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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9252: O nosso sapatinho de Natal: Põe aqui o teu pezinho, devagar, devagarinho... (6): Mensagens dos nossos camaradas Augusto Silva Santos, Fernandino Vigário, Luís Fonseca, Manuel Resende, Ernesto Duarte, António Graça de Abreu e José Barros

MENSAGENS DE NATAL DOS NOSSOS CAMARADAS

1. Do nosso camarada Augusto Silva Santos, ex-Fur Mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73:

Com votos de Feliz Natal

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2. Do nosso camarada Fernandino Vigário, ex-Soldado Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 1911, Teixeira Pinto, Pelundo, Có e Jolmete, 1967/69:


Camaradas e amigos,
Que o espírito de Natal permaneça no coração de todos vós todos os dias do ano junto dos vossos familiares.
Saudações Natalícias.
Fernandino Vigário.

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3. De Luís Fonseca, ex-Fur Mil Trms, CCAV 3366/BCAV 3846, Suzana Varela , 1971/73:

Com os meus mais sinceros votos de óptima Quadra Festiva


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4. Mensagem de Manuel Resende, ex-Alf Mil da CCaç 2585, BCaç 2884, que esteve em Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71:

Caros amigos e camaradas,
Como já todos devem ter recebido imensos postais com muitas luzinhas a piscar e muita neve, eu apenas quero desejar a todos que tenham um bom Natal no aconchego das famílias, e que o próximo ano seja o melhor possível, apesar do desconforto da crise.
Que o Menino não se esqueça dos nossos amigos camaradas que mais precisam.

Um Santo Natal para todos
Manuel Resende

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5. Do nosso camarada Ernesto Duarte, ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857, Mansabá, 1965/67:

Caro Amigo Carlos Esteves Vinhal
Dirijo-te mais duas linhas, antigo camarada, não de glórias, mas de cumpridores de imposições desagradáveis!

Eu fiz a minha vida, mas nunca consegui esquecer e convivo mal com o depois de tantos apelos à paz, ver guerras nascerem todos os dias, o homem é hipócrita, logo eu sou hipócrita.

Mas tentar esquecer, e é Natal e já que o homem em dois mil anos, não conseguiu criar mais que um, pois que se apele às nossas forças, para que se viva esta quadra em espírito de Natal com paz e amor.

Através de ti bom amigo envio um grande abraço de Natal para toda a malta militar e principalmente os antigos militares que ainda andam dando vida a esta terra que os viu nascer e eles tanto amaram e amam.

BOM NATAL
FELIZ ANO NOVO
Ernesto Duarte

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6. Mensagem do nosso camarada António Graça de Abreu, CAOP 1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74, apresentando ao Blogue o Menino Jesus chinês:


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7. Mensagem do nosso camarada José Ferreira de Barros, ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68:

Caro amigo e camarada Carlos:
Tenho andado um pouco arredio da escrita no blogue, mas o trabalho de encenação de uma peça num grupo amador tem-me trazido bastante ocupado.

Esta quadra natalícia não podia deixá-la passar sem desejar aos editores, co-editores e a todos os tabanqueiros e de uma forma especial a ti, que é quem mais me atura, um SANTO NATAL E UM NOVO ANO COM MUITA SAUDE E ALEGRIA para enfrentar tanto aperto de cinto.

Porque dois Natais foram passados Além-Mar, com alguma alegria e muita amargura, aqui deixo um poema de Cabral do Nascimento que se intitula:

NATAL DE ALÉM-MAR

Não há pinheiros, não há neve,
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz…Mas é Natal.

Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical,
Plantas da flora mais estranha,
Aves de fauna tropical.

Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.

Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém, são velhas
E a noite é de Natal.

Um grande abraço
José Barros

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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 22 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9251: O nosso sapatinho de Natal: Põe aqui o teu pezinho, devagar, devagarinho... (5): Mensagens de Albino Silva, José Mussá Biai e Tabanca de Matosinhos

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9078: O nosso blogue em números (23): Mensagens dos nossos camaradas Carlos Filipe, Fernando Barata e José Barros

1. O nosso camarada Fernando Barata, ex-Alf Mil da CCAÇ 2700, Dulombi, 1970/72, em mensagem do dia 20 de Novembro de 2011, mandou-nos estes quatro "instantâneos sem truques" referentes ao nosso Blogue e particularmente ao aniversário dos nossos camaradas César Dias e Maria Arminda, e ainda aos nossos 3 milhões de visitas atingidos muito recentemente.

O nosso muito obrigado por este trabalho ao Fernando, de quem já não tínhamos notícias há uns tempos. O Barata, que é um homem de Coimbra, vem provar que a vida também é humor, brincadeira, graça,  imaginação, cordialidade... e que com estes ingredientes também se ajuda a construir o nosso blogue, que é de todos e para todos...

Eis o que escreveu: (...) Devemos todos rejubilar ao vermos espalhados pela cidade diversos 'outdoors' publicitando os '3 milhões. Até Obama se associou. Abraço. F. Barata



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2. Comentário do nosso camarada Carlos Filipe Coelho, ex-Soldado Radiomontador da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74:

Caros Amigos, neste exacto momento, ainda estou indeciso se devo comentar. Mas aí vai.

(i) Um Blogue é essencialmente um local onde se publica algo (quase sempre com carácter definitivo), e um Fórum,  um local onde se comenta também, a partir de algo publicado, e que por condição de publicação (um fórum) se sujeita a todo o tipo de crítica, contra-opinião, etc.

Colocada esta minha concepção, penso que na nossa Tabanca se confunde Posts com Coments. Na realidade, os comentários no blogue, deveriam simplesmente transparacer uma opinião favorável ou não ao respectivo Poste.

Mas não é isso que muitas vezes acontece e tranformam-se em perfeitos minifóruns, desvirtuando nalguns casos o perfil deste Blogue (não entendam isto como crítica ao Blogue), principalmente para quem nos lê e não é habitual participar.

Esses minifóruns nos Comentários  criam receios, dúvidas... em quem eventualmente queira participar,  receando reacções de terceiros. (vd. ponto iii)

(ii) Sobre a estrutura do blog, partilho das opiniões do Juvenal e do António Estácio, no geral, e claro também de uma ou outra já publicada.

Agora vou azedar um pouco o meu discurso... Refiro-me ao número de visitas ao Blogue. Eu por exemplo visito no mínimo 3 a 4 vezes por dia a Tabanca. Como é isto contabilizado? Não se estará a pecar por defeito? Concerteza que como eu um número infindável de outras pessoas.

(iii) Como o António escreveu, penso haver uma necessidade de reorganizar as temáticas do Blogue.

Por outro lado queria lançar uma ideia para evitar os pseudo-fóruns no espaço dos comentários. O Blogue permitiria somente a possibilidade de gostar ou não de um Poste.
Sendo que estaria já criado um Fórum que, dividido da mesma forma temática do blogue, só publicaria para discussão (então sem condicionalismos a não ser os do próprio Blogue da Tabanca), somente os mesmos títulos e números de cada Poste publicado sem respectivo texto.

Era só isto que tinha para escrever.
Um abraço para todos
Carlos Filipe
ex-CCS/BCAÇ 3872
Galomaro/71


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3. Mensagem do nosso camarada José Ferreira de Barros (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68), com data de 21 de Novembro de 2011:

Caros amigos e camaradas:

Aqui estou, para dizer-vos que votei “Muito Melhor”. Para mim foi uma grande alegria encontrar esta grande família, porque me permitiu reviver locais e acontecimentos que há muito estavam num velho caixote de memórias esquecidas.

O blogue teve o condão de fazer o milagre de abrir o dito caixote, que pensava estar fechado para sempre.

Obrigado a todos vós, editores e co-editores,  pelo vosso trabalho e dedicação a esta ”GRANDE CASA”.

As críticas e divergências de opinião são saudáveis desde que respeitosas. Qual a família onde não há divergências?

Por isso somos a GRANDE FAMÍLIA DA TABANCA GRANDE.

Um grande abraço para todos e que Deus vos dê saúde, força e coragem para continuar e aumentar a grande FAMÍLIA que somos.

José Barros
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 21 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9074: O nosso blogue em números (22): Foi assim que eu vos conheci, irreverentes; foi assim que vos reencontrei, controversos... (Cherno Baldé)

sábado, 11 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8407: Agenda Cultural (132): Colóquio/Debate - Os Filhos da Guerra Colonial: pós-memória e representações, dias 14 e 15 de Junho de 2011, no Auditório do CIUL; CES-Lisboa (Forum Picoas-Plaza) (José Barros)

1. Mensagem do nosso camarada José Ferreira de Barros (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68), com data de 11 de Junho de 2011:

Amigo Carlos Vinhal
Nos próximos dias 14 e 15 vai realizar-se no Fórum Picoas um Colóquio /Debate Sobre:

Os filhos da Guerra Colonial:
Pós-memórias e representações


Este trabalho de pesquisa foi realizado pela UC sobre a orientação da investigadora Professora Doutora Margarida Calafate Ribeiro.

Eu, e as minhas filhas também demos algum contributo para este trabalho.

Envio o programa do Colóquio.

Será que isto tem algum interesse de publicação? Tu melhor do que ninguém saberás o que fazer.

Um grande abraço
José Barros





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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 11 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8406: Agenda Cultural (131): Lançamento do livro Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial, dia 15 de Junho de 2011, pelas 19 horas, no Auditório CIUL / Forum Picoas Plaza, Lisboa (José Brás)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8355: Memória dos lugares (156): Cutia em 1966, aquando do alcatroamento da estrada Mansoa-Mansabá (José Barros)

1. Mensagem de José Ferreira de Barros* (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68), com data de 26 de Maio de 2011:

Caro amigo Carlos:
A Vida em Cutia não foi fácil.
A construção da estrada Mansoa-Mansabá deu-nos o suor pela testa.
O IN não nos largava.
As condições de habitabilidade também foram bastante difíceis.

Envio algumas fotografias de Cutia que farás com elas o que muito bem entenderes

Um grande abraço
José Barros


CUTIA, 1966 - ALCATROAMENTO DA ESTRADA MANSOA-MANSABÁ

Cutia, 1966 > Barreira de Controle de passagem de colunas de Mansabá-Mansoa, com vista do aquartelamento.

Cutia, 1966 > Cozinha de campanha

Cutia, 1966 > Forno onde se cozia o pão para a Companhia ali instalada

Cutia, 1966 > Lado da estrada para o abrigo

Cutia, 1966 > Visita do Comandante Chefe e Governador da Guiné ao aquartelamento. General Arnaldo Schulz acompanhado pelo Capitão Torres Mendes, CMDT da CCAV 1617

Cutia, 1966 > Traseiras do abrigo

Cutia, 1966 > Pavilhão do Refeitório. Ceia de Natal. O Comandante da CCAV 1697, Capitão Torres Mendes a dirigir algumas palavras de ocasião

Cutia, 1966 > Hora da refeição. Bicha de pirilau para ir à cozinha de campo buscar a paparoca porque ainda não tínhamos barracão para refeitório

Cutia, 1966 > Vista parcial da tabanca de Cutia. Do lado contrário ficava o aquartelamento. O alcatrão ainda aqui não tinha chegado.
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 21 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8148: Convite (9): Amigo Frade junta-te a nós para partilhares, lembrares e reviveres histórias por que passamos naquela saudosa terra (José Barros)

Vd. último poste da série de 8 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8243: Memória dos lugares (155): Bedanda 1972/73 - A Mulher, Menina, Bajuda de Bedanda (2) (António Teixeira)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8148: Convite (9): Amigo Frade junta-te a nós para partilhares, lembrares e reviveres histórias por que passamos naquela saudosa terra (José Barros)

Na foto, Barros, Frade e Timótio


1. Mensagem de José Ferreira de Barros* (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68), com data de 21 de Abril de 2011:

Amigo Carlos Vinhal
Obrigado pelo mail com o comentário do Luís Frade, companheiro e amigo na CCav 1617.

Aí vai um pequeno texto para o Frade com uma fotografia, que publicarás ou não, e farás as correcções e alterações que achares por bem.

Meu amigo, e companheiro de alegrias e infortúnios em terras de Mansoa, Cutia e Mansabá.

Frade, foi com alegria e comoção que li o teu comentário no blogue Tabanca Grande, e lembro-me perfeitamente de ver o telhado de zinco a voar pelo ar.
Pelo que me tenho apercebido, visitas o blogue com alguma frequência, e por isso mesmo estou daqui a fazer-te o convite, para te inscreveres como membro desta grande família que é a Tabanca Grande. É tão fácil e fica barato!

Amigo, junta-te a nós, para nos podermos encontrar mais vezes e partilhar, lembrar e reviver histórias por que passamos naquela saudosa terra.

A fotografia que junto é em Mansabá ou Cutia? Tenho a impressão que é Cutia.
Espero poder encontrar-te no próximo 21 de Maio em Castanheira de Pêra no convívio anual do Batalhão.

Um grande abraço e uma Santa Páscoa para todos.
José Barros


2. Notas do editor:

i - Comentário deixado no Poste 7940 a que se refere o nosso camarada José Barros:

José Barros, lembras que ficámos uma noite em Brá e que nessa mesma noite um tremendo tornado nos levou os telhados de zinco onde dormimos? Só depois seguimos para Mansoa!
Lembro com saudade tudo que descreves!
Sou o Luís Frade Furriel de Transmissões da CCAV 1617. Aquele que o Cap. Torres Mendes não gramava mas que temia.
Abração
Luís Frade

ii - O seu a seu dono.
Quem reencaminhou o comentário do camarada Luís Frade para o tertuliano José Barros foi o editor Luís Graça.

iii - Convite a Luís Frade

Caro Luís Frade, reforçando as palavras do teu camarada da "1617", e nosso tertuliano, José Barros, convido-te também a te juntares a nós e à nossa missão de deixar as nossas memórias publicadas neste suporte internáutico que é o Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné.
Selecciona uma foto do teu tempo de tropa e outra actual, escreve uma pequena história, se quiseres acompanhada com fotos legendadas, e envia para que te possamos apresentar à tertúlia.

Teremos o maior prazer em receber e publicar as tuas histórias e fotografias, contribuição que ficará a constituir património do Blogue, disponível para no futuro se poder recolher elementos, quiçá, para contar a história da guerra colonial no que diz respeito ao TO da Guiné.

Utiliza para o envio da tua correspondência preferencialmente o endereço luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com. Deverás utilizar conjuntamente o endereço de um dos co-editores constantes da página.

O co-editor
Carlos Vinhal
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 19 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8135: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (8): Um obrigado do fundo do coração a todos vós por me terdes aceite nesta grande família, fazendo avivar aquilo que há muito estava esquecido (José Barros, CCAV 1617, Cutia e Mansabá, 1966/68)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8135: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (8): Um obrigado do fundo do coração a todos vós por me terdes aceite nesta grande família, fazendo avivar aquilo que há muito estava esquecido (José Barros, CCAV 1617, Cutia e Mansabá, 1966/68 )



Guiné > Região do Oio > CCAV 1617 (Cutia  e Mansabá, 1966/68)  > Cutia > 1966 > José Barros à conversa com bajuda a lavar a roupa... A CCAV 1617 esteve aquartelada em Cutia até a construção da estrada Mansoa - Mansabá. Pertencia ao BCav 1897  (Nov 66 / Ago 68)




Guiné > Região do Oio > CCAC 1617 (Cutia  e Mansabá, 1966/68)  > Cutia > 1966 > José Barros no interior da tabanca com miúdos 


Guiné > Região do Oio > CCAC 1617 (Cutia  e Mansabá, 1966/68)  >  1866 > Binta é o nome da senhora... 

Fotos (e legendas): © José Barros (2011). Todos os direitos reservados


1. Mensagem de  José Barros (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, MansoaMansabá e Olossato, 1966/68), com data de ontem,  relativa ao nosso 7º aniversário do nosso blogue:

 Caros camaradas e amigos editores:


É com alegria e satisfação que aqui estou como um dos membros mais novos desta fabulosa Tabanca, a felicitar-vos pelo magnífico trabalho que tendes desenvolvido ao longo destes sete anos.

Um obrigado do fundo do coração a todos vós por me terdes aceite nesta grande família, fazendo avivar aquilo que há muito estava esquecido.

É fantástico verificar que somos quase 500 tabanqueiros que nos juntamos e partilhamos histórias, emoções e recordações, daquela terra que nos levou alguns anos da nossa vida, mas à qual ficamos ligados para sempre, não apenas à terra, mas também as suas populações, onde decerto fizemos amigos.

Que o Senhor Jesus vos dê a todos vós muita saúde e alegria para poderdes continuar a manter esta chama viva por muitos e longos anos.

Junto algumas fotografias de Cutia, entre elas de uma senhora com um menino ao colo,  de nome Binta, que recordo com saudade pela força que me deu. Nunca esquecerei que um dia me disse: 
- Furriel, bo não fica triste, tempo passa depressa e bo vai para casa. 

São pequenas coisas como estas que nos fazem amar a Guiné e as suas gentes.

Parabéns e um abraço para todos

José Barros
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Nota do editor:

18 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8127: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (7): Estimado Blogue, passados apenas 7 anos acolhes quase 500 ex-combatentes (Manuel Marinho)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8064: O meu baptismo de fogo (24): Num ataque de... formigas (José Barros)

1. Mensagem do nosso camarada José Barros (ex-Fur Mil Atirador de Cavalaria, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68), com data de 4 de Abril de 2011:

Caro amigo e camarada Carlos Vinhal
Envio uma pequena história do meu tempo de “periquito” a que dei o nome de Baptismo de fogo.

Junto ainda fotografias de Mansoa e Cutia, que farás com elas, e com o texto, o que bem entenderes.



O meu baptismo de... formigas


Cutia, 1966-68 > Estes eram os homens da minha Secção.

Às primeiras horas da manhã de um certo dia de Novembro de 1966, tudo apostos para mais uma operação de treino operacional.

Saímos do quartel em fila indiana na direcção da mata, não me recordo que sentido seguimos.

À frente ia um Pelotão de Milícias, seguidos pelos elementos da Companhia dos “velhinhos” que nos iam dando algumas dicas sobre os perigos que poderíamos encontrar.

Andámos horas e horas pelo meio da mata, até que saímos do mato e entrámos numa bolanha, que na época estava seca. Caminhávamos há já algum tempo, quando reparo que em determinado local os homens da frente davam um salto, e toda agente a seguir chegava aquele local e saltava.

No lugar onde seguia não era visível nenhum obstáculo. Ia perguntando a mim mesmo o porquê daquele salto!

Não demorou muito para ficar a saber o porquê de tal salto.

No momento em que me aproximo do local, rebenta uma emboscada vinda da orla da mata. Vai toda a gente de imediato para o chão e vira fogo contra o IN.

Secretária improvisada para escrever o meu primeiro bate-estradas para minha mãe

Eu não fugi à regra, também fui para o chão, mas nem um tiro dei. Mal caí fui atacado por uma enorme quantidade de formigas, que imediatamente se meteram pelo camuflado dentro e foram alojar-se nas zonas mais sensíveis do corpo, nomeadamente nos “ditos cujos”. O desespero era tanto que nem conta dei da emboscada ter acabado. Os camaradas que seguiam junto a mim, nomeadamente o pessoal da minha Secção, fartaram-se de gozar com o sucedido durante algum tempo.

Continuamos o nosso caminho de regresso ao aquartelamento. As dores e o desespero lá foram desaparecendo com o decorrer do tempo.

Chegado ao aquartelamento, fui tomar banho. Espanto dos espantos! O raio das formigas estavam mortas, mas com as suas tenazes cravadas na pele. Tive que as catar como quem cata piolhos.

Nunca soube qual o nome dessa formiga. Sei apenas que era uma formiga preta e pequena.

Foi este o meu baptismo de fogo. Não fiz fogo, mas sofri a bom sofrer com as malfadadas formigas.

Um grande abraço
José Barros
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 22 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7984: Memórias de Mansabá (11): A construção da estrada Cutia-Mansabá e a defesa dos seus pontões (José Barros)

Vd. último poste da série de 24 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3511: O meu baptismo de fogo (23): Uma vacina para o enjoo... (António Paiva)

terça-feira, 22 de março de 2011

Guiné 63/74 - P7984: Memórias de Mansabá (22): A construção da estrada Cutia-Mansabá e a defesa dos seus pontões (José Barros)

1. Mensagem de José Ferreira de Barros* (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68), com data de 18 de Março de 2011:

Caro camarada e amigo Carlos Vinhal:
Obrigado pela rectificação do nome da zona do pontão.

Junto uma fotografia de um dos pontões rebentado pelo IN. A esta distância já não consigo dizer se era o de Mamboncó ou algum dos anteriores.
Durante muito tempo foi o pão nosso de cada dia. Nós construíamos, eles destruíam, era o jogo do rato e do gato.

Já depois da estrada toda construída até Mansabá, o rebentamento do pontão de Mamboncó era frequente.

Ouve necessidade de ter naquela zona uma actividade operacional muito grande, sobre tudo emboscadas. Eram feitas por um Grupo de Combate que era rendido de oito em oito horas, durante muitas semanas. Foi um período muito desgastante para a nossa gente. Nesta actividade nunca tivemos feridos, mas houve muita “pólvora”.

Junto ainda duas fotografias da entrada de Mansabá que farás com elas e com a do pontão aquilo que bem entenderes.

Obrigado pela foto do memorial do meu Batalhão. Penso que foi construído na traseira do edifício do Comando.

Já agora, não te querendo maçar, gostaria de saber se a história do menino JM contada por um camarada que andou por aquelas andanças nos anos 65/67, não esteve em Mansabá com a CCav 1617 e por conseguinte com o BCav 1897.

Um grande abraço de amizade para ti e para todos os camaradas.
J.Barros


Um dos vários pontões existentes ao longo da estrada Cutia-Mansabá.

Tanto quanto me lembro, uma vez que não foi enviada legenda para esta foto, a casa que se vê à esquerda era o estabelecimento da Casa Gouveia que tinha como gerente um cabo-verdiano que nos deixava nervosos sempre apanhava boleia nas nossas colunas para se afastar de Mansabá. Dá para perceber. Lá ao fundo na confluência da estrada para Farim, ficava o abrigo do Castelo.
Fotos © José Barros (2011). Direitos reservados  de José Barros
Legendas de CV

Localização do Memorial do BCAV 1897, localizado junto ao Refeitório dos Praças que no tempo desta Unidade talvez ainda não tivesse sido construído.
Foto © César Dias (2011). Direitos reservados.
Legenda de Carlos Vinhal
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 21 de Março de 2011 > Guiné 63/74 – P7974: Blogpoesia (121): Canção ao Lavrador Desconhecido, de António Cabral (José Barros)

Vd. último poste da série de 18 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7811: Memórias de Mansabá (10): Fotos da bolanha de Mansabá, a nossa praia (Ernesto Duarte)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Guiné 63/74 – P7974: Blogpoesia (121): Canção ao Lavrador Desconhecido, de António Cabral (José Barros)

1. Neste Dia Mundial da Poesia, façamos um intervalo nas dolorosas lembranças de guerra, evitemos a troca comentários, aos comentários, e resolvamos os problemas pessoais e as diferenças não reprimíveis, recorrendo à troca de mensagens pessoais e directas. A tertúlia pode e deve ser evitada aos desmandos, venham eles de onde vierem.

Assim, passamos a apresentar a mensagem do nosso camarada e amigo José Ferreira de Barros (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68), com data de 21 de Março de 2011:

Caro amigo Carlos Vinhal,
Sendo eu, um homem do teatro, não podia neste dia Nacional da Poesia, deixar de homenagear António Cabral poeta Transmontano-Duriense que canta o Douro - homem como ninguém.

Aqui fica um dos seus poemas e que eu logo à noite num encontro cultural irei recitar.
Não sei se poderá ou não ser publicado. Tu, saberás se pode ou ser publicado.

Um abraço amigo,
J.Barros


Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial da Humanidade > Vila de Foz Coa  > Pocinho > Estação terminal da linha de caminho de ferro do Douro (Porto-Pocinho) > Pormenor dos azulejos da estação, da Fábrica Sant'Anna (fundada em 1741): a vindima... Foto gentilmente cedida por L.G. (Pocinho, 3/9/2010)

 
CANÇÃO AO LAVRADOR DESCONHECIDO

Se não fosse a trovoada,
se não fosse o desavinho,
se não fosse o oídio e o míldio,
se as carquejas dessem vinho…

Se herdasse a Quinta dos Frades,
se a lua me pertencesse,
se não houvesse ladrões,
se a minha avó não morresse…

Se tivesse menos filhos,
se tivesse mais dinheiro,
se isto fosse mesmo Douro,
se fosse ouro verdadeiro…

Se tivesse mais videiras,
se tivesse, se tivesse,
se me fizessem Ministro,
se a minha avó não morresse…

(António Cabral)
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(*) Vd. poste de 14 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7940: Tabanca Grande (270): José Ferreira de Barros, ex-Fur Mil da CCAV 1617/BCAV 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato (1966/68)

Vd. último poste da série de 21 de Março de 2011 Guiné 63/74 – P7973: Blogpoesia (120): Mãe, granadas o que são? (Armor Pires Mota)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Guiné 63/74 - P7940: Tabanca Grande (270): José Ferreira de Barros, ex-Fur Mil da CCAV 1617/BCAV 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato (1966/68)

1. No dia 10 de Março recebi esta mensagem do nosso camarada José Barros, ex-Fur Mil da CCAV 1617/BCAV 1897:

Sou um ex-Fur Mil da CCav 1617 do BCav 1897. Gostava de fazer parte desta grande família. O que devo fazer?
Um abraço amigo.

Junto uma foto da construção da estrada Cutia-Mansabá.

Frente de trabalho da construção da estrada Cutia/Mansabá
Foto: © José Barros (2011). Direitos reservados

Localização (aproximada) do destacamento de Cutia na estrada Mansoa/Mansabá


2. No dia 11 de Março enviei ao nosso novo camarada esta mensagem:

Caro camarada e amigo José Barros
Muito obrigado pelo teu contacto.
Começo por justificar a palavra amigo, já que camaradas somos de certeza.
Pela foto que envias, deduzo que fizeste parte das forças de protecção aos trabalhos de construção da estrada entre Cutia e Mansabá.
Eu fui um dos passantes nessa estrada nos anos de 1970 a 1972, com algum conforto e segurança, graças ao teu esforço e ao dos teus camaradas. Estive em quadrícula em Mansabá durante 22 dos 23 meses de comissão na Guiné. És meu amigo, desde já por isso.

Para fazeres parte da nossa tertúlia, envia-nos por favor uma foto actual e outra do tempo de tropa, em formato JPEG, tipo passe, se possível.

Queremos que nos digas quando embarcaram e quando regressaram, qual a vossa Unidade, por onde andaram na Guiné, o teu posto, Especialidade e tudo o mais que nos possas contar. Poderás fazer um pequeno resumo da tua actividade que servirá como apresentação à tertúlia. Nada de muito elaborado porque somos pessoas simples como verás.

Fico a aguardar o teu novo contacto.

Recebe um abraço do camarada e amigo
Carlos Vinhal


3. No dia 13 de Março tivemos novo contacto do nosso camarada:

Caro camarada e amigo Carlos Vinhal:
Obrigado pela amabilidade das tuas palavras.

Sou:
José Ferreira de Barros, casado, natural de Godim – Peso da Régua.
Vivo em Vila Real há já 41 anos.
Tenho 68 anos e sou pai de três filhas.
Actor reformado.

Fui:
Fur Mil Atirador de Cavalaria. (carne para canhão)
Pertenci à CCav 1617/BCav 1897 que esteve em Mansoa, Mansabá e Olossato de Novembro de 1966 a Agosto de 1968.

A CCav 1617 saiu de Alcântara no “Ana Mafalda” em 30 de Outubro de 1966, tendo chegado ao porto de Bissau em 4 de Novembro, seguindo nesse mesmo dia em coluna militar para Mansoa, onde ficou aquartelada até à chegada do restante Batalhão que terá acontecido duas ou três semanas depois.

Depois dos periquitos terem recebido algum treino operacional dado pelos “velhinhos” foram assim distribuídas as companhias:

CCAV 1615, CCS e comando – Mansoa
CCAV 1616 – Olossato
CCAV 1617 – Cutia, onde ficou aquartelada até a construção da estrada Mansoa - Mansabá.

Quando a construção da estrada chegou mais ou menos ao pontão de Macombo “se a memória me não falha”, esta Companhia passou para Mansabá onde se encontrava há já algum tempo a CCS e o Comando.

O Batalhão regressou à Metrópole em 2 de Agosto de 1968.

Obrigado a vós editores e a todos os que não deixam apagar da memória o que a nossa geração sofreu e continua a sofrer.

Um grande abraço para todos.

Aqui vão as fotos de um menino e moço e as de um “Velho” alegre e dinâmico com muita vontade de viver sempre com um sorriso nos lábios mesmo nos momentos difíceis.


4. Comentário de CV:

Caro José Barros
É um bom tema para o blogue o testemunho dos camaradas da década de 60, principalmente daqueles que participaram na protecção aos trabalhos de construção de estradas alcatroadas, que tiveram um incremento nessa altura. Era notória a dificuldade na deslocação da tropa, assim como os reabastecimentos, ao longo de todo o TO mais ainda porque era fácil a instalação de minas anticarro nas estreitas picadas existentes, que ceifavam diariamente vidas e causavam muitos feridos graves.

Julgo que a tua Companhia levou a estrada até Mansabá, se não mesmo até ao Bironque. A minha Companhia participou, com outras forças, na protecção aos trabalhos de prolongamento e conclusão da estrada até à margem esquerda do Rio Cacheu, em frente a Farim. Esta importante localidade da Guiné ficou assim ligada por uma boa estrada até Bissau, numa distância superior a 100Km, em alternativa à perigosa ligação fluvial.

Na tua mensagem dizes que quando a estrada chegou ao pontão de Macombo a CCAV 1617 passou para Mansabá. Não quererias dizer Mamboncó?

Se clicares no nome das localidades sublinhadas, abrirás os respectivos mapas e poderás relembrar nomes de sítios por onde andaste.

Se quiseres colaborar na feitura das nossas memórias, particularmente no que respeita à zona por onde andámos, o Óio, manda as tuas fotos e textos com aquilo que ainda lembras para que possamos dar a conhecer à tertúlia e aos nossos leitores, que são muitos.

Antes de terminar, mando-te o abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores, e já agora, vê se te lembras do memorial que se vê nas duas fotos abaixo.

Recebe um abraço do camarada mansabense
Carlos Vinhal


Mansabá, 11OUT70 > Fur Mil Carlos Vinhal, Sold Avelino Gonçalves Pinto e Fur Mil Fernando Nunes no memorial do BCAV 1897 que assinala a sua passagem naquela localidade.
Foto: © Carlos Vinhal (2011). Direitos reservados



Mansabá, 10 de Março de 2008 > O mesmo memorial do BCAV 1897 fotografado pelo nosso camarada Carlos Silva
Foto: © Carlos Silva (2011). Direitos reservados
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 12 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7932: Tabanca Grande (269): Manuel Alberto Cunha Bento, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista do CAOP Teixeira Pinto (1969/71)