Mostrar mensagens com a etiqueta Joaquim Peixoto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Joaquim Peixoto. Mostrar todas as mensagens

sábado, 10 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22357: (In)citações (189): Palavras que ficaram por ser ditas no convívio da Quinta da Senhora da Graça, de 30/5/2021... Os amigos não morrem (Margarida Peixoto)

1. Mensagem da nossa amiga, membro da Tabanca Grande, Margarida Peixoto, companheira do nosso saudoso Joaquim Peixoto (1949-2018), enviada no dia em que ele faria 72 se fosse vivo:

Foto à esquerda: Joaquim e Margarida (Monte Real, 2010).
Foto de Manuel Carmelita / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
 
Date: sexta, 9/07/2021 à(s) 21:21
Subject: Convívio Quinta Senhora da Graça. 

Olá Luís.

Conforme o combinado, aqui envio as palavras que tinha escrito para ler, no dia do encontro em Maio na Quinta Senhora da Graça.


Hoje o dia está carregado de emoções!

Todos acabamos por crescer e perder aquela sagaz visão do Mundo.

Vamos perdendo o brilho do olhar e os dias vão correndo nublados, uns iguais aos outros.

Mas estamos aqui, na Quinta senhora da Graça, rodeados de Amigos...e isso desanuvia o dia, dá brilho ao olhar, torna o momento especial e dá esperança.

A  convite da Alice, uma amiga do coração, reuniram- se alguns casais amigos, nesta acolhedora Quinta, para mimar, acarinhar e festejar o Luís Graça.

Foi um gesto de amor e carinho que a Alice encontrou para acariciar e demonstrar o seu amor ao companheiro , da caminhada da vida e reforçar o forte desejo de o ver totalmente recuperado.
A testemunhar esse lindo episódio, estiveram os referidos casais, para em uníssono formularem os mesmos votos.

Alice e Luís Graça, continuem a lutar de mãos dadas, para que possam receber os presentes da Vida!

A vossa grande amiga está aqui sem a presença física do marido, mas com o propósito de desejar tudo de bom ao casal Graça e num gesto de carinho dar- vos um abraço... pelos dois (casal Peixoto)!

Margarida Peixoto

Obrigada por fazer parte dos vossos amigos. (**)
Margarida

_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 30 de maio de 2021 > Guiné 61/74 - P22239: Tabancas da Tabanca Grande (5): Convívio de 4 tabancas (Sra da Graça, Matosinhos, Candoz e Atira-te ao Mar) na terra das 3 pontes, Peso da Régua

 (**) Último poste da série >7 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22348: (In)citações (188): Lembrando a nossa CCAÇ 1439 (João Crisóstomo, ex-Alf Mil Inf, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67)

domingo, 5 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19746: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (10): "É com uma tristeza enorme, um vazio inexplicável, que venho comunicar que não estarei presente em Monte Real, no dia 25 de maio" (Margarida Peixoto, viúva do nosso saudoso Joaquim Peixoto, 1949-2018)



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 26 de Junho de 2010 > V Encontro Nacional da Tabanca Grande > Uma foto para a eternidade... Uma foto, muito feliz, do Manuel Carmelita, de Vila do Conde, e grande amigo do casal: o Joaquim e a Margarida Peixoto, o nosso casalinho de professores de Penafiel, apanhados num belíssimo momento de descontração e de ternura... A Margarida integra a nossa Tabanca Grande, desde 30 de desembro de 2011.

Foto: © Manuel Carmelita (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]





Monte Real > XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 5 de maio de 2018 > Da esquerda para a direita, Margarida Peixoto e Giselda Pessoa.

Foto (e legenda): © Miguel Pessoa (2018). Todos os direitos reservados [Edição; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]





1. Resposta da Margarida Peixoto, viúva do nosso saudoso Joaquim Peixoto (1949-2018) [ex-fur mil arm pes inf, MA, CCAÇ 3414 (Sare Bacar e Bafatá, 1971/73); professor primário reformado, vivia em Penafiel] ao nosso convite para estar presente em Monte Real, dia 25 de maio, no XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande:

Data: 5 de maio de 2019, 10:23




Olá, Luís Graça.


Acabei de ler o email referente ao encontro anual em Monte Real e é com uma tristeza enorme, um vazio inexplicável, que venho comunicar que não estarei presente neste encontro. 

As razões são óbvias. Nem sempre a força e o dever se sobrepõem às emoções e saudade... É um encontro muito marcante e com um significado enorme na vida do Carlos. 

Peço que apresente as minhas desculpas ao Carlos Vinhal, ao Mexia e a todos quantos estarão aí e fazem parte dos que recordam com saudade um "camarigo" que os deixou sem aviso prévio. 

Para todos vós um abraço com muito carinho e um pedido de desculpas.


Margarida Peixoto


2. Resposta do editor LG:

Margarida, obrigado pela tua gentil resposta. Hesitei em mandar-te o convite, sabia que não poderias vir, por razões mais fortes que a tua vontade. Foi em Monte Real, o ano passado, que o nosso Joaquim, o teu Carlos, se começou a sentir mal, já com os primeiros sintomas que o levariam rapidamente à doença que o matou.

Mas, por outro lado, eu não tinha o direito de te escamotear ou esconder a notícia do nosso encontro de 2019. Tu e o Carlos serão lembrados por todos nós, no dia 25 de maio, a par do António Sucena Rodrigues, do Carlos Cordeiro, do Gertrudes da Silva, do João Rebola, do João Rocha e do Manuel Carneiro, que também morreram em 2018, sem esquecer o Jorge Rosales, que morreu já este ano. 
O Sucena Rodrigues e o Rosales eram, a par de vocês, "habitués" do nosso Encontro Nacional. O João Rocha e o João Rebola também chegaram a vir a Monte Real.

Recordo aqui que vos conheci, a ti e ao Joaquim, por ocasião do IV Encontro Nacional da Tabanca Grande, na Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria, em 20 de junho de 2009. Por um feliz acaso, apresentei-vos à Alice por que serem da mesma região; vcês, de Penafiel, a Alice, do Marco de Canaveses... Ficámos, para sempre, bons amigos, os dois casais. A partir de 2010, os nossos encontros nacionais passaram a ser sempre em Monte Real, cujas termas e hotel tu já conhecias dos tempos de menina e moça...

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P18994: Convívios (873): Tabanca de Matosinhos, 4ª feira, dia 5, com 35 camaradas e amigos/as: Joaquim Peixoto (1949-2018), presente ! (Parte II)


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > O régulo da Tabanca, Eduardo Moutinho dos Santos, falando do homenageado e da sua história de vida... No final, deixou uma garrafa de aguardente bagaceira, envelhecida, que o Joaquim lhe oferecera em tempos, produto da sua Tabanca de Guilamilo. Pelo Bando do Café Progresso, falaria ainda o José Ferreira e, pela Tabanca Grande, o nosso editor Luís Graça. O Joaquim pertenceu a estas três tertúlias, tendo frequentado ainda a Tabanca dos Melros (Gondomar). Em boa verdade, teríamos que lembrar ainda aqui a Tabanaca de Guilamilo, de que era o régulo, bem como a Tabanca da Sra. da Graça (Santa Marta de Penaguião), onde pontifica a matriarca Luísa Valente Lopes. Sem esquecer a Tabanca de Candoz, onde ele foi, com a Margarida, um ou duas vezes...


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Margarida Peixoto e Luísa Valente Lopes, mulher do nosso poeta e vitivinicultor José Manuel Lopes (Josema), que no final ofereceu um poema seu para a Margarida ler em voz alta: "Recuso dizer uma oração ao deus que te abandonou" (*)...


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >A esposa do Brito da Silva  (ex.fur mil, CCAÇ 3414, Sare Bacar e Bafatá, 1971/73) e a Joaquina Carmelita, esposa do Manuel Carmelita, dois casais muito amigos do casal Peixoto,


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Foto de grupo, da direita para a esquerda, de pé: Maria Alice Carneiro, Maria Cancela, Margarida Peixoto, Luísa Valente Lopes, Manuela Teixeira e a jovem Andreia (que completou 13 anos nesse dia, e a quem todos cantámos os parabéns a você); sentadas, a esposa do Brito da Silva e a Joaquina Carmelita.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Outra foto de grupo.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > A Margarida saudando a jovem Andreia


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > O professor e a aluna: o capitão cavaleiro Leite Rodrigues, que tem uma escola de equitação em Leça da Palmeira (e que esteve na Guiné, como alferes, onde foi gravemente ferido em combate, em Sinchã Jobel), e a sua  jovem aluna, a amazona Andreia (nascida na África do Sul, vive em Moçambique, e fez 13 aninhos nesse dia). O Leite Rodrigues sabe dar valor à solidariedade na dor e na perda, uma vez que já pssou por isto: em 2006, perdeu a sua filha, Filipa, de 14 anos, num trágico acidente com um dos seus  cavalo.s.. A Filipa era uma promissora atleta da equitação portuguesa, tal como o pai (que foi atleta olímpico). As palavras que o Leite Rodrigues dirigiu à Margarida, np final da refeição, elogiando a sua coragem e dignidade,  tocaram-nos fundo, a todos nós, os presentes.




Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Leite Rodrigues e Virgílio Teixeira, dois homens do Porto.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >José Ferreira e o primo, que andou na Marinha e no TO da Guiné.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Manuel Carvalho e o Isidro


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >O régulo Zé Teixeira com os tabanqueiros Vitorino, Nelson e Abreu


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Brito da Silva é, agora, na Tabanca de Matosinhos, o único representante da CCAÇ 3414, a "açoreana", a que ele pertenceu juntamente com o seu camarada Peixoto. Reforcei, mais uma vez, o convite para ele se juntar à malta da Tabanca Grande.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > José Manuel Moreira Cancela. Escreveu na sua página do Facebook: "O nosso amigo Peixoto deixou-nos. Obrigado, amigo, pelos momentos que passámos juntos, e foram muitos. Os amigos só morrem quando nos esquecermos deles"...


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 >  Manuel Carmelita, outro amigo do peito do Joaquim. Mora em Vila do Conde.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >A "aguardente do espírito do frade" (referência ao fantasma do frade que paira, há 170 anos, pela casa e quinta de Guilamilo). O rótulo foi desenhado por um camarada da Tabanca de Matosinhos.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Aspeto da decoração da sala do restaurante, reservada à Tabanca de Matosinhos

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação da notícia do convívio de 4ª feira passada, na Tabanca de Matosinhos, em que se homenageou a memória do nosso camarada Joquim Peito mas também a dignidade e a coragem da sua  conpanheira de uma vida, a Margarida (Guida).


Joaquim e Margarida (Monte Real, 2010).
Foto de Manuel Carmelita /
Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
O convívio, dois dias depois do funeral, reuniu 35 camaradas e amigos/as do Joaquim, incluindo a sua viúva, Margarida.

Foi uma bela jornada de confraternização e solidariedade, com destaque para a figura da Margarida que reafirmou a sua vontade de continuar a fazer aquilo que o marido gostava: estar com os amigos e camaradas da Guiné, frequentar as suas tabancas, etc. 

Houve várias intervenções, emotivas, de alguns dos presentes, em nome pessoal ou das tabancas que representavam: Eduardo Moutinho dos Santos  e José Teixeira (Tabanca de Matosinhos); Luís Graça (Tabanca Grande), Leite Rodrigues, José Manuel Lopes, Maria Alice Carneiro, e, por fim, Margarida Peixoto... Para a Margarida foi um convivio, naturalmente "difícil (...) mas muito gratificante pela amizade, companheirismo, respeito e saudade, manifestada por todos pelo camarada Carlos Peixoto".

Fica aqui o soneto, dito pelo nosso editor Luís Graça, em seu nome pessoal, da Alice e dos demais presentes. Recorde-se queo Joaqim foi fur mil arm pes inf, MA, CCAÇ 3414 (Sare Bacar e Bafatá, 1971/73). A CCAÇ 3414 era uma "açoreana".


Soneto de homenagem a dois grã-tabanqueiros,
Joaquim Peixoto (Penafiel, 1949-Porto, 2018) e Margarida Peixoto

Joaquim, bom amigo e camarada,
nunca quiseste estar entre os primeiros,
mas, por nós, tens presença reservada
lá no Olimpo dos deuses e guerreiros.

Serás para sempre um dos nossos melhores,
e recordado com doce saudade,
por todos nós, da Guiné aos Açores,
sem esquecer a tua natal cidade.

A Guida, a tua mulher-coragem,
deu-nos o privilégio da sua presença,
juntando-se a esta homenagem.

O vosso Amor a Morte não o matou,
mesmo se, no final, foi a Doença
quem, à traição, a Vida te tirou.

Tabanca de Matosinhos, 5 de setembro de 2018

Luís Graça, Maria Alice Carneiro 
e demais amigos/as e camaradas presentes.

Foto: Manuel Carmelita (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

_____________

Guiné 61/74 - P18993: Convívios (872): Tabanca de Matosinhos, 4ª feira, dia 5, com 35 camaradas e amigos/as: Joaquim Peixoto (1949-2018), presente ! (Parte I)


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018)  (*) > Chegada dos primeiros tabanqueiros, à Rua Heróis de França, 721...



Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Manuel Carvalho e José Ferreira


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  António Carvalho e Jorge Teixeira (o "bandalho-mor", do Bando do Café Progresso)


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  António PImentel, Xico Allen, António Barbosa (Gondomar) e o Ferreira


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > José Teixeira, um dos régulos da Tabanca, e Leite Rodrigues (já o convidei para integrar a Tabanca Grande)-


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  António Carvalho e José Manuel Moreira Cancela


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Virgílio Teixeira e esposa Manuela... Vieram, pela primeira vez, à Tabanca de Matosinhos.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Virgílio Teixeira e Manuel Carmelita: vivem na mesma terra (Vila do Conde), conhecem-se de vista há 50 anos mas desconheciam-se enquanto camaradas da Guiné..
.

Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  O Rodrigo e o José Manuel Lopes



Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Álvaro Basto, outro régulo (e músico)


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Vitorino, músico também da Tabanca.



Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > O Vieira, que é de Penafiel, a conversar com o Ferreira, sentado à esquerda.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > O Nelson e o Abreu (quem há dias, a socorrer um náufrago, aleijou-se; já o tenho encontrado, quando vou à Madalena,  na marginal das praias de Vila Nova de Gais).

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

______________

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P18983: Convívios (871): Tabanca de Matosinhos, restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei), rua Heróis de França, 721, Matosinhos: amanhã, 4ª feira, a partir das 12h, almoço de homenagem aos grã-tabanqueiros Joaquim Peixoto (1949-2018) e Margarida Peixoto


Joaquim e Margarida, em Monte Real, 2010. Foto de
Manuel Carmelita / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
1. Ontem às 10:38, a Tabanca Matosinhos  publicou a seguinte mensagem na sua página do Facebook:

 O Joaquim Peixoto merece a nossa homenagem.

Na próxima quarta feira dia 5 de Setembro,  à hora do costume ([, a partir das 12h,] no Restaurante Espigueiro ( ex-restaurante Milho Rei) em Matosinhos, vamo-nos reunir à sua volta e recordar o que ele foi para cada um de nós e como a sua forma de ser e estar n

a vida nos marcou.


2. A Tabanca Grande, a mãe de todas as tabancas, associa-se a esta singela  mas justa homenagem,  e  apela à participação de todos os camaradas, que estejam por aqui perto, disponíveis e solidarários.  

É possível que a viúva, Margarida Peixoto, porfessora do 1º ciclo do ensino básico, reformada, e também nossa querida grã-tabanqueira, possa estar presente. Ela é uma mulher que soube enfrentar. com os seus 2 seus filhos,  esta tragédia da doença e morte do seu marido, com uma enorme coragem e dignidade, um exemplo para todos nós e nossas famílias.

Levem as vossas companheiras. Eu e a Alice, ainda cá pelo Norte, estaremos lá connosco!... Haverá mais companheiras nossas. A Tabanca de Matosinhos tem um reservado próprio onde cabe muita gente. E o restaurante é amplo. Não há inscrições prévias, é só chegar e sentar-se à mesa.

Para quem não sabe, o Restaurante Espigueiro ( ex-Milho Rei) fica na Rua Heróis de França, 721, Matosinhos 4450-159, Portugal, telef +351 22 938 5685.

A referência é o Memorial do Passos Manuel, na Avenida da República. É o quarteirão a seguir,  à direita, quando estamos virados para o mar.

3. Seria interessante e proveitoso, para todos nós,  que os amigos e camaradas que privaram mais com o Joaquim Peixoto (bem como com a Margarida)  pudessem, depois da refeição, usar da palavra justamente para "recordar o que ele foi para cada um de nós e como a sua forma de ser e estar na vida nos marcou", de acordo com a sugestão do(s) régulo(s) da Tabanca de Matosinhos.

Luís Graça dá aqui o mote, poético, com o primeiro quarteto do soneto que faz questão de dizer amanhã ao saudoso amigo e camarada Joaquuim:

Joaquim, bom amigo e camarada,
nunca quiseste estar entre os primeiros,
mas, por nós, tens presença reservada
lá no Olimpo dos deuses e guerreiros.
______________

Nota do editor:

Último poste da série >  21 de agosto de 2018 > Guiné 61/74 - P18943: Convívios (870): Encontro e almoço do pessoal da CCAV 3366/BCAV 3846, a levar a efeito no próximo dia 8 de Setembro de 2018 no Parque das Nações, em Lisboa (Delfim Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf)

Guiné 61/74 - P18982: In Memoriam (321): Joaquim Carlos Rocha Peixoto (Penafiel, 1949 - Porto, 2018): dois poemas, um de Josema (José Manuel Lopes) e outro, de Luís Graça


Joaquim Carlos Rocha Peixoto (Penafiel, 1949 - Porto, 2018), professor do 1º ciclo do ensino básico, reformado, ex-fur mil ap arm pes inf, MA, CCAÇ 3414 (Sare Bacar e Bafat´, 1971/73). Foto: cortesia da Agência  Funerária Santa Marta Lda, com sede em Penafiel.


Penafiel > Cemitério Municiapl > 3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) > A "última morada"....


Penafiel > Cemitério Municiapl > 3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) >  As flores da nossa saudade


Penafiel >  3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) >  3 camaradas da Tabanca Grande: Zé Teixeira, Álvaro Basto, António Carvalho


Penafiel >  3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) > O Silvério Lobo (à esquerda)  e o José Manuel Lopes (à direita)


Penafiel > 3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) > Aspeto parcial da fachada da Igreja das Freiras (ou Igreja do Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição), do séc. XVIII, na Rua Conde Ferreira.


Penafiel > 3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) > Ao centro, o José Rodrigues, da Senhora da Hora, Matosinhos.


Penafiel >  3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) > Ao meio o Edurado Moutinho dos Santos,  mais a esposa; à esquerda, o  Zé Teixeira.


Penafiel >3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) >  À esquerda , o Zé Manuel Cancela e o Xico Allen.


Penafiel > Cemitério Municiapl > 3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Camaradas junto à Igreja das Freiras


Penafiel >  3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) > Mais camaradas, junto à Igreja das Freiras.


Penafiel > Cemitério Municiapl > 3 de setembro de 2018 > Exéquias do Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Cerimónia com acompanhamento religioso > Aspeto já do final da cerimónia  > Descansa em paz, camarada!


 As tabancas aqui do Norte, Tabanca de Matosinhos, Bando do Café Progresso, Tabanca dos Melros... estiveram em peso, no funeral do nosso Joaquim. Estimei em cerca de meia centena os ex-combatentes da Guiné que quiseram vir despedir-se do nosso camarada.

No emotivo, intimista e brilhante improviso que fez, ainda dentro da Igreja das Freiras, e que mereceu as palmas dos presentes,  a Margarida mostrou-se grata às nossas tabancas pelo muito bem que fizeram ao seu marido... Alguns camaradas, como  o Zé Cancela, estavam inconsoláveis. O Cancela era provavelmente o melhor amigo  e companheiro de viagens do Peixoto. Chegou a ir aos Açores com ele (e as respetivas esposas) num dos convívios da açoreana CCAÇ 3414.

Se não erro, o único camarada da CCAÇ 3414, que esteve no funeral, foi o Brito da Silva, outro grande companheiro e amigo do Joaquim, natural de Baião (e, portanto, vizinho da Tabanca de Candoz)  e a residir na Madalena, Vila Nova de Gaia, Gostava que ele integrasse a Tabanca Grande, convite que de resto já lhe fiz há anos.

O Manuel Carvalho falou-me do papel "agregador" do Joaquim: ele era contra todas as "clubites", incluindo as pequenas, triviais, anedóticas rivalidades entre tabancas... O Joaquim  pertenceu pelo menos àquelas três tabancas, para além da Tabanca Grande...

Outro grande companheiro foi o Manuel Carmelita, e a esposa, sem esquecer o Zé Manel, da Régua, e a Luísa Valente... Grande parte do seu círculo de amigos eram camaradas da Guiné... 

Na próxima 4ª feira, amanhã, marcámos encontro na Tabanca de Matosinhos, que se fez reperesenta pelos 3 régulos, Zé Teixeira, Moutinho e Álvaro Basto...

Até sempre, Joaquim!... Agora é a altura de tu, lá do alto, velares pela tua Margarida, pelos teus filhos e netos, o que já fazias, como bom marido, pai e avô... Temos o João Rebola, em fase muito adiantada de doença... Temos todos nós, teus camaradas e amigos, a queixarem-se de mil e uma mazelas.  Passas agora para a lista da Tabanca Grande onde estão aqueles que da lei da morte já se foram libertando... E já são 64 contigo, num total de 776 grã-tabanqueiros

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Já no leito de morte, no  IPO do Porto, o Joaquim Peixoto recebeu a visita, por duas vezes, do seu camarada e amigo do peito José Manuel Lopes, um raro privilégio que ele só concedeu a alguns amigos mais íntimos (*).

Numa das vezes, o Joaquim disse que gostava muito do poema "Recuso dizer uma oração / ao deus que te abandonou" (**)... Pediu ao Zé Manel para o voltar a dizê-lo, em volta...  e no fim, uma lágrima furtiva soltou-se-lhe do rosto... 

O Zé Manel contou-me esta "cena", em Penafiel, à hora em que o caixão com o corpo do nosso saudoso amigo e camarada saía da igreja, a caminho do cemitério municipal de Penafiel, a escassas centenas de metros.  E eu prometi logo republicar o poema em memória do nosso amigo e camarada comum... 

Recorde-se que este é um da escassa meia centena de poemas que sobreviveram à fúria autodestruidora do poeta, depois de regressar da Guiné. É assinado pelo Josema, pseudónimo literário de José Manuel Lopes, da Quinta da Senhora Graça, no Alto Douro Vinhateiro,  ex-fur mil op esp, da CART 6250 (Mampatá, 1972/74) (**)


Recuso dizer uma oração
ao deus que te abandonou,
não sei se é do nó
que me aperta a garganta,
ou da revolta que brota do meu peito,
só sei que não consigo
desculpar...

Sinto ganas de arrancar
o fio preso ao teu pescoço
e atirar dentro da mata essa cruz
no local...
onde encontraste a tua,
onde perdeste a vida
e eu a minha fé entorpecida.

Recuso deixar de pensar
no que aqui nos trouxe,
para onde nos levam,
quero encontrar respostas
a todas as perguntas
que se soltam em turbilhão
dentro de mim,
quero encontrar
algo que justifique,
achar uma razão,
por pequena que seja,
irmão,
para acalmar esta dor
e não encontro
e não encontro...não.

Bolama 1972
josema




2. Também eu deixei um poema, meu, na nossa página do Facebook, à memória do Joaquim Peixoto, (1949-2018), ex-fur mil arm pes inf, MA, CCAÇ 3414 (Saré Bacar e Bafatá, 1971/73)

Dies iræ, dies illa!

Cavalgam caudalosos os rios pela terra adentro,
enquanto fluem ruidosos os dias da guerra.

Rios que não são rios, mas rias,
entranhas ubérrimas, fustigadas pelo vento,
rias baixas pela manhã, pedaços, braços de mar,
restos de tsunamis, pontas de fuzis, 
palavras acérrimas, imprecações ao Grande Irã,
picadas minadas de ir e não mais voltar.

Dias que não são dias, circadianos,
mas fragmentos,
ora ledos ora amargos enganos,
estilhaços de tempo,
riscos nas paredes sujas dos bunkers,
repentinas emboscadas, breves finais de tarde,
instantes, flagelações, 
balas tracejantes
sob o céu verde e vermelho
enquanto o capim arde.

Narciso, revejo-me ao espelho, quebrado,
vou nu, de camuflado,
de azul, celestial,
ao encontro do anjo da morte, em Jugudul.
E não há estrelas, à noite,
mas a bússola indica o norte, sideral,
nunca o sul,
nunca o nascer nem o morrer.

Dies irae, dies illa,
dia de ira, aquele,
em que subiste o cadafalso do Niassa,
ou do Uíge ou do Ana Mafalda,
dias de ira, aqueles,
os da guerra!
Calai-vos,
rápidos do Saltinho, rápidos de Cussilinta,
vós que mais não sois
do que canoas loucas, desenfreadas,
levadas pelo macaréu da nossa raiva,
entre o Geba e o Corubal.

Braços que não são braços, amputados,
mas apenas tatuagens, traços,
letras de fado pungentes,
pontes que são miragens,
tentáculos, serpentes,
lianas, cortadas pela catana, a eito,
pela floresta-galeria,
inferno tropical, túneis, tarrafo,
bolanhas, lalas, bissilões,
curvas da morte do Cacheu ao Cumbijã,
apocalípticos palmeirais,
pontas de punhais cravadas no peito,
irãs acocorados no alto dos poilões.

E depois o silêncio, o impossível silêncio.
o silêncio das partituras,
dos mapas dos argonautas,
partículas, pausas, pautas,
cartas de tiro com claves de sol,
desidratação,
a ogiva do obus,
o medo da avestruz,
o roncar do helicanhão,
gritos do djambé, e do macaco-cão,
gemidos de kora,
espasmos de balafon,
rajadas de kalash
ecos do bombolom,
bombas de fragmentação
que correm no dorso dos cavalos
desde o Futa Djalon.

Não vou poder ouvir o silêncio do Cantanhez,
nem quero ouvir o grito da morte,
outra vez!


Terras do Demo, 27-29 de dezembro de 2011;
Madalena, Vila Nova de Gaia, 30-31 de dezembro de 2011;
Revisto, Penafiel, 2 de setembro de 2018.
___________