Mostrar mensagens com a etiqueta Jaime Machado. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jaime Machado. Mostrar todas as mensagens

sábado, 16 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24964: Em louvor das nossas LDG (Lanchas de Desembarque Grandes) Classes Alfange e Bombarda




Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Setor L1 (Bambadinca) >  Xime > c. 1969/70 >  LDG 105 NRP Bombarada  > Desembarque no porto fluvial do Xime de uma mais ou companhias de "piras", destinados ao Leste. Fotos do álbum do álbum do José Carlos Lopes, ex-fur mimanuense do conselho administrativo do comando do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70).

Fotos (e legendas): © José Carlos Lopes(2012). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. As nossas LDG (Lanchas de Desembarque Grande) levaram-nos a muitos sítios. E em segurança. Inspiravam confiança. Levaram-nos ao Xime e a Bambadinca, na zona leste. Levaram-nos a Buba, na região de Quínara. Levaram-nos ao sul, a Cacine, nas região de Tombali, levaram-nos, no Norte, aos aquartelamentos ao longo do rio Cacheu... 

Muitas dezenas de milhares de homens tiveram o seu contacto com a guerra, na sua "viagem em LDG"... Contrariamente às lanchas mais pequenas, as LDP e as LDM, as LDG só mais raramente eram atacadas ou flageladas. Os guerrilheiros do PAIGC tinham medo do seu poder de fogo: 2 metralhadoras OERLIKON MK II 20 mm (1965), mais tarte, em 1973, substituídas por 2 peças BOFFORS, antiaéreas, de 40 mm, à semelhança da LDG 105 NRP Bombarda, mais moderna (1969).

Estranha-se, em todo o caso, que o PAIGC nunca tenha tentado, com uma certeira canhoada, meter uma LDG ao fundo...

Para além, deste armamento (que metia respeitinho, a quem estivesse emboscado na orla da mata ou do tarrafe,  a tripulação da LDG costumava levar um morteirete ou morteiro  60 mm com que batia zonas suspeitas (por exemplo, a margem sul do rio Geba, entre a foz do Rio Corubal e a Ponta Varela, quando vinha de Bissau para o Xime, ou no mato Cão, quando seguia até Bambadinca; estes eram os locais mais que prováveis, no rio Geba,  para o IN desencadear ataques ou flagelações às nossas embarcações, quer civis quer militares)...


LDG 101 NRP Alfange. Foto do Museu de Marinha, gentilmente disponibilizada pelo Manuel Lema Santos, engenheiro, nosso camarada, 1º ten RN, 1965/72, criador e editor do blogue Reserva Naval]


2. O ex-fuzileiro Miguel Cunha já aqui contou uma história divertida à pala do morteirete ou morteiro 60 mm que eles usavam na LDG 101 (*):

(...) "Fiz várias escoltas nas LDG e principalmente na Alfange, ao Xime e a Cacine. Era comandante o 1º tenente Malhão Pereira.

Tenho uma história passada a bordo da Alfange.

Nas anteparas da lancha, mais ou menos a meio, existia, de cada lado, um fundo de bidão com areia para servir de apoio ao prato do morteiro de 60 mm.

Julgo que as tropas [do Exército] que transportávamos, pensavam que os bidões com areia era para urinar. E alguns fizeram-no, de certeza. O pior foi quando o comandante mandou fazer umas morteiradas de protecção. Com o coice do prato do morteiro na areia, ficámos a cheirar a urina o dia todo!

Miguel Cunha, Fz 996/68, Cia 10 Fz, 1969/1971.  (---)



3. Mas pergunta-se:  para lá da tropa (fuzileiros, "infantes" e outros, como milícias, familiares de tropa africana, e seus animais domésticos), o que é que a LDG costumava levar mais, de Bissau até ao Xime  (ou, ao contrário, do Xime a Bissau)? Ou até mesmo de Bissau a Bambadinca, nessa época, que as LDG também chegavam ao  porto fluvial de Bambadinca, pelo menos até finais de 1968 (depois começaram a ficar só pelo Xime...

Há camaradas nossos que estiveram no leste que fizeram esta mesma viagem, mas que desembarcaram em Bambadinca, e não no Xime, tendo feito portanto o percurso, mais penoso, pelo Rio Geba Estreito, cheio de curvas e contracurvas (e entre elas, as do temível Mato Cão)....

Satisfazendo a curiosidade de alguns leitores, pode-se dizer que as LDG que navegavam no Geba,  levavam  tudo e mais alguma coisa... Tudo o que era preciso, à ida,  para um homem se instalar no "buraco" que lhe tido cabido em sorte... Como  não havia estradas para o leste (em 1969 apenas havia um troço alcatroado, Bambadinca-Bafatá,. e a estrada Mansoa-Bambadinca esta interdia), a grande via de comunicação com o leste era o Rio Geba...

Homens e material iam e  vinham nas embarcações militares e civis...  Neste caso, a LDG - Lancha de Desembarque Grande foi posta ao serviço do exército, para transporte de tropas e material, muito mais vezes do que em operações anfíbias, com os fuzileiros...

Quando se amplia as nossos fotos com pessoal metido no fundo de um LDG,  dá para ver alguns pormenores insólitos... No bojo da LDG, na carga que é transportada, v
vê-se de tudo um pouco, numa "desordem" indescritível:
  • tubos de bazuca, 
  • espingardas G3,
  • cunhetes de munições.
  • jericãs,
  • camas, 
  • outras peças de mobíliário,
  • colchões.
  • fardos de mantas,
  • malas de viagem,
  • baus,
  • sacos,
  • caixotes 
  • viaturas (Unimog, Berliet, etc.)
  • máquinas da engenharia, 
  • e até... uma cabra!... 

Quem fez este "cruzeiro", como nós (**), lembra-se que pela manhã, aproveitando a maré, estava a embarcação a LGD 101)  de saída do porto de Bissau... O calor e a humidade já eram insuportáveis pelo que os "piras" começavam, logo à saída do cais, a "avacalhar o sistema", ou seja, a infringir a disciplina, o decoro e a segurança militares... No caso da foto acima, já não "piras!" que vão para o mato, mas "velhinhos" que vão para Bissau... Daí a descontração e alguma... bagunça!

Nas fotos a seguir veem-se militares em tronco nu; outros aproveitam para matar o tempo (e aliviar a alguma tensão), sentando-se numa improvisada mesa de jogo, a jogar às cartas (?) e a beber ums bejecas... (Ainda não se usava o termo "bejeca")...  Em todo o caso, estava-se longe da ideia de "cruzeiro turístico", Geba acima, Geba abaixo...








Guiné > Rio Geba >  Fevereiro de 1970 > Viagem Xime-Bissau >  LDG 101 NRP Alfange > Entre outras tropas levava o pessoal do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70), que terminva a sua comissão no setor L (Bambadinca), e era comandado pelo alf mil cav Jaime Machado. Iriam regressar à metrópole em abril de 1970, no mesmo T/T Niassa em que tinha vindo.

Fotos (e legendas): © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


4.  A Classe Alfange foi uma classe de lanchas de desembarque grande (LDG) o serviço da Marinha Portuguesa.

Os navios desta classe foram construídos nos Estaleiros Navais do Mondego (Figueira da Foz), com um projeto baseado na Classe LCT-4,  de origem britânica. 

Pelo seu deslocamento superior a 400 toneladas, os navios foram classificados, pela Marinha Portuguesa, como "lanchas de desembarque grandes (LDG)".

As lanchas destinavam-se a ser empregues na Guerra do Ultramar em missões de reabastecimento logístico, de transporte de tropas e em operações anfíbias, sobretudo em apoio dos Fuzileiros. Foram empregues nos teatros de operações de Angola e da Guiné Portuguesa.

Em 22 de novembro de 1970, a LDG 104 NRP Montante (classe Alfange) e a LDG 105 (classe Bombarda) fizeram parte da força naval portuguesa envolvida na Operação Mar Verde (invasão e Conacri), transportando tropas de desembarque  (comandos guineenses e opositores ao regime de Sékou Turé

As LDG foram batizados com designações de armas medievais (Ariete, Alfange, Cimitarra. Montante). 

Terminada a Guerra do Ultramar, os navios foram cedidos a Angola e à Guiné-Bissau. (...)

Unidades:


Nº de amura /  Nome  /  Comissão em Portugal / Observações
  • LDG 101 NRP Alfange 1965 - 1974 Cedida a Angola
  • LDG 102 NRP Ariete 1965 - 1975 Cedida a Angola
  • LDG 103 NRP Cimitarra 1965 - 1975 Cedida a Angola
  • LDG 104 NRP Montante 1965 - 1974 Cedida à Guiné-Bissau

Ficha técnica > Classe Alfange

Nome: Classe Alfange
Construtor(es): Estaleiros Navais do Mondego
Lançamento: 1965
Unidade inicial: NRP Alfange
Unidade final: NRP Cimitarra
Em serviço: 1965 - 197
Operadores: Portugal | Guiné-Bissau | Angola

Características gerais
Tipo: Lancha de desembarque
Deslocamento: 480 t
Comprimento: 57 m
Boca: 11,8 m
Calado: 1,2 m
Propulsão: 2 motores diesel 1 000 hp 2 veios
Velocidade: 10,3 nós
Sensores: Radar de navegação DECCA
Armamento: 2 peças de 20 mm (1965) | 2 peças de 40 mm (1973)
Tripulação/Equipagem: 20
Carga: 270 t

Fonte: Adaptado de Wikipedia > Classe Ariete 


Bissau > Cais da Marinha > Setembro de 1968 > LDG 101 NRP Alfange > Transporte de um Pel Art com destino a Piche, por via fluvial até  Bambadincas (rio Geba)


Bissau > Cais da Marinha > Setembro de 1968 > LDG 101 NRP Alfange > Peças de artilharia 11.4 ao lado de garrafões de vinho...


Rio Geba (Estreito)  > Bambadinca > Setembro de 1968 > LDG 101 NRP Alfange no porto fluvial de Bambadinca, com um Pel Art com destino a Piche (que depois seguiu, em coluna motorizada, Bambadinca - Bafatá- Nova Lamego - Piche)

Fotos (e legendas): © João José Alves Martins (2012). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca)  > Xime > 1969 > LDG 105 NRP Bombarda no cais fluvial do Xime

Fotos (e legenda): © Humberto Reis (2005). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


4. Em 1969, entraram  ao serviço da Marinha as LDG Classe Bombarda, mais comprida e deslocando mais tonelagem.

Nome: Classe Bombarda
Operador: Portugal
Unidade inicial: NRP Bombarda (1969)
Unidade final: NRP Bacamarte (1985)
Lançamento: 1969
Em serviço: 1969 - 2014

Características gerais

Tipo: Lancha de desembarque
Deslocamento: 652 tonelada
Comprimento: 56 metro
Boca: 11,8 m
Calado: 1,9 m
Propulsão: motores diesel de 910 hp 2 veios
Velocidade: 10 nós
Armamento:  2 peças de 40 mm (LDG 201 e LDG 203) | 2 peças de 20 mm (LDG 202)
Tripulação: 20
Passageiros : 1 batalhão de fuzileiros navais
Carga.  9 carros de combate ou 10 camiões de 6 t


Guiné > Região de Quínara > Buba > 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Bula, 1973/74) > 4 de setembro de 1974 > A LDG 105 NRP Bombarda abicada em Buba

Foto (e legenda): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24798: As nossas geografias emocionais (10): O fontenário de Bambadinca de 1948, de que quase ninguém... já se lembra(va)!


Foto nº 1 > Guiné >  Zona leste :- Região de Bafatá > Bambadinca > O fontenário, de 1948 (melhoramento do tempo do governador Sarmento Rodrigues, tal como outros espalhados pelo interior da Guine) , em foto de 1964... Enviada pelo nosso camarada Libério Lopes, que foi 2º sarg mil inf da CCAÇ 526 (Bambadinca e Xime, 1963/65), portanto um dos nossos veteranos, natural de Penamacor,  aqui na foto sentado ao lado de uma linda bajuda bambadinquense. 

Foto (e legenda): ©t Libério Lopes (2012). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Fotos nºs 2 e 3 : Guiné >  Zona leste :- Região de Bafatá > Sctor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > O fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria, José Carlos Lopes no cimo da famoso fontenário de Bambadinca... 

Poucos fotógrafos deram contam  deste equipamento (que hoje pode ser considerado um onumento, de resto parece-nos tem traço de arquiteto, talvez do GAC - Gabinete de Arquitectura Colonial). E, no entanto, milhares e milhares de homens em armas passaram ao seu lado... É uma construção dos anos 40 (conforme inscrição, visível na foto: 1948).  O Zé Carlos Lopes, pelas suas funções,  tinha que dar fé desta construção, uma vez que deslocava-se com frequència ao porto fluvial e ao destacamento da intendência, na margem esquerda do rio Geba Estreito

Fotos: © José Carlos Lopes  (2012). Todos os direitos reservadosodos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

~
Foto nº 4 > Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Bambadinca > 1996 >  Fonte de Bambadinca. Quando o Humberto Reis, meu camatrada da CCAL 12,  voltou à Guiné, em viagem de negócios e de saudade, passou por Bambadinca e tirou esta chapa. A fonte ainda estava lá, e - o mais importante - funcionava!... E continuou a lá estar, até hoje (vd. foto nº 5).

Fotos: © Humbertoo Reis  (2005). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

Foto nº 5 >  Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Bambadinca > Meados de 2023 > O fontenário, que ainda hoje continua a funcionar. Fotogramas do vídeo de Paulo Cacela (2923) : "Dentro da Maior Tabanca da Guiné-Bissau". 

(Editado e reproduzido com a devida vénia...)

Foto © Paulo Cacela (2023). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

Fotos nºs 6, 7 e 8 >  Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > A zona ribeirinha de Bambadinca, na margem esquerda do Rio Geba (Estreito), alagada no tempo das chuvas... Foto provavelmente de meados de 1968 ou 1969... Em meados de 1970, no tempo da CCS/BART 2917 (1970/72), já havia um novo troço de estrada ligando por fora (isto é, contornado o planalto onde se situava o aquartelamento e o posto administrativo de Bambadinca) a estrada do Xime com a de Bafatá. (Vd. foto nº 13).

Nestas 3 fotos aparece um dos ícones de Bambadinca, o fontenario, raramente fotografado por quem lá esteve ou por lá passou... Eu próprio, que lá estive, na CCAÇ 12 (1969/71) também já não me lembrava do fontenário. Outros camaradas que passaram por lá (iam a tasca do Zé Maria ou ao porto) ambém já confessaram que se nao se lembravan: o nosso saudoso Torcato Mendonça, o Paulo Santiago (que foi 
aqui formador de milícias), etc. ( O Paulo Santiago escreveu: "Não esperava esta!!! Seis meses em Bambadinca, muitas sortidas ao Zé Maria, e nunca vi a fonte...estaria camuflada??? | 15 de dezembro de 2012 às 23:55 ).

Fotos © José Carlos Lopes (2012). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

 

Foto nº 9 > Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > c- 1968/70 >  A tabanca, vista do alto do depósito de água do quartel... Do lado norte / nordeste: tabanca, estrada para o rio Geba Estreito e picada de Finete/Missirá, acesso, à direita,  à estrada (alcatroada) Bambadinca-Bafatá.  Assianalado a vermelho o fontenário, que ficava numa cota mais baixa. Foto do álbum do Jaime Machado,  cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70)


Foto nº 10 > Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > c. 1968/70 > Em primeiro plano, o depósito de água que abastecia o quartel e as nstalações civis (o posto administrativo, a casa do chefe de posto, a escola, a casa da professora, a capela, a missão católica, etc.)... A tabanca beneficiava do fontenário público, assinalado a amarelo...

Fotos (e legendas): © Jaime Machado (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 11 > Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 > Vista (parcial) da tabanca de Bambadinca, com o Rio Geba ao fundo. Em primeiro plano, contígua ao arame farpado, a casa e o estabelecimento comercial do Rodrigo  Rendeiro, um dos poucos colonos portugueses que conhecemos na Guiné, em 1969/71, natural da Murtosa. Assinalado a vermelho, o fontenário. Se não erramos, ficava junto ao mercado local.


Foto nº 12 > Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 > O fontenário visto de mais perto.


Foto nº 13 > Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 > CCAÇ 12 (1969/71) > Vista aérea da tabanca de Bambadinca, tirada no sentido sul-norte. Em primeiro plano, a saída (lado leste) do aquartelamento, ligando à estrada (alcatroada) Bambadinca-Bafatá. Este troço que ladeava o "morro" (ou promontório) de  Bambadinca, fazia a ligação com a estrada, em construção, Bambadinca-Xime (que será posteriormente asfaltada, em 1971/72). Ao fundo, o Rio Geba Estreito. São visíveis as instalações do Pelotão de Intendência, junto ao importante porto fluvial de Bambadinca. O fontenário de aqui falamos, construído em 1948, está sinalizado com um círculo a vermelho.


Foto nº 14 > Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > 1970 > Entrada principal, pelo lado leste (sentido Bafatá), do aquartelamento. A famosa (e perigosa)  rampa . O fontenário está sinalizado com um círculo a vermelho, ficava a uns 100 metros da casa e estabelecimento comercial do Rendeiro (não vísivel, à esquerda).

 Fotos © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 26 de outubro de 2023 > Guiné 61/74 - P24794: As nossas geografias emocionais (9): Imagens recentes de Bambadinca e Nhabijões (fotogramas do viajante e criador de vídeos Paulo Cacela, Cabo Verde)

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24796: Os nossos seres, saberes e lazeres (597): Fotos da cidade de Maputo, terra onde nasceram, minha avó e meu pai, e onde estou a passar uns dias de férias (Jaime Machado)

1. Mensagem do nosso camarada Jaime Machado, ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, maio de 1968 / fevereiro de 1970) com data de 25 de Outubro de 2023:

Caro Carlos
Junto envio algumas fotografias de Maputo (terra de meu pai e minha avó) onde estou a passar uns dias de férias.
Se tiver interesse publicares para matar saudades a alguns ex-camaradas que por cá passaram, estás à vontade.

As 3 primeiras fotos são de um monumento de homenagem aos heróis da 1.ª Grande Guerra que aqui lutaram entre quais estava o meu avô que foi ferido em combate tendo sido condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª Classe

Um abraço
Jaime
____________

Nota do editor

Último poste da série de 21 DE OUTUBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24778: Os nossos seres, saberes e lazeres (596): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (125): Em Leiria, pedindo muita desculpa por lhe ignorar os tesouros (2) (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24695: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (13): ex-alf mil cav Jaime Machado, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) - Parte X: Mulheres e bajudas de Bambadinca e Madina Bonco


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3



Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7


Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > Pel Rec Daimler 2046 (maio de 1968/fevereiro de 1970) / CCS / BCCAÇ 2852 (1968/70)  > Mulheres e bajudas de Bambadinca (fotos nºs 1, 2, 3 e 4 ). Madina Bonco (fotos nºs 5, 6 e 7). 

Nas quatro primeiras fotos, vemos a Rosinha, a lavadeira do "alfero", que ele voltou a reencontrar, 40 anos depois, em Bissau (foto nº 3)  e pintou depois, num quadro em acrílico, em 2015, a partir da foto de 2010 (foto nº 4).

A população da vila e posto administrativo de Bambadinca, pertencente à circunscrição (concelho) de Bafatá, era, na época, de cerca de 2 mil pessoas, maioritariamente fulas e mandingasm sendo uma parte também refugiada de guerra,.

Bambadinca tinha escola primária e casa de habitação da professora (que era cabo-verdiana), posto dos CTT, igreja e missão católicas e diversos estabelecimentos comerciais (incluindo a Casa Gouveia, o Fernando Rendeiro e o Zé Maria).  Era sede de batalhão. Era um importante porto fluvial, nó rodoviário e entreposto comercial, ponto de passagem obrigatório para todo o leste. Na altura a estrada Bissau-Mansoa-Bafatá estava cortada. Chegava-se a Bambadinca por via fluvial (ou a partir do Xime).  

Fotos (e legendas): © Jaime Machado (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]





Jaime Machado:  (i) reside em Senhora da Hora, Matosinhos; (ii) sua avó paterna era moçambicana; (iii) mantém (ou manteve até há uns anos), com a Guiné-Bissau,  uma forte relação afetiva e de solidariedade, através do Lions Clube; (iv) voltou à Guine-Bissau em 2010


1.  Continuação da publicação de uma seleção de fotos do belíssimo álbum do Jaime Machado, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, maio de 1968 / fevereiro de 1970, ao tempo dos BART 1904 e BCAÇ 2852) (*).

 O Jaime Machado tinha sob o seu comando um pequeno grupo de pessoal: Pel Rec Daimler 2046, num total de 14 elementos, chegou a Bambadinca dia 7 de maio de 1968, tendo ficado às ordens do comando do BART 1904 (Bambadinca, maio /setembro 68) e depois do BCAÇ 2852 (Bambadinca, outubro 68/fevereiro 70).

Já teve ou ainda tem funções diretivas no Lions Clube Senhorra da Hora. É membro do Lions Clube Lusofonia (que tem como alvo especial a ajuda aos países lusófonos e aos seus imigrantes 
 residentes no concelho de Matosinhos).


2. Em mensagem de 8 de julho de 2015 22:57, o Jaime Machado adiantou-
nos o seguinte sobre estas e outras fotos:

(...) Madina Bonco fica na estrada para Galomaro, muito perto da estrada Bambadinca/ Bafatá Tenho muitas fotos de 2010 (centenas),  algumas muito interessantes.
´
Há anos fiz uma exposição comemorativa dos 40 anos do meu regresso, intitulada "40 anos, 40 fotos". Apresentei 40 fotos de 1968/70 e em contraponto 40 fotos de 2010,  tiradas nos mesmos lugares. Foi interessante. Entre essas fotos estava uma daquela bajuda de Bambadinca com 18 anos na época e a foto dela com 58 anos em 2010, em Bissau. (...)

______________

Nota do editor:

Último poste da série > 16 de setembro de  2023 > Guiné 61/74 - P24660: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (12): ex-alf mil cav Jaime Machado, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) - Parte IX: Bissau, c. fevereiro/abril de 1970

sábado, 16 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24660: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (12): ex-alf mil cav Jaime Machado, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) - Parte IX: Bissau, c. fevereiro/abril de 1970


Foto nº 1


Foto n º 2


Foto n º 3


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8


Foto nº 9


Foto nº 10


Foto nº 11

Guiné > Bissau > c, fevereiro / abril  de 1970

Fotos (e legenda): © Jaime Machado (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos do belíssimo álbum do Jaime Machado, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, maio de 1968 / fevereiro de 1970, ao tempo dos BART 1904 e BCAÇ 2852) (*).

[Foto atual, à direita, do Jaime Machado, que reside em Senhora da Hora, Matosinhos; sua avó paterna era moçambicana; mantém com a Guiné-Bissau uma forte relação afetiva e de solidariedade, através do Lions Clube; voltou à Guine-Bissau em 2010]


2. Comentário do editor:

Não temos legenda para as fotos, esperamos que os nossos leitores contribuam com algumnas dicas... As fotos de Bissau devem ter sido tiradas entre fevereiro e abril de 1970.

Aqui ficam, da nossa lavra, as legendas destas preciosas fotos:

  • fotos nº 1,  2 e 3: zona portuária de Bissau (foto nº 1: porto-cais; foto nº 2: cais do Pijiguiti) e avenida marginal (foto nº 3);
  • foto nº 4: fortaleza  da Amura, entrada principal virada para sul (zona portuária);:
  • foto nº 5: jardim no exterior da  fortaleza da Amura, ao fundo, o edifício da Alfãndega;
  • foto nº 6: avenida principal, av da República (hoje, Av Amílcar Cabral), que ia da Praça do Império até à zona portuária (repare-se no pormenor do polício de trânsito no oexercício das suas funções de sinaleiro):
  • fotos nº 7 e 8: praça do Império, monumento ao "esforço da raça" e palácio do governador (autoria: Gabinete de Urbanização Colonial / Arquitetos João António Aguiar e José Manuel Galardo Zilhão, 1945);
  • fotos nºs 9 e 10: piscina da messe de oficiais do QG - Quartel General, em Santa Luzia;
  • foto nº 11:  Messe de oficiais de Bissau, em Santa Luzia, também conhecido  como "Clube Militar", o  famoso "Biafra" (se não nos enganamos.,..);
  • foto nº 12: "djubi" de Bissau, pequeno comerciante ambulante,
___________