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sábado, 3 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24363: In Memoriam (478): Mário Vargas Cardoso, cor inf ref (1935-2023), ex-cap inf, CCAÇ 2402 / BCAÇ 2851 (Có, Mansabá e Olossato, 1968/70) e ex-cmdt do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74) (João Bonifácio, ex-fur mil SAM, CCAÇ 2402, 1968/70, a viver no Canadá); Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil at inf, CCAÇ 3547, Contuboel, 1972/74)



Guiné > Região do Oio > Có > CCAC 2402 (1968/70) > s/d > De pé: alf mil Francisco Henriques da Silva, alf mil Raul Albino (1945-2020) e Cap Vargas Cardoso (*)


Amadora > RI 1 > 1968 > CCAÇ 2402, em formação > Da esquerda para a direita, o primeiro é o Raul Albino (19945-2020), o segundo é o Francisco [Henriques da] Silva e a seguir o Medeiros Ferreira. Só falta nesta fotografia de grupo o Beja Santos. Também aqui falta o comandante da companhia, cap imnf Vargas Cardoso (1935-2023).  O Medeiros Ferreira, o histórico dirigente estudantil da crise académica de 1962,  não compareceu no embarque, a 24 de julho de 1968, no N/M "Uíge", com destino ao  CTIG, desertando para a Suiça; por seu turno, o Beja Santos iria um mês depois, em rendição individual, comandar o Pel Caç Nat 52 (Missirá e Bambadinca, 1968/70). Acabou por ser uma cruz pesada, sobretudo  para o futuro alf mil at inf MA Raul Albino, que teve que lidar, no início da comissão, com duas baixas de vulto dos seus amigos e camaradas, Beja Santos e Medeiros Ferreira (**)

Fotos (e legendas): © Raul Albino (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso camarada John Bonifácio, a viver no Canadá:

Data - quinta, 1/06/2023, 04:00
Assunto - Mais uma baixa na CCAÇ 2402  / BCAÇ 2852  (Có, Mansabá e Olossato, 1968/70)

Este e-mail serve para informar todos os militares que conviveram em Angola e Guiné com o nosso querido amigo Coronel Ref Mário Vargas Cardoso.(***)

Fiz parte da sua CCAÇ 2402 e entre 1968/70 tivemos a oportunidade de servir Portugal. Informo todos que o nosso Capitão de então, deixou esta madrugada de 31 de Maio de fazer parte da nossa família militar. O sr Coronel Vargas Cardoso faleceu. 

Quero em meu nome pessoal e de todos os camaradas da 2402, enviar à sua esposa e toda a restante família, as mais sinceras condolências. O Sr. Coronel Vargas foi um militar de carreira que tudo fez para que todos os seus militares se pudessem sentir jovens válidos e orgulhosos. Poderia testemunhar muitos episódios que, como Furriel Milicino do SAM do seu comando, ambos vivemos uma camaradagem própria e que, om todo o desempenho do resto de Companhia, foi um passo importante para o sucesso da nossa 2402.

Amigo Luís, fico muito grato por esta publicação. Paz à sua alma e um etermo descanso.
Por tudo o que nos ensinou, a nossa saudade.

João G Bonifácio
Ex-Furriel Mil do SAM
CCAÇ 2402/BCAÇ 2851 
Oshawa, Ontario, Canadá

2. Poste de Manuel Oliveira Pereira na página do Facebook da Tabanca Grande, 31 de maio, 13h39:

A noticia que não gostaria de dar...

O meu ex-comandante de Batalhão (BCAÇ 3884, Bafatá, 1972/74), na Guiné, Coronel Mário José Vargas Cardoso, e meu particular amigo, partiu para outra dimensão. Fica o adeus, já com imensa saudade, do "Mano novo para o Mano velho" (forma carinhosa como nos tratamos). 

Descansa em paz "Mano velho"!...
____________

Notas do editor:

(**) Vd. poste de 8 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21622: In Memoriam (376): Raul Albino (1945-2020): recordando as peripécias da formação e partida da CCAÇ 2402 / BCAÇ 2851, com menos duas baixas de vulto, à chegada a Bissau

sábado, 13 de março de 2021

Guiné 61/74 - P22003: Memória dos lugares (418): Sonaco e a loja do sr. Orlando; Fajonquito e o Teixeira (Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil, CCAÇ 3547 / BCAÇ 3884, Contuboel, 1972/74)

Foto nº 1 > Guiné-Bissau > Região de Gabu > Sonaco >  12º 23' 47'' N 14º  28' 55 W:  Localização da antiga loja do sr. Orlando, que ficava na "avenida" principal (que de ia de oeste para leste). Ao fundo, o rio Geba.


Foto nº 2>  Guiné-Bissau > Região de Gabu > Sonaco >  Outra vista da localização da antiga loja do sr-. Orlando, que ficava no lado direito da  "avenida" principal (que de ia de oeste para leste)



Foto nº 3 > Guiné-Bissau > Região de Gabu > Sonaco > Outra vista da localização da antiga loja do sr. Orlando, que ficava no lado direito da  "avenida" principal (que de ia de oeste para leste)


Foto nº 4 > Guiné-Bissau > Região de Gabu > Sonaco > 12º 23' 47'' N 14º 28' 41'' W: Localização da antigo "aquartelamento", onde agora se ergue a mesquita local.
 

Infografias: Manuel Oliveira Pereira (2021) (com a devida vénia ao Google Earth]



Foto nº 5 > Guiné > Região de Bafatá  > CCAÇ 3547 (Contuboel, 1972/74) > Sonaco  >  1973


Foto nº 6 > Guiné > Região de Bafatá  > CCAÇ 3547 (Contuboel, 1972/74) > Sonaco  >  1973


Foto nº 7 > Guiné > Região de Bafatá  >  CCAÇ 3547 (Contuboel, 1972/74) > Sonaco  >  1973


Fotos (e legendas): © Manuel Oliveira Pereira (2021) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Manuel Oliveira Pereira,  na sequência de comentários ao poste P 21992 (*)

[O nosso amigo e camarada, de Ponte de Lima, o Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil, CCAÇ 3547 / BCAÇ 3884 (Contuboel, 1972//74), é membro da nossa Tabanca Grande, da primeira hora]

Foto à esquerda: Contuboel, rua principal. Crédito: Francisco Allen & Zélia Neno (2006).  


Data: sábado, 13/03/2021 à(s) 00:22

Assunto: Sonaco e o sr. Orlando; Fajonquito e o Teixeira 
Manuel Oliveira Pereira,
no Rio Geba, c. 1972/74



Meu caro Luís, as minhas saudações.

O Sr. Orlando era um comerciante com estabelecimento de café e mercearia em Sonaco e ainda outros negócios, nomeadamente o gado bovino . 

A sua loja situava-se a meio da "avenida", no sentido do aquartelamento para casa do Chefe de posto administrativo. 

Curiosamente, e desde há algum tempo, mantenho (reactivei) amizade com as duas filhas,  de seus nomes Helena e Elsa.

Sim, conheço o Teixeira [, da CCAÇ 3549 / BCAÇ 3884, "Deixós Poisar" (Fajonquito, 1972/74)]. Não era da minha Companhia, mas faz parte de um " grupo" de amigos entre membros  das diversas Unidades que compunham o Batalhão  [, BCAÇ 3884, Bafatá, 1972/74]. 

Este grupo (re)encontrava-se - penso já te ter referido isso -, todo ou em parte conforme a disponibilidade de cada um, para além dos "convívios" anuais, e por norma, também, ir a todos (CCS, CCaç 3547, 3547 e 3548). 

Farei os possíveis para o "trazer" para a "Tabanca".

 Quanto aos " negócios" do Sr. Orlando, irei junto das filhas, saber pormenores para "enriquecer" o nosso espaço.

Abraço.
Manuel Oliveira Pereira

PS - Junto algumas fotografias de Sonaco. O nosso antigo aquartelamento é agora a Mesquita. O café do Sr. Orlando está assinalado (a meio da avenida) com o simbolo "localização", a vermelho (**)

____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 10 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P21992: (Ex)citações (393): por que razão é que os fulas não gostavam de vender as suas vacas à tropa (Cherno Baldé, Bissau)

(...) Comentários:

(i) Manuel Oliveira Pereira:

Meu caro Cherno Baldé, como as tuas palavras me fazem recuar no tempo! 

Como sabes, não fazia parte dessa Companhia, mas como a amizade ficou, e independentemente da Companhia a que pertencíamos, vamos-nos (uns tantos) encontrando de tempos a tempos, em particular nos "convívios anuais". 

E é desses " convívios", que me recordo de ouvir o Teixeira (hoje empresário ligado ao comércio de motas), abordar essa questão, não propriamente, pela "comida", mas pelo carinho que sentia (nem sempre expresso) por essas crianças, entre elas tu, que circundavam o aquartelamento de Fajonquito. 

Recordo que um dos grandes intermediários na venda de vacas à "tropa", era o conhecido comerciante em Sonaco, o Sr. Orlando.

Fica o abraço, e vai continuando a contar-nos histórias do "teu" povo, que tanto me (nos) encanta.
Manuel Oliveira Pereira
CCaç 3547 - Os Répteis de Contuboel


(ii) Luís Graça:

Manuel Pereira, tens que nos falar desse sr. Orlando. 

Sonaco era, no meu tempo (1969/71),  o maior mercado abastecedor de gado vacum da nossa tropa. Ia-se de Bambadinca ate lá buscar vacas. 

Quem era esse Orlando ? Quem eram os seus fornecedores ?

E já agora conheces o Teixeira, trá-lo até nós...Era também uma alegria para o nosso irmãozinho Cherno. Ab. Luis

(**) Último poste da série > 2 de fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21841: Memória dos lugares (417): Ilha do Sal, Bissau, Prábis, Ponta do Inglês... Fotos do ex-fur mil Jorge Ferreira, CCAV 678 (Bissau, Fá Mandinga, Ponta do Inglês, Bambadinca, Xime,1964/66) (Rui Ferreira)
 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Guiné 61/74 - P21452: (Ex)citações (374): Colunas militares e populações civis como escudo contra minas e emboscadas, na zona leste, no "chão fula" (Cherno Baldé / Manuel Oliveira Pereira / Carlos Vinhal)



Ponte de Lima > 2019 > 50º aniversário da missa nova de José António Correia Pereira, aqui sentado, na primeira fila [nº 4], ex-alf mil capelão, BCAÇ 3884 (Bafatá,  1972/74): é o terceiro a contar da esquerda para a direita.

O primeiro da ponta é o nosso camarada Manuel Oliveira Pereira [nº 3]. Os restantes são amigos, ex-colegas e ex-camaradas do homenageado. 

O Cherno Baldé, que é um arguto observação e tem uma memória de elefante,  identificou o Manuel Mendes Sampedro [, nº 1], ex-capitão, e o Deus [nº 2], ex-furriel mil, ambos da CCAÇ 3547 , "Os Repteis de Contuboel, tal como o ex-fur mil Manuel Oliveira Pereira [nº 3]. E mais: em comentário da este poste, já acrescentou mais um elemento, do BCAÇ 3884, o Altamiro Claro, ex-alf mil. CCAÇ 3548, que estava em Geba. (Era um craque da bola; foi presidente da CM de Chaves e é o atual provedor da Misericórdia de Valpaços).

Foto (e legenda): © Manuel Oliveira Pereira (2020) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentários ao poste P21433 (*)

(i) Cherno Baldé

Caros amigos,

O Capelão do BCAÇ 3884 [, José António Correia Pereira,]ia com frequência ao aquartelamento de Fajonquito, depois de Contuboel, e a nossa curiosidade de crianças não deixava nada escapar no quartel e arredores. A pequena Capela situava-se fora do arame farpado, pelo que as missas decorriam sob os nossos olhares atentos de crianças.

Um facto curioso que nos saltava à vista, era o número muito reduzido de participantes nessas missas dominicais, comparado com o numero de soldados presentes no quartel e/ou ao reboliço que provocavam as festas de Natal e do Ano Novo.

Na imagem vé-se o [Manuel Mendes Sampedro, que vivia em Fajonquito com a esposa e um filho pequeno] (Capitão da companhia 3549 que substituiu o Patrocinio],  na segunda fila ao meio [, nº 1] e o ex-Furriel Deus (o mais alto da segunda fila de óculos) [nº 2], que entre a população nativa era uma espécie de desmancha-prazeres quando chefiava as colunas para Bafatá, pois não raras vezes, talvez por razões de segurança, era obrigado a reduzir a lotação dos carros e os visados (sempre civis) viam-se assim privados de viajar até Contuboel ou Bafatá. 

Note-se que, na altura, a coluna era um dos poucos, senão o único meio, de as pessoas se deslocarem a uma distância de mais de 30 km nas zonas de guerra.

Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

9 de outubro de 2020 às 13:07  (**)



Emblema da CCAÇ 3549 / BCAÇ 3884, "DExós Poisar" (Fajonquito, 1972/74)

(ii) Carlos Vinhal

Caro Cherno, de Mansabá para Mansoa, o único transporte que havia para os civis eram as colunas, não me lembro se de Mansoa para Bissau havia alternativa, mas pelo menos havia coluna diária.

Algumas vezes, principalmente quando vínhamos de Mansoa para Mansabá, o pessoal civil, vindo talvez já de Bissau, aproveitava o trajecto para comer alguma coisa. Eles descontraídos a merendar e nós, tensos, principalmente na zona do corredor da morte, que, vindo de leste, atravessava Mamboncó em direcçção ao Morés. Ali perdemos o Manuel Vieira e o José Espírito Santo Barbosa.

Passa bem
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

(iii) Manuel Oliveira Pereira

Meu caro Cherno Baldé, meu amigo, mais uma vez, estou a contradizer as tuas "verdadeiras" observações,e porquê? Porque eu, quando possível, e enquanto comandante de Destacamento ou de "coluna", "apostava" nas viagens acompanhado pelo maior número de "civis", fazendo-os, por razões tácticas e operacionais, "inscrever-se de véspera".

Assim, excluia (uma certeza?) a probalidade de uma emboscada ou mina na picada. Usei esta metodologia, em Galomaro, Dulombi, Sonaco para Gabú, Bafatá ou Massajá. Nesta última, recordo uma "reunião de Homens Grandes" para, presumo, escolher aqueles que iriam em peregrinação a Meca. 




Guiné > Região de Bafatá > Mapa de Sonaco (1957) > Escala de 1/50 mil > Posição relativa de Sonaco e Mansajã, na estrada para Pirada (fronteira com o Senegal). Distância entre Sonaco e Mansajã: cerca de 10 km. Pirada ficava a nordeste (c. 50 km) e Nova Lamego a sudeste, mais ou menos à mesma distância.

Infogravura: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2020)


Em Sonaco fui contactado pelo Farim (capitão de milicia) no sentido de transportar estas figuras importantes a Mansajã [vd. mapa de Sonaco]. Disse ao Farim serem muitos e eu não dispor de uma segunda viatura para fazer a escolta. Respondeu-me que não seria necessário, bastava o "condutor". Perante o desafio, disse-lhe "então serei o condutor!" . Estupefacto, abre ao máximo os olhos e diz-me: "seria uma honra".

"Pois então eu levo-os", disse eu! Acrescentei: "Se me acontecer coisa, ficam instruções para arrasar as vossas tabancas".

Com um sorriso, diz-me: "Muito obrigado, Alá será a sua proteccão!..". 

Fui e regressei sozinho. Não consigo, ainda hoje, por palavras, dizer o que senti naquela " longa" viagem de retorno a Sonaco.

Abraço.





(iv) Cherno Baldé

Caro amigo Manuel Pereira:

Ao tempo da CCAC 3549 ["Deixós Poisar"], eu teria 13/14 anos e estava permanentemente no quartel [de Fajonquito]. Do que disse sobre as colunas a Bafatá não inventei nada, os acontecimentos aparecem na minha memória como fotografias guardadas num arquivo. O Furriel Deus, na altura, era um jovem de uma enorme cabeleira que ele gostava de exibir e que raramente cortava.

Não posso contradizer aquilo que tu dizes, todavia a observação que posso fazer é para dizer o quanto vocês estavam mal informados sobre a população fula de Leste.

A realidade da guerra no Sul, onde os guerrilheiros eram familiares da população civil e existiam laços fortes de entreajuda entre os dois lados não era a mesma na zona Leste onde, sem excluir a possibilidade de informadores secretos, não existiam laços de parentesco com os homens do mato, quase todos pertencentes a outros grupos étnicos e quase sempre as aldeias fulas eram o alvo privilégiado dos guerrilheiros e sempre com muitas vítimas.

Não havendo ligações e cumplicidades entre os dois lados (população e guerrilha), não vejo qual seria a vantagem de levar civis para se protegerem de eventuais ataques e/ou colocação de minas. No contexto da guerra as populações do Leste, maioritariamente de etnia fula, eram consideradas como colaboradores dos "Tugas" porque eram contra a guerra movida pelo PAIGC.

Abraços,

Cherno AB.11 de outubro de 2020 às 19:51

____________

Notas do editor:


(**)  Último poste da série > 5 de outubro de 2020 > Guiné 61/74 – P21417: (Ex)citações (373): Pássaros que esvoaçavam os céus da Guiné. Abutres.(José Saúde)

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Guiné 61/74 - P21433 - Os nossos capelães (10): Frei José António Correia Pereira, OFM, natural de Ponte de Lima, ex-alf mil capelão, BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74) (Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil, CCAÇ 3547, Contuboel, 1972/74)


Foto nº 1 > Ponte de Lima > 2019 > 50º aniversário da missa nova de  José António Correia Pereira, aqui sentado, na primeira fila: é o terceiro a contar da esquerda para a direita; o primeiro da ponta é o nosso camarada Manuel Oliveira Pereira. Os restantes são amigos, ex-colegas e ex-camaradas.


Foto nº 2 > Ponte de Lima > 2019 > 50º aniversário da missa nova de  José António Correia Pereira, aqui de costas à direita.   O nosso camarada Manuel Oliveira Pereira foi um dos membros da comissão organizadora do evento: aparece aqui na foto, junto ao altar, a dirigir-lhe a palavra.


Fotos (e legendas): © Manuel Oliveira Pereira (2020) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Mensagem do nosso amigo e camarada, de Ponte de Lima, o Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil, CCAÇ 3547 / BCAÇ 3884 (Contuboel, 1972//74), membro da nossa Tabanca Grande, da primeira hora;

Date: sexta, 9/10/2020 à(s) 03:46
Subject: Post 21432 - Capelães Militares 

Meu caro Luis, as minhas saudações.

Aqui vai uma achega, ao vosso pedido. (*)

José António Correia Pereira (nº 84 da lista publicada no poste P19023) (**),  meu ex-camarada, amigo e conterrâneo,  foi Capelão Militar  na Guiné, entre Março de 72 a Junho de 1974, integrado no BCAÇ 3884, sediado em Bafatá ( com companhias de quadrícula em Geba, Contuboel, Fajonquito, Sare Bacar). 

Regressado à metrópole, novas missões lhe são confiadas pela sua Ordem: professor, tutor e missionário, em  Moçambique. 

Novamente em Portugal, é nomeado responsável pela feitura de todas as publicações e livros da sua congregação  (OFM). 

Homem de grande cultura e intelectualidade, é autor de diversos livros e tradutor de várias obras de lingua alemã. Foi igualmente responsável das paróquias de Vila Real e Penafiel.

O Zé António, tal como eu, natural de Ponte de Lima, comemorou no ano transacto, o 50° aniversário de vida sacerdotal. Algumas centenas de pessoas da comunidade onde nasceu, aproveitaram o momento para o homenagear a que se juntaram muitos dos seus amigos, familiares, paroquianos, antigos e velhinhos professores, autoridades civis, religiosas e, também, uma mão cheia de ex-camaradas.

O Padre Zé António, continua o mesmo Homem. Um ser humano bom, calmo, ponderado e sempre com uma palavra de conforto e esperança.

Presentemente, é o responsável pela casa da Ordem Franciscana em Leça da Palmeira. Matosinhos.

Abraço
Manuel Oliveira Pereira
 
PS. Junto duas fotografias, cujos registos correspondem ao dia em se comemorou o 50° aniversário de "missa nova". Na primeira o Pe. Zé António é o terceiro, em primeiro plano,  a contar da esquerda. Os outros, somos nós os ex-camaradas.


2. Comentário do editor LG:

Informação adicional sobre o Frei José António Correia Pereira,  a quem desde já convidamos a sentar-se à sombra do fraterno poilão da Tabanca Grande, apadrinhado pelo Manuel Oliveira Pereira (, estando disponível o lugar nº 820):

(i) sacerdote franciscano, é natural de Gaifar, concelho de Ponte do Lima;

(ii) tirou a licenciatura em teologia pela Faculdade de Teologia de Paderborn, Alemanha, e em Filosofia pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, Braga;

(iii) viveu como missionário na Guiné-Bissau e em Moçambique onde lecionou filosofia no Seminário interdiocesano da Matola;

(iv) foi diretor do centro de Franciscanismo durante três anos e é diretor da Editorial Franciscana há mais de quinze anos.


(**) Vd. poste de 17 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19023: Os nossos capelães militares (9): segundo os dados disponíveis, serviram no CTIG 113 capelães, 90% pertenciam ao Exército, e eram na sua grande maioria oriundos do clero secular ou diocesano. Houve ainda 7 franciscanos, 3 jesuitas, 2 salesianos e 1 dominicano.

 Vd. postes anteriores:

17 de setembro de  2018 > Guiné 61/74 - P19021: Os nossos capelães (8): Adelino Apolinário da Silva Gouveia, do BCAÇ 506: "Os filhos da p... matam-me!"... (Alcídio Marinho, ex-fur mil, CCAÇ 412, Bafatá, 1963/65)

25 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16638: Os nossos capelães (6): Libório [Jacinto Cunha] Tavares, o meu Capelini, capelão dos "Gatos Negros", açoriano de São Miguel, vive hoje, reformado, em Brampton, AM Toronto, província de Ontario, Canadá (José Martins, ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70)

25 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16636: Os nossos capelães (5): Relação, até à sua independência, dos Capelães Militares que prestaram serviço no Comando Territorial Independente da Guiné desde 1961 até 1974 (Mário Beja Santos)

17 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13616: Os nossos capelães (4): O bispo de Madarsuma, capelão-mor das Forças Armadas, em Gandembel, no natal de 1968 (Idálio Reis, ex-alf mil, CCAÇ 2317, Gandembel / Balana, 1968/69)

5 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13577: Os nossos capelães (3): O capelão do BCAÇ 619 ia, de Catió, ao Cachil dizer missa... Creio que era Pinho de apelido, e tinha a patente de capitão (José Colaço, ex-sold trms, CCAÇ 557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65)

5 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13576: Os nossos capelães (2): Convivi com o ten mil Gama, de alcunha, "pardal espantado"... Muitas vezes era incompreendido, até indesejado por alguns, pois tinha coragem para denunciar os abusos, quando os presenciava (Domingos Gonçalves, ex-allf mil, CCAÇ 1546 / BCAÇ 1887, Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68)

5 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13575: Os nossos capelães (1): Conheci em Bedanda o ten mil Pinho... Ia visitar-nos uma vez por mês para dizer missa... E 'pirava-se' logo que podia (Rui Santos, ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65)

terça-feira, 14 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19786: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (20): só no dia 25, sábado, identificámos 10 (dez) encontros, em diferentes pontos do país, de pessoal que esteve no CTIG, e que concorrem, saudavelmente, com o nosso, em Monte Real... Eis algumas das unidades: BART 1913, CCAÇ 1792, BCAV 490, 1ª C/BCAÇ 4616/73, BCAÇ 2928. Pel Art 27, Pel Mort 2297, ERec 2641, CCS/BCAV 2922, 1ª C/BCAÇ 4610/72, CCAÇ 3547, CCAÇ 3548, CCAÇ 1585, e pessoal de Bambadinca, 1968/72: CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 12 ,CCS/BART 2917, Pel Caç Nat 52, Pel Caç Nat 53, Pel Caç Nat 63, etc.... Prazo de inscrições para Monte Real: até amanhã, 15, às 24h00.


A foto de família dos participante do X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Monte Real, 18 de abril de 2015. Este ano, em 25 de maio de 2019, há camaradas e amigos que vão estar no encontro das suas unidades ou subunidades, e que gostariam também de estar connosco em Monte Real. Mas ninguém tem o dom da ubiquidade. Foto de Miguel Pessoa (2015).



1. Eis a seguir uma lista com alguns dos encontros do pessoal do CTI Guiné que se vão realizar, sábado, 25 de Maio de 2019, pelo país fora, e de cuja notícia tivemos conhecimento... 

Decididamente,  não há calendário que chegue para todos nós (e os de Angola e Moçambique ainda são muitos mais, às dezenas): por exemplo, o nosso editor, Luís Graça, para estar em Monte Real nesse dia, vai falhar, com muita pena sua, o encontro, no Porto, do pessoal de Bambadinca, 1968/72: a sua companhia, a CCAÇ 2590 /CCAÇ 12  comemora os 50 anos, da partida para o TO  da Guiné, no "Niassa", em 24 de maio de 1969]

— Almoço comemorativo do 50º aniversário do regresso da Guiné dos Combatentes do BART 1913 (CCS, CART 1687, CART 1688 e CART 1689)>  



Quartel RAP2, rua Rodrigues de Freitas, Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia. Contacto: Avelino de Sousa, telem 914514489 
ou telef 229680720.

— Almoço-convívio comemorativo dos 50 anos do regresso dos combatentes  da CCAÇ 1792, Guiné 1967/1969 > 


Restaurante “Barriga Cheia”, em Barrô, Águeda. Contacto: ex-fur mil Pereira, 
telem 962313013.

— Almoço-convívio anual dos combatentes do BCAV 490, “Sempre em Frente”, Guiné 1963/1965 > 




Hotel Dona Inês, Rua Abel Dias Urbano, 12, Coimbra.

— Almoço-convívio dos Combatentes da 1ª Companhia, BCAÇ 4616/73, Guiné 1973/1974 >


  Antigo RI 16, em Évora. Programa: Às 10h30 descerramento de uma placa alusiva à companhia na porta de entrada 
do regimento, com cerimónia 
de homenagem aos mortos 
em combate. Contacto: 
Isabelinho,telem 917848483 
ou 919315617.

— Convívio anual dos Combatentes do BCAÇ 2928 (CCS, CCAÇ 2789, CCAÇ 2790, CCAÇ 2791 e CCAÇ 3328), e PEl Art 26, Pel Mort 2297, ERec 2641, Guiné (sector de Bula) 1970/1972 >  



Quinta do Mateus (Rua da República nº 255),
em Cacia, Aveiro. Concentração 
às 10 horas. Contactos: 
Manuel  Vinagre, telem 966912714; 
Bento Mendes, telem 929143080.

— Almoço-convívio dos Combatentes da CCSBCAV 2922, “À Carga!”, Guiné Jul 1970/Jun 1972 > 



Concentração no Cristo Rei, em Almada. 
Almoço em Sesimbra.

— Almoço-convívio dos Combatentes da 1ª Companhia do BCAÇ  4610/72, “Ratos de Encheia”, Guiné 1972/1974 > 



Restaurante panorâmico “Lago Verde” (junto à barragem do Cabril), em Pedrógão Grande. Contactos: Fernando Lima, telem 918434389; 
Manuel António Lopes, telef 229014974 
ou telem 912884641; 
Manuel Fernandes Monteiro, 
telef 223792348 
ou telem 968125677.

— Encontro-convívio comemorativo do 45º aniversário do regresso do pessoal das CCAÇ 3547, “Os Répteis de Contuboel”, e  CCAÇ 3548, “Os Panteras do Geba”, do BCAÇ 3884, Guiné (Bafatá) 1972/1974 >  



Local: Chaves.

— Almoço-convívio dos Combatentes da CCAÇ 1585, Guiné (Farim, Quinhamel) 1966/1968 > 



Buarcos, Figueira da Foz 
Contacto: Carlos Soares, 
telem 918245449.

- Almoço convívio do pessoal de Bambadinca, 1968/72: CCS/BCAÇ 2852 (1968/70), CCAÇ 12 (1969/71), CCS/BART 2917 (1970/72), Pel Caç Nat 52, Pel Caç Nat 53, Pel Caç Nat 63, e outras subunidades adidas > 



Porto, Scala Palace, Praça Velasques, c/ missa na Igreja das Antas, 10h; e concentração na esplanada 
do café Velasques, 11 h. 
Contacto: Manuel Monteiro Valente,  
R Joaquim Lopes Pintor, nº 118, 1º Dto.,
 4405-868 Vila Nova de Gaia, 
telem 968849886.


2. Quanto ao nosso XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande, em Monte Real, dia 25 de maio, sábado, vamos continuar a receber inscrições até quarta-feira, dia 15, às 24h00... 


Recorde-se que a inscrição são 35 "aéreos", com direito a:

Entradas + Almoço + Lanche ajantarado : Para as criancinhas, até aos 12 anos, são só 18 "aéreos"...

Para quiser ficar alojado no Palace Hotel Monte Real (4 estrelas ) com pequeno-almoço incluído: Single: 50,00€ | Duplo: 60,00€

Inscrições a cargo de:

Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos): email:carlos.vinhal@gmail.com | telemóvel: 916 032 220


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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18139: História da Unidade - Pelotão de Morteiros 4580 (Bafatá, 1973 - 1974) (Carlos Vieira, ex-Fur Mil Inf)

1. Mensagem do nosso camarada Carlos Vieira[1], ex-Fur Mil do Pel Mort 4580 (Bafatá, 1973/74), com data de 15 de Dezembro de 2017:

Caro Carlos
Já vi a publicação da foto que te enviei.
Quanto ao tempo de demora, não tens de pedir desculpa, a minha única preocupação era qualquer problema no ficheiro anexo.
Conforme tinha prometido, em anexo, vai a história do pelotão.
Quanto à publicação é para quando tiveres tempo e disponibilidade pois temos o resto das nossas vidas para recordamos aquele período que fomos obrigados a viver.

Saudações para todos os tabanqueiros,
Carlos Vieira


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Nota do editor

[1] - Vd. poste de 20 de novembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17993: Tabanca Grande (452): Carlos Vieira, ex-Fur Mil do Pel Mort 4580 (Bafatá, 1973/74), 761.º Tabanqueiro

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18083: Em busca de... (285): Camaradas dos Pel Mort 4579; 4580 e 4581/BCAÇ 3884 (Bafatá, 1973/74) (Carlos Vieira, ex-Fur Mil do Pel Mort 4580)

 

1. Mensagem do nosso camarada Carlos Vieira, ex-Fur Mil do Pel Mort 4580 (Bafatá, 1973/74), enviada ao Blogue em 25 de Novembro de 2017:

Onde param os camaradas dos pelotões de morteiros 4579, 4580 e 4581, que no dia 31 de Agosto de 1974 viajamos todos no Boeing 707 da TAP, Vasco da Gama, de regresso a Lisboa e passagem à peluda na quartel do Campo Grande, hoje Universidade Lusófona?

 
Saudações do tabanqueiro periquito 761 
Carlos Vieira[1]
Pel. Mort. 4580 



Bafatá - Comando do BCAÇ 3884 - Pausa merecida. À esquerda furriel Vieira e à direita furriel Teixeira, ambos do Pel Mort 4580; à retaguarda, à esquerda, furriel Martins, à direita furriel Boga, ambos de transmissões; ao centro o furriel Barcelos do parque auto. Todos da CCS da BCAÇ 3884. 
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Notas do editor

[1] - Vd. poste de 20 de novembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17993: Tabanca Grande (452): Carlos Vieira, ex-Fur Mil do Pel Mort 4580 (Bafatá, 1973/74), 761.º Tabanqueiro

Último poste da série de 13 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18080: Em busca de... (284): Veteranos da CCAÇ 797, "Os Camelos" (Tite e Nhacra, 1965/67), comandada pelo cap inf Carlos Fabião, e em especial os 8 elementos da secção do fur mil Júlio Lemos Pereira Martins, do 1º Gr Comb, comandado pelo alf mil inf Américo de Melo Pinto Lopes (Mário Leitão, autor do livro em elaboração "Heróis limianos da guerra do ultramar")

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Guiné 61/74 - P17993: Tabanca Grande (452): Carlos Vieira, ex-Fur Mil do Pel Mort 4580 (Bafatá, 1973/74), 761.º Tabanqueiro

Crachá do Pel Mort 4580
Com a devida vénia ao camarada Carlos Coutinho


1. Mensagem de 2 de agosto de 2017, de Carlos Vieira, enviada ao nosso Blogue:

Caros camaradas:

Eu sou o Carlos Vieira, ex-Furriel Miliciano do Pel Mort 4580.

Encontrei na vossa página dados sobre um soldado do nosso pelotão (Almerindo Silva) mas que acabou por estar pouco tempo connosco em Bafatá, por ter sido deslocado para Bambadinca.

Infelizmente, praticamente perdi o contacto com todos os camaradas do meu pelotão, excepto com o outro furriel, o "Teixeirra" de Setúbal.

Atualmente tenho ido a alguns convívios dos camaradas do BCAÇ 3884, Batalhão a que estávamos adidos em Bafatá.

Felizmente em 31 de Agosto de 1974 regressámos todos no Boeing 707 da TAP, com o nome de Vasco da Gama, que aterrou na Portela cerca das 7 horas da manhã.

Gostaria de continuar a manter o contacto convosco

Um grande abraço,
Carlos Vieira

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2. Mensagem do Blogue, enviada ao Carlos Vieira em 4 de Agosto de 2017:

Caro Carlos Vieira,

Muito obrigado pelo teu contacto.
Gostaríamos de te ter como elemento da tertúlia da Tabanca Grande, o nosso Blogue, pelo que desde já ficas convidado a aderir. Para o efeito manda-nos uma foto actual e outra dos tempos gloriosos da Guiné, tipo passe ou outro, dizendo-nos quando foste e vieste da Guiné, por onde andaste, unidades a que estiveram adstritos, etc.

Poderás contar uma pequena história, a título de "jóia", passada contigo ou com os teus camaradas, acompanhada por fotos, legendadas, que tenhas por aí.

Serás apresentado à tertúlia e ficarás a pertencer à maior família de combatentes da Guiné que existe na Web a nível mundial.

Espero as tuas próximas notícias.

Votos de proveitosas férias, se for o caso.

Ao dispor o camarada e amigo
Carlos Vinhal

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3. Mensagem do nosso camarada e novo amigo tertuliano Carlos Vieira, ex-Fur Mil do Pel Mort 4580 (Bafatá, 1973/74), enviada ao Blogue em 15 de Novembro de 2017:

Caro Camarada:

Embora com algum atraso, finalmente envio alguns dados meus.

Furriel Miliciano do Pelotão de Morteiros 4580, com unidade mobilizadora o RI 5 (Caldas da Rainha).

Embarque no navio Uíge em 3 de Abril de 1973 e desembarque em Bissau no dia 9 do mesmo mês.
Passados 8 dias fomos deslocados para Bafatá,onde permanecemos agregados à CCS do BCaç 3884, tendo sido as 5 secções deslocadas para destacamentos do referido Batalhão, excepção do 1.º Cabo Almerindo que foi para Bambadinca, como já consta do blogue.

Brevemente enviarei a cópia da história do Pelotão.

Como também é habitual vocês publicarem os aniversários, informo que no dia 3 de Setembro de 2018 farei 67 anos.

Em anexo 2 ficheiros com fotos como solicitado, depois confirma se e assim ou noutro formato.
Tenho muito mais material (fotos) que poderei enviar.

Saudações,
Carlos Vieira

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4. Mensagem do editor:

Caro Vieira,

Sê bem-vindo à nossa  tertúlia, onde te vais juntar ao teu (e nosso) camarada Almiro Silva Gonçalves. Vou-te enviar, por outro meio, o contacto dele.

Uma vez que não temos praticamente registos do teu Pelotão, tudo quanto nos possas mandar será útil para memória futura. Quem sabe, não começarão a aparecer camaradas "transviados".

Já agora uma correcção, às vezes trocamos a grafia das terras por onde andámos, não é Babadinca mas sim Bambadinca. Clica na palavra e abrirás o mapa respectivo. Faz o mesmo, mais acima, clica em Bafatá, escrito em tom rosa, e abrirás o mapa da zona.

Posto isto, vamos ficar à espera da tua colaboração no sentido de tornares pública a história do Pel Mort 4580, seja através de fotos ou textos.

Recebe um abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores.
Eu fico ao dispor para qualquer esclarecimento.

Abraço do teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 11 de novembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17958: Tabanca Grande (451): António Joaquim de Castro Oliveira, ex-1.º Cabo Quarteleiro da CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), 760.º Tabanqueiro

quinta-feira, 23 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17171: Convívios (789): 40.º Encontro do pessoal da CCAÇ 3547 - "Os Répteis de Contuboel", dia 27 de Maio de 2017 na Vila do Bombarral (Manuel Oliveira Pereira)




1. Mensagem do nosso camarada Manuel Oliveira Pereira (ex-Fur Mil da CCAÇ 3547 - "Os Répteis de Contuboel", Contuboel, 1972/74), com data de 16 de Março de 2017, solicitando a divulgação do 40.º Encontro/Convívio da sua Unidade, coincidente com o 43.º aniversário do regresso da Guiné.

Amigos, ex-camaradas,
Solicito a divulgação do Encontro/Convívio da CCaç 3547 "Os Répteis de Contuboel"´, a ter lugar na Vila do Bombarral próximo dia 27 de Maio.
Se estiver por cá, penso também fazer-vos companhia a 29 de Abril; Amieira já vai longe.
Logo que tenha definida a minha agenda de "obrigações familiares", informar-vos-ei.

Continuo a procurar nos meus arquivos - um pouco espalhados - mas também a encetar contatos com elementos da CCS (Bafatá), C.Caç. 3547 (Contuboel), CCaç 3548 (Geba) e CCaç 3549 (Fajonquito), todas do BCaç 3884, a fim de "arranjar" a fotografia do nosso Comandante de Batalhão, Ten. Cor. Correia de Campos.

Abraço,
Manuel OLIVEIRA PEREIRA,
ex-Fur. Mil.
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Nota do editor

Último poste da série de 21 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17165: Convívios (788): XX Encontro do pessoal da CCAÇ 4150 - "Os Apaches do Norte", dia 14 de Maio de 2017, na Senhora da Aparecida, Lousada (Albano Costa)

quinta-feira, 16 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17145: O ten cor cav António Valadares Correia de Campos que eu conheci (1): José Manuel Pechorro (ex-1.º cabo cripto, CCAÇ 19, Guidaje, 1971/73); Manuel Oliveira Pereira (ex-fur mil, CCAÇ 3547 / BCAÇ 3884, Bafatá, 1972/74)


Coronel de cavalaria reformado António Valadares Correia de Campos, que faleceu em 2006, foi um dos bravos de Guidaje e vai-lhe ser prestada homenagem, em documentário televisivo, assinado pelo realizador António Pedro de Vasconcelos, pelo seu papel no 25 de Abril. Imagem, de origem desconhecida, enviada pelo nosso camarada José Manuel Pechorro, um dos bravos de Guidaje (ex-1.º
cabo cripto,  CCAÇ 19, Guidaje, 1971/73).


Estandarte do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74). Cortesia de Manuel Oliveira Pereira: Este batalhão ("Velozes e agressivos", era o seu lema), esteve na Guiné entre Março de 1972 e Julho de 1974, e dele faziam parte, além da Companhia de Comando e Serviços (CCS), sediada em Bafatá, as companhias de quadrícula estacionadas em Contuboel (CCAÇ 3547), Geba (3548)  e Fajonquito (CCAÇ 3549).

O batalhão teve 6 comandantes: (i)  ten cor inf Mário da Cunha Torres; (ii) ten cor inf Artur Baptista Beirão; (iii) ten cor cav António Valadares Correia de Campos; (iv) ten cor cav  Henrique Augusto Teixeira  de Sousa Sanches; (v) maj art Óscar José Castelo da Silva; e (vi) maj inf Mário José Vargas Cardoso.


1. Mensagem do José Pechorro [, foto à esquerda], com data de hoje, às 00:46

Olá , Luís Graça,

Sobre a solicitação de fotos do Ex. Cmdt do Cop 3 – Bigene – Guiné Bissau, Sr. Ten Cor Cav António Valadares Correia de Campos, “Águia”, posso acrescentar, para já, que faleceu em Lisboa em 3-6-2006, com o posto de Coronel.

Entrou em Guidage em 10 de Maio de 1973 e deixou esta povoação e quartel em 13 de Junho de 1973, Terça-feira.

Infelizmente não disponho de fotografia do nosso ex Cmdt Sr. Ten Cor Correira de Campos, o que disponho é uma foto que anexo, e que extraí de um artigo, numa revista sobre este militar e o seu papel na defesa de Guidage. Não recordo o nome da revista, nem a data (terão passados 15 a 20 anos...). Poderá ter sido um anexo do jornal o Século...

O ex. 1º Cabo Radiotelegrafista Janeiro, ficou de verificar, mas em princípio não tem.

Um abraço,
José Pechorro


2. Comentário de Manuel Pereira (*):

Caros amigos/camaradas, S
ó agora vi o "nosso" blogue que procura "ajudar" na obtenção de fotografias do Ten Cor Correia de Campos. Este militar, de quem guardo as melhoras lembranças e amizade, foi meu comandante de batalhão (BCaç 3884 - Bafatá).

Vou procurar nos meus arquivos se tenho alguma fotografia - ele era avesso a este tipo de registo - ou se eventualmente alguém do conjunto do Batalhão. Logo que tenha informação, voltarei a este espaço.

Saudações,
Manuel Oliveira Pereira,
ex-Fur Mil da CCaç 3547 (72-74) 
__________________

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 15 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17140: Em busca de... (274): uma foto do tenente-coronel de cavalaria António Valadares Correia de Campos, comandante do COP 3 e um dos bravos de Guidaje... Precisa-se, com urgência,  para documentário sobre o 25 de Abrilm, a realizar pelo cineasta António Pedro Vasconcelos

(..) A Just Up, produtora de audiovisuais, encontra-se na fase final de produção do documentário sobre o 25 de Abril, "A Vox e os Ouvidos do MFA". O documentário será exibido na RTP1 e é realizado por António Pedro Vasconcelos

Retrata as duas noites anteriores ao 25 de Abril, quando um grupo de 20 soldados fizeram a instalação de um cabo telefónico desde Benfica até à Pontinha, que veio permitir ao Posto de Comando do MFA ter acesso às escutas dos telefones do governo.

Para além de entrevistas aos militares envolvidos nesta operação, necessitamos também de algumas
imagens de arquivo. Durante a pesquisa para o documentário, chegamos até ao vosso blogue sobre as campanhas na Guiné onde fazem referência ao tenente coronel Correia de Campos. Neste contexto venho saber se têm na vossa posse algumas fotos com o sr. tenente coronel Correia de Campos que possamos usar no nosso documentário. (...)

(...) Tem sido uma aventura encontrar uma foto do tenente coronel Correia de Campos! Nem Centro de Documentação 25 de Abril nem Associação 25 de Abril... só uma, do Arquivo do Exército, mas péssima. Estou a tentar encontrar alguém que tenha convivido com o senhor e que talvez possa ter 1 foto da época. (...)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14575: Convívios (675): 38º Encontro da CCaç 3547/BCAÇ 3884, “Os Répteis de Contuboel”... Leiria, 31/05/2015

1. O nosso Camarada Manuel Oliveira Pereira, da CCAÇ 3547/BCAÇ 3884 (Contuboel, 1972/74), solicitou-nos a publicação do seguinte convite para o convívio anual da sua Unidade:

Agradecemos a divulgação no nosso 38.º Encontro/Convívio que terá lugar no próximo dia 30 (último sábado) de Maio, em Leiria.

Gratos pela atenção,
Atentamente,
Manuel OLIVEIRA PEREIRA 

38º Encontro/Convívio CCAÇ 3547/BCAÇ 3884

2. A História da CCAÇ 3547, transcrita, com a devida vénia da sua página no Facebook [Companhia de Caçadores Répteis].

CCAÇ 3547: Chaves (Portugal) e Guiné (Contuboel, Sonaco, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga; Galomaro e Dulombi).

A CCaç.3547) era uma subunidade do BCAÇ 3884, com origem no BC10, unidade militar sediada na cidade de Chaves (Portugal).

A mobilização e a missão das novas unidades operacionais tinham por destino o teatro de guerra na então província ultramarina da Guiné. Quase em simultâneo também Angola e Moçambique combatiam a política colonial portuguesa na busca das respectivas independências, o que viria a acontecer, não sem antes deixar um rasto de morte e muitas outras sequelas (...).

O Batalhão partiu para a Guiné no fim de Março de 72. Aí chegado, foi aquartelado no Cumeré para fazer a IAO que durou cerca de um mês. 

Terminada a formação, as unidades partiram para os “seus perímetros de acção”, o Leste da Guiné, a saber: (i) CCS e Comando Operacional do BCaç 3884 em Bafatá; (ii) a CCaç 3547 em Contuboel; (iii) a CCaç 3548 em Geba; e (iv) a CCaç.3549 em Fajonquito.

A CCaç 3547 foi logo rebatizada pelos seus membros de “Os Répteis de Contuboel” e pela rádio do PAIGC como “As Almas Brancas”. Para além da sua sede – Contuboel – , tinha na vila de Sonaco um “destacamento”, composto por um Grupo de Combate e um pelotão de Milícias.

Por força (?) da sua boa localização (um subsetor sem guerra), a Companhia ficou, logo no iníci, e até ao fim da comissão, mutilada nos seus efectivos, por ausência quase permanente, de dois dos seus "grupos de combate", em destacamento/reforço de outras Companhias, nomeadamente Bafatá, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga, Galomaro e Dulombi.

Cedeu igualmente alguns dos seus graduados para as Companhias de Caçadores Africanas e Delegado/Agente de ligação para, em representação de todo o Batalhão junto das Direcções de Serviços e Quartel Mestre General, providenciar toda a logistica necessária à actividade do Batalhão.

A Companhia, na sua sede, funcionou como Centro de Instrução de Milícias (forças paramilitares), cujos formandos tinham por missão dar apoio e defesa local às populações nativas.

Ao longo da sua Missão e, apesar de teoricamente a área de actuação ser um paraíso, a Companhia, não conseguiu sair incólume aos efeitos da Guerra. Logo no início, num estúpido acidente de viação um dos seus homens ficou gravemente ferido, de que resultou numa paraplegia. Outras mazelas surgiram mas sem consequências de maior, porém, se a "missão" começou mal, terminou ainda da pior maneira; mesmo na recta final e a escassos dias de completarmos 24 meses, uma traiçoeira mina “rouba”, na plenitude da juventude, a vida a um dos nossos melhores!...

A Companhia regressa em fins de Junho de 1974 e termina a sua “missão”. A desmobilização vem a acontecer no dia 30 de Julho de 1974
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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: