terça-feira, 15 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18636: Agenda cultural (637): Lançamento do livro "A Força Aérea no Fim do Império" (Lisboa, Âncora Editora, 2018, 480 pp.) (José Matos)

Capa do livro


1. Mensagem do nosso amigo José Matos, com data de 9 do corrente,

[Investigador independente em História Militar; tem feito investigação sobre as operações da Força Aérea na Guerra Colonial, principalmente na Guiné; é colaborador da Revista Mais Alto, da Força Aérea Portuguesa; tem publicado também o seu trabalho em revistas europeias de aviação militar, em França, Inglaterra e Itália; é membro da nossa Tabanca Grande desde 7 de setembro de 2015, tendo cerca de 3 dezenas referências no nosso blogue]

Olá,  Luís:

Pedia-te para divulgares no blogue a seguinte obra colectiva.

“A Força Aérea no Fim do Império” é um livro que acaba de sair na editora âncora sobre a forma como a Força Aérea actuou em África durante a guerra colonial. O livro tem textos de 24 autores que abordam diferentes aspectos da actuação da FAP nos antigos territórios ultramarinos.

O livro agora editado vai ser apresentado no dia 28 de Maio, em Lisboa, e incide exclusivamente sobre a acção da Força Aérea nas três ex-colónias. Como sabemos, foi uma força que teve um papel muito importante nas acções militares, mas também no apoio logístico levando comida, correio e outras coisas a quartéis muito isolados.

O livro tem 480 páginas e já está à venda nas livrarias e custa 24€. Para além das livrarias também pode ser encomendado directamente na própria editora. Ver o sítio aqui.

Ab,  Zé


2. Palavras do presidente da Liga dos Combatentes, sobre o livro:

 «Repito e reforço esta ideia, quantos combatentes, de Terra, Mar e Ar, estão vivos e devem a vida à ação da Força Aérea? Jamais se pode falar da História da Força Aérea, sem que se enalteça o período mais brilhante, como Ramo Independente das Forças Armadas Portuguesas: a sua ação na Guerra do Ultramar, antes, durante e depois dela ter terminado. 

"Por isso aqui estamos a enaltecer, sublinhar e agradecer em nome de todos os que direta ou indiretamente sentiram o que foi a ação da Força Aérea, nessa guerra, quer em ações independentes quer na extraordinária forma como conduziu, no seu âmbito, a Cooperação Aeroterrestre. A Força Aérea, sempre ao longo de toda a sua História, tem sabido evoluir de acordo com as circunstâncias e com os recursos disponíveis. Novos combatentes cumprem novas missões nas Operações de Paz e Humanitárias. A todos desejamos os maiores êxitos.»

Joaquim Chito Rodrigues
Presidente da Liga dos Combatentes


3. Sobre os 3 autores do livro, ver as seguintes notas biográficas: 

(i) Tenente-general piloto-aviador António de Jesus Bispo

Nasceu em 1938, em Abrantes. Serviu na Guiné, nos princípios de 1963, por cerca de três meses, como tenente; de agosto de 1964 a abril de 1966, como capitão com qualificação operacional em F86F, T6-HARVARD e DO27 e comandante de esquadrilha e de esquadra; e em nova comissão de serviço, de outubro de 1970 a novembro de 1971, como major com qualificação operacional em FIAT-G91, T6-HARVARD e DO27 e comandante do Centro de Operações Aerotácticas do Grupo Operacional.

Realizou cerca de 1100 horas de voo em acções operacionais do Aeródromo Base n.º 2, depois Base Aérea n.º 12, da Guiné.

É coautor do 9.º livro da coleção Fim do Império, "Olhares sobre Guiné e Cabo Verde".

(ii) Tenente-general piloto-aviador José Armando Vizela Cardoso

Nasceu em 1941, em Torres Novas, e em 1965 foi brevetado na BA1-Sintra, depois de ter frequentado a Curso de Aeronáutica na Academia Militar e concluído o tirocínio em T-37.

Frequentou de seguida, na BA2-Ota, o Curso de Instrução Complementar para Aviões de Caça e o Curso de Instrutor, em T-33. Em 1969 chegou a oferecer-se como voluntário para servir na Guiné, e em agosto de 1972 seguiu para Moçambique, para servir no AB7-Tete, depois de completar o Curso Operacional em F-86F e Fiat G-91, na BA5-Monte Real. 

Como Capitão, no AB7-Tete, exerceu em sobreposição, as funções de Comandante da ESQ702 «Escorpiões», Oficial de Operações do GO7001, Oficial de ligação da Força Aérea com o Exército, Oficial de Segurança de Voo da Unidade e, algumas vezes, foi Comandante do GO7001 e do próprio AB7. 

De regresso a Portugal, em outubro de 1974 foi colocado na BA5 onde, entre julho de 1975 e fevereiro de 1979, foi Oficial de Segurança de Voo e comandou a ESQ 103, voando T-33 e T-38. Entre 1979 e fevereiro de 1983, serviu na Divisão de Operações, do Estado-Maior da Força Aérea. 

Entre fevereiro de 1983 e agosto de 1985 serviu na BA6-Montijo, como Comandante Intº, Comandante do GO61 e 2.º Comandante. Serviu ainda na Divisão de Operações do SHAPE-Bélgica (1985-1988) e como Chefe de Divisão de Operações do EMFA. Em 1992/1993 comandou a BA5, qualificando-se em A-7P Corsair II e, já como Oficial General,  foi Adjunto para as Operações do CEMFA, Chefe de Gabinete do CEMFA e Director do IAEFA.

Deixou voluntariamente a Força Aérea em maio de 2000, com mais de 4000 horas de voo e quase 40 anos efectivos de serviço. Tem 12 condecorações (entre elas a Medalha de Serviços Distintos, com Palma) e 14 louvores.

(iii) Major-general piloto-aviador Ricardo Carvalho Cubas

Nasceu em Lisboa em 1936. Frequentou a Academia Militar tendo obtido o seu brevê depois de completar em T33, o curso complementar de aviões de combate. Foi instrutor de pilotagem no avião T6-HARVARD e fez três comissões em África. A primeira em Angola como piloto da Esquadra 94 em Luanda, a segunda na Guiné como comandante da Esquadra 122 na Bissalanca e a terceira em Angola como comandante da Esquadra 94 em Luanda. 

Para além de mais de cerca de 3 milhares de horas de voo em helicópteros (AL-III e SA330-PUMA) voou ainda, cumprindo muitas missões operacionais nos teatros de operações da Guiné e Angola em vários aviões, nomeadamente T6-HARVARD, DO27 e PV2-HARPOON.

Foi Diretor de Instrução da Força Aérea e delegado do Chefe do Estado Maior para a cooperação técnico-militar com os Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), passando à situação de reserva em 1994 e posteriormente à situação de reforma.

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