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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23301: Lembrete (39): Cerca de 80 participantes no 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca 1968/71 + CCAÇ 1439 (1965/67), que se realiza amanhã, nas Caldas da Rainha



Lista dos cerca de oitenta inscritos no 26º convívio do pessoal de Bambadnca 1968/71 + CCAÇ 1439 (1965/67)



José Fernando Almeida, o organizador do 26º Convivio,
ex-fur mil trms, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (1969/71)


Guiné - Bambadinca 1968-1971


CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 2590/CCAÇ 12;
Pel Caç Nat 52, 54 e 63;
Pel Mort 22106 e 2268;
Pel Rec Daimler 2046 e 2206;
e outros, inclinida maeirense CCAÇ 1439 (1965/67)


1. Mensagem de José Almeida Fernando, organizador do 26º convívio de Bambadinca 1968/71:

Data - sexta, 20/05/2922, 11:49

Assunto - 26º  convívio do pessoal de Bambadinca 1968/71

Bom dia, Luís

Como decorre a tua recuperação, estás a responder bem à fisioterapia? Faço votos que recuperes bem.

Conforme combinado anexo a Lista dos participantes no 26º Convívio. Neste momento contabilizamos 81 com probabilidade de chegar aos 83. Aguardo a confirmação amanhã do Bernardo Valente.

Dia 17 por motivos de saúde desistiram cinco (5), e no dia 18 com receio do Covid, (dois vizinhos testaram positivo ) e a conselho dos filhos desistiram sete (7).

Temos o apoio do Pelouro de Turismo das Caldas da Rainha. Presidente da Câmara, que assume o Pelouro do Turismo

Anexo lista dos participantes.

Um abraço
Fernando Almeida

2. Comentário de LG:

Zé: alimentei-te a esperança de ainda poder aparecer aí amanhã, mas no outro fim de semana a Alice deu positiva para a Covid-19, no âmbito da 6ª vaga e eu também, no dia seguinte. O meu isolamento acaba no domingo. Não quero, em consciência, poder contaminar alguém. 

Fica posta de lado a hipótese inclusive de ir aí dar uma salto para tomar café e dar dois dedos de conversa. O João Crisóstomo ficou desolado, e eu também. Mas ele leva um grande abraço meu para todos, CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 2590/CCAÇ 12, outras subunidades adidas e ainda a CCÇ 1439 (a cujo convívio já fui uma vez, o último, na Ericeira). 

Acredita que tenho muitas saudades desses bambadinquenses todos!... Não são muitos, mas são bons, pelos nomes que vejo na lista

Que corra tudo bem, mas protejam-se. 

Só há dias tirei os pontos mas ainda tenho a recuperação atrasada. Só para a semana começo a fisioterapia, parte dos/das fisioterapeutas do hospital também esteve de baixa com Covid.  Em suma, a pandemia ainda não terminou nem dá tráguas. 
___________

Nota do editor:

Últmo poste da série > Último poste da série > 20 de maio de 2022 > Guiné 61/74 - P23279: Lembrete (38): Convívio do pessoal de Bambadinca (1968/71), Caldas da Rainha, 28/5/2022: a participação especial da madeirens CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) (João Crisóstomo, Nova Iorque)

sábado, 26 de agosto de 2017

Guiné 61/74 - P17702: Convívios (823): Lourinhã, Tabanca de Porto Dinheiro, 18/8/2017 - Parte II: Fotos de Álvaro Carvalho


Foto nº 1> Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Da esquerda para a direita, Eduardo Jorge Ferreira, o régulo, Luís Graça e Rui Chamusco.



 Foto nº 2 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Da esquerda para a direita, Elisabte Marteleira, Arcílio Marteleira e Alice Carneiro. O Arcílio foi alferes miliciano, SGE, Bissau, 1964/66.


Foto nº 3 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >   João Crisóstomo e Luís Graça



Foto nº 4> Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Aspeto, parcil, de uma das duas mesas.


Foto nº 5 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  A Maria Helena Carvalho (a Lena do Enxalé) e o Rui Chamusco


Foto nº 6 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Em primeiro plano, o Berlarmino Sardinha, a Maria do Rosário Henriques e o Luís Graça


 Foto nº 7 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > O Joaquim Pinto Carvalho e o Estêvão Henriques


Foto nº 8 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Cantando os "parabéns a você" às aniversariantes Alice Carneira e Helena Carvalho.



Foto nº 9 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Em prtimeiro plano, o Pinto de Carvalho (à esquerda), o Belarmino Sardinha e a a esposa Antonieta (à direita).


Foto nº 10 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  O Jaime, o "canito" e a Dina.


Foto nº 11 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Outro aspecto das duas mesas... De costas, a Helena Carvalho, a Alice Carneiro e o Arcílio Marteleira.



Foto nº 12  > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Uma "gracinha" dos "duques do Cadaval" para a nossa aniversariante Alice.


Fotos: © Álvaro Carvalho  (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem; Blogue Luís Graça / Camaradas da Guiné]


1. Continuação da "cobertura fotográfica" do convívio anual (2017) da Tabanca de Porto Dinheiro, desta vez a cargo do Álvaro Carvalho, marido da Maria Helena Carvalho, a nossa querida amiga Helena do Enxalé. O casal mora na Amoreira, Caldas da Raínha, e tem uma especial relação com a CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67).

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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16136: Em busca de... (265): José Moreira, ex-fur mil enf, CCAÇ 1438 (Buba e Quinhamel, 1965/67), volta a fazer um apelo dramático aos seus camaradas tanto açorianos como continentais, "de muita luta e sofrimento" (Armando Gonçalves, professor de história, Torre de Moncorvo)


Guiné > Região de Tombali > CCAÇ 1438 (Buba e Quinhamel, 1965/67) > Álbum fotográfico do "Manuel da Canada", o 1º cabo  Manuel das Neves, açoriano, no regresso de Cacine, depois de uma operação de seis dias na Mata do Cantanhez. Na mão direita, uma ração de combate (?). E apresenta-se descalço. Em primeiro plano, espingardas G-3 (julgamos tratar-se da versão original com punho e fuste de madeira, usadas ainda em 1965, no TO da Guiné). É o único camarada da CCAÇ 1438, infelizmente já falecido, de que temos fotografia.


Foto: © Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Todos os direitos reservados.




Guião da CCAÇ 1438 / BII 17 (Cortesia do nosso camarada Carlos Coutinho)



1. Mensagem do Armando Gonçalves, o nosso amigo, professor de História da Escola Secundária de Moncorvo dr Ramiro Salgado  (pai do nosso camarada Paulo Salgado),    que está a organizar uma exposição de homenagem aos mortos do seu concelho, na guerra colonial / guerra do ultramar:


Data: 24 de maio de 2016 às 16:28

Assunto: O Blogue e a sua importância

Luís Graça,

Dos contactos que tenho vindo a estabelecer há um senhor, de nome José Moreira, que foi furriel miliciano na Guiné entre 1965/67, que não me pôde ajudar pois não esteve no Funchal como eu julgava (procurava informações sobre António dos Santos Mano) mas sim nos Açores.

Ele encontra-se doente, teve um AVC e gostaria de entrar em contacto com os seus camaradas. Prontifiquei-me a ajudá-lo e falei-lhe do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Fiquei de lhe enviar contacto.

Pertenceu a uma companhia açoriana, a CCAÇ 1438 / BCAÇ 1861. Especialidade: enfermeiro. A sua companhia teve 4 mortos.

Aqui fica o email do José Moreira: zemoreira.scp@gmail.com

Um cordial abraço,

Armando Gonçalves

2. Comentário dos editor LG:

Armando, ficamos mais uma vez em dívida para consigo.

Recebi o seu mail aceitando o nosso convite para passar a integrar, como amigo, a nossa Tabanca Grande.  Como eu lhe expliquei, cerca de 10% dos nossos membros são familiares de camaradas nossos (filhos, viúvas, etc.), ou guineenses, ou "amigos da Guiné", ou estudiosos da guerra colonial... 

E registo com muito apreço a sua  resposta: "Muito me honra o seu convite. Terei todo o gosto em pertencer à Tabanca Grande como amigo de todos vós. Tenho recebido provas de consideração e amizade impressionantes,  muito acima do trabalho realizado. Há um espírito de solidariedade entre os veteranos, muito genuína, admirável. Na medida das minhas capacidades e possibilidades darei o meu contributo."

Armando, você já deu provas suficientes de que será um amigo, digno da Tabanca Grande e de todos nós, ex-combatentes no TO da Guiné, na guerra que nos coube em sorte, e que tirou a vida a alguns filhos de Torre de Moncorvo e a muitos outros transmontanos. Falta-nos uma foto sua, atual, de tipo passe, para formalizar a sua entrada na Tabanca Grande.

Por outro lado, o Armando  acaba de dar outra prova de que é um digno grã-tabanqueiro, ao fazer-nos chegar este apelo de um camarada nosso, que está doente e que anseia muito por encontrar camaradas da sua companhia e do seu batalhão.

Do batalhão é mais fácil, da companhia é mais difícil. De facto, o batalhão era o mesmo, o BCAÇ 1861, a que pertencia a CCAÇ 1439, do fur mil António dos Santos Mano e do alf mil João Crisóstomo. A CCS do BCAÇ 1861 (Buba, 1965/67) tem-se reunido anualmente. A CCAÇ 1439 , madeirense, também, e já  já tem encontro marcado para o próximo ano, em abril de 2017, e tem inclusive uma página no Facebook.

Já da CCAÇ 1438, de maioria açoriana, não temos tido notícias de quaisquer convívios... e a escassas referências que há na Net são do nosso blogue, ou de colaboradores nossos como o Carlos Cordeiro.

Já há dois anos atrás publicámos, aparentemente em vão, um apelo do filho do José Moreira, o Luís Miguel Moreira,  para o  ajudarmos "a realizar um dos sonhos do meu pai, rever ou falar com os seus companheiros de muita luta e sofrimento no ultramar" (*)

Em tempos também publicámos fotos de um camarada do José Moreira, ex-1º cabo Manuel das Neves, o "Manuel da Canada", açoriano da ilha do Pico, que infelizmente já morreu (**).

Pode ser que desta vez tenhamos mais sorte, e que alguém da CCAÇ 1438 nos possa ler e responder. (***).


3. Sobre a CCAÇ 1438(Buba e Quinhamel, 1956/67)

- Formada no BII 17 - Angra do Heroísmo;
- Cmdt: Cap Inf Eugénio Batista Neves;
- Partida: 18AGO65;
- Regresso: 18ABR67;
- Ficou inicialmente colocada em Bissau na dependência do BCAÇ 1857, tendo participado em várias operações;
- Em 15OUT65 foi colocada em Buba como subunidade de intervenção e reserva do BCAÇ 1861;
- Em 06OUT66 assumiu a responsabilidade do subsector de Quinhamel;
- Em 31MAR67 foi rendida e seguiu para Bissau, onde se manteve até ao regresso.

_____________


(...) O meu pai esteve na Guiné entre 1965 e 1967 na Companhia 1438 (Furriel Miliciano José Moreira) em que surgem dois posts no vosso site sobre sendo uma companhia açoriana e está correcto mas faziam parte da mesma muitos continentais da metrópole.

O que me leva a enviar este email é que eu gostava que o meu pai, e visto ter perdido o contacto com praticamente todos os seus companheiros de armas, conseguisse rever ex-companheiros de tropa da Guiné. (...)

Sei que não será fácil [reatar os contactos] pois o grande contingente era dos Açores mas como têm muitos conhecimentos decidi escrever-vos no sentido de me tentarem ajudar a realizar um dos sonhos do meu pai, rever ou falar com os seus companheiros de muita luta e sofrimento no ultramar.

Obrigado. melhores cumprimentos.
Luís Miguel Moreira
luis.miguelscp@gmail.com
(913810322)


(**) Vd. poste de 5 de outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10482: Álbum fotográfico do ex-1º cabo Manuel das Neves, o "Manuel da Canada", açoriano da ilha do Pico (CCAÇ 1438, 1965/67): Guileje: "Foi aqui que eu rezava todos os dias 3 e 4 terços, o helicóptero é que nos deixava cair a ração de combate, ele não podia parar"


(***) Último poste da série > 22 de abril de 2016 > Guiné 63/74 -. P16002: Em busca de... (264): Memórias e fotos, nomeadamente, precisam-se dos camaradas de Torre de Moncorvo mortos no TO da Guiné, para homenagem que está a ser organizada pelo Agrupamento Escolar dr. Ramiro Salgado: António Augusto Gil, António dos Santos Mano, Francisco António Cordeiro, Luciano Augusto Paula, Manuel Joaquim Fernandes, Serafim Fernandes dos Santos e Victor Paulo Vasconcelos Lourenço (Armando Gonçalves, professor)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13144: Em busca de... (244): José Moreira, ex-Fur Mil da CCAÇ 1438 (Buba e Quinhamel, 1965/67), procura os seus camaradas continentais

1. Mensagem de Luís Miguel Moreira, filho do ex-Fur Mil José Moreira da CCAÇ 1438 (Bissau, Buba e Quinhamel, 1965/67), com data de 12 de Maio de 2014:

Boa noite Sr. Luís,
Indicaram-me o vosso site através do facebook como um site onde poderia ver post sobre as várias companhias de caçadores que estiveram no ultramar mais precisamente na Guiné.
O meu pai esteve na Guiné entre 1965 e 1967 na Companhia 1438 ( Furriel Miliciano José Moreira) em que surgem dois posts no vosso site sobre sendo uma companhia açoriana e está correcto mas faziam parte da mesma muitos continentais da metrópole.
O que me leva a enviar este email é que eu gostava que o meu pai, e visto ter perdido o contacto com praticamente todos os seus companheiros de armas, conseguisse rever ex-companheiros de tropa da Guiné. Queria a V/ajuda se possível e caso tivessem contactos de membros dessa companhia (1438) me pudessem fornecer ou ajudar a encontrar elementos dessa companhia.
Sei que não será fácil pois o grande contingente era dos Açores mas como têm muitos conhecimentos decidi escrever-vos no sentido de me tentarem ajudar a realizar um dos sonhos do meu pai, rever ou falar com os seus companheiros de muita luta e sofrimento no ultramar.

Obrigado. melhores cumprimentos.
Luís Miguel Moreira
luis.miguelscp@gmail.com
(913810322)


2. Comentário de CV:

Caro amigo Luís Moreira
De facto vai ser difícil encontrar pessoal da "1438".
Numa pesquisa que fiz pela net não encontrei nada que nos pudesse ajudar. Fica a esperança de que alguém nos leia e lhe possa levar boas-novas.
Se me quiser mandar uma foto de seu pai, do tempo da Guiné, publicá-la-íamos aqui para ver se chama a atenção de algum dos seus camaradas.


Guião da CCAÇ 1438 / BII 17
(Com a devida vénia ao camarada Carlos Coutinho)


Sobre a CCAÇ 1438

- Formada no BII 17 - Angra do Heroísmo
- CMDT: Cap Inf Eugénio Batista Neves
- Partida: 18AGO65
- Regresso: 18ABR67

- Ficou inicialmente colocada em Bissau na dependência do BCAÇ 1857, tendo participado em várias operações.

- Em 15OUT65 foi colocada em Buba como subunidade de intervenção e reserva do BCAÇ 1861.
- Em 06OUT66 assumiu a responsabilidade do subsector de Quinhamel
- Em 31MAR67 foi rendida e seguiu para Bissau, onde se manteve até ao regresso.
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Nota do editor

Último poste da série de 7 DE MAIO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13110: Em busca de... (243): Comandante José [Luis] Pombo [Rodrigues], dos antigos Transportes Aéreos Civis, que operavam no CTIG... (Rui Vieira Coelho, ex-alf médico, BCAÇ 3872 e BCAÇ 4518, Galomaro, 1973/74)

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Guiné 63/74 - P10482: Álbum fotográfico do ex-1º cabo Manuel das Neves, o "Manuel da Canada", açoriano da ilha do Pico (CCAÇ 1438, 1965/67): Guileje: "Foi aqui que eu rezava todos os dias 3 e 4 terços, o helicóptero é que nos deixava cair a ração de combate, ele não podia parar"



Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel do Canadá > Foto nº 1 > O Manuel das Neves, açoriano,   no regresso de Cacine, depois de uma operação de seis dias na Mata do Cantanhez. Na mão direita, uma ração de combate (?). E apresenta-se descalço. Em primeiro plano, espingardas G-3 (julgo tratar-se da versão original com punho e fuste de madeira, usadas ainda em 1965,  no TO da Guiné) (LG).

Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel da Canada > Foto nº 1 > Legenda manuscrita  no verso.


Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel da Canada > Foto nº 2 > Destacamento onde esteve o pelotão do Manuel da Canada e onde sofreu um  ataque ou flagelação... Topónimo ilegível [Nhacobá ?].


Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel da Canada > Foto nº 2 > Legenda manuscrita no verso


Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel da Canada > Foto nº 3 > Estrade de Guileje... Vejam-se as lianas atravessando a estrada, terraplanada, e aparentemente com bom piso...



Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel d
a Canada > Foto nº 3 > Legenda manuscrita no verso


Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel da Canada > Foto nº 4 > Tabanca de Guileje... No verso lê-se: "Foi  aqui que eu rezava todos os dias 3 e 4 terços, o helicóptero é que nos deixava cair a ração de combate, ele não podia parar".


Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel da Canada > Foto nº 4 > Legenda manuscrita no verso.



 Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel da Canada > Foto nº 5 >  Bandeira nacional e galardão da companhia, com os nomes dos lugares, à esquerda, por onde o pessoal andou (mais de um dúzia) e possivelmente os nomes dos camaradas, à direita,  que morreram (cino ?) (*)... No verso, lê-se apenas a seguinte legenda: "Esta foto foi de todos os lugares [em] que nós [es]tivemos em combate".


Guiné > Região de Tombali >  CCAÇ 1438 (1965/67) >  Álbum fotográfico do Manuel da Canada > Foto nº 5 > Legenda manuscrita no verso

Fotos: © AD - Acção para o Desenvolvimento (2007). Todos os direitos reservados [Fotos editadas por L.G.]

1. A CCAÇ 1438 foi mobilizada pelo BII17 – Angra do Heroísmo, Açores. Chegou à Guiné no dia 18 de Agosto de 1965 e regressou a 18 de Abril de 1967.  Passou por Bissau, Buba, Cumbijã, Colibuía e, por  fim, Quinhamel. Em Outubro de 1966 estava em Quinhamel. Foi seu comandante o cap inf Eugénio Batptista Neves.

Não temos nenhum representante desta companhia, independente, na nossa Tabanca Grande. Estas fotos fazem parte do nosso arquivo desde 2007. Foram-nos disponibilizadas pela ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, no âmbito do projeto Núcleo Museológico Memória de Guiledge. O ficheiro onde estão contidas, de cerca de 2,5 GB, está na seguinte pasta:  Guiledje Visual > Acervo Visual Colonial > Guerra em Guiledje >  Fotos das Companhias > G- Manuel da Canada - C[CAÇ} 1438 (1965). São cinco ao todo, numeradas de 1 a 5, com legendas manuscritas no verso.

Não temos mais quaisquer elementos que nos permitam identificar este camarada, que se assina por "Manuel da Canada" [, e não do Canadá. como inicialmente pensei].  Só o Pepito nos pode explicar como é que estas fotos foram parar a Bissau, ao bairro do Quelelé... Na lista das 11 unidades que passaram por Guileje, elaborada por Nuno Rubim (Gráfico a seguir), não consta a CCAÇ 1438. Em 1966, a unidade de quadrícula era CCAÇ 1424, de que ele próprio. Nuno Rubim, foi comandante (o 2º de três). Esta companhia, que pertencia  ao BCAÇ 1858 (Bissau, Teixeira Pinto e Catió) passou por Bolama, Cachil, Guileje, Sangonhá e Bissau.

O nosso camarada Manuel da Canada assegura que esteve em Guileje. Não diz quando nem quanto tempo... (A CCAÇ 1438 sofreu pelo menos um morto em combate, em Guileje, em 9/10/1965)(*). Se ele nos estiver a ler, ele ou alguém da sua companhia, que nos esclareça. Já agora, teríamos todo o gosto em que o Manuel da Canada entrasse para a nossa Tabanca Grande. Pode contactar-nos através do nosso endereço de email: luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com .

Desejamos-lhe muita saúde e longa vida.



Infografia: © Nuno Rubim (2008) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados

3. Correspondência recentemente trocada com o Pepito e o seu amigo açoriano Ernesto Ferreira:

(i) De Luís Graça para Pepito.

Pepito: Tens ideia de que te arranjou estas fotos ?... Esta companhia não esteve "oficialmente" em Guileje, mas teve lá pelo menos um morto em outubro de 65... Eram açorianos... Não tenho tido notícias do Nuno Rubim, estou preocupado, vou-lhe telefonar... Um abração (Por cá é feriado, o último 5 de outubro... Viva a República!)...

(ii) Do Pepito para L.G.:

Luís:  Estas fotos obtive-as quando fui aos Açores (ao Pico) e pedi a um colega e amigo meu de Agronomia que identificasse ex-militares que tivessem estado em Guiledje. Ele deu-me estas fotos com as legendas que conheces. Eu nunca estive com ele [, o Manuel do Canadá], mas quem o conhece é o tal amigo meu,  Ernesto Ferreira [...] que lá está.
abraços
pepito


(iii) Mensagem do engº agrónomo Ernesto Ferreira /que entretanto informara o Pepito de que o militar em questão já tinha falecido: "Caro amigo, tenho a comunicar-te que infelizmente esse amigo que me deu as fotos já faleceu há cerca de 5 anos de [doença][. Um abraço. Ernesto"):

Caro Luís Graça, não o conheço pessoalmente, mas teria muito gosto. Os amigos dos meus amigos, também meus serão, ainda mais sendo daqueles "do peito", como é caso!!!

Pois relembrando o Manuel da Canada (e não do Canadá), a cuja família informarei destas diligências e do vosso interesse, a seguir passo a descrever os seus dados:

Manuel Fernando Garcia das Neves, natural da freguesia da Candelária, Concelho da Madalena do Pico, Açores - Companhia 1438, 1.º pelotão, 1.º cabo n.º 415.
Aproveito para o informar que estes dados me foram facultados por outro ex-combatente da mesma companhia, por sinal meu compadre (o meu filho mais velho casou com a respetiva filha), cujos dados são: António Fernando de Oliveira Garcia, natural da freguesia da Criação Velha, Concelho da Madalena do Pico, Açores - Companhia 1438, 4.º pelotão, 1.º cabo n.º 416.
Anos- 1965 a 1967

Dado que o meu compadre estará disponível para mais alguma informação, não se coiba de me contactar.
Um abraço.
Ernesto Ferreira

(iv) De L.G, para Ernesto Ferreira: 

Meu caro engº Ernesto: 
Obrigado pelas fotos e pelas informações adicionais sobre o seu amigo e nosso camarada Manuel. Lamentamos a sua morte. E gostaríamos que a sua memória ficasse viva no nosso blogue. Seria também um homenagem aos restantes militares açorianos desta companhia, a CCAÇ 1438, de que não temos ninguém conhecido e registado. É possível saber o nome completo do Manuel da Canada ? Do seu posto, soldado, 1º cabo ? Naturalidade ?..

Fico-lhe muito grato. Luís Graça

(v) De L.G, para Ernesto Ferreira:

Meu caro Ernesto:

Aprecio muito essa franqueza e frontalidade, tipicas das gentes dos Açores!...  Temos, para já, um amigo em comum que é o Pepito. Aproveitando a sua amabilidade, peço-lhe que me explique a razão de ser do nome do Manuel Fernando... Manuel da Canada, e não do Canadá... Fui induzido em erro pelo estereótipo da emigração.. Muitos ex-militares açorianos, acabados de chegar da guerra do ultramar, emigraram para os States e para o Canadá...

Se a família nos autorizar, vamos fazer-lhe uma pequena homenagem do nosso blogue, que é um blogue de "partilha de memórias e de afetos"... É possível que eles tenham mais fotos, incluindo uma mais recente, antes do Manuel ter falecido... Já agora, em que ano terá ele nascido ?

Teríamos muito interesse, por outro lado, em acolher, no nosso blogue, o seu compadre e nosso camarada António Fernando... como um dos bravos da CCAÇ 1438... Será que ele tem um endereço de email para eu o poder contactar?

Um abração do Luís Graça
____________

Nota do editor:

(*) Identifiquei, através de pesquisa no nosso blogue, pelo menos 4 camaradas açorianos desta companhia, mortos em Combate, e que ficaram sepultados no cemitério de Bissau:

Manuel Correia Pedro, Soldado / CCaç 1438 / morto em 27.11.65, no Xitole, sa sequência de ferimentos em combate; era natural de Velas, S. Jorge, Açores / Cemitério de Bissau, Guiné;

Manuel Geraldo Teixeira, Soldado / CCaç 1438 / morto em 09.10.65, em Guileje, na sequência de ferimentos em combate; era natural de Santo Antão, Calheta, Açores / Cemitério de Bissau, Campa 1965, Guiné;

Manuel Silveira Reis, 1.º Cabo / CCaç 1438 / morto em 10.03.66, em Salancaur, na sequência de ferimentos em combate; era natural de Feteira, Horta, Açores / Cemitério de Bissau, Campa 277, Guiné;

Manuel Vieira Ferreira, Soldado / CCaç 1438 / morto em 11.03.66, em Salancaur, na sequência de ferimentos em combate; era natural da Praia da Vitória, Açores / Cemitério de Bissau, Campa 276, Guiné.

domingo, 2 de maio de 2010

Guiné 63/74 - P6297: Controvérsias (71): Contemos as nossas experiências e deixemos as especulações para quem não esteve lá (Carlos Vinhal)

3.º Pelotão da madeirense CART 2732



Comentário de Carlos Vinhal*, ex-Fur Mil, CART 2732 (Madeirense), Mansabá, 1970/72, na qualidade de tertuliano:

Alguns considerandos em relação ao poste 6292** de hoje, 2 de Maio de 2010

Camaradas
Este blogue está a deixar-me deprimido.

Julgava eu que nós, os portugueses, somos um povo de brandos costumes, hospitaleiros, afáveis, amantes da paz, amigos dos vizinhos, etc., e afinal somos (ou fomos) um bando de assassinos na guerra colonial. Posso excluir-me? Muito obrigado.


1. Escreveu em tempos o Alberto Nascimento, que foi só e apenas Soldado Condutor Auto, logo menos interventivo em operações de grande envergadura:

Contar com pormenor o que se passou no decorrer da operação é impossível, já que fui colocado num posto de onde só podia abarcar uma pequena parte da povoação, que ocupava uma área enorme, mas o constante matraquear das auto-metralhadoras e G3 deixavam antever um morticínio.

Quando a meio da tarde o Comando deu por terminada a operação é que fui, pelo caminho, vendo a destruição provocada pelos lança-chamas, auto-metralhadoras e G3. Samba Silate estava, na sua maior parte, destruída. Num largo da povoação estavam concentrados um grande número de prisioneiros, um dos quais, talvez movido pelo desespero e terror, intentou a fuga, tendo sido abatido. Os outros foram divididos entre Bafatá e Bambadinca, de onde poucos ou nenhuns saíram.


Posso ajudar o Nascimento com umas contas rápidas para calcular o tal morticínio.
Se 20 militares levarem cada um, uma G3 com 5 carregadores e se aproveitar uma em cada quatro munições disparadas, matar-se-ão ali num intantinho... vamos lá ver:

20 militares X 5 carregadores X 20 munições = 2000 munições X 1/4 = 500 mortos.

Estamos ainda a desprezar a metralhadora de fita (MG47), mais eficaz, o lança granadas e o lança-chamas. Isto sim, é morticínio, nem o Shelltox mataria com tal eficácia.

Nascimento, afinal quantos mortos viste quando chegaste ao local da operação?


2. Quanto ao Armandino, que em comentário, diz o seguinte:

Quando cheguei a Bissau em Outubro de 66 comentava-se que houve uma Companhia de Madeirenses que teve que ser embarcada à força, pois eles recusavam-se a embarcar para a Metrópole. Diziam que tabanca por onde eles passassem deixava de existir. O lema deles era que quanto menos pretos houvessem mais depressa acabava a guerra.
Não faço a mínima ideia que companhia era mas sei que regressou em fins de 66


Vamos lá ver Armandino.

As primeiras Companhias insulares a irem para a Guiné, tirando as Berlengas, foram:

Do BII17 – Angra do Heroísmo - Açores - a CCAÇ 1438 que chegou à Guiné no dia 18 de Agosto de 1965 e regressou a 18 de Abril de 1967. Em Outubro de 1966 estava em Quinhamel.

Do BII19 – Funchal – Madeira - a CCAÇ 1439 que chegou à Guiné a 02 de Agosto de 1965 e regressou a 18 de Abril de 1967. Em Outubro de 1966 estaria em Enxalé.

Podes precisar?

Diga-se em abono da verdade que qualquer Companhia que se prezasse não aceitaria vir embora antes de terminado o tempo normal de comissão, ainda por cima sendo madeirense e gostando de matar. É de homem.

Caro Armandino, recentemente, cerca da 1 hora da madrugada, fiz com outro amigo, o percurso entre a Sé e o Casino do Funchal (alguns quilómetros) e não fomos atacados por nenhum madeirense, nem vimos cadáveres na berma da estrada. No Funchal vive-se lindamente, anda-se de noite com mais segurança do que no Porto ou em Lisboa.

Já agora uma achega, não seria uma Companhia de algarvios, ou alentejanos, ou transmontanos, ou de militares dos arredores do Porto, gente que até apedreja os autocarros do Benfica?

É conveniente não se meterem rótulos nas embalagens de que não se conhece o conteúdo, olha o que aconteceu no Hospital de Santa Maria, de Lisboa.

Não esqueças Armandino que as Companhias madeirenses e açorianas tinham no seu Comando Oficiais e Sargentos oriundos do Continente, e um ou outro insular, que também os havia e bons.

Não podemos dizer que não cometemos proezas de que nos envergonhemos hoje, mas alimentar morticínios por estimativa, e alegar que houve uma Companhia daqui ou dali que fez isto ou aquilo segundo se ouviu dizer, é pura especulação e não é importante para a história que aqui queremos deixar.

Matar e morrer faz parte da guerra. Contemos os factos que vivemos, e mesmo assim esperemos que alguém, na mesma hora e no mesmo lugar, tenha visto o filme doutra maneira diferente da nossa.

OBS:-Negritos da minha responsabilidade

CV
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Notas de CV:

(*) Vd. último poste de 20 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6194: Convívios (133): Encontro comemorativo da ida da CART 2732 para a Guiné, Funchal 10 de Abril de 2010 (Inácio Silva/Carlos Vinhal)

(**) Vd. poste de 2 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6292: Memórias de um alferes capelão (Arsénio Puim, BART 2917, Dez 69/ Mai 71) (10): Samba Silate

Vd. último poste da série de 27 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6261: Controvérsias (70): Os peões das Nicas (Mário G. R. Pinto)