Mostrar mensagens com a etiqueta Covilhã. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Covilhã. Mostrar todas as mensagens

domingo, 11 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24389: In Memoriam (479): António Branquinho (1947-2023), ex-fur mil, Pel Caç Nat 63 (Fá e Missirá, set/69 - out/71)... Nosso tabanqueiro desde 24/9/2010, era irmão do advogado e escritor Alberto Branquinho, também ele membro da nossa Tabanca Grande


Guiné  > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Xime > Enxalé > O ex-fur mil António Branquinho, no Enxalé


Guiné  > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Xime > Enxalé > Pel Caç Nat 63 (1969/71) > 
1971 > À esquerda o Fur Mil Pires do Pel Caç Nat 63,  e eu à direita. Dos outros não me lembro os seus nomes.


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Pel Caç Nat 63 > Missirá > 1971 > Da esquerda para a direita, os fur mil Pires, Branquinho e Amaral


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Pel Caç Nat 63 > Missirá > 1971 >  O Branquinho com uma  criança que era filho de um soldado do Pelotão


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Pel Caç Nat 63 > Missirá > 1971 > António Branquinho, Amaral e uma bajudinha... O Branquinho simulava tocar um instrumento tradicional, talvez um "nhanheiro". (Segundo a oportuna observação do nosso amigo e consultor permanente para as questões étnico-linguísticas, Cherno Baldé, "o instrumento, na lingua fula, chama-se 'Hoddu', é mais antigo e, provavelmente, serviu de inspiração para a criacão do Kora dos Mandingas.)
Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Pel Caç Nat 63 > Missirá > 1971 > O Amaral  (também já falecido) e o Branquinho

Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Pel Caç Nat 63 > Bambadinca > À porta do Depósito de Géneros, com o 1.º Cabo Injai, do Pelotão

Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Pel Caç Nat 63 > Enxalé> 1971



António Branquinho (Vila Nova de Foz Coa, 1947 - Covilhã, 2023). De seu nome completo, António Júlio Abrunhosa Branquinho. 

Membro da Tabanca Grande, desde 24/9/2010. Foi fur mil, de rendição individual,
no Pel Caç Nat 63 (Fá e Missirá, de setembro de 1969 a outubro de 1971). Era um grande amigo do "alfero Cabral", seu comandante. Tem 23 referências no nosso blogue.

Fotos (e legendas): © António Branquinho (2010) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem com+plementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Morreu no passado dia 27 de maio, segundo a triste notícia que nos deu o seu irmão, mais velho, Alberto Branquinho (ex-alf mil, CART 1689 / BART 1913, Fá, Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69). Fazia anos a 21 de abril. Natural de Vila Nova de  Foz Coa, vivia na Covilhã. Casado, tinha uma filha e uma neta.

Era membro da nossa Tabanca Grande desde 24 de setembro de 2010. Contrariamemnte ao irmão não era um homem de grandes escritas. Mas deixou-nos este precioso texto de apresentação (*):

(...) Sou irmão do Alberto Branquinho e como vocês prestei serviço militar na Guiné.

Iniciei a Comissão em 23/09/1969 e terminei-a em finais de Outubro de 1971 (não me lembro da data correcta).

Fui em rendição individual, tendo sido colocado no Pel Caç Nat 63, que era comandado pelo ex-alferes miliciano Jorge Cabral, colaborador do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Desde o primeiro dia que somos amigos. Amizade esta que mantemos até à data.

O Pelotão era composto, na sua maioria, por elementos oriundos da própria Guiné, o alferes, furriéis, cabos e alguns soldados adstritos ao Pelotão eram brancos. Por este facto, os chefes militares e outros, por vezes "esqueciam-se" de nós, nomeadamente, no que dizia respeito ao fornecimento atempado de géneros "frescos", sendo os enlatados (fiambre, conservas várias, chouriço, etc.) a base da nossa alimentação.

Durante bastante tempo (muitos meses) estivemos privados de gerador de electricidade e de arca ou frigorífico a petróleo e consequentemente do prazer de uma bebida fresca. Era uma festa quando nos deslocávamos à sede do Batalhão (Bambadinca), bebiam-se umas "bazucas" e uns uísques gelados, era até cair - tirava-se "a barriga de misérias". (...)

Quando o Pelotão era mudado para outro Destacamento, o que se verificava frequentemente, era uma carga de trabalhos, uma vez que os soldados do Pelotão tinham consigo as mulheres e filhos, pelo que tinha de se arranjar transporte para toda aquela gente. Além das respectivas famílias, eram as galinhas, os cabritos e toda a traquitana inerente às lides domésticas (tachos, pilões, panelas, cabaças, alguidares, etc.). Era uma confusão! Eu passava-me.

O Jorge Cabral incumbia-me sempre destas missões, dizia que eu tinha uma certa sensibilidade para estas "operações". Tomava esta decisão por ser o furriel mais antigo e,  talvez, por uma questão de confiança. 

Numa das várias mudanças de Destacamento que efectuámos, apareceu-me com uma garrafa de wisky na mão, para festejarmos o fim da instalação do Pelotão. Estava tão desgastado e stressado que lhe tirei a garrafa da mão, mesmo à temperatura ambiente ia bebendo tudo de um só trago. Como era de esperar,  apanhei tamanha bebedeira, que passei o dia todo a dormir.

Após várias deslocações, estive em vários Destacamentos, na zona de Bambadinca: Fá, Missirá, Bambadinca, Ponte do Rio Udunduma, Nhabijões, Xime, etc.

Durante a minha Comissão, estive adstrito a dois Batalhões, sediados em Bambadinca (Sector L1): BCAÇ 2852 (1968/70) e BART 2917 (1970/72.

Terminei a Comissão em beleza, a não ser um senão, incompatibilizei-me com o substituto de Jorge Cabral, em Bafatá. Era uma pequena cidade, mas tinha muitas mordomias de que já há muito não estava habituado.

Escrevi este pequeno texto, como cartão de apresentação, havendo muito mais histórias para contar, desde que haja disponibilidade e pachorra para tal. (...)


2. Comentário do editor LG:

Alberto, mais uma notícia devastadora para a nossa comunidade de antigos combatentes da Guiné, a   a morte do teu mano e nosso querido camarada António Branquinho, que fur mil do Pel Caç Nat 63, ao tempo do "alfero Cabral", e do meu tempo (CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, junh 61/mar 71). Se bem que ele fosse quatro meses mais no Sector L1

Um abraço solidário na dor para ti e para restante família (a tua cunhanada, a tua sobrinha, o teu sobrinho-neto e demais família. Sei que o teu irmão era muito estimada na Covilhã onde viveu e está hoje sepultado.  

Entende este poste como uma pequena homenagem. O Jorge Cabral falava-me dele com muita estima, amizade e camaradagem. Mas eu nunca mais o encontrei depois da Guiné, se a memória me não falha. Fizemos algumas operações em conjunto, no Sector L1.  Não convivemos muito. Havia o rio Geba a separar-nos,  quando eles foram de Fá para Missirá. Um abraço fraterno.

PS - O teu mano devia ser de 1947, mais novo do que tu, dois anos oiu três... Não? Confirma.



António  Júlio Abrunhosa Branquinho. 
Foto: cortesia do facebool da Casa da Covilhã em Lisboa
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 24 de setembro de 2010 > uiné 63/74 - P7029: Tabanca Grande (245): António Branquinho, ex-Fur Mil do Pel Caç Nat 63 (Fá e Missirá, 1969/71)

Vd. também poste de 16 de novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7291: Estórias avulsas (100): A mina, que seriam duas (António Branquinho)

(**) Último poste da série > 3 de junho de 2023 > Guiné 61/74 - P24363: In Memoriam (478): Mário Vargas Cardoso, cor inf ref (1935-2023), ex-cap inf, CCAÇ 2402 / BCAÇ 2851 (Có, Mansabá e Olossato, 1968/70) e ex-cmdt do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74) (João Bonifácio, ex-fur mil SAM, CCAÇ 2402, 1968/70, a viver no Canadá); Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil at inf, CCAÇ 3547, Contuboel, 1972/74)

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20494: Feliz Natal de 2019 e Bom Novo Ano de 2020 (16): Augusto Mota (Brasil), António Graça de Abreu, Cristina Silva (filha do Jacinto Cristina), João Azevedo / Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, João Sacôto, José Colaço, Lucinda Aranha, Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes



1. Mandaram-nos boas festas, por email ou telemóvel, por estes dias, mais os seguintes camaradas e/ou amigos/as, aproveitando também para fazer "prova de vida":

António Graça de Abreu, Cristina Silva (filha do Jacinto Cristina),  João Azevedo / Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes,  João Sacôto, José Colaço e Lucinda Aranha Antunes.



2. Mensagem do Augusto Mota

[ex-1º cabo, Grupo Material e Segurança Cripto (Bissau, QG/CTIG, 1963/66); viveu em Bissau até 1974, e depois no Brasil, até hoje; natural do Porto, tem a dupla nacionalidade: é o nosso grã-tabanqueiro nº 726, desde 6/9/2016; tem 7 referências no nosso blogue] 


Amigos!

Muito tempo se passou desde que contatei vocês. Infelizmente as vicicitudes do dia a dia não têm permitido mais atenção para acompanhar vossa causa. Enfim...


Ainda não é hoje que lhes vou dar notícias mais concretas, mas pelo menos quero desejar-vos UM BOM NATAL e MELHOR ANO NOVO!!!!
Tudo de bom para vocês.





3. Mensagem do Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes:

O Núcleo  de Ponte de Lima da Liga  dos  Combatentes, aproveita esta quadra natalícia, para desejar um SANTO NATAL e que NOVO ANO traga saúde e Bem Estar.


A Direcção

Manuel Oliveira Pereira
António Mário Lopes Leitão
Leonardo Costa Gonçalves
____________

Nota do editor

Último poste da série de 24 de Dezembro de  2019 > Guiné 61/74 - P20493: Feliz Natal de 2019 e Bom Novo Ano de 2020 (15): António Marques Lopes, Cor Art DFA Ref, ex-Alf Mil Art da CART 1690; Ernestino Caniço, ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2208; José Firmino, ex-Soldado At da CCAÇ 2585; Luís Fonseca, ex-Fur Mil TRMS da CCAV 3366 e Mário Migueis da Silva, ex-Fur Mil Rec Inf

domingo, 18 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16843: O nosso querido mês de Natal de 2016 e Ano Novo de 2017 (3): Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes (...um núcleo, formidável, ativo e solidário, mas também com preocupações culturais, seguramente um dos melhores que integram a Liga; um alfabravo também para eles, seus associados e dirigentes, por parte da nossa Tabanca Grande)


1. Mensagem de boas festas enviada pelo Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, com data de 16 do corrente, e a que retribuímos com votos de boa saúde e longevidade para todos os camaradas,  associados e dirigentes. 

Daqui a 10 anos este núcleo vai fazer 100 anos!

Destaque para o seu projecto da construção da “Sede Social/Centro de Dia”, uma ideia que tem vindo a ganhar força face ao problema  do envelhecimento dos combatentes. Segundo se lê na apresentação do Núcleo da Covilhã na página oficial da Liga dos Combatentes, é dever do Núcleo: (i)  lutar contra adversidades, (ii) congregar sinergias que permitam intensificar actividades, (iii) proporcionar a abertura a outras formas complementares de lazer e cultura," em suma colaborar para um envelhecimento saudável, onde não falte a medicina preventiva, curativa e de reabilitação, apoiada em serviços de gerontologia, geriatria e fisioterapia."

O segundo projeto, esse já em velocidade de cruzeiro, é a publicação, trimestral "O Combatente da Estrela". de 20 pp -,  e que recebemos regularmente, em formato pdf, na nossa caixa de correio. É também distribuído, gratuitamente,  em papel. (Vd. abaixo a folha de rosto do nº 103, relativo a julho-setembro de 2016: neste número, colaboram, com textos da da sua autoria, dois dos nossos grã-tabanqueiros, camaradas da Guiné, o José Teixeira e o Juvenal Amado).  Um alfabravo para o seu diretor, o João Cruz de Azevedo, o seu subdiretor, João de Jesus Nunes,  e demais colaboradores.

O que sabemos, através das notícias que nos chegam, veiculadas por este seu jornal, é que se trata de um núcleo, formidável, ativo e solidário, mas também com preocupações culturais, seguramente um dos melhores que integram a Liga dos Combatentes

Tem página no Facebook que é seguida por diversos camaradas nossos da Tabanca Grande.




Detalhe da página principal de "O Combatente da Estrela", edição nº 103, jul-set 2016, órgão do Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes,
__________________

Nota do editor:

Último poste da série > 16 de dezembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16840: O nosso querido mês de Natal de 2016 e Ano Novo de 2017 (2): Boas festas, de Macau, tão longe e afinal aqui tão perto (Virgílio Valente, ex-alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74)

sábado, 7 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16061: Agenda cultural (479): Sessão de apresentação do livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem - Guiné, 1971 - 1974", de Juvenal Amado, levado a efeito no passado dia 21 de Abril, no Auditório da Biblioteca Municipal da Covilhã

Em mensagem do dia 26 de Abril de 2016, o nosso camarada Juvenal Amado dá-nos conta da sessão de apresentação do seu livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem - Guiné, 1971 - 1974", levado a efeito no passado dia 21 de Abril, no Auditório da Biblioteca Municipal da Covilhã. Esta sessão, promovida pelo Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, inseriu-se nas comemorações do seu 90.º aniversário, conforme o convite que se publica.


1. Estas foram as palavras que o Juvenal Amado dirigiu aos presentes durante a sessão:

Meus amigos e camaradas.
Começo por agradecer o convite para estar aqui a apresentar o meu livro e falar do nosso passado comum.
Tanta importância tem as voltas que a vida dá, como as voltas que nós damos à vida. No fim, o caminho que nos estava guardado, ninguém o faz por nós. “Chamemos-lhe Destino talvez”.

 Sabíamos como partíamos mas não podíamos saber como voltávamos. Nós somos os felizardos que voltamos. Foi-nos dado a bênção da amizade e da partilha de recordações. Viemos de toda a parte. A comunhão de vivências ganhas nas várias frentes fez de nós seres especiais. Basta falar-se numa localidade africana, para que se troquem saudações e histórias, que são de todos os lugares, que percorremos na nossa juventude. 

Este livro fala dessas vivências e dessas amizades. Quantos ao lerem as suas páginas, não vão sentir que muitas das estórias podiam ser a sua história? Mas quando fui mobilizado, ainda que há muito esperado, o Céu pareceu-me cair em cima da cabeça. Ir para a Guiné, era como sair a sorte grande, das piores razões. O meu irmão mais novo tinha nessa altura 5 anos e confidenciou-me há dias, que se lembra após a minha partida, uma noite escura penetrou na casa onde ele morava com os meus pais e irmãos. Estas palavras dão talvez a dimensão da tragédia, que atingia as famílias durante os dois anos e tal, que tinham os filhos, os maridos a combater além-Mar. 

Quanto a mim, era pior para eles do que para nós, que lá estávamos. As mães viam os filhos permanentemente em perigos e nós, a maior parte do tempo, nem dávamos por ele. Situação repetida pelos 13 anos que durou a guerra que Portugal sustentou em três frentes com maior ou menor intensidade. 

Este livro não é de guerra, é de histórias, de vidas que estiveram na guerra. Essencialmente o que importou foi falar deles, das suas conversas no abrigo, no posto de sentinela, nas colunas e nos momentos de aperto. Também falo das suas mortes, porque falar delas é prestar-lhes homenagem, é prolongar as suas memórias e lembrar às pessoas que se morreu lá em combate, em minas, também em desastres, numa picada qualquer e também por falta de assistência médica. Também as doenças mataram muitos. 

Muitos que não foram lá pensarão que morrer de doença ou desastre, também cá se morria. Mas não era a mesma coisa. O paludismo, a hepatite, a alimentação onde imperavam os liofilizados, os enlatados, a falta de ovos, peixe e carne fresca, a água de duvidosa proveniência, a par de álcool ingerido em quantidades anormais, foram responsáveis por muitas vidas perdidas lá e que, se vieram a perder depois do regresso cá. 

Deram a suas vidas por razões certas ou erradas, não é isso que importa. O que importa será porventura, não deixar esquecer que morreram longe das suas famílias e alguns, ainda por lá estão em campa rasa. 

Algumas das figuras deste livro já morreram. Morreram lá, outros cá de doença e de acidentes. Já é longa a lista meus amigos e, é sempre com um aperto no peito, que ouço falar dos que estão doentes. Pode-se dizer como é uso “que a vida é dura e mais curta que comprida”.

Mas; 
“ Com a certeza que faz de nós seres únicos, teremos sempre direito a um lugar na memória dos que connosco privaram. Quando chegarmos a velhos, falaremos do tempo ou falaremos, de outros tempos”.

A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem é o titulo, mas também é um motivo de reflexão. 

Muitos dos que foram combater Além-Mar, começaram a trabalhar mal saíram da escola primária. A maioria já trabalhava há dez anos ou mais. Contribuíam para o orçamento familiar, alguns já casados, com filhos e responsabilidades de vária ordem. Terá sido a tropa que fez deles uns homens? Sinceramente penso que na grande maioria já eram homens feitos e que não embarcaram de ânimo leve. 

Num extrato do início de uma história, que relata a ansiedade com encarei o meu embarque e escrevo: 
“ Como proscritos quando quase todos dormiam, fomos transportados pela a calada da noite, o Mar cresceu à nossa volta, tornou-se denso, abraçou-nos e tornou-se imenso”.

Quem pode negar hoje que não foram momentos difíceis? 
Uma coisa teremos a certeza, é que fez de nós homens diferentes. 

A todos muito obrigado pelo carinho e amizade com que fui brindado na ocasião. 
A vida guarda muitas surpresas boas e esta, é sem dúvida uma delas.


2. Algumas fotos do evento:

Um aspecto da assistência

Na Mesa: João Cruz Azevedo, Presidente da Direcção do Núcleo da Covilhã da LC; Jorge Manuel Torrão Nunes, Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Covilhã; Naná Gonçalves, poetisa e Juvenal Amado.

Juvenal Amado recebe um exemplar da Medalha comemorativa dos 90 anos do Núcleo da Covilhã da LC.


Juvenal Amado com o ex-Fur Mil Sap Fernandes e Romão Vieira da CCAÇ 2912

O 3872: Pereira, Dulombi; Alcains, CCS; Juvenal Amado; João Romano, Saltinho; Fernandes e Luciano, CCS

Jovens interessados

************

3. A sessão de apresentação do livro do Juvenal Amado foi antecedida de um almoço de que se publicam duas fotos:

 Na foto o Ten-Cor Ley Garcia do Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes e a poetisa Naná Gonçalves

Nesta foto: Pereira Nina, do Núcleo da Covilhã da LC, que iniciou o processo que me possibilitou a apresentação do livro na Covilhã, também camarada do Carvalho em Aldeia Formosa; o Azevedo, combatente em Angola; eu; o meu camarada da CCS, António Fernandes e o Ten-Cor Levy Garcia, Presidente do Núcleo de Leiria da LC.
____________

Nota do editor

Último poste da série de 5 de maio de 2016 Guiné 63/74 - P16051: Agenda cultural (478): Lançamento do livro "Haikus do Japão e do Mundo", de António Graça de Abreu, 10 de Maio pelas 18h30, no Centro Científico e Cultural de Macau, Rua da Junqueira, 30 - Lisboa: "Gostava de ter lá alguns camaradas da Guiné, e de ler dois ou três haikus sobre a nossa guerra" (o autor)

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15994: Agenda cultural (475): Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, amanhã, 21, às 16h00, no auditório da biblioteca municipal da Covilhã: Juvenal Amado apresenta o seu livro "A Tropa Via Fazer de Ti um Homem"; confirmada a presença do prof Pereira Coelho, que foi um dos médicos do BCAÇ 3872, em Galomaro, 1971/72



1. Mensagem de hoje do Juvenal Amado [ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74, autor do  livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem", Lisboa, Chiado Editora, 2016]: 

Amanhã vou fazer a apresentação do livro na Biblioteca de Guimarães no âmbito das comemorações dos 58 anos da Tertulia da Liga Combatentes da Covilhã.

Já tenho a confirmação da presença do dr Pereira Coelho que foi médico do meu Batalhão e posteriormente se dedicou à fertilização in vitro.

Também estou convidado para ir a um encontro nas Caldas da Rainha e tenho o almoço da minha companhia em maio.

Tem sido sempre a andar e os primeiros 200 [exemplares]   já lá vão.

Está a ser giro e está-me a dar muitas alegrias não só no seio dos combatentes . Há muitas senhoras que mo compraram também.

Qualquer camarada que o quiser adquirir basta que entre em contacto pelo blogue, pelo facebook ou pelo meu email.

Mais uma vez obrigado e aceita um abraço, Juvenal.

________________
Nota do editor:

Último poste da série > 4 de abril de  2016 >  Guiné 63/74 - P15937: Agenda cultura (474): Em Fafe, "terra justa", 4ª feira, dia 6 de abril de 2016: homenagem às nossas camaradas enfermeiras paraquedistas, representadas ao vivo pela Rosa Serra, no âmbito da edição de 2016 do "Terra Justa - Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade"