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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25160: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XIV: visita a Dugal e Encheia


Foto nº 1A


Foto nº 1B


Foto nº 1C


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 3A


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 6A


Foto nº 7


Foto nº 7A


Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa) > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > sd > Visita do capelão  Dugal e Encheia>


Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O nosso camarada Ernestino Caniço mandou-nos mis umas fotos do ex-capeláo José Tores Neves, ontem, às 11h35

Caros amigos

Votos de ótima saúde.

Na foto em Dugal (nº 7) e Encheia (nº 1), à esquerda parece-me o Padre (civil) Patrocínio, sediado em Mansoa.

Um abraço,

Ernestino Caniço


2. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) (*).

Hoje algumas fotos da sua visita a Encheia, destacamento e a tabanca que ficava a noroeste de  Mansoa ms que, na altura, pertencia a outro Sector, o Secto Oeste 1 (O1), originalmente com sede em Bial e depois Bissorã (incluia os subsetores de Bissorã, Olossato, Bibar, Bissum, Encheia, Nhamate e Biambe). A responsabilidade deste Sector O1 era do BCAÇ 2861. Em Encheia estava a CCAC 2466. Não sabemos o que é o nosso capelão lá foi fazer, se calhar foi visitar a missão católica, e o padre Patrocínio.

 A organização e a seleção das fotos são feitas pelo seu amigo e nosso camarada, o médico Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa), tendo passado depois pela Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971).

O José Torres Neves é missionário da Consolata, ainda no ativo. Deve estar com 87 anos (!). Vive num país africano de língua oficial portuguesa. Esteve no CTIG, como capelão de 7/5/1969 a 3/3/1971. Estamos-lhe muito gratos pela sua generosa partilha.

As fotos (de um álbum com cerca de 200 imagens) estão a ser enviadas, não por ordem cronológica, mas por localidade, aquartelamentos ou destacamentos do sector de Mansoa (O4)  e, neste caso, do setor O1 (Bissorã).

Vamos tentar legendar as fotos, com os escassos elementos que temos:

Foto nº 1 > Encheia: o padre José Torres Neves, fardado, parece ser o segundo elemento da foto de grupo, a contar da direita; do lado esquerdo, o padre Patrocínio e a seu lado um elemento da administração, talvez o chefe de posto.

Foto nº 2  e 3 > Encheia: Missão católica, escola;

Foto nº 4 > Capelinha de Encheia;

Foto nº 5 > Encheia, vista de canoa, ao fundo;

Foto nº 6 > Chegada a Encheia, de canoa; em primeiro plano, mãe, em equilíbrio instável,  segura criança (às costas) e alguidar (à cabeça);

Foto nº 7 > Dugal (que ficava a meio caminho entre Nhacra e Mansoa).


Guiné > Carta da antiga Província Portuguesa da Guiné > Esca 1/500 mil (1961) >Posição relativa de Bissau, Nhacra, Dugal, Mansoa, Porto Gole, Encheia e Bissorã


Infografia: Blogue LUís Grça & Camaradas da Guiné (2024)


Guiné > Região do Oio >  Mansoa > Dois elementos da CCAÇ 413 (1963/65), junto à placa toponímica que indicavam algumas das localidades mais próximas  e respetivas distâncias: (i)  para sudoeste, Nhacra, a 28 km, e Bissau, a 49 km);  (ii) para sudeste, Porto Gole, 28 km;  (ii) para Leste (Enxalé, a 50 km; Bambadinca, a 65 km, e Bafatá, a 93 km); (iv) para noroeste, Encheia, a 18 km. 

Foto do livro «Nos celeiros da Guiné», de Albano Dias Costa e José Sá-Chaves, com a devida vénia: vd. poste  P21130.

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domingo, 21 de novembro de 2021

Guiné 61/74 - P22737: Em busca de... (315): Furriel Silva que em 1973 deu escolinha aos meninos de Chugué. Procura-o o cidadão guinnense, radicado em Itália, Vasco Na Nena que lhe quer prestar o seu reconhecimento (Carlos Silva, Cor Tir na Reforma)

1. Mensagem de Carlos E. M. C. da Silva, Coronel Tirocinado na Reforma, com data de 17 de Novembro, dirigida ao nosso editor Luís Graça:

Camarada Combatente na Guiné Prof Luís Graça,

Sou Cor.Tir. na Reforma e estive também na Guiné de Out1970 e Ago1973. As funções desempenhadas no Comando Chefe permitiram-me conhecer todo o TO pois, para além de participar na elaboração dos Programas Anuais de Desenvolvimento Sócio-Económico das Populações, fazia contactos frequentes com os Comandos de Batalhão e suas Sub-Unidades para, “in loco”, acompanhar a evolução dos trabalhos de construção das Escolas, Postos de Socorros, Apoio à produção nas bolanhas com novas e melhores sementes do arroz, Captações de água, etc. Tudo isto em passo acelerado dado os ventos de mais intensa tempestade que se já vislumbravam no horizonte...

Estou agora a tentar dar resposta a um pedido que me foi apresentado por um Cidadão da Guiné, Vasco Na Nena, e que ouso levar ao seu conhecimento:

1. É natural de Tchugué, na margem direita do rio Cumbijã e situada a montante de Cufar e consegue lembrar-se que a unidade de Catió era o BCaç 4510.

2. Em 1973, ainda miúdo analfabeto, frequentou a Escolinha construída e gerida pelas NT, tal como era política seguida pelo Programa acima referido, mencionando como seu professor o Furriel Silva.

3. Aquando da retirada das NF após o 25Abr74, o miúdo a quem, entretanto, tinha morrido o pai, foi apoiado por um Padre italiano de uma Missão Católica da área, onde continuou a estudar.

4. No regresso daquele Padre a Itália, este levou-o consigo e ali continuou a estudar conseguindo boas qualificações e estabelecendo a sua vida em Veneza, após ter ido à Guiné em busca duma menina de que se lembrava dos seus tempos de miúdo com a qual casou e levou para Itália onde agora vivem. Mantêm ligações com a sua família alargada na Guiné a quem vai ajudando na sua sobrevivência.

5. Este miúdo de então, agora Vasco Na Nena, fez um pedido para que fosse possível encontrar-se com o primeiro professor Furriel Silva para lhe manifestar a sua gratidão pois a ele deve a base educativa que o levou a chegar à situação de vida que hoje tem, vencendo as agruras da guerra e os escolhos do caminho europeu.

- O Chugé que fica na zona de Fanhe, Fatim e Dugal é outra povoação com o mesmo nome mas fica no centro da Guiné, a cerca de 250 Km do Chugué e de Cobumba, estas sim aldeias juntas e no sul (rio Cumbidjã). Esta povoação terá sido fundada por pessoas vindas do Chugué do centro do país já referido, que se situa junto ao Rio Zeba, era uma família que fazia a ligação com as autoridades portuguesas e era conhecida por NANDINGNA. Os contactos eram feitos com eles que, por sua vez, falavam o criolo com a restante população.

- Neste Chungué (Tchuguê ou Xoquê na versão balanta) terá havido tropa portuguesa nos anos sessenta (anterior ao Vasco) mas que se ausentou até à instalação da Companhia que reocupou a povoação, tudo indica que em 1973. O dispositivo português tinha-se retraído, concentrando em Bedanda, Cafur e Catió, tendo voltado a haver guarnição em 1973. A povoação ficava no meio e em redor ficavam as instalações militares, tudo indica que em separado(por pelotões?), fazendo o quadrado em volta da povoação. Foram os militares portuguesas que construíram a escola, que ficaria perto do campo de futebol, perto da floresta onde estavam também os Fuzileiros. Muita gente frequentou a escola, aparentemente de várias idades, em principio correspondentes à 1.ª e 2.ª classes. Pela ideia do Vasco a escola funcionava a seguir à apanha do arroz, pelo que situa entre dezembro e março, logo final de 1973 e primeira parte do ano de 1974 (parece ser a data mais lógica após situarmos no tempo vários acontecimentos, nomeadamente a proximidade com o 25 de abril).

- Para além do formador Furriel Silva, ele lembra-se de um outro elemento, presumo que soldado, de nome Martins, que estava na instalação que dava acesso ao porto, cerca de 100 metros mais abaixo da família Nandingna. Este Martins era alto e tinha cabelo castanho claro. Eram ainda muito conhecidos da sua relação com a população, um outro a quem chamavam "Coimbra" e o conhecido por "Montanha", que dava ginástica aos mais pequenos.

Portanto e sem certezas absolutas relativamente à relação dos factos com o tempo, tudo indica que a sessão escolar ocorreu entre dezembro de 1973 e março de 1974, pelo menos para as referências do Vasco Na Nema.

- A referência ao Batalhão 4510 é da minha iniciativa e não do conhecimento do Vasco, na sequência da procura de qual a unidade militar na zona no período de tempo considerado, pelo que, parecendo ser verdadeira, nasceu especulativamente pois o seu blogue não é acessível e não há informação suficiente sobre a localização das suas Companhias.

Caro Camarada Prof Luís Graça! Esta é a questão que me foi posta e na qual estou a empenhar-me para conseguir o objectivo: Identificar e localizar o Fur Silva que deu aulas na Escolinha de Tchugué em 1973.
E atrevi-me a incomodá-lo com este caso pois, alguns Camaradas que conhecem o vosso Blog, e do qual tecem os maiores elogios, me sugeriram contactá-lo nesse sentido, pois tem vindo a difundir de forma bem apelativa e atraente a vossa experiência vivida e os conhecimentos adquiridos no TO da Guiné pelos vossos Blogers, assim mantendo vivos os momentos, uns bons e outros dramáticos, que lá vivenciaram. Poderá dar-se o caso de algum eco poder vir a surgir desse universo de combatentes na Guiné-Bissau que dá vida ao vosso Blog.
Porque é raro ouvir a voz de cidadãos dos PALOP a manifestarem a sua gratidão às coisas boas que receberam do “colonizador”, creio que este caso não pode ser ignorado. Daí solicitar a sua possível ajuda.

Grato pela atenção dispensada, aceite os meus cordiais cumprimentos,
Carlos Eduardo Mendes Cação da Silva


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2. Em 18 de Novembro foi enviada esta resposta ao Senhor Coronel Carlos Silva:

Senhor Coronel Cação da Silva
Pede-me o editor, Prof Luís Graça que dê resposta ao senhor Coronel.

Consultados os livros da CECA, consegui estes elementos:
(...)
A CCAÇ 4143/72 assumiu a responsabilidade do subsector do Chugué, então criado, em 07Abr73, ficando integrada no dispositivo e manobra do COP 4 e depois do BCAÇ 4510/72. Foi rendida em 07Mar74 pela CCAÇ 4747/73, também integrada no dispositivo e manobra do BCAÇ 4510/72, e mais tarde do BCAÇ 4510/73.

Com respeito ao Batalhão 4510 referido pelo amigo Vasco Na Nena, julgo ser o BCAÇ 4510/72 (Guiné, 20Jun72/15Jul74), que assumiu a responsabilidade do sector S3 em 21Ago72, com sede em Catió mas que só em 01Fev74 viu a sua zona de acção alargada aos subsectores de Chugué e Cobumba, então retirados ao S4.
Este Batalhão foi substituído no mesmo S3 pelo BCAÇ 4510/73 (Guiné, 01Jul74/14Out74) em 10Jul74.
Ambos os Batalhões foram para a Guiné compostos só por Comando e CCS.

Inclino-me para a hipótese de o Furriel Silva ter pertencido à CCAÇ 4143/72 que foi a unidade que esteve em Chugué entre 1973 e 1974.
Não temos nenhum registo no nosso Blogue da CCAÇ 4143/72. 
Vou publicar a mensagem do senhor Coronel assim como esta minha resposta. Pode ser que alguém tenha conhecido o tal Furriel Silva no Chugué e nos contacte.
Em anexo a Ficha da CCAÇ 4143/72

Ao dispor
Carlos Vinhal
Coeditor

Localização de Chugué. Infogravura da Carta de Bedanda 1:50.000. © Luís Graça & Camaradas da Guiné

Reprodução, com a devida vénia, da pág 414 do 7.º Volume - Fichas das Unidades - Tomo II - Guiné - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) - Publicação do Estado-Maior do Exército.

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3. Hoje mesmo recebemos esta mensagem do Coronel Tir Carlos Silva...:

Senhor Carlos Esteves Vinhal,
Foi com agradável surpresa que recebi, de forma tão rápida e esclarecedora, os elementos sobre o dispositivo das NT na zona de Catió em 1973 e 1974. É com apreço que manifesto, desde já, os meus agradecimentos pelo empenho dispensado na obtenção de elementos bem necessários para a possível identificação e localização do Fur Silva da escola do Chugué, em 1973. As iniciativas que refere levar a cabo no vosso Blogue poderão trazer ainda novos dados que permitam desfiar a meada e atingir o objectivo proposto.
Esse apreço e agradecimentos são extensivos ao Sr. Prof Luis Graça que tão rapidamente encaminhou o meu pedido para a pessoa certa e empenhada.
Concordo também que a CCAÇ 4143/72 deverá ser o foco para prosseguir o esforço de pesquisa e seria extraordinário que aparecesse alguém do vosso grupo da Tertúlia que se lembre do Fur. Silva.
Estou a contactar o Arquivo Histórico Militar e o Arquivo Geral do Exército para colaborarem nesta pesquisa. Sei que nessa época de 1973 era obrigatório todas as Unidades e Sub-Unidades mobilizadas entregarem no final da comissão a História da Unidade. Se estas duas Companhias o fizeram talvês a sua História se encontre no Arquivo Geral do Exército e nela constem os daos que procuramos.

Meu Caro Camarada e Combatente no TO da Guiné-Bissau, Carlos Vidal
Iremos certamente manter o contacto até ao final do “combate” que esperamos seja de sucesso.
Aceite mais uma vez os agradecimento pelo vosso extraordinário trabalho e os meus cordiais cumprimentos,
Carlos Eduardo Mendes Cação da Silva


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4. ...Que mereceu esta nossa resposta:

Senhor Coronel Carlos Silva
Muito obrigado pelos seus comentários que nos insentivam a continuar a nossa tarefa de manter o Blogue LG&CG activo.
Se fosse possível ao senhor Coronel entrar em contacto com o nosso jovem Vasco Na Nena, perguntava-lhe em que parte do ano de 1973 ele frequentou as aulas, se tem ideia da fisionomia do Fur Silva. Ele refere o BCAÇ 4510/72, tudo levando a crer que o dito Fur Silva poderá ter pertencido à 4143/72, adstrito a este batalhão.
Isto tudo são conjecturas até encontramos alguém que nos desfaça estas dúvidas.

Continuamos ao dispor do senhor Coronel e receptivos a qualquer novidade que obtenha.
Os nossos melhores cumprimentos e votos de excelente saúde
Carlos Vinhal


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5. Comentário do editor CV:

É difícil porque na tertúlia não temos camaradas da CCAÇ 4143/72, mas poderá algum dos nossos leitores ter conhecimento com antigos Combatentes desta Companhia para se poder confirmar se havia algum Furriel Silva que desse aulas no Chugué.
Abradecemos toda a ajuda possível.

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Notas do editor

Este poste foi reformulado pelo editor em 24 de Novembro face a novos elementos colhidos, tais como haver duas Tabancas com o nome de Chugué, uma pertencente à zona de Tite e outra à zona de Bedanda.

Último poste da série de 16 DE JUNHO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22285: Em busca de... (314): Camaradas da minha CCAÇ 4544/73 (Cafal, 1973/74), o Coelho (de Alcobaça), o Rosete (de Cantanhede), o alf mil Quintela (de Torres Vedras) (Eugénio Ferreira, ex-1º cabo, 2º pelotão)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Guiné 63/74 - P11989: Resumo dos Factos e Feitos Mais Importantes da CCAÇ 3476 - "Bebés de Canjambari" (4): Capítulo II - DEZ72/JUN73 (Manuel Lima Santos)




Conclusão da publicação do Resumo dos Factos e Feitos Mais Importantes da CCAÇ 3476 - "Bebés de Cajambari", enviado pelo nosso camarada Manuel Lima Santos (ex-Fur Mil Inf.ª nesta Companhia açoriana que esteve em Canjambari e Dugal, nos anos de 1971 a 1973.





CCAÇ 3476
BEBÉS DE CANJAMBARI

RESUMO DOS FACTOS E FEITOS MAIS IMPORTANTES

CAPÍTULO II

ACTIVIDADES MAIS SIGNIFICATIVAS NO TO DA GUINÉ

DEZEMBRO DE 1972

De 06 a 08 – A CART 3332, na presença do CMT e do Oficial de Minas da CCAÇ 3476, procedeu ao levantamento das minas implantadas ao longo do Rio Mansoa, entre Jugudul Com e Fanho.

Em 16 – Concluída a instrução de actualização do Pel Mil 228 (Chugué), que ficou adido a esta CCAÇ

Em 20 – Início do funcionamento do Centro Cripto do Dugal construído por esta CCAÇ. Foram também rapidamente introduzidos muitos melhoramentos nas instalações extremamente deficientes do Aquartelamento do Dugal, por exemplo a criação dum Gabinete de Comando e construção dum quarto para Oficiais, então inexistente, a ampliação de balneários das praças e casernas sem o que não seria possível instalar o pessoal.

De 23 a 26 – Período de prevenção, tendo a actividade das NF sido intensificada com prolongamento das emboscadas até de madrugada e patrulhamentos constantes.

Em 30 – Visita de S.Exa o General Comandante-Chefe ao destacamento do Chugué, desta CCAÇ.


JANEIRO DE 1973

Dias 01 e 02 – Intensificou-se toda a actividade operacional das NF, reforçadas de outras Unidades.

Em 03 – Visita ao Dugal de S. Exa o General Comandante-Chefe, tendo-se deslocado para o efeito em automóvel, falando às tropas e seguindo depois para Mansoa.

Em 04 – Visita ao destacamento de Fatim de S.Exa o General Comandante-Chefe, que se deslocou em helicóptero, tendo também falado às tropas.

Em 20 – Começou a funcionar o Posto Sanitário do reordenamento de Changue Bedeta, com enfermeiro desta CCAÇ. 

Em 21 – Concluídos os trabalhos de melhoria geral do sistema defensivo.

Em 30 – Início do funcionamento do P.S. do reordenamento de Jugudul com um enfermeiro desta CCAÇ. Os postos sanitários do Subsector, que se encontravam encerrados, começaram assim a justificar a sua construção. Verificou-se desde logo larga afluência da população para receber tratamento em ambos os postos.


FEVEREIRO DE 1973

Em 10 – Fim da instrução de actualização do Pel Mil 229 (Fanho), adido a esta CCAÇ.

Em 12 e 13 – Prolongamento de toda a actividade Operacional das NF, com carácter de continuidade.

Em 19 – Início do lançamento do futuro Campo de Minas que irá, do rio Mansoa ao Geba, passando ao lado do Dugal, de Fanhe e do Chugué, tendo apenas passagens nessas três localicades.
Em 20 – Concluídas outras obras necessárias nos Aquartelamentos desta CCAÇ – um paiol (inexistente), postos de vigilância, balneários nos destacamentos, cantinas e salas do Soldado nos destacamentos.


MARÇO DE 1973

Em 05 – Seguiram para Pelundo a fim de receberem instrução militar 05 naturais do Chugué, que pela primeira vez deu voluntários, abrindo boas perspectivas para a futura constituição de 01 Pel Mil de naturais da região e dando seguro indicio da aproximação das populações às NT.

Em 14 – Visita do Coronel Adido Militar à Embaixada Britânica em Lisboa, aos reordenamentos e à acção psico-social do nosso subsector, acompanhado do Coronel Chefe do Estado Maior do Com-Chefe, do CMDT Geral das Milicias, do Chefe da Rep. Acap. e do CMDT desta CCAÇ, tendo visitado também os Aquartelamentos do Dugal e Fatim.

Em 20 – Visitaram a Companhia o Chefe da Sec. Pop. do Com-Chefe acompanhado de oito Oficiais do Com. Chefe e do BENG 447 para fazerem a marcação do terreno para a construção do Posto Sanitário de Fatim e da Casa Comercial de Changue Bedete, destinada à Soc. Com. Ultramarina, conforme despacho de S. Exa o General Comandante-Chefe. Contratado pessoal balanta, foram iniciados em força os trabalhos.


ABRIL DE 1973

Em 19 - Continuação dos trabalhos de abertura do furo artesiano em Changue Bedeta com mais de 100 metros de profundidade. Depois de instalada uma bomba e um reservatório, a população terá água no reordenamento. Logo a seguir foram iniciados os trabalhos no reordenamento de Jugudul Com/Cadé.

Em 20 – Recebida MSG do Com-Chefe do seguinte teor: “Regista-se bom ritmo trabalhos reoordenamentos Changue – Subal, Fatim e Changue – Bedeta”.

Em 25 – O Posto Sanitário de Fatim, construído por nossa iniciativa, em pouco mais de quinze dias, foi concluído nesta data, tornando muito boa a cobertura Sanitária do Subsector, sendo mais uma forma de aproximar as populações, cuja adesão tem sido crescente.

Em 27 – Foi recebida nova MSG do Com-Chefe em que se salienta o bom ritmo dos trabalhos dos reordenamentos.


MAIO DE 1973

Em 05 – A apreciação da actividade Oper. N.º 17/73 refere: “Regista-se bom ritmo trabalhos reordenamentos Changue – Subal/Fatim e Changue – Bedeta”.

Em 07 – Inicio do IAO do Pel Mort 4581/72, que veio render neste sector o Pel Mort 3032. Para Director da Instrução foi nomeado o CMDT desta CCAÇ. 

Em 11 – Recebida nova MSG do Com-Chefe a salientar o bom ritmo dos reordenamentos.

Em 20 – Conclusão da Casa Comercial de Changue – Bedeta. Foi entretanto recebida mais uma MSG do Com-Chefe a salientar o nosso trabalho nos reordenamentos, em fase de conclusão. A Casa Comercial é obra de certa envergadura (8 divisões) e concluiu-se dentro dos prazos estipulados.

Em 26 – O CMDT desta CCAÇ foi nomeado pelo Exmo CMDT do COP 8, por conveniência de serviço, para comandar uma escolta a Farim, com 02 Grupos de Combate da CCAÇ 3414, seguindo também uma secção da COMP, constituída por voluntários.


JUNHO DE 1973

Em 01 – Apresentaram-se na COMP para substituição de elementos do Pel Mort 3032, 01 Furriel e 10 Praças do Pel Mort 4581, concluída a IAO que tiveram em Nhacra e no Dugal.

Em 03 – Marcharam para Nhacra os componentes do Pel Mil 3032, para seguirem no dia seguinte para Bissau, para aguardarem embarque, por fim de Comissão. O Pel Mort 3032 esteve adido a esta CCAÇ embora tivesse a maior parte do seu efectivo em Nhacra, junto da CCAÇ 3477.

Em 06 – Visitou este Subsector o jornalista Leonel Borralho, redactor-Chefe da “Gazeta Macaense” e correspondente da United Press do Extremo Oriente, fez uma extensa reportagem dos reordenamentos, para posterior publicação em jornais portugueses e estrangeiros.

Em 10 – Visitou o Subsector e em especial os reordenamentos um grupo de alunos do Liceu e Escola Técnica de Bissau, membros do Círculo de Estudos Ultramarinos.

Em 27 – Por despacho de S.Exa o Brigadeiro Comandante Militar, foram agraciados com a Medalha Comemorativa das Campanhas das Forças Armadas Portuguesas os Oficiais, sargentos e Praças desta COMP que estão dentro das condições da sua atribuição.

Em 30 – O Com-Chefe transmitiu às Unidades que tomaram parte nos reordenamentos na época seca 72/73, que agora termina, o seu alto apreço pelo trabalho realizado. No que respeita a esta CCAÇ foi feita a seguinte apreciação: ”há a assinalar o trabalho realizado pela CCAÇ 3476, não pelo seu volume em si, mas pela sua especialização (Posto Sanitário de Fatim, portas e janelas de Changue Bedeta e Casa Comercial), sendo de salientar a acção do Sr. Comandante de Companhia, Cap. Rangel e do Alf. Domingos.

(FIM)
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Nota do editor:

Postes da série de:

16 DE AGOSTO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11946: Resumo dos Factos e Feitos Mais Importantes da CCAÇ 3476 - "Bebés de Canjambari" (1): Capítulo I (Manuel Lima Santos)

20 DE AGOSTO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11959: Resumo dos Factos e Feitos Mais Importantes da CCAÇ 3476 - "Bebés de Canjambari" (2): Capítulo II - OUT71/ABR72 (Manuel Lima Santos)
e
24 DE AGOSTO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11973: Resumo dos Factos e Feitos Mais Importantes da CCAÇ 3476 - "Bebés de Canjambari" (3): Capítulo II - MAI72/NOV72 (Manuel Lima Santos)

sábado, 24 de agosto de 2013

Guiné 63/74 - P11973: Resumo dos Factos e Feitos Mais Importantes da CCAÇ 3476 - "Bebés de Canjambari" (3): Capítulo II - MAI72/NOV72 (Manuel Lima Santos)




Capítulo II do Resumo dos Factos e Feitos Mais Importantes da CCAÇ 3476 - "Bebés de Cajambari", enviado pelo nosso camarada Manuel Lima Santos (ex-Fur Mil Inf.ª nesta Companhia açoriana que esteve em Canjambari e Dugal, nos anos de 1971 a 1973.





CCAÇ 3476
BEBÉS DE CANJAMBARI

RESUMO DOS FACTOS E FEITOS MAIS IMPORTANTES

CAPÍTULO II

ACTIVIDADES MAIS SIGNIFICATIVAS NO TO DA GUINÉ

MAIO DE 1972

Em 02 – Grupo de Combate na picagem do itinerário Canjambari – Sare Tenem detectou e levantou 02 minas A/P de plástico de cor verde.

Em 19 – Seguiu em coluna para Farim 01 Grupo de Combate desta CCAÇ a fim de reforçar C/P do “Corredor” de Lamel, tomando parte na operação “Cordão Detonante", realizada de 18 a 23 de Maio, conforme directiva da Rep. Oper. do Com/Chefe. Tomaram parte nesta operação ll Grupos de Combate e o Pel Mil Esp 322, das CCAÇ 14, CART 3358, CART 3359, CART 3360 e CCAÇ 3476. O Grupo regressou em 25 deste mês.

Em 26 – O Pelotão de Milicia 283, adido a esta CCAÇ detectou e levantou 01 mina armadilha PMD-6 em Colina do Norte, L C256.

Em 27 – Recebida mensagem do BART 3844 do seguinte teor: ”Este Comando apreciou com agrado actividade desenvolvida por esse, durante período reforço C/P”.


JUNHO DE 1972 

De 01 a 04 – Apoio à operação “Esmeralda Encantada”, realizada por Comandos Africanos, na região Canjambari – Banjara, tendo sido mantida ligação rádio permanente com as NF. Ao mesmo tempo o BART 3844 realizava a operação “Ainda Bem”, tendo em vista reforçar a outra operação, através dum incremento de Contra-penetração dos “Corredores” tradicionais. O BART 3844 dirigiu a todas as Companhias do sector a seguinte mensagem: “Este Comando reconhece com muita satisfação esforço dispensado todas Companhias Sector e espírito missão revelado”.

Em 10 – Inaugurada uma Capela e a nova Central Eléctrica, construídas pela Companhia em Canjambari.

De 25 a 27 – A Companhia Africana de Cuntima realizou, com apoio desta CCAÇ uma operação na região de Bricama – Biribão – Maninhã, com elementos do COE, tendo capturado várias armas e feito prisioneiros.


JULHO DE 1972

Em 03 – Grupo de Combate com uma equipa de Sapadores do BART 3844 efectuou uma patrulha com vista a armadilhar o rio Tufili, junto do carreiro para Ponta – Penói e o rio da Bolanha Grande, junto ao mesmo carreiro.

Em 04 – Grupo de Combate com 01 secção de milícia e a equipa de sapadores do BART 3844, efectuaram a C/P, tendo aproveitado para implantar campos de armadilhas em vários locais do “Corredor” de Sitató.

Em 05 – Procedeu-se à abertura duma picada para Dando – Mandinga a partir da estrada de Fajonquito em Banjara 3E 082.

Em 15 – Após informação de caçador que tinha ouvido rebentamentos na noite anterior na região de Dando, o Comandante da Companhia com 01 Grupo de Combate seguiram para a referida região, tendo verificado que o IN caiu no nosso campo de armadilhas da região de Dando – Farincó. Foram accionadas onze, três das quais reforçadas. Confirmados houve um morto enterrado e 03 ou 04 feridos por restos de trapos com sinais de sangue, havendo outros mortos e feridos prováveis. Encontrado 01 pente com cartuchos URSS 7,62 e um maço de tabaco Russo. As pegadas revelam que o Grupo vinha do Sul para Norte, dispersou e retrocedeu para Sul. Foram implantadas novas armadilhas. Sobre este acontecimento, foi recebida do Comando – Chefe a seguinte MSG: ”SEXA GENERAL COMANDANTE CHEFE felicita sucesso obtido prontidão com que Unidade acorreu verificar rebentamentos implantou novas armadilhas”

Em 29 – Grupo de Combate com o Comandante de Companhia na picagem da estrada de Fajonquito detectou e levantou uma mina A/P PMD-6, muito próxima do desvio da estrada para a nossa nova picada para Dando Mandinga. A mina era de implantação muito recente.

Em 30 – Concluídos integralmente os trabalhos de reordenamento planeados para esta época, apesar de contratempos abundantes que dificultaram imenso o andamento dos trabalhos e que o pessoal soube vencer com determinação, mereceu as melhores referências superiores.

Em 31 – Grupo IN cerca das 16h30 bateu a região de Canjambari Praça/Ponte Penói, durante cerca de 10 minutos com fogo de morteiro, cuja base se situava a Sul do rio Canjambari. Não havia actividade NT na região nesse momento.


AGOSTO DE 1972

Em 13 – Grupo IN não estimado accionou uma armadilha das NT, na região de Ponta Penói, tendo reagido em seguida com fogo de armas ligeiras. Tendo sido feito imediatamente fogo de Morteiro sobre o local, o IN dispersou, continuando a fazer fogo, com baixas prováveis. Admite-se que a aproximação IN tivesse em vista um ataque ao nosso aquartelamento, que deste modo foi anulado.

Em 20 – Ficou concluído o espaldão de artilharia, construído em pouco tempo pelos militares da COMP, muitos dos quais em regime de voluntariado.

Em 30 – Foi instalado um Obus 14mm vindo na coluna de Farim, com uma Sec do Pel Art daquela localidade.


SETEMBRO DE 1972

Em 02 – O Exmo Chefe da Rep. Oper. do Com-Chefe visitou a nossa Companhia, tendo dirigido ao pessoal, em formatura, palavras de muito apreço pela actividade desenvolvida pela COMP no Subsector de Canjambari, salientando que a título de prémio seria brevemente transferida para localidade próxima de Bissau.

Em 09 – Um Grupo de Combate com o Cmdt de Companhia depois de ter picado a estrada de Fajonquito verificou o accionamento de três armadilhas reforçadas, colocadas pelas NT. Estas armadilhas estavam colocadas junto do local onde em 29 de Julho, foi levantada 01 mina A/P PMD-6. Foi picado exaustivamente o local e não foram encontradas novas minas. Implantaram-se novas armadilhas próximo do mesmo local.

Em 13 – Entre Manfonhe (A) e Manfonhe, foram encontrados vestígios de passagem no sentido N/S, que segundo o Guia que acompanhava o GRCOMB eram de cerca de três dias antes .Encontrou-se accionada apenas 01 armadilha. Os vestígios revelam que o IN teve preocupação de dispersar o pessoal provavelmente para evitar novas armadilhas. Dada a chuva copiosa, a nossa actividade foi dificultada pois os vestígios foram apagados.

Em 20 – Concluída a acção “Cintia” efectuada por dois grupos de combate. Saíram às 190600 patrulhando todos os limites do Subsector. Esta acção mereceu do Comando do BART 3844 o seguinte comentário: “Salienta-se o espírito de iniciativa e o esforço despendido, na medida em que a Companhia, do antecedente, já vinha desenvolvendo um apreciável acréscimo de actividade”.

Em 29 – Tendo sido distinguido com o prémio “Governador da Guiné”, pelo seu comportamento nas flagelações de 08Fev72, segui para Bissau, a fim de tomar o transporte para a Metrópole, um militar desta Companhia.


OUTUBRO DE 1972 

Em 02 – Grupo de Combate em patrulha junto ao rio Canjambari encontrou um grande tronco de colocação recente sobre as duas margens do rio, próximo de Ponta Penói. Serviria provavelmente de ponte para o IN efectuar uma acção contra as NT. O extremo do tronco na margem direita foi armadilhado pelas NT.

Em 11 – O IN flagelou o Aquartelamento com granadas de Morteiro 82, durante 7 minutos, da direcção de Tita Sambo, sem consequências. As NT reagiram imediatamente com Mort.81 sobre a base IN, não tendo o obus feito fogo por desnecessário. No dia seguinte foi encontrada a base dos fogos IN utilizada na flagelação. De notar que foi a primeira vez, durante a permanência desta CCAÇ no Subsector que o IN instalou a base de fogos dentro da nossa ZA. O IN utilizou para cambar o rio o tronco mencionado em 02 de Outubro, tendo accionado 01 armadilha nossa com baixas prováveis. Foi recebido do BART 3844 o seguinte comentário a esta flagelação: “1. A CCAÇ 3476 tinha detectado, poucos dias antes da flagelação, uma passagem no rio Canjambari que oportunamente armadilhou. 2. O IN instalou a base de fogos a Norte do rio Canjambari e utilizou a passagem anteriormente referida, vindo a accionar as armadilhas montadas e referidas em 1, com possíveis baixas. 3. As NT reagiram com disciplina de fogo”.

Em 13 e 14 – Apoio à CCAÇ Africana de Cuntima, em operação na área de Maninhã, tendo como ponto de partida e local de recolha o Aquartelamento de Canjambari.

Em 19 – Grupo de Combate na picagem da estrada Canjambari - Junbembem detectou e levantou em Sare Tenem 04 minas A/P PMD-6 e 02 minas A/C TMH-46. Foram accionadas duas, com feridos graves sendo 01 milicia e o outro Soldado Sapador de Farim, que foram evacuados em DO-27. Houve mais dois milícias feridos ligeiramente que foram evacuados na manhã seguinte. Neste mesmo dia chegou a CCAÇ 4143, a fim de nos render no Sector.

Em 20 – Detectado por Grupo de Combate em patrulha na região de Sare Tenem 01 trilho IN na direcção da área de Bricama. Neste dia a CCAÇ 4143 iniciou o seu treino operacional, orientado por esta CCAÇ. 

De 23 a 26 – Realizadas as acções “Caloiro”, “Chibata” e “Capricho”, na região de Dando, Farincó, Manfonho, com forças da CCAÇ 4143 e desta CCAÇ.

Em 27 – Realizada a operação “Ousadia Pira” por forças da CCAÇ 4143 e desta CCAÇ conjugando a C/P com patrulha, batida e emboscada. A operação desenrolou-se desde a região de Dando até Sinchã Massa, Canhacó e região de Cabelo Mandinga. Não foram encontrados quaisquer vestígios IN recentes. 

Em 30 – Um Furriel em diligência nesta CCAÇ teve morte instantânea ao accionar um fornilho IN colocado próximo do tronco referido em 02 de Outubro. O Grupo de Combate patrulhava a região de Canjambari Praça e Ponta Penói pouco depois de ter levantado todas as armadilhas das NT na referida zona.

Em 31 – Recebida a apreciação do COM-CHEFE sobre a actividade operacional: “Salienta-se no período, a boa actividade da Companhia eventual de Cuntima (Africana) e a muito boa e bem orientada actividade operacional da CCAÇ 3476 (Canjambari )".


NOVEMBRO DE 1972

De 02 a 04 – Forças da CCAÇ 3476 e CCAÇ 4143 a 05 Grupos de Combate, organizadas em 02 escalões, com os respectivos CMDTs de COMP efectuaram a operação “Caloiro Dinâmico” na região de Bananto – Samba Candó – Maninhã – Missirã. Apenas foram ouvidos alguns tiros distantes, provavelmente de caçadores a Sul do rio Canjambari. Na região de Maninhã – Missirã o capim estava muito alto e não se viam quaisquer vestígios de utilização recente do IN desta região. Foram encontrados alguns restos de culturas abandonadas.

Em 04 – Terminou o treino operacional da CCAÇ 4143, iniciando-se o período de sobreposição de 10 dias.

Em 07 – Na coluna para Farim partiu um Alferes Milº que veio estagiar durante quatro meses na nossa COMP, para o curso de Comandante de Companhia, tomando parte activa em toda a actividade da COMP, nos seus vários sectores, incluindo o operacional.

Em 14 – A CCAÇ 4143 assumiu a responsabilidade da ZA de Canjambari.

Em 16 – Em coluna da Companhia de Transportes, deixámos Canjambari, rumo ao novo Sector. A população veio toda ao quartel e dispôs-se ao longo da estrada até à saída da povoação, tributando à Companhia uma despedida comovida. Chegados a Farim, pernoitámos no Quartel.

Em 17 – Vindos pela estrada asfaltada, passando por Saliquinhedim, Mansabá, Cutia, Mansoa, Uaque e Rossum, chegámos ao Dugal. Os pelotões previamente destinados aos destacamentos, seguiram imediatamente para Fatim e Chugué. Por falta de instalações, a maioria do pessoal ficou em tendas na parada.

Em 19 – Inicio da actividade operacional no novo Sector, em sobreposição com a CART. 3332.

De 21 a 24 – Período de prevenção, com patrulhas conjugadas com emboscadas de 24 horas.

Em 25 – Assumimos a responsabilidade da conclusão de 02 grandes reordenamentos no Subsector – os de Changue Bedeta e Jugudul/Com-Cadé.

Em 28 – Fim de sobreposição e data em que assumimos a responsabilidade da ZA do Dugal, precisamente um ano depois de termos assumido a da ZA de Canjambari. Operacionalmente a COMP ficou dependente do COP 8, que tem sede em Nhacra e administrativamente do CMI (Cumeré).

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 20 DE AGOSTO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11959: Resumo dos Factos e Feitos Mais Importantes da CCAÇ 3476 - "Bebés de Canjambari" (2): Capítulo II - OUT71/ABR72 (Manuel Lima Santos)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Guiné 63/74 – P10238: Convívios (461): IV Almoço / Convívio do pessoal da CART 6254, dia 8 de Setembro de 2012 na Quinta de Santo Antão - Batalha (Manuel Castro)

IV ALMOÇO / CONVÍVIO DO PESSOAL DA CART 6254 
OS PRESENTES DO OLOSSATO

DIA 8 DE SETEMBRO DE 2012, NA QUINTA DE SANTO ANTÃO - BATALHA


1. Mensagem do nosso camarada Manuel Castro (ex-Fur Mil Mec da CART 6254 - Os Presentes do Olossato, Olossato, 1973/74), com data de 8 de Agosto de 2012:

Meu caro Carlos Vinhal,
Os Ex-combatentes que fizeram parte da Companhia de Artilharia 6254/72, que esteve sediada no Olossato e depois no Dugal, vão levar a cabo, no dia 08 Setembro de 2012, o seu 4.º almoço convívio.

O evento vai realizar-se na quinta de Santo Antão, na Batalha.

A concentração será, às 10 horas, no Santuário de Fátima, no recinto do lado Sul junto à Cruz Alta.

Pedia-te o favor de publicitares o nosso almoço, no site do Luís Graça.

Anexo o respetivo programa.

Contactos:
Ex-Furriel Figueiredo (Seringas) 967 090 603 - Porto
Ex-Furriel Castro (Rodinhas) 962 471 506 - 258 731 207 - E-Mail casadolaranjal@gmail.com
Carvalho e Sá (M.A.R.) 917 611 175 / 220 812 480

Um grande abraço.
Manuel Castro
(Ex-Fur Mil da CART 6254)
casadolaranjal@gmail.com

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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 29 de Julho de 2012 > Guiné 63/74 – P10205: Convívios (460): Almoço comemorativo dos 38 anos do regresso das 2ª e 3ª CART do BART 6523, no próximo dia 8 de Setembro, Braga (António Barbosa)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3915: Cancioneiro do Cantanhez (1): De Cafal Balanta a Cafine, Cobumba, Chugué, Dugal, Fatim... (Manuel Maia)





Guiné > Região de Tombali > Cafal Balanta > 2ª CCAÇ / BCAÇ 4610 (1972/74)> O Manuel Maia no seu hotel de muitas estrelas...

Fotos: © Manuel Maia (2009). Direitos reservados

Texto enviado por Manuel Maia, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine (1972/74)


2ª PARTE DA HISTÓRIA DA 2ªCCAÇ BCAÇ 4610/72, EM SEXTILHAS (*)
por Manuel Maia (**)


34
O grupo, sem alferes, foi comandado
por Maia, o mais antigo graduado,
na zona onde actuavam fuzileiros.
Com Zé Maria,Moura e os rapazes
mostrámos ser também assaz capazes,
ao nível dos melhores entre os primeiros...


35
Um dia, Paiva, furriel Cafal,
tentado p´lo viçoso laranjal
avança resoluto p´ros citrinos...
Com dois soldados, sacos carregados,
a tiro logo ali são atacados,
salvando-lhes os fuzas seus destinos...

36
Corria a madrugada e um fogachal,
estremecendo arame de Cafal,
semeia o medo e o caos de repente.
Passado instante a malta então reage,
põe cobro ao grande arrojo, vil ultraje,
e expulsa do sector a turra gente...


37
P´ra registar estudos fluviais,
Marinha requereu que junto ao cais
Terríveis protegessem seu pessoal.
De noite,ao serviço da secção,
Barbosa levou tiro de raspão,
por ter cigarro aceso em breu total...


38
Cafine era o local, que foi criado,
por este grupo, mais sacrificado,
para alojar orquestra(i) p´ra chegar.
Começa ali a saga tabancal
com chapa/zinco, adobe tinto a cal,
reordenando as gentes do lugar...


(i) pessoal que não ia ao mato


39
Já fartos de gazela estilhaçada,
trouxemos p´ro quartel uma manada,
de vacas inimigas para abate.
Tão logo, via rádio uma mensagem,
obriga a soltar gado na pastagem
p´ra lá da tal bolanha, onde há combate...


40
Psícola foi termo conhecido
p´ra referir acções em que o sentido
visava dar aos afros importância...
Não raro, exageros se cometem
que as posições da tropa comprometem
esvaziando à ideia, a relevância...


41
Reconheceu Bissau o empenhamento
na luta feita guerra e sofrimento,
daí o prémio DUGAL, merecido.
Com grupo no CHUGUÉ, outro em FATIM,
´speramos comissão chegar ao fim,
felizes por saber dever cumprido...


42
Depois de nove meses/sacrifício,
vivendo ou vegetando(?) em tal suplício,
na terra onde a fartura era de balas.
As casas chapa/zinco construídas
p´ras gentes das aldeias destruídas,
seriam a razão p´ra fazer malas...


43
P´ra trás ficava tudo que era horrendo,
buraco, casa/campa, algo tremendo,
da sub-humana vida experimentada.
CAFAL, a sensação mais dolorosa
jogados para zona mais perigosa,
na frente da bolanha atribulada...


44
Saídos do inferno de CAFAL,
rumamos,p´ra CAFINE,em zona igual,
dois grupos p´ra COBUMBA, uma outra frente.
Chegados a FATIM vimos o céu,
que o CHUGUÉ, certamente também deu,
e o DUGAL emprestou, seguramente...


45
Na hora de partir, já eminente,
desgraça surgiria,em acidente,
p´ra todos nós da forma mais brutal...
buscando últimas prendas na cidade,
partiram, moderada velocidade,
uns quantos furriéis,para seu mal...


46
Foi junto a NHACRA, rádio emissora,
soltou-se o banco em tão maldita hora,
no asfalto AFONSO e LIMA caem sós.
Enquanto o transmontano se finou,
co´a morte açoreano ´inda lutou,
p´ra se apagar dois dias logo após...


47
Roubados de entre nós pela má sina,
de forma tão marcante,e repentina,
lembrá-los deixa os olhos rasos de água.
Um ar sereno e calmo AFONSO tinha,
enorme coração LIMA detinha,
tristeza, choros, raiva, a nossa mágoa...


48
Nem tudo correu bem, infelizmente,
morrendo quatro tão precocemente,
bem novos para estarem de partida.
A crise de asma um deles sucumbia,
enquanto alcoolizado outro fugia,
desastre aos outros dois roubou a vida...


49
Varreram-se, já, nomes da memória
p´ra deles ter registo nesta história
que foi a nossa, grada mas sofrida...
assim, requeiro a todos o favor
de fornecerem dados com rigor
lembrando uma ocorrência, bem vivida...


50
Foi PRATA a comandar grupo primeiro,
LINDORO no segundo a timoneiro,
ALMEIDA do seguinte a tomar norte.
No quarto é de OLIVEIRA a condução,
justiça leva ALMEIDA e chega então,
um pira p´ra africana,antes do FORTE...


51
BARRADAS, GINJA, são profissionais,
milicianos todos os demais
sargentos desta nossa companhia...
CASEIRO, VIOLANTE, AFONSO, ANTUNES,
dos p´rigos lá do mato estão imunes,
à banda dão fulgor, categoria...


52
CORTEZ ruma a Bissau, cunha é TRANSPORTE,
NAVEGA tem na escuta a mesma sorte,
na urbe encontra ALMEIDA o paradeiro.
Um curso de tabanca p´ro FRAGOSA,
a paz da secretária MARTINS goza,
dos negros,professor,foi o CORDEIRO.


53
RIBEIRO,pira calmo e recatado,
TEIXEIRA, um brincalhão endiabrado,
de paciência feito o ZÉ MARIA.
São LIMA e MOURA dois homens de mato,
tal como o BRITO, embora mais novato,
no MAIA, a irreverência contagia...


[Oitava decassilábica]

Olhando a vida à volta do passado,
imposição/catarse necessária,
revejo,a breve instante emocionado,
AFONSO (ii), mente sã e libertária
da guerra interventor mas desfasado...
ao lado em postura solidária,
ANTUNES enfermeiro brincalhão,
e LIMA (iii), um enorme coração.


(ii) Afonso, furriel miliciano de transmissões morto em acidente na semana da partida.

(iii) Lima, furriel miliciano de Op Esp, morto em acidente na semana da partida.

Antunes, furriel miliciano enfermeiro, morto em acidente pouco depois da chegada


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Notas de L.G.

(*) Vd. poste de 13 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3886: Tabanca Grande (118): Manuel Maia, ex-Fur Mil, o poeta épico da 2ª Companhia do BCAÇ 4610/72 , o Camões do Cantanhez

(**) 14 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3890: Tabanca Grande (119): Apresentação de Manuel Maia ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610 (Guiné, 1972/74)