul" (Out-dez 1969) > Ataque a Bolama em 3 de novembro de 1969 - II (e última) Parte (Jorge Araújo)



PAIGC - Combatentes cambando um rio, de canoa

Citação: (1963-1973), "[dez?] Combatentes do PAIGC atravessando um rio de canoa", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_44127 (2018-3-10), com a devida vénia.


Jorge Alves Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 

(Xime-Mansambo, 1972/1974); coeditor do blogue desde março de 2018




GUINÉ: (D)O OUTRO LADO DO COMBATE >"PLANO DE OPERAÇÕES NA FRENTE SUL" [OUT-DEZ 1969] - ATAQUE A BOLAMA EM 3 DE NOVEMBRO DE 1969 (AO TEMPO DA CCAÇ 13 E CCAÇ 14)

(II e última parte)


1. INTRODUÇÃO

Com este segundo e último fragmento relacionado com o ataque a Bolama, em 3 de Novembro de 1969, 2.ª feira, damos por concluída a análise à terceira missão do "plano de acções militares", de um conjunto de nove flagelações a diferentes aquartelamentos das NT, situados nas regiões de Quinara e de Tombali, todas agendadas para o último trimestre desse ano.

No caso particular da flagelação à cidade de Bolama, as forças mobilizadas pelo PAIGC eram constituídas por cerca de cento e vinte elementos, correspondentes a um grupo de artilharia com duas peças "GRAD", cada uma delas preparada para projectar dois foguetes de 122 mm, e três bigrupos de infantaria, para segurança aos artilheiros, todos agindo sob as ordens do comandante Umaru Djaló (1940-2014) que, como foi referido na parte I deste trabalho [P18439], viria a morrer a 29 de Maio de 2014, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com 74 anos.

Este efectivo mais reduzido, quando comparado com os anteriores, é justificado pelos seus objectivos específicos e, também, pelo facto de estarem programados outros ataques para os dias imediatos, como eram os casos de Cacine e Cabedú, por esta ordem, conforme pode ser confirmado no quadro abaixo.






Para a concretização desta missão, os efectivos referidos tiveram que percorrer a pé cerca de setenta quilómetros, correspondente à distância entre a base de saída [Botché Chance] e o local escolhido para a posição de fogo [Ponta Bambaiã]. Este percurso demorou cinco dias, com a partida a acontecer às 17 horas do dia 29 de Outubro, 4.ª feira, e a chegada à Ponta Bambaiã às 16 horas do dia 3 de Novembro de 1969, 2.ª feira, o que equivale a uma caminhada média/dia de quinze quilómetros.

O percurso foi o seguinte: saída de Botché Chance pelas 17 horas do dia 29 de Outubro de 1969, 4.ª feira. Cambança do rio em Botché Col até às imediações de Gândua (dia 30). Nova cambança do rio Tombali em Iangue com chegada à Bolanha Longe (dia 1). Travessia de novo plano de água até atingir Paiunco de manhã (dia 3), com chegada a Ponta Bambaiã pelas 16 horas, onde iniciaram os preparativos do ataque.

Cumpridos os objectivos da missão, que durou dez minutos, os elementos desta força regressaram às suas origens, utilizando o mesmo itinerário mas, agora, em sentido inverso.

Referimos, uma vez mais, que para a elaboração desta narrativa, como para todas as outras que fazem parte deste dossiê específico, já publicadas ou a publicar, foi utilizado o relatório "das operações militares na Frente Sul" [http://hdl.handle.net/11002/fms _dc_40082 (2018-1-20)], documento dactilografado em formato A/4, sem capa e sem referência ao seu autor, localizado no Arquivo Amílcar Cabral, existente na Casa Comum – Fundação Mário Soares.





2. DESTINATÁRIOS DO ATAQUE A BOLAMA EM 3NOV1969 - A CCAÇ 13 (CCAÇ 2591), A CCAÇ 14 (CCAÇ 2592) E O CIM

Recordam-se, com vista aérea de Bolama e respectiva legenda, os espaços mais frequentados pelos militares durante a sua premanência naquela cidade. Imagem postada pelo camarada grã-tabanqueiro ex-Alf Mil Rui G. Santos, Bedanda e Bolama da 4.ª CCAÇ (1963/1965) – in: http://riodosbonssinais.blogspot.pt/search/label/bolama ou "Bolama… no meu tempo – Guerra do Ultramar", com a devida vénia.

No CIM (Centro de Instrução Militar) de Bolama, em finais de Outubro de 1969, estavam em fase de conclusão de instrução/formação mais duas Companhias de Caçadores designadas por CCAÇ 13 e CCAÇ 14, saídas da união entre praças africanas do Recrutamento Local e oficiais, sargentos e praças especialistas oriundos da Metrópole. Os quadros metropolitanos destas novas Unidades Independentes, mobilizados pelo Regimento de Infantaria 16, de Portalegre, pretenciam à CCAÇ 2591, que deu origem à CCAÇ 13, e a CCAÇ 2592 à CCAÇ 14, respectivamente.

No caso deste ataque a Bolama, ele foi presenciado pelos colectivos das duas Unidades acima, uma vez que se encontravam no cais da cidade preparando-se para o embarque em LDG, rumo a Bissorã e a Cuntima, locais onde passariam a desempenhar as suas missões operacionais.



Guiné > Região do Óio > Bissorã (1969/70) – A porta de armas do quartel por onde entrou a CCAÇ 13, substituindo a CCAÇ 2444 (1968/70 - companhia açoreana) na sua missão. Foto do camarada Armando Pires (ex-fur mil enf.º da CCS/BCAÇ 2861, Bula e Bissorã, 1969/70), com a devida vénia. (P12023).

De entre aqueles que viveram a emoção/tensão de ouvirem e sentirem o rebentamento dos foguetes 122 mm, recupero os testemunhos dos camaradas ex-furriéis Carlos Fortunato (CCAÇ 13/CCAÇ 2591) e Eduardo Estrela (CCAÇ 14/CCAÇ 2592), ambos membros da nossa «Tabanca».

Carlos Fortunato refere que "no dia 3/11/1969 quando a CCAÇ 13 [CCAÇ 2591 - "Os Leões Negros"] estava no cais de Bolama, preparando-se para embarcar numa LDG [rumo a BISSORÃ], ouviu-se um longínquo 'pof' vindo da parte continental (zona de Tite). Um dos africanos disse 'saída' sorrindo, mas logo a seguir passaram sobre as nossas cabeças 3 [no relatório constam quatro] foguetões de 122 mm. Um acertou numa das pequenas vivendas que corriam ao lado da rua principal [imagem abaixo], que ligava o porto ao largo principal da cidade, apenas a uns escassos 30m do local onde estávamos. Outro caiu no largo principal um pouco mais acima, e o terceiro mais longe, já fora da zona habitacional. Corremos de imediato para o local dos impactos para prestar assistência às eventuais vítimas, mas felizmente apenas houve ferimentos muito ligeiros entre a população". […] "Os morteiros 107 mm existentes no quartel de Bolama responderam ao fogo". […] [sítio: CCAÇ 13 – Os leões Negros: Memórias da Guerra na Guiné (1969/71)]. [P9337].



Guiné > Arquipélago dos Bijagós > Bolama > Rua principal de Bolama, onde caiu o primeiro foguete 122 mm. Imagem postada pelo camarada grã-tabanqueiro ex-Alf Mil Rui G. Santos, Bedanda e Bolama da 4.ª CCAÇ (1963/65) – in "Bolama… no meu tempo – Guerra do Ultramar", com a devida vénia.

Por outro lado, Eduardo Estrela, da CCAÇ 14 [CCAÇ 2592], acrescenta que "partimos em 3 de Novembro de 1969 para a zona operacional que nos tinha sido destinada, CUNTIMA, junto à linha de fronteira do Senegal. Ainda em Bolama (…) sofremos, à hora da saída da LDG, um ataque onde o PAIGC utilizou pela primeira vez foguetões terra-terra. Ninguém sabia que tipo de armamento o PAIGC utilizara e só em Bissau, no dia seguinte, nos foi comunicado o tipo de arma". [P11365].



Guiné > Região do Óio > Cuntima (1970) – 4.º Pelotão da CCAÇ 14, do ex-fur António Bartolomeu, o 1.º da direita. [P9456], com a devida vénia.

Para concluir esta narrativa histórica resta-nos referir, no ponto seguinte, alguns aspectos técnicos relacionados com o uso da peça "GRAD", arma utilizada neste ataque a Bolama, assim como dos resultados obtidos que constam no relatório.

Encerraremos o trabalho apresentando os quadros das baixas [mortes] de cada uma das Unidades, desde a sua criação [1969] até ao final do conflito [1974].


3. O ATAQUE A BOLAMA EM 3NOV1969… COM FOGUETES 122 MM "GRAD" LANÇADOS DA PONTA BAMBAIÃ

Objectivos da acção:


O objectivo definido para esta acção previa o bombardeamento de Bolama, através da utilização de quatro foguetes 122 mm lançados de duas peças "GRAD" colocadas na orla costeira da zona sudoeste da região de Quinara, mais precisamente na Ponta Bambaiã [ver imagem de satélite abaixo].

Porém, a escolha deste local está ligado a muitos outros antecedentes históricos. O primeiro de todos, a 23 de Janeiro de 1963, teve por cenário o ataque ao quartel de Tite, aquele que ficaria gravado como o do início do conflito armado, e que faz parte da mesma região, Quinara.

De acordo com a obra do historiador africano Leopoldo [Victor
Teixeira] Amado, nascido em Catió em 1960, e que em 2010 concluiu o seu doutoramento em História Contemporânea pela Universidade de Lisboa [, e j+a na altura membro da nossa Tabanac Grande], nela é referido que "a partir do dia 12 de Março de 1963 o PAIGC aumentou substancialmente a sua actividade. Assim, destruíram vários pontões nas áreas de Tite e de Buba; flagelaram Dar-es-Salam, na península de Empada; cortaram as estradas de acesso a esta povoação e os locais de embarque para Bolama; incendiaram o barco a motor da carreira Bolama-Ponta Bambaiã; impediram o carregamento de mancarra e arroz num barco atracado em Dana, a nordeste de Fulacunda, no rio Corubal; atacaram a tabanca fula de Priame, junto a Catió; flagelaram Cufar e Fulacunda… […] Finalmente, em 25 [Março'63], capturaram no porto de Cafine (rio Cumbijã) os barcos a motor «Mirandela», da Casa Gouveia, e «Arouca», da Casa Brandão, tendo-os levado para a República da Guiné-Conacri com a conivência de parte da tripulação". In: "Guineidade & Africanidade: Estudos, Crónicas, Ensaios e Outros Textos", Lisboa, Edições Vieira da Silva, 2013, pp 117-118.

A 30 de Março de 1963, cinco dias depois desta ocorência, Amílcar Cabral (1924-1973) dirige uma carta a "Nino" Vieira [MARGA, pseudónimo de guerra] elogiando o seu desempenho na captura dos barcos, nos seguintes termos:

"Em particular quero felicitar-te pela operação que terminou pelo envio para aqui dos motores «Mirandela» e «Arouca». Esta operação, pela sua importância no quadro da nossa luta, do género de luta que o nosso Partido adoptou, pelo sucesso total de que foi coroado, vem provar-nos que somos capazes de realizar tudo o que o nosso Partido projectou fazer para a conquista da liberdade, e para a construção da felicidade do nosso povo". […] 



Citação: (1963), Sem Título, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/ 11002/fms_dc_36648 (2018-3-10)



Trabalho técnico da artilharia na posição de fogo [peças "GRAD"]

1. Localização exacta da posição de fogo no mapa.

2. Medição, pelo mapa, da distância entre a posição de fogo e o centro da cidade – 9.800 metros.

3. Localização no terreno e no mapa de um ponto de referência bem determinado (observatório do porto de Bolama).

4. Medição, pelo mapa, do desvio angular entre a direcção do ponto de referência escolhido e a direcção de fogo – o-35, à esquerda.

5. Determinação aproximada das correcções a introduzir em virtude da pressão atmosférica e temperatura – (-100 metros).

6. Determinação da alça pela tabela de tiro.

7. Determinação da deriva a partir do ponto de referência. Como há que introduzir sempre uma correcção de (0-35, à direita) resultou que a deriva foi de 30-00 apontando para o ponto de referência.

8. Instalação das peças, introdução dos dados obtidos e fogo.




Reacção das tropas colonialistas que abriram fogo de várias armas – metralhadoras, morteiros, canhões (de barco), sem no entanto terem localizado o local donde tinham partido os foguetes.

Retirada sem problemas pelo mesmo itinerário do acesso ao lugar.

Resultados

Segundo informações [pouco ou nada] fidedignas, na manhã do dia 4 de Novembro, 3.ª feira, ainda havia incêndio em Bolama. Todos os obuses caíram dentro da cidade e provocaram grandes destruições.






Na impossibilidade da elaboração de uma infogravura referente ao itinerário percorrido pelas forças mobilizadas para este ataque, já referido na introdução, optei por utilizar a imagem de satélite abaixo, indicando a vermelho a Ponta Bambaiã, local escolhido para o disparo dos foguetes 122 mm sobre Bolama.



4. BAIXAS

- CCAÇ 13 (ex-CCAÇ 2591)

Desde a sua criação [Nov'1969], a CCAÇ 13 contabilizou 9 (nove) baixas, sendo 2 (duas) do Contigente Metropolitano e 7 (sete) do Recrutamento Local.






- CCAÇ 14 (ex-CCAÇ 2592)

Desde a sua criação [Nov'1969], a CCAÇ 14 contabilizou 8 (oito) baixas, sendo 2 (duas) do Contigente Metropolitano e 6 (seis) do Recrutamento Local.




Continua…

Obrigado pela atenção.

Com forte abraço de amizade,

Jorge Araújo.

21MAR2018.
________________

Nota do editor:

Ultimo poste da série > 20 de março de 2018 > Guiné 61/74 - P18439: (D)outro lado do combate (22): "Plano de operações na Frente Sul" (Out-dez 1969) > Ataque a Bolama em 3 de novembro de 1969 - Parte I (Jorge Araújo)

6 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Só havia um homem capaz de escrever esse relatório sobre os primeiros ataques e flagelações com o Grad, o famoso "jato do povo"... Esse homem era o cabo-verdiano Osvaldo Lopes da Silva...

Fermented, para nós que estávamos no TO da Guiné nessa altura, o PAIGC só tinha um Osvaldo Lopes da Silva...

Repare-se: neste primerio ataque a Bolama, em 3 foguetes 122 mm,. 2 caiem no perímetro habitacional de Bolama, a crer na versão do Carlos Fortunato (que era fur mil trms, da CCAÇ 13, e é membro da nossa Tabanca Grande)... Se fosse feito fogo barragem, com dezenas de foguetes, os estragos poderiam bem ser maiores...

É evidente que nos relatórios de guerra ninguém tem que fazer prova de honestidade intelectual... O Osvaldo Lopes da Silva aqui também puxou dos galões para impressionar o Amílcar Cabral...

Por outro lado, convinha fazer chegar aos russos a ideia de que a nova arma, o Grad, tinha efeitos devastadores... Mas os russos não deviam ser burros, sabiam que o PAIGC tinha poucos especialisas em artilharia com o gabarito do Osvaldo Lopes da Silva...

Antº Rosinha disse...

"a partir do dia 12 de Março de 1963 o PAIGC aumentou substancialmente a sua actividade. Assim, destruíram vários pontões nas áreas de Tite e de Buba; flagelaram Dar-es-Salam, na península de Empada; cortaram as estradas de acesso a esta povoação e os locais de embarque para Bolama; incendiaram o barco a motor da carreira Bolama-Ponta Bambaiã; impediram o carregamento de mancarra e arroz num barco atracado em Dana, a nordeste de Fulacunda, no rio Corubal; atacaram a tabanca fula de Priame, junto a Catió; flagelaram Cufar e Fulacunda… […]

Ora, isto a ser tal qual, em 63 se já atacavam tabancas, portanto ainda indefesas, foi uma atitude igual ao que aconteceu em 1961 em Angola com o terrorismo da UPA.

Se assim foi, Amilcar Cabral copiou tal qual como os terroristas da UPA de Holden Roberto.

Não foi na dimensão, mas foi na intensão.

Holden Roberto vai a eleições com 1%.



Anónimo disse...

Caro Rosinha,

Desde o inicio, o PAIGC, atacava tabancas indefesas sobretudo quando as mesmas eram de Fulas, pois estes nao quiseram entrar na Aventura de luta de libertaçao nacional porque diziam que eles eram livres o que, de certo modo, era verdade, mais o maior problema residia no facto de que a parte mais visivel da rebeliao era encabeçada por Mandingas e seus sobrinhos Beafadas. Isto é verdade na fase inicial da luta, pois na realidade os Balantas foram empurrados para a Guerra pela estrategia errada dos Portugueses de considerar que todos os que nao estavam sob seu estrito e directo controlo e supervisao eram Turras cujas tabancas podiam ser bombardeadas e saqueadas e queimadas.

Na nossa aldeia, fomos corridos a tiro da costureirinha (como voces dizem), a semelhança de centenas de outras aldeias ao redor. Na altura, todos os Regulados de Oio, Carresse, Cola ja tinham sido esvaziados das suas populaçoes e se os Grandes de Sancorla nao tivessem oposto uma forte resistencia, com o apoio de tropas portuguesas, toda a zona norte das regioes de Bafata e Gabu podiam estar em risco de acontecer a mesma coisa.

Eh verdade que as elites e verdadeiros mandantes eram outras pessoas, mas essa verdade nao estava ao alcance de todos e certamente a contrapropaganda portuguesa também funcionou para fazer o resto. Pessoalmente, so depois depois da independencia eh que saberia que do outro lado, tambem, lutavam pessoas de outras etnias que nao Mandincas/Beafadas.

Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

Antº Rosinha disse...

Cherno, Quando oiço coisas da guerra na Guiné, a minha cabeça transporta-se logo para a guerra que eu vi em treze anos em toda a Angola, menos Cabinda.

E com isto que agora me transmites, sobre a diferença de atitudes étnicas dentro do PAIGC, que mais ou menos me apercebi nos anos que andei aí na tua terra, é como que enquanto em Angola havia três partidos e algumas facções dentro deles próprios, aí na Guiné, Amílcar Cabral conseguiu meter os gatos todos no mesmo saco.

Esse saco continua com os gatos lá dentro a arranharem-se ainda hoje.

E não param mais.

Cherno, um pouco ao lado.

Sabes que aqui em Portugal, todos, muitos, aqui em Portugal afirmam que Salazar, (culpado de tudo) devia ter negociado a independência com Amílcar Cabral em 1961/2/3, ou mesmo antes.

Pensa e se puderes diz-me um dia aqui, o que se podia esperar, no tempo do teu velho pai, sem televisões, sem comunicações tipo telemóveis, apenas de tambores, com vizinhos tipo Senghor, Sekou Toure, Casamance mais guerra fria, e Portugal sem força internacional.

Penso que deve haver uma opinião geral mais ou menos uniformizada sobre o assunto na Guiné e guineenses espalhados pelo mundo.

Já que nos transmites tanta coisa, dá uma ideia sobre o pensamento geral, sobre este hipotético assunto.

Um abraço

Valdemar Silva disse...

Boa tarde, Jorge Araújo.
Consegui encontrar o livro da História da minha Unidade CART 2479,depois CART 11.
O descrição do ataque a Nova Lamego com foguetões 122mm é igual ao que eu já relatei
anteriormente, com a excepção de serem 2 rampas de lançamento e 6 os foguetões
lançados. Como, também, já relatei foi o meu Pelotão (4º.GCOMB) que fez o reconhecimento do local em que foram feitos os lançamentos.
Enviei cópia da folha do livro HU, com o relato, ao Luís Graça, por não saber o teu
contacto e para ele f.f. de o fazer chegar a ti.

Ab.
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

OK... Valdemar.

Já recebi o documento que me mandaste... Obrigado!

Vou investigar... Darei notícias logo que possível.

Ab. Jorge Araújo