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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24922: Fichas de unidade (32): CCAÇ 15 (Bolama e Mansoa, 1970/74); divisa: "Taque Tchife" (Agarra à mão)

Crachá e brasão da CCAÇ 15 


Fichas de unidade > Companhia de Caçadores nº 15

Identificação: CCaç 15

Cmdt:

  • Cap Inf Manuel José Reis do Nascimento
  • Cap Inf Luís da Piedade Faria
  • Cap Mil Inf João Nuno Rocheta Guerreiro Rua
  • Cap QEO José Eduardo Marques Patrocínio
  • Cap Inf Idílio de Oliveira Freire
  • (oficial n/ identificado)
  • Alf Mil João António de Magalhães

Divisa: "Taque Tchife" (Agarra à mão)"

Início: 29Jan70 | Extinção: finais de Ju174

Síntese da Actividade Operacional

Foi constituída e organizada no CIM, em Bolama, com quadros e algum pessoal especialista metropolitano e o restante pessoal natural da Guiné, da etnia Balanta, sendo inicialmente designada por CCaç Balanta e tomando a designação de CCaç 15 a partir de 28Fev70.

 Após a instrução inicial, efectuou a IAO no CIM, em Bolama, de IS a 28Fev70.

Em 04Mar70, deslocou-se para Mansoa, a fim de substituir a CCaç 2857 na  função de intervenção e reserva do sector, tendo actuado em diversas operações na região de Locher-Changalana, na interdição da ligação Sara-Sarauol e na segurança e protecção de itinerários e dos trabalhos das estradas Mansoa-Bissorã e Jugudul-Bambadinca. 

Destacou ainda pelotões para reforço de outras guarnições, nomeadamente de Mansabá, de 08 a 25Nov70 e de Cutia, de 27Nov70 a finais de Mar71).

Em finais de Ju174, foi desactivada e extinta.

Observações - Tem História da Unidade até 31Mar72 (Caixa n." 130 - 2." Div/4." Sec, do AHM).

Tem 22 referências no nosso blogue. Na Tabanaca Grande temos dois camaradas que pertenceram à CCAÇ 15: o António Sampaio e o Joaquim Mexia Alves.

Fonte - Adapt de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: fichas das unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pág. 635
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Nota do editor:

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24916: Notas de leitura (1643): "Era Uma Vez na Tropa, Rescaldos da guerra em desfile de memórias", por Ireneu de Sousa Mac; Europa Editora, 2022 (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 6 de Junho de 2022:

Queridos amigos,
Permitam-me justificar a minha incredulidade face à leitura desta narrativa. Passado meio século, manda a sabedoria do perdão que acompanha os velhos, há ressentimentos, azedumes e horas más que passam para a categoria dos desperdícios. Irineu Mac apresenta-se como uma exceção, di-lo frontalmente: 

"Toda a guerra depois de finda ainda vive em nós. Uma guerra não acaba enquanto houver um último sobrevivente e enquanto os familiares ou amigos que sofreram danos colaterais tiverem memória. Aqui são retratadas as vivências de um miliciano, em jeito de alter ego, forçado a entrar numa guerra de causas e motivações alheias em condições muito adversas".

 É uma narrativa confessional, onde a guerra propriamente dita e a sua relação com os outros merece escassos parágrafos, no entanto, terá vivido uma experiência bem dura em territórios marcadamente hostis em derredor de Mansoa, foi cofundador e professor na escola regimental de Mansoa, voluntariou-se na escola primária da aldeia na preparação para exames de 4.ª classe, são assuntos tratados de raspão, questionamos porquê, numa narrativa onde o timbre é dado pelos tais azedumes e recordações de que a idade nos liberta, tal como ele observa nos encontros de ex-combatentes teimamos nesta bonomia de avançar para o outro de braços abertos.

Um abraço do
Mário



Lembranças da CCAÇ 15 (1970-1971), com amargores e ressentimentos

Mário Beja Santos

É cada vez mais raro encontrar nas obras de cunho memorial sobre a guerra colonial algo que fez parte da 1.ª fase deste ramo literário: os ajustes de contas, a revolta incontida pelos comportamentos militarões, o azedume pelo facto da tropa ter impedido os estudos, a catilinária sobre a absurdez e a perversidade daquelas guerras. 

A idade e o peso da memória fazem outros escrutínios, é aquela sabedoria em que o fel e a bílis já não têm papel na nossa vida. Era Uma Vez na Tropa, Rescaldos da guerra em desfile de memórias, por Ireneu de Sousa Mac, Europa Editora, 2022, é uma história pessoal de um furriel miliciano que pertenceu à Companhia de Caçadores Nativos, a 15, sediada em Mansoa. Revela que lhe interromperam os estudos, que o mundo desabou à sua volta, estava preste a concluir o 7.º ano de liceu. Quando regressou era uma amostra de si próprio, pesava 54kg com 170cm de altura, já tinha os dois irmãos mais velhos nas penas de África, ainda hoje não consegue esquecer o olhar de despedida e a compaixão de familiares e amigos quando lhe disse que ia para a Guiné. 

A guerra não acabou para Mac. É a vivência na Guiné que ele vai relatar. Antes, porém, conta-nos que estudou num colégio privado, chegou o dia mais infeliz da sua vida, assentou praça nas Caldas da Rainha, confessa que nunca foi capaz de abrir o baú e deixar que as memórias viajassem pelo mundo fora. Agora, já está mais descontraído, fala-nos da sopa intragável, dos treinos nas serranias laterais ao rio Séqua, estava desarranchado, tinha um companheiro de quarto que acabou por desertar. 

“As atitudes danosas e injustas da tropa, deixaram ao Mac marcas desagradáveis e de aversão, ainda hoje, à flor da mente e dentro da pele”.

Irineu Mac esboçou a arquitetura sobre a forma de diálogos com o amigo, há pergunta e resposta, e depois de se falar em classificações do curso, ei-lo que parte em rendição individual para CCAÇ Nat 15. 

“O mundo de Mac sofre um segundo terramoto. Faliram os projetos, desabaram os sonhos. Nunca mais o futuro se escreveu da mesma maneira”

E parte, em estado lúgubre, em 3 de fevereiro de 1970. Dá-nos a nota de rodapé a composição do quadro de oficiais, sargentos e praças oriundos da metrópole, juntam-se todos em Bolama, onde diz que as condições de vida eram péssimas. E partem para Mansoa, descobre que não pode vir a férias até à metrópole por ter 8 dias de prisão no cadastro, coisas que se passaram em Tavira, tudo má sorte. Tira carta de condução de mota. Foi forçado a ir votar num cidadão qualquer, coisas de eleições do Estado Novo. Conta a história de uma cobra que se escapuliu para um buraco da bota, segue-se um rol de peripécias, mete caça, comida, a vida em Cutia tinha as suas durezas. Não se escapa às considerações erótico-sexuais. Não lhe escapou à memória uma encenação feita para jornalistas estrangeiros, um simulacro de combate na mata, uma autêntica montagem cinematográfica. Há acidentes com armas, fala-se de ataques de abelhas.

Nova confissão, há ressentimentos que pesam: 

“Mac foi impelido para a tropa pela intimação, pela força da lei e dos homens dominados, pela obsessão na qual não navega a razão. Ainda tentei, por duas vias, adiar a tropa para a incorporação seguinte. Em especial porque queria muito concluir o ano letivo. Nunca obtive resposta. Voltei com a guerra às costas. Sem bater à porta, fez-se de convidada, entrou sem autorização e sentou-se à mesa da vida. Enquanto a malária, de febre em riste, entrava pelo postigo, pelas frestas das janelas e pelos interstícios dos telhados. Mas não penses que foi fácil regressar. Inventavam atrasos atrás de adiamentos. Já nos íamos adentrando pelo 25.º mês e ainda não tínhamos sido substituídos. Quanto mais o tempo passava, mais o medo aumentava e a coragem e a vontade de arriscar escasseavam. Ninguém queria morrer ao quebrar da onda na areia”.

Há referências esporádicas a operações, patrulhamentos, situações de fogo cruzado. E vem a história de Zé Mamede que em outubro de 1970 abalou de Mansoa em direção ao seu destacamento, Infandre. Chegou notícia cerca do meio-dia de ter havido uma emboscada entre Braia e Infandre, foi logo gente em auxílio. 17 feridos, 10 mortos, entre eles o Zé Mamede. O alter ego de Mac pergunta-lhe se o Zé Mamede deve ser homenageado enquanto herói, resposta do Mac: 

“O Zé Mamede não é herói. É uma vítima, mortal, inocente, de estratégias alheias e inconsistentes das ideologias reinantes. O Zé é uma vítima de ambições de grandeza desproporcionadas, ultrapassadas e nefastas. O Zé é uma vítima da ambição errónea e condenável de outros. Da opção do orgulhosamente sós”.

Mais adiante, sentencia:

“Jamais psicólogo algum ou alguma psiquiatria salvará do trauma a quem matou mesmo para sobreviver”.

O alter ego de Mac tem acesso à sua correspondência:

“A solidão é a minha companheira. Oh esperança, não me abandones! Fica comigo. Agora. Alimenta e alenta a minha vida em frágil equilíbrio sobre o gume das armas. Agora.” 

Escreveu poesia. Em jeito de rememoração, dá-nos a saber que fazia parte da estratégia de Spínola formar companhias de caçadores nativos de elite, Mac integrou uma força operacional, atuou nas matas cerradas. Deu trabalho, mas ao fim daquele tempo todo, foram metidos num avião, regresso a Lisboa. Ficamos a saber que entre a tropa metropolitana e os soldados africanos houvera solidariedade devido à luta vital conjunta que se travava. E descreve demoradamente as peripécias do regresso. Confessa ao seu alter ego: 

“Não tenho estátua, mas tenho um louvor e uma insígnia. Não me perguntes como nem porquê. Nem sei bem responder. O que posso garantir é que, decerto, não foi pela minha valentia ou por qualquer ato de heroísmo. Acredito que possa ter sido por me voluntariar a instaurar uma escola regimental para os soldados africanos aprenderem a ler. E isso bastou-me para obter benefícios propinários, deu-me direito a isenção de propinas extensível aos filhos. Cumpri deveres porque me sujeitei a eles. Também não abdiquei daquele direito. Contudo, preferia não os ter tido”.

Despede-se do leitor, desta vez sem azedumes nem ressentimentos:

“A guerra tira, mas também dá. Enobreceu em nós o espírito de entreajuda e o sentido da amizade. Continuamos unidos pela amizade construída sobre a solidariedade vivida nas matas do Oio, do Olossato, do Morés, do Changalana, do Locher. Eu sei que, ainda hoje, essa união se mantém na trajetória de muitos ex-combatentes. Eu sei porque tenho observado muitos dos seus almoços-convívios. Paro, sempre extasiado pelos abraços emotivos que vejo”.

Vista parcial do destacamento de Cutia, imagem extraída do blogue Rumo a Fulacunda, com a devida vénia
Localização do destacamento de Cutia
Crachá da CCAÇ 15
Estandarte do CCAÇ 15
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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE DEZEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24912: Notas de leitura (1642): Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro (1931-1939) - Parte III: A lenda de Ohbapuma (ilha de Orango, arquipélago dos Bijagós)

domingo, 12 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24842: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XIII: Cutia: últimas fotos: mulheres, bajudas e crianças sempre à volta de um recurso escasso mas vital para a sua comunidade, a água











Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Cutia > s/d> Mulheres, bajudas e crianças sempre à volta de um recurso vital, para a sua comunidade, a água.

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71).

Anexa-se a última parte da série de fotos sobre Cutia, destacamento e a tabanca que ficava a meio caminho entre Mansoa e Mansabá. (*)

Na altura, havia em Cutia um Pelotão da CCAÇ 2589 / BCAÇ 2855 (Mansoa, 1969/71) e ainda o Pel Caç Nat 61 (ou Pel Caç Nat 57) e ainda um Esquadrão do Pel Mort 2004. 

A organização e a seleção das fotos são feitas pelo seu amigo e nosso camarada, o médico Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa), tendo passado depois pela Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971).

O José Torres Neves é missionário da Consolata, ainda no ativo. Deve estar com 87 anos (!). Vive num país africano de língua oficial portuguesa. Esteve no CTIG, como capelão de 7/5/1969 a 3/3/1971. Estamos-lhe muito gratos pela sua generosa partilha.

As fotos (de um álbum com cerca de 200 imagens) estão a ser enviadas, não por ordem cronológica, mas por localidade, aquartelamentos ou destacamentos do sector de Mansoa.
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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 19 de setembro de  2023 > Guiné 61/74 - P24671: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XII: Cutia: capinadores, missa, coluna para Mansoa, Berliets

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24672: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte XXXV: Um estranho sonho em Gandembel: "apanhado" pelo PAIG

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gandembel > Visita ao antigo aquartelamento português, por parte dos participantes do Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau,l 1-7 de março de 2008) > 1 de março de 2008 > Restos do aquartelamento português, abandonado em 28 de janeiro de 1969, e posteriormente ocupado e dinamitado pelo PAIGC (facto a confirmar: também há outra versão, a de que o quartel, construído de raíz,  foi destruído pela FAP, o que seria mais verosímil)...  A importância estratégica de Gandembel / Balana em pleno corredor de Guiledje (bem como a sua heróica defesa, ao longo de nove meses, pela CCAÇ 2317 e outras forças portugueses, incluindo o BCP 12), não foi esquecida, apesar da posterior mediatização de Guileje...(*)

Foto (e legenda)  © Luís Graça (2008). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação das memórias do Aamadu Djaló (Bafatá, 1940-Lisboa, 2015), a partir do manuscrito, digitalizado, do seu livro "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, + fotos, edição esgotada) (**).

O nosso  camarada e amigo Virgínio Briote, o editor literário ou "copydesk" desta obra,  facultou-nos uma cópia digital. O Amadu Djaló, membro da Tabanca Grande, desde 2010, tem cerca de nove dezenas de referências no nosso blogue.


Capa do livro do Amadu Bailo Djaló,
"Guineense, Comando, Português: I Volume:
Comandos Africanos, 1964 - 1974",
Lisboa, Associação de Comandos,
2010, 229 pp, + fotos, edição esgotada.



O autor, em Bafatá, sua terra natal,
por volta de meados de 1966.
(Foto reproduzida no livro, na pág. 149)


Síntese das partes anteriores:

(i) o autor, nascido em Bafatá, de pais oriundos da Guiné Conacri, começou a recruta, como voluntário, em 4 de janeiro de 1962, no Centro de Instrução Militar (CIM) de Bolama;

(ii) esteve depois no CICA/BAC, em Bissau, onde tirou a especialidade de soldado condutor autorrodas;

(iii) passou por Bedanda, 4ª CCaç (futura CCAÇ 6), e depois Farim, 1ª CCAÇ (futura CCAÇ 3), como sold cond auto;

(iv) regressou entretanto à CCS/QG, e alistou-se no Gr Cmds "Os Fantasmas", comandado pelo alf mil 'cmd' Maurício Saraiva, de outubro de 1964 a maio de 1965;

(v) em junho de 1965, fez a escola de cabos em Bissau, foi promovido a 1º cabo condutor, em 2 de janeiro de 1966;

(vi) voltou aos Comandos do CTIG, integrando-se desta vez no Gr Cmds "Os Centuriões", do alf mil 'cmd' Luís Rainha e do 1º cabo 'cmd' Júlio Costa Abreu (que vive atualmente em Amesterdão);

(vii) depois da última saída do Grupo, Op Virgínia, 24/25 de abril de 1966, na fronteira do Senegal, Amadu foi transferido, a seu pedido, por razões familitares, para Bafatá, sua terra natal, para o BCAV 757;

(viii) ficou em Bafatá até final de 1969, altura em que foi selecionado para integrar a 1ª CCmds Africanos, que será comandada pelo seu amigo João Bacar Djaló (Cacine, Catió, 1929 - Tite, 1971)

(ix) depois da formação da companhia (que terminou em meados de 1970), o Amadu Djaló, com 30 anos, integra uma das unidades de elite do CTIG; a 1ª CCmds Africanos, em julho, vai para a região de Gabu, Bajocunda e Pirada, fazendo incursões no Senegal e em setembro anda por Paunca: aqui ouve as previsões agoirentas de um adivinho;

(x) em finais de outubro de 1970, começam os preparativos da invasão anfíbia de Conacri (Op Mar Verde, 22 de novembro de 1970), na qual ele participaçou, com toda 1ª CCmds, sob o comando do cap graduado comando João Bacar Jaló (pp. 168-183);

(xi) a narrativa é retomada depois do regresso de Conacri, por pouco tempo, a Fá Mandinga, em dezembro de 1970; a companhia é destacada para Cacine [3 pelotões para reforço temporário das guarnições de Gandembel e Guileje, entre dez 1970 e jan 1971]; Amadu Djaló estava de licença de casamento (15 dias), para logo a seguir ser ferido em Jababá Biafada, sector de Tite, em fevereiro de 1971;

(xii) supersticioso, ouve a "profecia" de um velho adivinho que tem "um recado de Deus (...) para dar ao capitão João Bacar Jaló"; este sonha com a sua própria morte, que vai ocorrer no sector de Tite, perto da tabanca de Jufá, em 16 de abril de 1971 (versão contada ao autor pelo soldado 'comando' Abdulai Djaló Cula, texto em itálico no livro, pp.192-195) ,

(xiii) é entretanto transferido para a 2ª CCmds Africanos, agora em formação; 1ª fase de instrução, em Fá Mandinga , sector L1, de 24 de abril a fins de julho de 1971.

(xiv) o final da instrução realizou.se no subsector do Xitole, regulado do Corunal, cim uma incursão ao mítico Galo Corubal.

(xv) com a 2ª CCmds, comandada por Zacarias Saiegh, participa, em outubro e novembro de 1971, participa em duas acções, uma na zona de Bissum Naga e outra na área de Farim;

(xvi) em novembro de 1971, participa na ocupação da península de Gampará (Op  Satélite Dourado, de 11 a 15, e Pérola Amarela, de 24 a 28);

(xvii) 21-24 dezembro de 1971: Op Safira Solitária: "ronco" e "desastre" no coração do Morés, com as 1ª e 2ª CCmds Africanos  (8 morts e 15 feridos graves);

(xviii) Morés, sempre o Morés... 7 de fevereiro de 1972, Op Juventude III;

(xix) o jogo do rato e do gato: de Caboiana a Madina do Boé, por volta de abril de 1972;

(xx)  tem um estranho sonho em Gandembel, onde está emboscado très dias: mais do que um sonho, um pesadelo: é "apanhado por balantas do PAIGC".


 Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte XXXV:

  Um estranho sonho em Gandembel (pp. 252-256)

 

Três dias depois de chegarmos do Boé, saímos de Quebo e fomos largados na tabanca abandonada de Gandembel, com a missão de nos emboscarmos na zona durante duas noites.

As minhas condições físicas não eram muito boas.

Três meses atrás, no Cupelom, em Bissau, quando estava a jogar o loto, a dinheiro, com vários companheiros, todos graduados, alguém gritou que vinha aí a polícia militar.

Arrancámos a correr do local, cada um para o seu lado, eu bati com o dedo grande do pé num pilar e o dedo estalou. Andei cerca de um mês a fazer fisioterapia no Hospital Militar em Bissau, mas mesmo depois dos tratamentos, quando calçava a bota, o dedo inchava e eu tinha dificuldade em andar. Durante algum tempo, entrei em Brá com uma bota num pé e um chinelo no outro.

Quando regressei dos três dias em Madina do Boé, descalcei a bota em Quebo e o dedo estava todo inchado. O descanso de três dias, que nos deram, não chegou para ficar bom e fui para Gandembel com uma bota e um chinelo.

Na primeira noite que dormi em Gandembel, adormeci quase de madrugada e sonhei um sonho idêntico, com poucas diferenças, ao que o Capitão João Bacar Jaló tinha sonhado em Jufá, quando foi morto. O sonho era este que vou contar... 

Vi-me com o meu guarda-costas a entrar numa tabanca, toda cercada de troncos de árvores. Começámos a revistar as casas e a perguntar quem tinha arma. Já à saída, pelo outro lado da tabanca, vi na última casa um homem sentado na cama, com uma arma, uma Mauser, encostada ao lado. Atingiu-o mortalmente com dois tiros e mandei o soldado apanhar a arma.

Quando estava a sair da casa,  vi um caminho com pegadas, muito utilizado. Entrei por ele até um pé de limão , com os ramos até ao chão, que não deixavam ver para mais longe. Fui até ao limoeiro e apareceu-me outro velhote, o mesmo com quem eu tinha sonhado há mais de dois meses.

Nesse sonho de há dois meses atrás, eu tinha visto esse velhote, à porta do quartel de Brá, a vender umas calças bonitas, riscadas , que na altura custavam 425 escudos e ele estava a vendê-las por 200. Achando o preço barato, escolhi dois pares e pedi-lhe que as guardasse e as trouxesse no dia seguinte, porque naquele dia não tinha dinheiro comigo. Ele respondeu para eu as levar e que no dia seguinte entregasse o dinheiro ao Cicri Marques Vieira, que era seu sobrinho. Recusei ficar com as calças, e voltei a dizer-lhe que,  se mas quisesse vender,  voltasse no dia seguinte, que eu comprava-as.

Estava neste ponto do sonho do homem das calças, quando acordei às 06h30, que era a hora do costume da gente se levantar. Nessa manhã, por volta das 11h00, apanhei uma viatura até à praça de Bissau e dirigi-me a um estabelecimento, onde comprei sete metros de fazenda bonita, riscada, que dei de esmola a um homem com aspecto de necessitado.

Voltando a Gandembel, ao sonho. Então, quando estava a sair da tabanca, vi o tal pé de limão no meio do carreiro e com muitos ramos pousados no chão, que impediam ver para além. Quando cheguei junto do limoeiro~, vi o velhote, o tal das calças, com que me tinha cruzado no sonho de há dois meses atrás.

Agarrei-lhe na mão e perguntei-lhe onde ia. Que ia para a casa dele.

Moras nesta tabanca?

Sim respondeu.

Tens arma?

Cá, só uma pessoa tem arma, que é o dono dessa casa ali à entrada.

A pessoa a quem o velhote se referia,  era o que, em sonho, eu tinha morto.

Perguntei se os combatentes vinham à tabanca e se hoje já tinham vindo.

Eu saí muito cedo. Por este caminho não vieram, agora não sei se tomaram outro caminho.

Tem dois caminhos? Onde é o outro ? perguntei.

Disse-lhe para me acompanhar, contornámos um local, onde estava caída, talvez há muitos anos, uma grande árvore, com um tronco grosso. Não havia espaço para passarmos os dois e fui à frente, para passar o tronco. Do outro lado, estava uma força de jovens do PAIGC, todos fardados e equipados com todo o tipo de armas. Eu quis fugir mas o velhote não me deixou, agarrou-me por trás e entregou-me ao PAIGC.

O comandante deles deu ordem para me amarrarem. Logo apareceu alguém com uma corda nova e amarraram-me os dois braços nas costas. Pedi para não me amarrarem, tinha o dedo grande do pé estalado, estava inchado e que não podia fugir. Trazia calçado uma bota num pé e um chinelo no outro.

 Criminosos! Até com pés partidos são voluntários para ir para a guerra! gritou o comandante.

 Não é assim, não! Nós somos obrigados, não somos voluntários! respondi.

Mandou tirarem-me a corda. Vindo não sei de onde,  surgiu um jipe que parou e o chefe mandou-me embarcar. Entrei no jipe, este pôs-se em andamento e reparei, então, que ia um europeu e que o condutor era mulato. Quando demorei os olhos no branco,  ele disse-me que, se eu me comportasse bem, talvez viesse a trabalhar com o PAIGC e com ele, que também tinha ido aprisionado.

 Onde foste preso ? perguntei eu no meu sonho.

Em Cutia respondeu.

- Cutia? Eu ouvi contar uma história de um soldado europeu, que tinha desertado com a Mauser de um milícia, em Cutia.

 Sim, fui eu, mas não desertei. Eu sempre que ia à fonte buscar água,  ouvia galinhas de mato a levantarem e, um dia, resolvi pegar na Mauser de um milícia. A Mauser é mais certeira, e fui sozinho tentar caçar alguma. Só que o PAIGC estava emboscado, à espera das mulheres dos milícias, que também iam a essa fonte buscar água, para as capturarem. E foi nessa altura que me apanharam. Se eu tivesse a intenção de fugir, não ia com a Mauser, levava a minha G-3, que talvez fosse melhor recebido.

No caminho chegámos a uma tabanca. O jipe parou, o soldado europeu saiu e, quando eu me preparava para sair também, o condutor fez-me sinal com a mão para aguardar. O mulato mascava qualquer coisa, talvez noz de cola. Tirou da boca a baba que estava a mascar e cuspiu-a no meu dedo inchado e com os dedos espalhou aquela baba em cima da unha do meu dedo estalado. Quando acabou de massajar, o soldado branco que estava ao lado disse-me:

 Calma, todas as pessoas que vêm para aqui, como detidos, têm que fazer isso.

Mandou-me acompanhá-lo a uma casa grande, que estava à nossa direita, com as portas fechadas e com buracos nas paredes e vi lá dentro gente com roupa branca vestida.

Aqui é a prisão dos civis e ali, naquela casa pequena, é a dos militares, estão lá alguns.

Deve fazer muito calor lá dentro observei.

É por isso que a porta tem buracos para entrar ar.

Meteu a chave na porta, abriu-a e, nesse momento, acordei.

Acordei admirado com o sonho e a pensar nele. Tirei um pedaço de cola que guardava debaixo do cantil, mastiguei-o e cuspi no meu dedo. Um soldado que estava ali perto, veio para ao pé de mim e perguntou se isso era para todos ou se era só para mim. Que era só para mim, que era um sonho que eu tivera.

Que sonho?

Esse soldado era filho de um padre muçulmano, de Bissau, e contei-lhe tudo. Ele disse que, se fosse ele, se fingia de doente para ser evacuado. Não vale a pena, respondi. Que no meu sonho tinha sido amarrado e desamarrado. Que tinha sido preso por balantas mas quem me escoltara fora um soldado branco e que o condutor era mulato. E que quando chegámos à prisão, o branco abriu a porta e nesse instante acordei. Por isso, não tinha nada a recear.

Foi desta forma que eu interpretei o sonho. O facto de ter o pé inchado, que era uma coisa real, salvou-me no sonho, que foi quando o comandante do PAIGC me mandou desatar.

As coisas reais, as que se passaram mesmo, foi o acidente com o meu dedo, o soldado europeu que desapareceu em Cutia e que vim a encontrar quando regressámos de Conackry.

Passámos a segunda noite em Gandembel e na manhã do terceiro dia recebemos ordem para nos prepararmos para partir para Guileje. Fomos a pé e chegámos a Guileje, por volta das 16h00.

Estivemos lá três dias à espera de alguma ordem, que nunca mais chegava. No quarto dia arrancámos para Gadamael Porto, com a indicação de apanharmos o barco de regresso a Bissau. Tudo correu conforme o previsto e embarcámos, rumo a Cacine. Estavam lá os páras, que foram nossos companheiros de viagem para Bissau.

(Revisão / fixação de texto / negritos: LG)

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(**) Último poste da série > 9 der setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24634: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte XXXIV: O jogo do rato e do gato; da Caboiana a Madina do Boé, abril de 1972

Guiné 61/74 - P24671: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XII: Cutia: capinadores, missa, coluna para Mansoa, Berliets

Foto nº 1A


 Foto nº 1


Foto nº 2

Foto nº 2A

Foto nº 3


Foto nº 4A


Foto nº 4A


Foto nº 5


Foto nº 5A

Foto nº 6


Foto nº 6A

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) >  Cutia > C. Outubro de 1969

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71). 

Anexa-se a penúltima parte da série de fotos sobre Cutia, destacamento e a tabanca que ficava a meio caminho entre Mansoa e Mansabá. (*)

Na altura, havia em Cutia um Pelotão da CCAÇ 2589 / BCAÇ 2855 (Mansoa, 1969/71) e ainda o Pel Caç Nat 61 (ou Pel Caç Nat 57) e ainda um Esquadrão do Pel Mort 2004. A AM Daimler que se vê na foto nº 6, deveria pertencer ao Pel Rec Daimler 2048 (que tinha dois esquadrões em Mansoa) (parece estar equipada com uma metralhadora Madsen), rendido depois pelo Pel Rec Daimler 2208.

A organização e a seleção das fotos são feitas pelo seu amigo e nosso camarada, o médico Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa), tendo passado depois pela Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971).

O José Torres Neves é missionário da Consolata, ainda no ativo. Deve estar com 87 anos (!). Vive num país africano de língua oficial portuguesa. Esteve no CTIG, como capelão de 7/5/1969 a 3/3/1971. Estamos-lhe muito gratos pela sua generosa partilha.

As fotos (de um álbum com cerca de 200 imagens) estão a ser enviadas, não por ordem cronológica, mas por localidade, aquartelamentos ou destacamentos do sector de Mansoa.
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Nota do editor:

Último poste da série > 28 de julho de  2023 > Guiné 61/74 - P24513: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XI: Cutia, imagens diversas do quotidiano da tabanca e destacamento

domingo, 30 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24519 Fotos à procura de... uma legenda (175): Capinadores e "homens armadas" em Cutia, tabanca e destacamento no setor de Mansoa, ao tempo do BCAÇ 2885 (1969/71) (José Torres Neves, capelão)




Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Destacamento e tabanca de Cutia >  Uma jornada de capinagem... A população da tabanca é balanta.

Foto (e legenda): © José Torres Neves (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. É uma imagem (editada) do álbum  do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) (*).

Do alto da estrada (Mansoa-Cutia-.Mansabá), o capelão tirou uma magnífica foto de um conjuntio de cerca de 3 dezenas de capinadores em ação. 

O capim, nas imedaiações e tabanca de Cutia,  atingia uma altura considerável (3 a 4 metros), constituindo obviamente um perigo para a segurança da tropa e da população civil... Era preciso cortá-lo,  periodicamente... 

Ao mesmo tempo, o capim era, na altura,  a base das coberturas das moranças, precisando ser renovadas regularmente, na época seca. 

O que pode ser mais insólito nesta foto são os dois elementos armados de G3 ou outras armas automáticas (assinalados por um círculo a amarelo) que devem ser parte da escolta de segurança aos capinadores... Serão civis armados, milícias ou militares ? 

Fica a dúvida e o desafio para o leitor completar a legenda ou comentar a foto (**)... LG
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sexta-feira, 28 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24513: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XI: Cutia, imagens diversas do quotidiano da tabanca e destacamento


Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Capinagem (1)


Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Capinagem (2)

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) >  BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Capinagem (3)

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Capinagem (4)


Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > A caminho do poço

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Crianças no poço (1)

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Crianças no poço (2)

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) >  Discussão de mulheres no poço (1)


Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) >  Discussão de mulheres no poço (2)


Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) >   Messe e... posto escolar e militar (1)


Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) >   Messe e... posto escolar militar (1)


Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Estrada... e eira.

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Destacamento e tabanca de Cutia > Imagens diversas do quotidiano da tabanca

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71). Desta vez tendo por tema o destacamento e a tabanca de Cutia, que ficava a meio caminho entre Mansoa e Mansabá. (*)

Estas são as fotos  de um quarto lote sobre Cutia. Temos mais de 35 referências a Cutia. O Jorge Picado tem aqui, no poste P2881, uma excelente descrição do destacamento e tabanca de Cutia do seu tempo (1970/72) (**).

Na altura, havia em Cutia um Pelotão da CCAÇ 2589 / BCAÇ 2855 (Mansoa, 1969/71) e ainda o Pel Caç Nat 61 (ou Pel Caç Nat 57) e ainda um Esquadrão de um Pelotão de Morteiros.

A oganização e a seleção das fotos são feitas pelo seu amigo e nosso camarada, o médico Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa), tendo passado depois pela Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971).

O José Torres Neves é missionário da Consolata, ainda no ativo. Vai fazer, em 2023, os 87 anos. Vive num país africano de língua oficial portuguesa. Esteve no CTIG, como capelão de 7/5/1969 a 3/3/1971. Estamos-lhe muito gratos pela sua generosa partilha.

As fotos (de um álbum com cerca de 200 imagens) estão a ser enviadas, não por ordem cronológica, mas por localidade, aquartelamentos ou destacamentos do sector de Mansoa.
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(**) Vd. poste de 24 de maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2881: Estórias de Jorge Picado (2): Cutia, I Parte (Jorge Picado)

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24342: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte X: mais fotos do destacamento e tabanca de Cutia


Foto nº 1A


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 2A


Foto nº 3


Foto nº 3A


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8

Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Destacamento e tabanca de Cutia >  Imagens diversas

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71). Desta vez tendo por tema o destacamento e a tabanca de Cutia, que ficava a meio caminho entre Mansoa e Mansabá. (*)

Estas são as terceiras de um lote sobre Cutia. Temos mais de  35 referências a Cutia. O Jorge Picado tem aqui, no poste P2881, uma excelente descrição do destacamento e tabanca de Cutia do seu tempo (1970/72) (**).

Na altura, havia em Cutia um Pelotão da CCAÇ 2589 / BCAÇ 2855 (Mansoa, 1969/71) e ainda o Pel Caç Nat 61 (ou Pel Caç Nat 57) e ainda um Esquadrão de um Pelotão de Morteiros.

A oganização e a seleção das fotos são feitas pelo seu amigo e nosso camarada, o médico Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa), tendo passado depois pela Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971).

O José Torres Neves é missionário da Consolata, ainda no ativo. Vai fazer, em 2023, os 87 anos. Vive num país africano de língua oficial portuguesa. Esteve no CTIG, como capelão de 7/5/1969 a 3/3/1971. Estamos-lhe muito gratos pela sua generosa partilha.

As fotos (de um álbum com cerca de 200 imagens) estão a ser enviadas, não por ordem cronológica, mas por localidade, aquartelamentos ou destacamentos do sector de Mansoa. 
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