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segunda-feira, 11 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25262: Convívios (982): 55º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha: Algés, quinta feira, 14 de março de 2024 ... Uma das novidades é a presença pela primeira vez dos "nova-iorquinos" João Crisóstomo e a filha Cristina


Lista (ainda provisória) dos inscritos para o 55º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha, no próximo dia 14 de março de 2024, quinta-feira, em Alges (*) 

Acrescente-se que o camarada Manuel Lietão e o filho Pedro vêm de Mafra. E a filha do João Crisóstomo está a viver e a trabalhar em Lisboa... Enfim, também o nosso régulo Manuel Resende diz que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca da Linha... é Magnífica. 

Inscrições ainda se aceitam até à véspera...

Manuel Resende >Tel - 919 458 210
manuel.resende8@gmail.com
magnificatabancadalinha2@gmail.com




 João Crisóstomo, membro da nossa Tabanca Grande, com cerca de 220  referências no blogue, luso-americano, a viver em Queens, Nova Iorque, ativista social,  régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, ex-alf mil inf, CCAÇ CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67), recentemente galoardo com o prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo")



1. Mensagem do João Crisóstomo, feito recentemente também membro da Tabanca da Linha, e que vai participar (pela primeira vez) no próximo 55º almoço-convívio (mensagem  publicada em 28 de fevereiro último  na página do Facebook da Magnífica Tabanca da Linha):

Data - domingo, 18/02/2024, 06:52

Caros Luís Graca, Manuel Resende e todos os meus camaradas/irmãos reunidos neste encontro de 22 de Fevereiro (**).

Tenho-vos inveja! Porque têm hoje uma possibilidade que a mim me é negada: a de poder dar um apertado abraço a indivíduos que nem conheço, mas que uma mesma experiência, já longínqua mas sempre presente, nos fez irmãos.

Aproveitem bem esses momentos, que esperançosamente se hão de repetir, mas que serão sempre diferentes. As razões e motivos destes encontros,... esses são sempre os mesmos e não preciso estar a ensinar a quem os conhece igual ou melhor do que eu. Aproveite-nos bem, é tudo quanto vos desejo.

Permito-me sugerir que no vosso "minuto de silêncio", que acredito fazem pelos camaradas que já nos deixaram, incluam aqueles que "ainda estamos por cá", especialmente os da zona abrangida pela Tabanca da Linha, que por qualquer razão, como distância física, saúde e outras considerações gostariam de estar presentes, mas não o podem fazer. Amizade é solidariedade também.

Vou a Portugal brevemente. Se algum de vocês me quiser dar a satisfação de um abraço… sei que será, pelo menos para mim momento de emoção grande pois, como à saudade, o tempo e distâncias a fazem maior.

No caso de estar aí algum dos nossos camaradas José Belo, José Teixeira, José Braz, Miguel Rocha, António Carvalho, José Ferreira da Silva e João Carlos Silva, que celebram este mês “MAIS UM”,…. as minhas saudações e votos de saúde, bem estar e tudo o mais que desejem. Sei que a alguns destes já enviei uma mensagem no blogue, mas abraços destes nunca são demais.

Entretanto, mesmo virtual, a todos um abraço grande, como grande é a amizade que a todos nos une.

sábado, 9 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25255: Convívios (981): 55º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha: Algés, quinta feira, 14 de março de 2024

 

Lista com as primeiras 20 inscrições. Entre elas, o nosso João Crisóstomo, que vive em Nova Iorque, e que passou a integrar a Magnífica Tabanca da Linha a partir de 19 de fevereiro de 2024


55º CONVÍVIO 

DA MAGNÍFICA TABANCA DA LINHA 

 Quinta feira, 14 de março de 2024


RESTAURANTE: CARAVELA DE OURO (Algés)

Morada: Alameda Hermano Patrone, 1495 Algés 

Telefone: 214 118 350


Inscrições até ao dia 11 de Março de 2024

I N S C R I Ç õ E S
Manuel Resende: Tel - 919 458 210
manuel.resende8@gmail.com
magnificatabancadalinha2@gmail.com


ou dizendo "vou" ao convite no nosso grupo no Facebook.
Agradeço não digam “talvez”. Esta palavra não existe em inscrições.

Começamos com aperitivos e entradas às 12,30 horas O almoço será servido às 13 horas.

Peço que tragam a quantia certa para evitar trocos (25 Euros). Ajudem os organizadores.
Quem pagar por Multibanco, pague no Rés-do-Chão e, ao entrar para a sala, apresente o duplicado.


E M E N T A 

APERITIVOS DIVERSOS:

Bolinhos de bacalhau - Croquetes de vitela - Rissóis de camarão - Tapas de queijo e presunto
Martini tinto e branco - Porto seco - Moscatel.

SOPAS

Canja de galinha ou Creme de Marisco

PRATO PRINCIPAL

Lombinhos de pescada com arroz de marisco

SOBREMESA

Salada de fruta ou Pudim e Café

BEBIDAS INCLUIDAS

Vinho branco e tinto “Ladeiras de Santa Comba” - Águas - Sumos - Cerveja

PREÇO POR PESSOA  > 25.00€

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Nota do editor;


Último poste da série > 24 de março de 2024 > Guiné 61/74 - P25235: Convívios (980): XXXIX Encontro Nacional dos Ex-Oficiais, Sargentos e Praças do BENG 447 (Brá - Guiné), a realizar no dia 11 de Maio e 2024 na Tornada - Caldas da Rainha, conforme o programa (Lima Ferreira / João Rodrigues Lobo)

sexta-feira, 1 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25228: Tabanca da Diáspora Lusófona (22): Vilma Crisóstomo está de parabéns pelo seu aniversário natalício e porque a partir de hoje é cidadã americana (João Crisóstomo)


1. Está hoje de parabéns a nossa amiga Vilma Crisóstomo, esposa do nosso amigo e camarada de armas João Crisóstomo.

Vilma, eslovena de nascimento, passa a partir de hoje, dia 1 de Março de 2024, a usufruir da cidadania norte-americana, uma prenda muito valiosa, chegada no seu dia de aniversário.
Sendo o João, cidadão luso-americano, uma pessoa muito activa culturalmente e solidário, com provas dadas nos EUA e não só, merece que a sua esposa seja reconhecida com esta distinção. São um casal muito activo, cujas intervenções vão muito para além da comunidade lusitana, e se estende a toda a sociedade americana.
Nova Iorque, 24 de Abril de 2013 > Casamento de João Crisóstomo com Vilma Kracun

2. Vamos transcrever a mensagem que o João, com todo o contentamento de um marido feliz, nos enviou no dia 28 de Fevereiro de 2024:

Caro Luís Graca e Carlos Vinhal,
O que segue não será razão para um “post", mas talvez um tal “cartãozito”, como o Luís Graça costuma dizer, não seja despropositado.
O nosso passado e experiências comuns levaram à criação deste blogue que tanto nos une e aqui partilhamos por vezes coisas que nada têm a ver com a Guiné. Mas esta Guiné fez de todos nós irmãos… e os irmãos partilham as suas vidas. Partilhamos e choramos os momentos tristes e difíceis, mas também celebramos e nos regozijamos uns com os outros nos nossos aniversários e quando surgem momentos em que sentimos que temos mesmo de fazer os nossos amigos saberem o que se passa para celebrarem connosco. Incluindo felizes coincidências.

Vocês lembram-se eu contar ter reencontrado uma amiga de longa data, depois de 40 anos à sua procura. Não era motivado por nada mais do que a saudade de uma amizade. Não havia nada de romance nessa procura. Algumas pessoas suspeitaram e sugeriram ser esse o motivo da minha longa busca. Não era. Os que me conhecem sabem o quanto eu prezo amizades. A perca de um amigo é sempre traumático para mim. E isso sucede porque tanto quanto possível eu procuro alimentar as minhas amizades. Daí as festas familiares que frequentemente tenho organizado quando vou a Portugal, para as quais convido sempre os meus amigos que fiz ao longo da vida, incluindo os meus camaradas/irmãos da Guiné.

Mas, desculpem… pois saí do que estava a contar e tenho de voltar ao que dizia: Num dia 14 de Fevereiro de 2011, recebi uma chamada; que tinham encontrado a Vilma, um dos amigos/as de cujo paradeiro eu não sabia há muito tempo, desde que tinha ido para o Brasil. E já sabem o que sucedeu: o imprevisto aconteceu e ao fim de duas horas, contente por tê-la reencontrado e verificando que tínhamos tanto em comum, eu não estive com mais medidas e sem hesitações convidei-a, pedi-lhe que viesse viver comigo para Nova Iorque.

Sei que estou a ser longo, mas também sei que a nossa amizade me permite estes devaneios. Há três anos ela resolveu pedir a cidadania americana. Mas as coisas complicaram-se porque não pudemos comparecer a uma entrevista. Na altura tranquilizaram-nos, que dentro de algum tempo haveria uma segunda entrevista. Mas entretanto a pandemia e a chegada imprevista de muitas centenas de milhares de refugiados, e outros migrantes em busca de melhor vida, causaram uma longa espera: nem podíamos sair fora dos Estados Unidos ao mesmo tempo, receosos de que uma segunda carta aparecesse com uma data próxima para a entrevista.

Era difícil, mas nada havia a fazer senão ter paciência e esperar. Mas de repente veio a carta: que nos apresentássemos no dia 14 de Fevereiro para a segunda entrevista. Contentes e felizes, ainda por cima era num dia "14 de Fevereiro" como quando a reencontrei, lá fomos e viemos para casa com um documento que dizia: "Passou o teste". ”Parabéns”. Espere uma carta com a data para se apresentar para a cerimónia de juramento…
Entretanto apresentou-se uma razão para eu ir a Portugal. Enquanto esperávamos, a Vilma tinha de ficar, pelo sim e pelo não… não fosse essa carta aparecer quando estávamos os dois fora.

E a carta apareceu assim de repente: que se apresentasse para a cerimónia de juramento para a nacionalidade americana no primeiro dia de Março… É que o dia "1 de Março" é também o dia de aniversário da minha querida…

Que hei-de dizer mais? Que choro, canto e rezo? É tudo isso e muito mais… Andava a dar voltas à cabeça de como festejar o seu aniversário. Parei de pensar mais e aceitei irmos a um encontro da "Academia de Bacalhau”. Como no caso de “encontros" da nossa Tabanca, vamos estar com amigos. Ela ainda não sabe, mas eu já providenciei um bolo de aniversário, e com ou sem boa voz, vou pôr toda a minha gente a cantar.

Não sei se a Vilma é considerada ou não “membro" da nossa tabanca. Mas… mesmo que apenas a título de “esposa dum membro” podem providenciar um “cartãozito” de aniversário para ela? Ela sempre adorou o que apareceu a seu respeito em ocasiões passadas… E vai gostar mesmo dum “cartãozito" também…

Um abraço "parte-mantenhas" mesmo grande.
João

Monte Real > Palace Hotel > 25 de Maio de 2019 > XIV Encontro da Tabanca Grande > Três instantâneos do casal Vilma e João, captados por Manuel Resende

********************

3. Comentário do "editor de serviço":

Caro João,
Calhou neste dia o teu editor habitual, o Luís Graça, estar de "baixa" por ter sido submetido ontem a uma intervenção para remoção de cataratas. Coisa de velhotes. Assim, estando eu de piquete, fiz o melhor que pude e soube para assinalar este dia de felicidade para a Vilma e para ti. Se ela acrescenta mais um ano à sua existência, também a partir de hoje é cidadã de pleno direito desse grande país, os EUA para nós, USA para os que aí vivem. 

Ciente de que estou a partilhar o sentimento da tertúlia, deixo aqui um beijinho de parabéns e as nossas felicitações para a Vilma e para ti o nosso abraço de amizade. 

Os nossos votos de que sejam muito felizes e tenham saúde para manter o vosso casamento por muitos e bons anos.

Carlos Vinhal

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Nota do editor

Último post da série de 21 DE DEZEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24983: Tabanca da Diáspora Lusófona (21): Visitando velhos amigos e camaradas... em Portugal (João Crisóstomo, Nova Iorque)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25201: Convívios (979): 54.º almoço-convívio da Tabanca da Linha, levado a efeito neste dia 22 de Fevereiro, em Algés... Palmas, isso sim, para o magnífico régulo, o Manuel Resende, que com o seu ar discreto mas sempre com grande eficiência "monta e desmonta este bivaque" - Parte I

 


Foto nº 1 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > Malta do CIM de Contuboel (junho/julho de 1969, da CCAÇ 12 e da CART 11): da esquerda para a direita, Luís Graça (CCAÇ 12),  António F. Marques (CCAÇ 12), Abílio Duarte (CART 11), Humberto Reis  (CCAÇ 12) e Manuel Macias  (CART 11) (o "penetra", o da ponta direita, é o Carlos Silvério, meu conterrâneo e primo, por afinidade, ex.fur mil at cav, CCAV 3378, Olossato e Brá, 1971/73)... Fizemos um brinde à saúde do Valdemar Queiroz, que foi muito recordado à minha mesa, por mim e pelo Abílio Duarte, e também pelo Manuel Macias. "Força, Valdemar, desta hás de safar-te!!...


Foto nº 2 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > A mesa onde eu fiquei, ao meu lado o António Graça de Abreu.


Foto nº 3 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > Mais outros dois convivas da minha mesa: o Arménio Santos (Oeiras) e o António Casquilho Alves (Lisboa)


Foto nº 4 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > Ainda na minha mesa, o Abílio Duarte (Amadora) e o João Parreira (São Domingos de Rana)


Foto nº 5 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > O Carlos Silva e a esposa (que moram em Massamá) mais o Zé Rodrigues (Belas)


Foto nº 6 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > O indefetível Jorge Ferreira (ao centro) mais a esposa e, à direita, o Paraíso Pinto (se não erro), também ele tabanquero fiel da Linha...


Foto nº 7 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > A Ilda e o Zé Carioca, que raramente falham... Moram em Cascais.


Foto nº 8 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > O José Miguel Louro e a sua companheira (moram em Algueirão)



Foto nº 9 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > O João Rebelo (Lisboa), o Jorge Canhão e um camarada que veio com ele de Setúbal,  o José Silva.


Foto nº 10 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > Também nunca falham, Manuel Macias (Linda-A-Velha) e Luís Paulino (Algés)... os dois da ponta, o camarada do meio e o Jorge Rochá. 


Foto nº 11 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > Carlos Silvério (Lourinhã), Jorge Pinto (Sintra) e José Miguel Louro (Algueirão)


Foto nº 13 > Magnífica Tabanca da Linha > 54º almoço-convívio > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 22 de fevereiro de 2024 > O Raul Folques /Muratl/ Parede), à nossa direita... Os outros camaradas José Augusto Oliveira (Linda-A-Velha) e  Ernesto Baptista  (Sintra) 

Fotos: © Manuel Resende (2024). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Jà não ia a um convívio da Tabanca da Linha há uns largos meses... Daí me escaparem alguns nomes nas legendas das fotos que agora se publicam (I Parte) (Já os recuperei com a ajuda do Manuel Resende)... 

Confesso que gostei de rever a malta... Éramos para aí uns 70... Estou, estamos mais velhos... e alguns mais vezes a caminho dos médicos e do hospital... Mas o espírito de corpo (mais do que o espírito e o corpo, em separado) continua "fixe"... Sã convívio, tolerância, amizade, camaradagem, descontração, vontade de (con)viver... Sim, tolerância, respeito mútuo...Cabemos lá todos com tudo o os que une e até com aquilo que nos pode separar... 

São duas horas e meia que valem "ouro, incenso e mirra"... Fica aqui um primeiro apontamento do 54º almoço-convívio dos "magníficos". 

No pouco tempo dos aperitivos (meia hora, de pé, antes da malta se sentar à mesa-redonda), dá para pôr a conversa em dia, tirar dúvidas, contar estórias, fazer pedidos e sugestões para o blogue... 

Mesmo com um minuto para cada um (além do pastel de bacalhau e do copo de branco...), consegui falar com o Raul Folques, o Jorge Ferreira, o Domingos Robalo, o Francisco H. Silva, o Jorge Pinto, o João Martins, o Humberto Reis, o António F. Marques, o António Figuinha, o Augusto Silva Santos, o Carlos Silva, etc., e, depois, mais folgadamemte, com os camaradas que ficaram na minha mesa. 

Senhoras, eram poucas desta vez (quatro).

Palmas, isso sim, para o magnífico régulo, o Manuel Resende, que com o seu ar discreto mas sempre com grande  eficiência ( e com o apoio da gerência do restaurante "Caravela de Ouro",  o Lopes, que também foi comando em Angola,,,) "monta e desmonta este bivaque": é ele que organiza estes almoços-convívios numa magnífica sala (privativa...) com vista privilegiada para Pedrouços  e o estuário do Tejo, trata da ementa, discute o preço, anuncia e divulga o evento no Facebook, faz a lista dos inscritos, recebe a massa, tira as fotos... e duvido que, por fim, chegue a almoçar!... 

É duma dedicação extraordinária à Tabanca da Linha e aos seus magníficos tabanqueiros... 

Pela lista que a seguir se publica, o raio de ação da Tabanca da Linha tem-se vindo a alargar umas léguas, desta já vai da Lourinhã (Luís Graça e Carlos Silvério) a Setúbal, passando por Montejunto (Cadaval) (Joaquim Pinto Carvalho, com quem mal falei!)... 

Não digam, pois, que os "meninos da Linha" são elitistas... Para a próxima, está convidada mais tropa e até já temos um "nova-iorquino" inscrito como membro da Tabanca da Linha, o João Crisóstomo!...

PS - Obrigado ao Carlos Silvério e à minha prima Zita pela boleia que me deram até Alfragide, no regresso a casa... s vezes também moro por estas bandas, mas oficialmente estou na Lourinhã, onde faço ginástica com PT.)


(Continua)

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Nota do editor;

Último poste da série > 19 de fevereiro de 2024 > 
Guiné 61/74 - P25187: Convívios (978): 54º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha, Restaurante Caravela de Ouro, Algés, 5ª feira, 22 de fevereiro de 2024... Últimas inscrições até às 12h00 de 3ª feira

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25087: S(C)em Comentários (26): Os últimos anos do Amadu Djaló foram de amargura e arrependimento? (António Graça de Abreu / Joaquim Luís Fernandes / Cherno Baldé / João Crisóstomo)


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > O autor, em Bafatá, sua terra natal, por volta de meados de 1966. (Foto reproduzida no seu livro de memórias, na pág. 149).


1. Estamos quase a acabar a publicação das memórias do Amadu Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015)... Sem nos queremos antecipar ao que nos falta ler, e perceber melhor o fim da sua hstória de vida como militar e como homem, aqui ficam as últimas três ou quatro linhas com que encerra o livro, "
 Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, + fotos, edição esgotada).

(...) "Deixámos o passado para trás. Por quê o ódio? E a vingança? Qual é o destino da vingança? É a guerra! Qual o destino final da guerra? Estropiados, sangue, lágrimas, pobreza, suor, trabalho.

Vai demorar muitos anos para acabar com a pobreza." (...)


Entretanto, fizemos uma seleção de comentários ao Poste P25009 (*), em que o Cherno Baldé escreveu: "os últimos anos do Amad Djaló (...) devem ter sido de uma grande amargura e de arrependimento", afirmação que deu origem a vários comentários, de que aqui vai uma seleção (**). Falta-nos o testemunho fundamental do seu editor literário, camarada e amigo, o nosso coeditor jubilado Virgínio Briote:

(i) António Gaça de Abreu:

Conheci o Amadu Djaló, aqui em Lisboa, pouco antes dele partir, na viagem definitiva, e não me pareceu ser uma pessoa marcada por grande amargura e arrependimento, coisas que também não transparecem nos seus textos que o Virginio Briote alinhou.

Não estará aqui o Cherno Baldé a dar uma no cravo e outra na ferradura?

Abraço | António Graça de Abreu | 28 de dezembro de 2023 às 22:38



(i) Joaquim Luis Fernandes:

Este comentário, do respeitável amigo Cherno Baldé, não é de fácil compreensão.

Que havia oficiais, alguns superiores, que deixavam muito a desejar, no seu caráter humanista e de militares exemplares, nada a dizer! Até eu, disso me apercebi, infelizmente.

Que os Soldados Comandos da Guiné eram homens destemidos, leais e valorosos, ao serviço do exército português na Guiné, com várias motivações para se alistarem no BCMD da Guiné, é um facto bem evidenciado.

Agora dizer, que ficariam melhor ao lado do PAIGC, por troca com os guerrilheiros do PAIGC, que atentaram contra a vida de Amílcar Cabral... não entendo!

O que tinham de comum, com o exército português, Inocêncio Kanie e os seus companheiros, que vindos da base naval no Mar Negro, da antiga União Soviética, e regressados a Conákri se encontraram com Momo Turé e outros seus camaradas, para se constituirem como grupo conspirador?

29 de dezembro de 2023 às 11:32



(iii) Cherno Baldé:

Caros amigos,

Vocês, na qualidade de antigos combatentes, veteranos, que sentiram no coração, na carne e no osso as agruras da guerra da Guiné, estão melhor colocados para ajuizar dos desabafos e sentimentos de um ex-colega embora esteja convencido que poucos pudessem estar na sua pele de ex-soldado 'comando', a quem podiam atirar em zonas quase desconhecidas e de perigo extremo como o aqui relatado caso da Caboiana onde até os bravos comandos não estiveram à altura de cumprir com o seu lema sagrado de " nunca deixar ninguém para trás". Muito triste.

Também, parece que a política de reformas no caso dos militares na Guiné contrasta com a portuguesa, pois o mais frequente é promoverem o candidato a um escalão superior de forma a atenuar as condições de vida, embora saibamos que não há termos de comparação entre os dois países, mas pelo menos o tratamento parece mais humano e aceitável.

Em 1998, durante a guerra civil em Bissau, desloquei-me à cidade fronteiriça de Kolda em visita familiar e, ao constatar as deploráveis condições sócio-económicas em que viviam, sem luz, sem água, eu disse-lhes: "Vocês têm todo interesse em se juntarem aos rebeldes da MDFC". 

No dia seguinte agradeceram-me educadamente e pediram-me para regressar ao meu país, o que fiz sem hesitar, mas sem quaisquer remorsos.

Cordialmente | Cherno Baldé | 29 de dezembro de 2023 às 12:16



(iv) Joaquim Luis Fernandes

Caro amigo Cherno, acredita que aceito e compreendo o teu desabafo! É um facto que nem sempre as chefias do exército português respeitaram e protegeram os seus soldados, e de forma mais evidente. os oriundos do território guineense.

Nem todos honraram a farda que envergavam e a bandeira que juraram defender. Tal como no PAIGC havia traidores à causa que defendiam, também os havia infiltrados nas Forças Armadas Portuguesas na Guiné. A forma como se abandonaram os seus soldados guineenses, diz muito dessa atitude de desrespeito e mesmo de traição.

Para ti, a tua família e os amigos da Guiné-Bissau, faço votos de um novo ano de 2024, com boa saúde, paz e prosperidade.

Abraços fraternos | JLFernandes | 30 de dezembro de 2023 às 22:47



(v) João Crisóstomo:

Nova iorque, às 04.58 da manhã do dia 17 de Janeiro de 2024.

Ler os comentários de posts é uma das coisas que gosto de fazer, pois eles de alguma maneira nos transmitem os sentimentos muito pessoais de quem os escreve.

Estes e outros comentários deixam-me triste pela amargura e sofrimento evidentes em muitos de nós ainda hoje existentes passados 50 anos.

Não sei o que dizer para tentar "suavizar" os corações e mentes de quem escreve estas palavras. É que também eu choro quando me lembro do muito que se sofreu , especialmente daqueles que dum lado ou outro acreditavam que deviam lutar, prontos a dar a sua vida por aquilo em que acreditavam, incluindo a amizade que unia muitos de nós. Dum modo especial os que o sofreram em circunstancias trágicas, fora e longe de momentos de luta armada , mas barbaramente mortos em momentos fora de combate, como sucedia por vezes durante os muitos anos que a luta durou, especialmente em situações de vinganças e represálias.

É com respeito e dor que vivo também estes momentos de dor e me associo a todos os que escrevendo e lembrando, como estou fazendo agora, estejam aida hoje à procura de paz.
"Estou convosco" é tudo que posso dizer.

João Crisóstomo | 17 de janeiro de 2024 às 10:02

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Notas do editor LG:

(*) Vd. poste de 28 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P25009: S(C)em Comentários (24): Os últimos anos do Amadu Djaló (1940-2015) devem ter sido de uma grande amargura e de arrependimento (Cherno Baldé, Bissau)

(**) Último poste da série > 17 de janeiro de 2024 > Guné 61/74 - P25078: S(C)em Comentáios (25): Salvemos a nossa correspondência de guerra, e nomeadamente os aerogramas que escrevemos (amarelos) e que recebemos (azuis)

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24983: Tabanca da Diáspora Lusófona (21): Visitando velhos amigos e camaradas... em Portugal (João Crisóstomo, Nova Iorque)

1. Regressou ontem a casa, em Queens, Nova Iorque, o nosso amigo e camarada João Crisóstomo, depois de receber no passado dia 11, em Lisboa,  o Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo") (Foto à esquerda). 

Por razões de agenda, ficou por publicar uma sua mensagem, datada  de  domingo, 3/12/2023, 20:44.  Fazèmo-lo agora,  com o nosso pedido de desculpas pelo atraso. Mas o seu interesse e atualiddae mantêm-se.
 

Caro Luís Graca,

Desculpa o meu longo silêncio. Às vezes não dá para melhor! Mas aqui estou.

Por razões várias , umas que de longa data têm esperado concretização e outras inesperadas que não aceitam adiamentos, estou em Portugal. E também por razões que não dependem de nós, eu e a Vilma viemos e vamos voltar para Nova Iorque em datas diferentes. Ela só chega no dia 6 e volta a 18. Eu já estou aqui desde o dia 27 de Novembro e vou voltar a Nova Iorque em 20 de Dezembro. Ainda vamos a tempo de fazer algo para celebrar o Natal com os nossos queridos, mas as decorações e luzes na frente da nossa casa que costumam ser parte desta época natalícia vão ficar esperando para o próximo ano.

O muito que tencionava fazer obrigava-me a vir mais cedo, mas desta vez os ventos estavam a favor e inesperadamente acabei por resolver vários assuntos muito mais depressa do que antevia. Como resultado reorganizei a minha agenda de modo a poder ver familiares e amigos que, pensava eu, não ia ter tempo de ver. Dentre destes alguns camaradas da Guiné.

E assim:
a 29 de Novembro: tive a oportunidade de ver um camarada que esteve na Guiné na mesma altura que eu, o Germano Estêvão, da CCAÇ 1549, BCAÇ 1888, ainda meu primo. Recorda-se bem que nos encontrámos uma vez em Tite, facto que eu tinha esquecido mas de que depois me lembrei. Estava festejando o seu aniversário de casamento com a sua esposa Etelvina. Eu sabia disso e já tinha telefonado e convidado a aparecer um outro camarada nosso, o furriel Peixeira que na Guiné foi comandante do Germano e que tu conheces bem por muitos motivos. 

Como não podia deixar de ser as Guinés, de antes e de agora, estiveram presentes pois o Peixeira logo apresentou um calhamaço de fotos e outros documentos , incluindo uma 
Petição à Presidência da Assembleia da República para a qual ele está angariando assinaturas.

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Na 1ª foto do lado direito: eu, o Germano e a senhora Etelvina,  sua esposa. No lado esquerdo o Peixeira e sua esposa. Na 2ª foto, um excerto da recolha de assinaturas de antigos combatentes, que está a efectuar o Joaquim Peixeira, para efeitos de petição à Assembleia da República.



No dia seguinte,  30 de Novembro,     fui a Leiria com o fim de ver o meu muito querido António Rodrigues, de quem também te deves lembrar pois estivemos juntos em vários "encontros das famílias Crisóstomo e Crispim”,   encontros em que eu incluia os meus amigos e camaradas da Guiné.

A sete de Maio passado o António ao sair de casa caiu e bateu com a cabeça num muro. E tem estado desde então num estado de coma quase total, primeiro em hospitais e agora numa casa “Lar para idosos “, a ADESBA , na Barreira de Leiria. 

 Fui-o ver, acompanhado de dois familiares que o visitam todos os dias mas não sabemos sequer ao certo se ele dá pela presença de alguém. É de partir o coração, mas a idade e a vida por vezes obriga-nos a ter de aceitar tanta coisa que nem dá para compreender.~

O tempo permitiu-me ainda uma outra visita, esta muito diferente da primeira: cumprindo a minha promessa que faço a muita gente por telefone.  especialmente pela época de Natal de, "se um dia ocasião propícia aparecer vou-te visitar”, eu fui ver um camarada, condutor, que pertencia à minha companhia CCAÇ  1439. É o António Agostinho  (comigo na foto a seguir) a quem chamávamos "o Marrazes” , nome da terra onde vive e onde eu o fui agora visitar.


Eu e o António Agostinho (o "Marrazes")



Apesar das minhas repetidas “promessas", parece que ele nunca acreditou que alguém aparecesse mesmo para o ver. . Assim me pareceu pelo abraço que me deu. "Não podes imaginar, repetia ele, a alegria que me deste.” Se assim foi, valeu a pena, pois por minha parte o rever e em boa saúde um camarada que não via há muitos anos foi satisfação grande também.

Dia 2 de Dezembro. Depois dum almoço no "Restaurante Braga”,   no Vimeiro, Lourinhã,  com a São, esposa do nosso saudoso Eduardo Jorge Ferreira, o Rui Chamusco e alguns seus familiares que o vieram visitar, sobrou-me tempo para o que bem entendesse. 

Depois de ver um sobrinho meu lembrei-me dum outro camarada da Guiné com quem andei na escola primária e que esteve na Guiné ao mesmo tempo que eu. Vi-o a última vez há mais de sete anos, em Abril de 2016, mas não me lembrava já onde ele morava, pelo que perguntei ao Germano, o meu primo de quem falei atrás se ele sabia e me podia ajudar. E lá fomos para o encontramos, muito cabisbaixo, sentado num banco ouvindo rádio. Estranhei que não nos ligasse muito, para logo nos dizer que estava só e muito triste pois que sua esposa estava num lar, sem grandes esperanças de a poder ver de novo na sua casa.


   

Eu e o Jaime Moreira


A Guiné e suas recordações foram o auxílio que ele precisava para se reanimar. Chama-se Jaime Moreira. Quando éramos garotos ele era o “Jaime dos aeroplanos”, mas eu nunca soube a razão de “aeroplanos”. Pertencia à CCAÇ 1417, BCAÇ  1856. Para logo me perguntar se eu conhecia o Alferes Ceril (?) e o capitão Aranha Gonçalves. Respondi que não, mas isso não foi razão para ele parar de lembrar bons e maus bocados, que lá passou. 

Lembrava bem Bafatá e Nova Lamego onde ia e passou muito tempo, graças, explicava ele , à situação de alguma maneira privilegiada da sua companhia , mercê dos conhecimentos e protecção de alguém bem relacionado junto do General Schultz. 

Mas lembrava também Madina do Boé e os maus bocados e aflições que aí passou; assim como uma grande operação em que tomou parte e em que o transporte/ passagem do Corubal de todo o material de todas as categorias levou quase três dias, durante os quais passou as ruas da amargura, enquanto o oficial que comandava/dirigia essa operação de passagem do Corubal o fazia sempre duma avioneta... .


O meu primo Germano, à esquerda


A esta altura o nosso camarada Jaime, que foi também meu colega de escola primária, já não era o mesmo homem que nos tinha recebido. Falava pelos cotovelos e queria e insistia em contar mais coisas que lembrava bem. E quando estávamos a partir ele disse ao Germano que o queria ver mais vezes para não se sentir tão sozinho. O Germano disse-me então que apesar de saber notícias dele e onde ele morava etc, realmente desde há muitos anos nunca mais o tinha visto talvez desde que saiu da tropa .

Oxalá este encontro e possivelmente outros, que fazem renascer velhos conhecimentos e amizades continuem ajudando a quem de companhia e contactos mais frequentes necessitam.


3 de Dezembro. É dia de aniversário do Manuel Leitão , o nosso querido “Mafra”. Também a ele eu tinha prometido fazer o possível para lhe ir dar um abraço. Aniversário de nascimento é só uma vez ao ano… Mas desta vez havia razão especial : a sua esposa Felismina já se encontrava em casa depois de longa e preocupante estadia no hospital.

Se o 80º aniversário do Mafra já era motivo de muita alegria , o facto de terem de volta a esposa e mãe multiplicou mil vezes essa satisfação. Mesmo sem grandes manifestações, eu imaginava o que o Mafra e os filhos estavam sentindo. Senti-me muito muito feliz por me terem deixado ser parte desta celebração e de momentos de tanta felicidade para todos eles.


Eu, o Manuel Calhandra  Leitão (o "Mafra") e a esposa, em dia de aniversário


Fotos (e legendas);  © João Crisóstomo (2023). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Já regressei a casa. Ainda queria ir visitar a Aranha Antunes, em Santa Cruz, mas senti-me cansado e a idade começa a ser mais forte toque as intenções.

Com muita antecipação de vos poder ver em breve, para ti e para a tua querida Alice um abraço grande.

E como costumas publicar os E mails que te envio em que falo dos nossos camaradas da Guiné, aproveito para, de coração desejar a todos os meus amigos/camaradas da Guiné, especialmente aos extraordinários voluntários teus ajudantes editores Carlos Vinhal, Eduardo Magalhães Ribeiro e Jorge Araújo que contigo conservam e alimentam a chama do nosso blog, uma época festiva tão boa como cada um possa desejar para si mesmo e os seus queridos.


João Crisóstomo

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24954: S(C)em Comentários (23): João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo")




Lisboa > Fundação Calouste Gulbenkian > 11 de dezembro de 2023 > João Crisóstom,o, vencedor do Prémio Tàgides 2023, na categoria "Portugal no Mundo", uma iniciativa da All4Integrity-

Fotos: Cortesia da página do Facebook de Cristina Crisóstomo


1. Comentários recentes (*) sobre o tema, de alguns dos nossos camaradas... Os demais leitores podem também pronunciar-se (**)

(i) Eduardo Estrela  (Faro):

Houve portugueses da história recente deste país que amamos, que desobedeceram a César por amor de Deus e da humanidade. Aristides de Sousa Mendes e o general Vassalo e Silva são exemplos de homens capazes de afrontar o mal oriundo de mentes agrilhoadas e obscuras.

Bem hajam os que continuam a lembrar a integridade humana e intelectual desses homens, como é o caso do João Crisóstomo no que a Aristides de Sousa Mendes diz respeito.

A humanidade continua, cada vez mais, a precisar de vultos que se revoltem contra os poderes instituídos que espezinham, destroem, matam e reduzem a cinzas em nome de nada, os que somente aspiram a uma vida melhor. (...)
 
4 de dezembro de 2023 às 14:14 

(ii) Valdemar Queiroz (Cacém / Sintra): 

O nosso camarada da guerra na Guiné tem várias vezes me telefonado e enviado e-mails para saber como eu tenho passado da minha doença, e com o desejo de me visitar quando viesse a Portugal. Eu fico sempre muito sensibilizado com as suas preocupações, por não nos conhecermos de lado nenhum.
No último e-mail escrevi-lhe como o reconhecia, assim:

"João Crisóstomo a tua vontade de ajudar as pessoas é por seres um homem bom com sentimentos muito elevados. Tens-te como possuído por sentimentos religiosos 'amai-vos uns aos outros' para sentires essa vontade de ajudar os outros, que assim seja, não vejo a religião para outra coisa." (...)

 4 de dezembro de 2023 às 16:53 

(iii) José Câmara (Soughton, MA, EUA):

Confesso que gosto do João, da sua atitute. O telefone é a sua G3 na comunicação com os amigos. Aqui e ali, muito mais graças a ele, comunicamos. Para ele o mundo não tem fronteiras. Bem hajas João!
Abraço transatlântico.

11 de dezembro de 2023 às 01:08 

(iv) Luís Graça (Lourinhã):

João, tu mereces. Tu, o António Rodrigues e tantos outros luso-americanos que nunca esqueceram a terra que vos viu nascer.

Por certo que o júri (constituído por por personalidades que venceram o prémio nas duas edições anteriores) ficou impressionado não só com a competência, o empenhamento e a determinação que tens posto na defesa destas nobres causas, como também com a tua capacidade de mobilização e trabalho de equipa... Isto é liderança... Nada se faz sozinho, ninguém é herói solitário.

Fíco contente também por ti e pelos Crisóstomos & Crispins que te inspiram, e te deram exemplos e valores...

Afinal, quem disse que ninguém é profeta na sua terra ? Claro que Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, não tem a mesma visibilidade de Queens, Nova Iorque...

12 de dezembro de 2023 às 08:32 

(v) António Carvalho (Carvalho de Mamaptá) (Medas / Gondomar):

Tenho muito orgulho em saber que tenho entre os camaradas da Tabanca Grande e combatente da guerra da Guiné um camarada com estes grandes méritos aqui referidos, entre outros que também terá. Parabéns, Crisóstomo, pelo que tens feito de extraordinário, nomeadamente pela causa das Gravuras do Coa e pela reabilitação e nobilitação da memória de Aristides de Sousa Mendes. (...)

12 de dezembro de 2023 às 11:12

(vi) Hélder Sousa (Setúbal): 

Caros amigos: Todas as palavras elogiosas do João Crisóstomo e das suas obras não são demais. É com grande satisfação (e orgulho "por conta") que lhe reservo toda a consideração e estima.
É verdadeiramente um "bom homem" e um "homem bom". (...)


(vii) Manuel Luís Lomba (Barcelos):

Felicitações ao João Crisóstomo, por mais esta distinção. Grande honra nossa de ter e privar com camarada desta dimensão.(...)

13 de dezembro de 2023 às 10:31 

(viii) Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos):

Ter alguém como o João Crisóstomo, que faz o favor de ser nosso amigo, é um privilégio.

Caro João, um abraço e votos de muitas felicidades.

13 de dezembro de 2023 às 18:49 

(ix) Joaquim Luis Fernandes (Leiria):

Bem merecido o prémio Tágides 2023, a João Crisóstomo!

Parabéns e muitas felicidades. (...)

13 de dezembro de 2023 às 19:47 

___________

Notas do editor LG:

(*) Vd. postes de 

13 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24947: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - II (e última) Parte

12 de dezembro de 2023: Guiné 61/74 - P24945: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - Parte I

4 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24915: (In)citações (261): João Crisóstomo, já que chegaste a finalista do Prémio Tágides (edição 2023), na categoria "Iniciativa Portugal no Mundo", esperamos que no dia 11 deste mês, na cerimónia de revelação dos vencedores, os nossos bons irãs estejam contigo e com as causas que tens defendido, com o empenho e a competência também de muita outra gente da diáspora lusófona e de outros cidadãos do mundo

(**) Último poste da série > 13  de dezmbro de 2023 > Guiné 61/74 - P24948: S(C)em comentários (22): Caçadores de Angola...

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24947: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - II (e última) Parte

 

O "Senhor Timor"...  João Crisóstomo, ativista social, cofundador e líder do LAMETA (Luso-American Movement for East- Timor Autodetermination)... Acaba de receber, em Lisboa, no passado dia 11, o Prémio Tágides 2023... Afinal, quem disse que ninguém é profeta na sua terra ? Ele trocou o rincão natal, Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras pela megalópole de Nova Iorque, em 1975...

Foto: João Crisóstomo, Porto das Barcas, Atalaia, Lourinhã, 1 de julho de 2017. Fotografado por Luís Graça.

Prémio Tágides (2023)


Num total de 171 candidatos, João Crisóstomo foi nomeado para a categoria "Portugal no Mundo" (inaugurada nesta 3ª edição, teve 3 fases de seleção, 14 candidatos, três finalistas, 
e o júri foi presidido por Isabel Mota). 

O prémio Tágides, criado em 2021, “pretende identificar, reconhecer, celebrar e premiar projetos, iniciativas ou trabalhos de pessoas que se destaquem na luta contra a corrupção e na promoção da integridade em Portugal”.

A candidatura de João Crisóstomo  foi apresentada por amigos e admiradores luso-americanos. Dos elementos que chegaram às nossas mãos, selecionámos este material informativo com dados biográficos e um resumo das actividades que o nosso camarada tem desenvolvido nos últimos três decénios na defesa de causas nobres, relevantes para Portugal e os portugueses no mundo. Esta é a segunda e última parte (*)

O nosso amigo e camarada João Crisóstomo é membro da nossa Tabanca Grande desde 26 de julho de 2010, sentando-se à sombra do nosso poilão sob o nº 432 (somos já 881, entre vivos e mortos);  tem 212 referências no nosso blogue; é o régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona;  foi  alf mil inf, CCAÇ CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67); vive em Queens, Nova Iorque,  desde 1975, mas vem cá com frequência, ao  seu querido Portugal.  


(...) 3. TIMOR-LESTE – 1998 (vd. Doc 3, 4, 5, 6, 7)

 

 Nos anos 1990, quando nem a política externa portuguesa nem a americana incluiam na sua agenda a independência de Timor Leste, João Crisóstomo e um grupo de amigos criou em 1998, em Nova Iorque, a associação LAMETA (Luso-American Movement for East- Timorese Autodetermination), através da qual apoiou pessoalmente nacionalistas timorenses que visitavam os Estados Unidos e promoveu acções de apoio à independência timorense junto de meios de comunicação social (NY Times, CNN e outros) e de órgãos do poder politico americanos. 

Entre outras iniciativas, organizou uma manifestação pró- independência em frente ao consulado indonésio em Nova Iorque (1999) e, com o apoio de associações luso- americanas e particulares, canalizou uma sucessão de donativos – a aproximar-se dos $200.000 dólares - para associações que no terreno timorense respondiam aos problemas sociais do território que se iria (re)tornar independente em 20 de Maio de 2002.

Graças a diligências suas e de figuras políticas contactadas, o Senado americano aprovou a Resolução 237 de 22 de Maio de 1998 apoiando a realização de um referendo em Timor-Leste. A resolução foi apresentada pelos senadores Feingold, Reed, Moynihan, Kohl, Kennedy, Harkin, e Wellstone.

Descendo a pequenos pormenores, numa altura em que pouco existia em Timor-Leste, e dada a sua proximidade com a causa timorense, chamou a si a tarefa de comprar uns óculos de que urgentemente precisava Taur Matan Ruak, então ligado ao comando da guerrilha nacionalista timorenses e futuro presidente de Timor Leste independente (2012-1017) e primeiro-ministro (2018- 2023). Os óculos, no valor de algumas centenas de dólares, foram comprados numa loja propriedade de Peter Pantoliano, situada na convergência da Niagara St. com a Ferry St. em Newark, NJ.


4. DIA DA CONSCIÊNCIA – 2004, 17 DE JUNHO (Vd. Doc 10)

 

 Desde 2004, tem estado empenhado na declaração mundial do dia 17 de junho como DIA DA CONSCIENCIA

O dia 17 de Junho de 1940 foi a data em que, contrariando as ordens de Lisboa mas obedecendo à sua consciência, Aristides de Sousa Mendes começou a conceder vistos em massa a judeus e a outros refugiados da Segunda Grande Guerra.

O Dia 17 de Junho de 2004 e o “Acto de Consciência” de Aristides de Sousa Mendes de 1940 foram celebrados nesse ano com cerca de oitenta acontecimentos por todo o mundo, com destaque para 34 Missas celebradas com a maior solenidade em 21 países. 

Esta data continuou a ser celebrada nos anos seguintes, alguns deles com grande notoriedade. Em 2010 registaram-se vários acontecimentos e entre eles uma concelebração de quatro cardeais em Roma, que mereceu devida cobertura pela Agência Zenit: “Tribute paid to those who followed conscience”, Rome June 18, 2010 ( Zenit.org).

Semelhantes acontecimentos ocorreram em outros países e no Parlamento do Canadá houve uma moção introduzida pelo legislador luso-americano Mario Silva,  “encouraging all parliamentarians to recognize this devotion to conscience by supporting my notion designate June 17 each year a day of conscience, consistent with the international efforts of João Crisóstomo”.

Na Audiência Geral de 17 de Junho de 2020 o Papa Francisco lembrou o dia: 

“Today is the Day of Conscience, inspired by the witness of the Portuguese diplomat Aristides Sousa Mendes, who around 80 years ago decided to follow his conscience and saved the lives of thousands of Jews and other persecuted people. May freedom of conscience be respected and always and everywhere and may every Christian give the example of the consistency of an upright conscience enlightened by the Word of God”.

Em 2019, a Assembleia Geral da ONU declarou 5 de Abril Dia da Consciência – sem qualquer relação com as acções de Sousa Mendes - decorrendo neste momento diligências para conciliar as datas.


5. ENCERRAMENTO DE CONSULADOS PORTUGUESES -  2006

   Quando em 2006, o governo português decidiu encerrar o Consulado Geral de Portugal em Nova Iorque no âmbito de um programa de reorganização consular que queria implementar em todo o mundo, a acção foi vivamente contestada pela população luso-americana que o consulado servia. 

João Crisóstomo assumiu a liderança do movimento de contestação que, entre outras medidas, incluiu uma manifestação em Mineola, NY, em Janeiro de 2007. 

O Consulado Geral, que contava 45.000 inscritos, acabou por ser transformado num escritório consular e, mais tarde restituido ao seu estatuto anterior. Hoje é chefiado por uma diplomata do quadro a tempo inteiro.


6. LUSO-AMERICANO REFÉM DAS FARC NA COLÔMBIA  - 2008 (Vd. Doc 9)


Em Abril de 2008, as comunidades portuguesas dos Estados Unidos viviam com alguma ansiedade a sorte do luso-americano Marc Gonsalves, desde Fevereiro de 2003 refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). 

Aproveitando-se da visita que o primeiro-ministro português José Sócrates iria efectuar à Venezuela, João Crisóstomo lançou uma accão de mobilização das associações portuguesas, 33 das quais escreveram uma carta ao primeiro-ministro pedindo-lhe diligências a favor do refém luso-americano junto do líder venezuelano, que mantinha bom relacionamento com as FARC. 

“Estas associações de 6 estados norte-americanos, representando milhares de portugueses e luso-americanos, deram o seu apoio imediato a esta diligência que surgiu nos meios associativos portugueses de Newark, NJ, e que eu me limitei a coordenar em obediência a imperativos de consciência, por dever de solidariedade humana e por não desconhecer - como antigo combatente na Guiné - o que serão para um dos nossos - Marc Gonsalves - os horrores do isolamento e as tensões de um clima de guerra” – escreveu João Crisóstomo na carta que endereçou ao primeiro-ministro português.

 Marc Gonsalves e outros reféns foram libertados em 2 de Julho de 2008 na sequência de uma operação das forças militares colombianas sem que fosse necessária a pressão do primeiro-ministro português.


7. UMA ESCOLA CONSTRUÍDA NAS MONTANHAS DE TIMOR-LESTE CO-FINANCIADA E COM PROFESSOR – 2017-2018 (Vd. Doc. 11)


Em Setembro de 2016, João Crisóstomo avistou-se em Nova Iorque com o primeiro-ministro de Timor-Leste Rui Maria Araújo mostrando-lhe documentalmente o que as comunidades luso-americanas tinham feito, quase anonimamente, pela independência de Timor-Leste. 

O chefe do governo timorense confessou que também desconhecia esse esforço, mas encorajou o activista a colocar em livro essa longa jornada que ele dirigira ou encorajara nos anos dificeis que precederam a independência. 

O livro foi impresso em 2017 (“LAMETA, o Desconhecido Contributo das Comunidades Luso- Americanas para a independência de timor-Leste”) e o primeiro-ministro quis que João Crisóstomo o fosse lançar a Dili.

De passagem por Lisboa a caminho de Dili teve oportunidade de conhecer em Portugal o professor Rui Chamusco, natural do Sabugal e ex-professor na Lourinhã, com alguns largos meses passados em Timor-Leste. 

Foi o professor Chamusco que lhe falou dum projecto duma escola nas longínquas montanhas de Liquiçã em cuja construção estavam também dispostos a dar o seu melhor o casal timorense Gloria e Gaspar Sobral.

Conta João Crisóstomo: 

“Quando cheguei a Timor Leste procurei e encontrei o João Moniz (Eustáquio), irmão do Gaspar, que me levou às montanhas de Manati-Boibau, província de Liquiça, onde me aventurei para conhecer o local onde encontrei centenas de "crianças esquecidas" e deparei nesse local com as necessidades e o muito interesse das gentes nas montanhas de Boebau pela construção duma escola. No mesmo momento eu e minha esposa Vilma que tinha vindo connosco a estas montanhas, resolvemos dar um contributo para este projecto para que ele começasse imediatamente e dei conta desta decisão ao Rui Chamusco.”

O resultado foi que passadas duas semanas o local, sob a supervisão do Eustáquio, era já um fervilhar de actividades. A construção da escola tinha começado a todo o vapor.

Em princípios de 2018 a escola era uma realidade. Foi inaugurada no dia 19 de Março com a presença do Embaixador José Pedro Machado Vieira ; Mons Mario Codamo representante do Vaticano em Dili; Dr. Rui Acácio, director da escola portuguesa de Dili e outros que demostrando vontade e inspiradora coragem enfrentaram os difíceis acessos ao local para aí estarem presentes nesse dia.

Apesar de solicitadas, as autoridades portuguesas não dedicaram interesse a este projecto concretizado e os promotores da escola são também os responsáveis financeiros pelo salário do professor, para o qual construiram também uma residência.

A escola é um edifício simples que consta de 3 salas possibilitando o atendimento a 60 crianças, em dois turnos, 30 de manhã e 30 de tarde. A escola mais próxima fica de duas a três horas a pé, para cada lado, e o acesso é por trilhos. Mesmo assim, esta já não pode receber mais crianças do que as que já tem, por falta de condições. 

Estas escolas também ajudarão a dar futuro à língua portuguesa em Timor-Leste ensinando-a aos mais jovens (45% da população timorense tem menos de 50 anos de idade), muito pressionados a trocarem-na pela língua inglesa do seu poderoso vizinho Austrália.

Como acontece tantas vezes na vida das pessoas, João Crisóstomo tem lançado e lutado por estas e por outras causas por imposição da sua consciência cívica e cristã e nunca reivindicou créditos.

Como o seu herói Sousa Mendes, basta-lhe o aplauso da sua consciência.


Anexos:


Doc 3 - Recorte do "Luso-Americano", 10 de setembro de 1999



Doc 4 - Recorte do "Luso-Americano", 23/2/2000



Doc 5 -Recorte de "Luso-Americano", 8/5/2002



Doc 6 - Recorte de "Luso-Amerciano", 12/11/1999



Doc 7 - Recorte de "Luso-Americano", 2/2/2009




Doc 9 -  Recorte do "Luso-Americano", 9 de abril de 2008: Solidariedade com Marc Gonsalves


Doc 10 - Recorte da agência "Lusa", 16/6/2021: Entrevista a João Crisóstomo sobre o Dia da Consciência


Doc 11 - Recorte de "Comunidades", 28 de fevereiro de 2018

(Adaptação, revisão, fixação de texto, links, fotos no texto, negritos: LG)

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Nota do editor LG:

(*) Poste anterior: 

12 de dezembro de 2023: Guiné 61/74 - P24945: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - Parte I