sábado, 31 de março de 2018

Guiné 61/74 - P18472: (De)Caras (106): Os 7 bravos da Tabanca de Matosinhos (...mais um, o Evaristo) com quem almocei na 4ª feira passada (Luís Graça) - Parte I


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > 28 de março de 2018 > Almoço semanal, à 4ª feira > Apareceu o editor do blogue da Tabanca Grande, de surpresa (, só o Zé Teixeira é que sabia, de véspera...). Éramos nove os convivas, na foto falto eu, que fui o fotógrafo, e o Evaristo, que foi fumar um cigarro à rua... Da esquerda para a direita: Carlos Louro (7), Leite Rodrigues (6), Zé Manel ("Josema")(5), Vitorino (4), Zé Teixeira (régulo da Tabanca) (3), José Ferreira (2) e Rodrigo (1).


Foto (e legenda): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


 (De)Caras (105): Os 7 bravos da Tabanca de Matosinhos (...mais um, o Evaristo) com quem almocei na 4ª feira passada (Luís Graça) - Parte I


(i) Mensagem de Luís Graça para o Zé Teixeira, depois do almoço na Tabanca de Matosinhos:

Data / hora: 29 de março de 2018 20:56:17
Para: José Teixeira
Assunto: Os 7 bravos da Tabanca de Matosinhos

Zé: Não estava à espera de tanto... Vocês foram gentis, hospitaleiros, bons camaradas,,, Ainda estive com a "tuna rural de Custóias" até às 20h!... E tiveram a gentileza, o Matias, de me levarem até casa, na outra banda, na Madalena!,,, Quis pagar o "táxi", mas não me aceitaram... No ensaio, fiz muitos vídeos, que me autorizaram a partilhar...

Olha, junto uma foto para tu poderes acrescentar os nomes da malta toda...

Boa e santa Páscoa!... Luís


(ii) Resposta do José Teixeira:

Data/hora: 30 de março de 2018 às 10:27

Assunto: Re: Os 7 bravos da Tabanca de Matosinhos

Bom dia,  Luís

Ainda bem que gostaste de estar connosco.

Tu, para nós és uma referência, porque ousaste pegar no clarim e pôr os combatentes a pensar Guiné - o tempo que tanto nos marcou e teimávamos a fechar dentro da mente. Talvez hoje, muitos dos que têm passado pela Tabanca Grande, Tabanca Pequena de Matosinhos e tantas outras que se foram abrindo por esse Portugal,  não estivessem tão bem do foro psicológico. Pois ler, escrever e partilhar as alegrias, as dores e sofrimento, no fundo os acontecimentos que passamos numa guerra que não nos dizia nada e não queríamos fazer, e que teimavam em ficar retidos na mente,  fez-nos muito bem a todos.

Não só as tabancas que se foram instituindo, mas também as que pontualmente se foram criando e logo desapareceram, isto é, foi-se gerando dentro dos combatentes a necessidade de falarem do passado, graças à ação natural e espontânea daqueles que foram atingidos pelas nossas tabancas e começaram a falar de Guiné, quando encaravam com outros ex-combatentes.

Sobretudo criaram-se laço de amizade profunda, tiraram muitos ex-combatentes das quatro paredes da sua casa e puseram-nos a viver a vida de forma mais comunitária, em ambiente onde nos entendemos bem, onde nos sentimos irmanados.

O que tu chamas "Tuna rural de Custóias" também é, de algum modo uma tabanca, pois ali se acoitam vários ex-combatentes da Guiné, para tocar e cantar e para umas petiscadas de vez em quando. Fico feliz por saber que te sentiste bem. Eu, moro ali ao lado e vou até lá muitas vezes.

Lamento que tenham estado tão poucos convivas na Tabanca de Matosinhos. O período Pascal não ajudou, pois a média de presenças anda pelos vinte convivas. Na fotografia tens, da direita para a esquerda: Carlos Louro (7), Leite Rodrigues (6), Zé Manel (5), Vitorino (4), Zé Teixeira (3), José Ferreira (2) e Rodrigo (1).

Com votos de Boa Páscoa, dá um beijinho à Alice e aos filhotes

Um grande abraço para ti do Zé Teixeira

Boa e santa Páscoa!... Luís


(iiii) Resposta do Luís Graça:

Data / hora: 30 de março de 2018 11:08




Zé: Obrigado pelas tuas palavras amigas. E, como amor com amor se paga, já sabes que tens, deste lado, um amigo, uma casa, uma tabanca... Ainda estou pela Madalena, devo ir mais logo para Candoz... Penso regressar 3ª feira a Lisboa.

Obrigado pela legenda da foto... As que não foram tiradas por mim, ficaram tremidas... Na foto, falta o Evaristo... Sabes-me dizer qual é o apelido dele ? É uma história triste, a que me contaste, a seu respeito...

Vou mandar os vídeos que fiz, são mais de 8 GB... Estás interessado em ficar com uma cópia ? Eu e o Júlio  [, que toca violino, a par do Zé Ribeiro,]  temos em comum dois cunhados, que são cunhados dele e meus. O Júlio casou com uma rapariga que é irmã de uma cunhada e de um cunhado da Alice...Mesmo sendo eu "mal casado" aos olhos da malta cá de cima (, foi o primeiro casamento civil, no Marco de Canaveses, em 1976, em 7 de agosto de 1976...), são meus cunhados também...

Um xicoração, Luís


(iv) Resposta do José Teixeira


Data / hora: 30 de março de 2018 12:10




Luís: Obrigado pela tua amizade que já vem de longe.

Creio que ninguém sabe o apelido do Evaristo [que esteve na Guiné, na Marinha]. Apareceu há cerca de três anos e creio que somos os únicos amigos que ele tem. À quarta feira é sempre o primeiro a chegar e nunca falha. A cabeça é que parece já estar um pouco gasta. Creio que se separou e abandonou (ou foi abandonado por) a  família na sequência da "infiltração" da religião através da mulher que lhe tirou tudo quanto tinham poupado. Vive da reforma que nos parece ser razoável, ao menos isso.

Abraço, Zé.

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