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sábado, 23 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24994: Boas Festas 2023/24 (11): José Câmara, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56; Eduardo Estrela, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 14 e João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil do BENG 447

1. Mensagem natalícia do nosso camarada José Câmara, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56 (Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73):

Caro amigo,
Nos Açores que me viram nascer e crescer, o Natal era a Festa do Menino Jesus. Para a pequenada de então, era Ele que metia uns figos passados e uma corneta do Galo de Barcelos debaixo da travesseira.
Aqui e ali, lá deixava aos pés da cama um parde sapatos ou uma camisa domingueira. A verdade é que ninguém o via, pois chegava sempre depois da missa da meia-noite.
De manhã os pedrados das ruas enchiam com a alegria dos meninos e meninas felizes com as ofertas recebidas e também com o choro daqueles que o Menino, na ânsia de chegar a todos, havia esquecido.

Hoje, com a família e os meus amigos no coração, o meu Menino Jesus continua a ser o mesmo de então. A Natividade é a Força e o Pão da Vida!
Que o Menino Jesus seja muito generoso na distribuição de muita saúde para toda a família e na ajuda aos projectos de vida.

Haja Boas Festas, Bons Anos e muita Paz (que bem precisamos).
JC


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2. Mensagem natalícia do nosso camarada Eduardo Estrela, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 14 (Cuntima e Farim, 1969/71):

Camarada e companheiro!
Para ti e para os que te estão mais próximos e que te têm acompanhado ao longo das jornadas passadas, um bom e feliz Natal e um 2024 repleto de coisas boas.
Votos igualmente extensivos aos outros editores do blogue e suas famílias e a todos os companheiros que connosco percorreram os caminhos duma malfadada guerra, como afinal são todas.

Abraço fraterno
Eduardo Estrela


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3. Mensagem natalícia do nosso camarada João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil, CMDT do Pelotão de Transportes Especiais (BENG 447, 1968/71):

Bom dia,
Acho que tinha preparado um mail com estas fotos para o Luís Graça, mas não o descobri nos mails enviados.
Agora vou ver se segue.
Estas fotos são para nos recordarmos, nesta cassete que julgo ser uma preciosidade , das músicas do nosso Natal de 1969 (e dos nossos artistas do BENG 447)

Grande abraço
João Rodrigues Lobo
BENG 447 - Natal de 1969 - Preparando o palco
BENG 447 - Natal de 1969
BENG 447 - Programa da Festa de Natal de 1969
BENG 447 - Cassete

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Nota do editor

Último poste da série de 22 DE DEZEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24989: Boas Festas 2023/24 (10): Renato Brito, voluntário que integra um projecto de construção de uma escola na aldeia de Sincha Alfa - Guiné-Bissau

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24954: S(C)em Comentários (23): João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo")




Lisboa > Fundação Calouste Gulbenkian > 11 de dezembro de 2023 > João Crisóstom,o, vencedor do Prémio Tàgides 2023, na categoria "Portugal no Mundo", uma iniciativa da All4Integrity-

Fotos: Cortesia da página do Facebook de Cristina Crisóstomo


1. Comentários recentes (*) sobre o tema, de alguns dos nossos camaradas... Os demais leitores podem também pronunciar-se (**)

(i) Eduardo Estrela  (Faro):

Houve portugueses da história recente deste país que amamos, que desobedeceram a César por amor de Deus e da humanidade. Aristides de Sousa Mendes e o general Vassalo e Silva são exemplos de homens capazes de afrontar o mal oriundo de mentes agrilhoadas e obscuras.

Bem hajam os que continuam a lembrar a integridade humana e intelectual desses homens, como é o caso do João Crisóstomo no que a Aristides de Sousa Mendes diz respeito.

A humanidade continua, cada vez mais, a precisar de vultos que se revoltem contra os poderes instituídos que espezinham, destroem, matam e reduzem a cinzas em nome de nada, os que somente aspiram a uma vida melhor. (...)
 
4 de dezembro de 2023 às 14:14 

(ii) Valdemar Queiroz (Cacém / Sintra): 

O nosso camarada da guerra na Guiné tem várias vezes me telefonado e enviado e-mails para saber como eu tenho passado da minha doença, e com o desejo de me visitar quando viesse a Portugal. Eu fico sempre muito sensibilizado com as suas preocupações, por não nos conhecermos de lado nenhum.
No último e-mail escrevi-lhe como o reconhecia, assim:

"João Crisóstomo a tua vontade de ajudar as pessoas é por seres um homem bom com sentimentos muito elevados. Tens-te como possuído por sentimentos religiosos 'amai-vos uns aos outros' para sentires essa vontade de ajudar os outros, que assim seja, não vejo a religião para outra coisa." (...)

 4 de dezembro de 2023 às 16:53 

(iii) José Câmara (Soughton, MA, EUA):

Confesso que gosto do João, da sua atitute. O telefone é a sua G3 na comunicação com os amigos. Aqui e ali, muito mais graças a ele, comunicamos. Para ele o mundo não tem fronteiras. Bem hajas João!
Abraço transatlântico.

11 de dezembro de 2023 às 01:08 

(iv) Luís Graça (Lourinhã):

João, tu mereces. Tu, o António Rodrigues e tantos outros luso-americanos que nunca esqueceram a terra que vos viu nascer.

Por certo que o júri (constituído por por personalidades que venceram o prémio nas duas edições anteriores) ficou impressionado não só com a competência, o empenhamento e a determinação que tens posto na defesa destas nobres causas, como também com a tua capacidade de mobilização e trabalho de equipa... Isto é liderança... Nada se faz sozinho, ninguém é herói solitário.

Fíco contente também por ti e pelos Crisóstomos & Crispins que te inspiram, e te deram exemplos e valores...

Afinal, quem disse que ninguém é profeta na sua terra ? Claro que Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, não tem a mesma visibilidade de Queens, Nova Iorque...

12 de dezembro de 2023 às 08:32 

(v) António Carvalho (Carvalho de Mamaptá) (Medas / Gondomar):

Tenho muito orgulho em saber que tenho entre os camaradas da Tabanca Grande e combatente da guerra da Guiné um camarada com estes grandes méritos aqui referidos, entre outros que também terá. Parabéns, Crisóstomo, pelo que tens feito de extraordinário, nomeadamente pela causa das Gravuras do Coa e pela reabilitação e nobilitação da memória de Aristides de Sousa Mendes. (...)

12 de dezembro de 2023 às 11:12

(vi) Hélder Sousa (Setúbal): 

Caros amigos: Todas as palavras elogiosas do João Crisóstomo e das suas obras não são demais. É com grande satisfação (e orgulho "por conta") que lhe reservo toda a consideração e estima.
É verdadeiramente um "bom homem" e um "homem bom". (...)


(vii) Manuel Luís Lomba (Barcelos):

Felicitações ao João Crisóstomo, por mais esta distinção. Grande honra nossa de ter e privar com camarada desta dimensão.(...)

13 de dezembro de 2023 às 10:31 

(viii) Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos):

Ter alguém como o João Crisóstomo, que faz o favor de ser nosso amigo, é um privilégio.

Caro João, um abraço e votos de muitas felicidades.

13 de dezembro de 2023 às 18:49 

(ix) Joaquim Luis Fernandes (Leiria):

Bem merecido o prémio Tágides 2023, a João Crisóstomo!

Parabéns e muitas felicidades. (...)

13 de dezembro de 2023 às 19:47 

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Notas do editor LG:

(*) Vd. postes de 

13 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24947: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - II (e última) Parte

12 de dezembro de 2023: Guiné 61/74 - P24945: João Crisóstomo, Prémio Tágides 2023 (Categoria "Portugal no Mundo"): uma vida, muitas causas - Parte I

4 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24915: (In)citações (261): João Crisóstomo, já que chegaste a finalista do Prémio Tágides (edição 2023), na categoria "Iniciativa Portugal no Mundo", esperamos que no dia 11 deste mês, na cerimónia de revelação dos vencedores, os nossos bons irãs estejam contigo e com as causas que tens defendido, com o empenho e a competência também de muita outra gente da diáspora lusófona e de outros cidadãos do mundo

(**) Último poste da série > 13  de dezmbro de 2023 > Guiné 61/74 - P24948: S(C)em comentários (22): Caçadores de Angola...

domingo, 26 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24888: S(C)em comentários (18): Obrigado, América! Thank You, America ! (José Câmara, Soughton, MA)


"The First Thanksgiving, 1621",  quadro a óleo (c. 1912/15), da autoria de  Jean Leon Gerome Ferris (1863–1930). Imagem do domínio público. Cortesia de Wikimedia Commons.



O nosso veterano José Câmara


1. Postagem, na página do Facebook Tabanca Grande Luís Graça, com a data de 23 de novembro de 2023, 2:19,  do José Câmara (ex-fur mil inf, CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73;  natural de Fazenda, Lajes das Flores, Ilha das Flores, Açores;  luso-americano, a viver em Stoughton, MA (Massachusetts), EUA; agente de seguros; ingressou na Tabanca Grande em 15/9/2009; autor da série "Memórias e Histórias Minhas" de que publicou até à data 37 postes; tem cerca de 140 referências no nosso blogue):

Amigos e camaradas-de-armas,

O Thanksgiving Day nos EUA é, sem dúvida alguma, o grande feriado familiar nos EUA. Os primeiros imigrantes celebraram o fim das colheitas com orações e festa que se prolongaram por três dias (diz a Wikipedia), e às quais se juntaram os nativos da área de Plymouth, Estado de Massachusetts.

Para muitos imigrantes é conhecido como o dia dos perus. Isso não significa menos respeito por esta grande nação americana que nos recebeu de braços abertos e nunca nos impediu de irmos tão longe quando as nossas capacidades humanas permitiram.

Não é segredo para ninguém o respeito que sinto por este grande País Americano. Dentro do possível, emprestei-lhe o melhor que trouxe do País que me viu nascer e crescer e que moldou o meu caracter, a minha forma de estar na vida. Foi o melhor que lhe pude dar. Aqui dei continuidade a esses princípios, formei a minha família e vi crescer os meus filhos em pessoas de bem. Tudo isso se conjugou para me sentir um homem realizado na vida.

Por favor, deixem-me compartilhar com todos vós um grande Dia de Acção de Graças, um feliz Thanksgiving Day.

Com respeito e consideração,
José Câmara
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 15 de novembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24851: S(c)em comentários (17): "Por ti, Portugal, eu juro!": Memórias e testemunhos dos comandos africanos da Guiné (1971-1974), tese de doutoramento, de Sofia da Palma Rodrigues (2022), UC/CES: Resumo

domingo, 25 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24431: In Memoriam (481): José Marcelino Sousa (1949 - 2023), ex-1º cabo at inf, CCAÇ 3327 / BII 17 (Bissau, Mata dos Madeiros, Calequisse, Tite e Bissássema, 1971/73): natural da ilha das Flores, Açores, vivia desde 1974 em Stoughton, Massachussetts, EUA... Passa a sentar-se, no lugar nº 877, sob o poilão da nossa Tabanca Grande (José Câmara / Luís Graça)


Foto nº 1 > José Marcelino Sousa


Foto nº 2 - José Marcelino Sousa, 1° da esquerda, em Santa Margarida,  junto dos companheiros da ilha das Flores


Foto nº 3 >  José Sousa, na direita, no regresso de uma operação à Junqueira, zona de Bissássema, Guiné.


 Foto mº 4 > Nicho em louvor de N. Sra. de Fátima em Calequisse, Guiné,  "CCAÇ 3327, 3º Gr Comb, Açoreanos"...

Fotos (e legendas):  © José Câmara (2023). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Postagem, no facebook da Tabanca Grande Luís Graça, colocada pelo José Câmara, em 24 de junho de 2023, 10:25 ( José Câmara, de seu nome completo, José Alexandre da Silveira Câmara, ex-fur mil inf,  CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73, tem 135 referências no nosso blogue; é natural de Fazenda, Lajes, Ilha das Flores, Açores; vive desde 1973 em Stoughton, Massachussetts, EUA; foto à direita)

José Marcelino Gonçalves de Sousa, natural da freguesia da Fazenda, concelho de Lajes. Ilha das Flores, faleceu em Boston, EUA, no passado dia 20 do corrente mês de Junho de 2023. (*)

O José Sousa, como 1° cabo atirador de infantaria, nº mec. 09570170, integrado no 3° Gr Cmbt da CCaç 3327/BII17, cumpriu a sua comissão de Serviço Militar na então Província Ultramarina da Guiné, no período janeiro de 1971 a janeiro de 1973. Nesta província passou por Bissau, Mata dos Madeiros, Calequisse, Tite e Bissássema.

Em Calequisse, foi o grande mentor e obreiro de um nicho em louvor de Nª Srª de Fátima, que ainda hoje se mantem em muito bom estado de conservação, e ao qual doou a imagem. Mas foi durante um ataque do inimigo ao quartel de Bissássema que o José Sousa demonstrou a sua grande capacidade de liderança e arrojo quando, a peito descoberto, lançou várias granadas com o seu inseparável Lança-Granadas, atingindo as zonas de onde o inimigo atacava.

O José Sousa, como companheiro e militar, era muito respeitado pelos seus pares e os seus superiores hierárquicos viam nele um excelente colaborador em quem podiam confiar no cumprimento das missões que lhe eram confiadas. Pelas suas qualidades cívicas e militares foi justamente louvado pelo Sr. Comandante do Batalhão de Artilharia 6520/72.
 
Como muitos jovens do seu tempo, após o serviço militar, o José Sousa seguiu os caminhos da imigração tendo fixado residência em Stoughton, estado de Massachussetts, onde trabalhou em vários serviços e formou a sua família. Mas o José não se quedou por aí, também teve uma acção muito meritória na Comunidade Luso-Americana da Vila de Stoughton ao integrar a prestigiada Sociedade Filarmónica de São João de Stoughton, da qual foi Tesoureiro e mais tarde Presidente.

Para os familiares do José Sousa as nossas sentidas condolências num abraço solidário.

Numa nota estritamente pessoal, os bancos da escola primária, ir buscar as vacas ao sítio da Tronqueira na freguesia da Fazenda, o serviço militar na CCaç 3327/BII17 na Guiné, a Sociedade Filarmónica de São João, em Stoughton, são alguns dos trilhos de vida que palmeamos lado a lado e que jamais esquecerei.
 
Que Deus te tenha em Seu Bom Regaço. Até logo, amigo.

Foto 1 – José Sousa
Foto 2 – José Sousa, 1° da esquerda, em Santa Margarida junto dos companheiros da ilha das Flores
Foto 3 – José Sousa, na direita, no regresso de uma operação à Junqueira, zona de Bissássema, Guiné.
Foto 4 – Nicho em louvor de Na. Sra. de Fátima em Calequisse, Guiné


Obituário inserido na Farley Funeral Home, de Stoughton, com a devida vénia.

Jose Marcelino Sousa

Jose Marcelino Sousa, 74, a longtime resident of Stoughton, died unexpectedly at St. Elizabeth’s Medical Center in Brighton on Tuesday, June 20, 2023. 

He was the husband of Inelda (Rosanina) Sousa for 48 years. 

Born and raised in Fazenda, Flores, Azores, Portugal, he was the son of the late João Augusto and Palmira (Goncalves) Sousa. 

Jose served in the Portuguese Army and remains close with several of his Army friends to this day. He moved to Stoughton in 1974. 

He worked at several different businesses in the area. Jose was a member of the Sociedade Filarmómica De São João in Stoughton and a former member of Stoughton Fish & Game. He enjoyed hunting, fishing, raising turkeys, collecting hats and birdwatching, especially hummingbirds but his greatest joy was spending time with his family and taking trips back to Portugal.

In addition to his wife, Jose is survived by his children, Robert R. Sousa and his fiancé Shayna Lehrer of Brockton and Roseann R. Freitas and her husband João Stoughton as well as his grandchildren, J.C. Freitas, Dakota Bourne, Francisco Freitas, Caylee Sousa, Julius Sousa, Sebastian Freitas and Lily Lehrer. He was the brother of Helena Costa and Palmira Sousa both of Stoughton, Filomena Fraga of Flores and the late João Sousa. He is also survived by many nieces and nephews.

Funeral will be held from the Farley Funeral Home, 358 Park St. (Rt. 27) Stoughton on Tuesday, June 27 at 9 AM followed by a Funeral Mass at Immaculate Conception Church, Stoughton at 10 AM. Visiting Hours Monday from 4-7 PM. Interment will take place at Holy Sepulchre Cemetery, Stoughton.

To order memorial trees or send flowers to the family in memory of Jose Marcelino Sousa, please visit our flower store.


Versão em português: Google Translate / Editor LG:

José Marcelino Sousa, de 74 anos de idade, residente de longa data em Stoughton, morreu inesperadamente no St. Elizabeth's Medical Center em Brighton na terça-feira, 20 de junho de 2023.

Foi casado com Inelda (Rosanina) Sousa durante 48 anos. Nascido e criado em Fazenda, ilha das Flores, Açores, Portugal, era filho do falecido João Augusto e Palmira (Gonçalves) Sousa.

O José serviu no Exército Português e permanece próximo de vários de seus amigos, antigos combatentes, ao longo da sua vida. Mudou-se para Stoughton em 1974.

Ele trabalhou  na região, em vários ramos de atividade. Foi membro da Sociedade Filarmónica de São João em Stoughton e ex-membro da Stoughton Fish & Game. Gostava de caçar, pescar, criar perus, colecionar chapéus e observar pássaros, principalmente os beija-flores, mas a sua maior alegria era passar o tempo com a família e fazer viagens de volta aos Açores, Portugal. 

Além de sua esposa, José deixa os seus filhos, Robert R. Sousa e a sua noiva Shayna Lehrer de Brockton e Roseann R. Freitas e seu marido João Stoughton, bem como seus netos, J.C. Freitas, Dakota Bourne, Francisco Freitas, Caylee Sousa, Julius Sousa, Sebastian Freitas e Lily Lehrer. Era irmão de Helena Costa e Palmira Sousa,  ambas de Stoughton, Filomena Fraga das Flores e do saudoso João Sousa. Também deixa muitas sobrinhas e sobrinhos. 

O funeral será realizado na Farley Funeral Home, 358 Park St. (Rt. 27) Stoughton na terça-feira, 27 de junho às 9h, seguido de uma missa fúnebre na Imaculate Conception Church, Stoughton às 10h. Horário de Visitação Segunda-feira das 16h às 19h. O enterro acontecerá no cemitério Holy Sepulcher, Stoughton. 

Para encomendar árvores memoriais ou enviar flores à família em memória de José Marcelino Sousa, visite a nossa loja. (...)
Guiné > Região de Quínara > Tite > Bissássema > CCAÇ 3327 / BII 17 > O 1.° cabo at inf José Marcelino Sousa  junto do Monumento da CCav 2765 aos seus mártires de guerra. (**)

Foto (e legenda): © José Câmara (2022). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

2. Comentário do editor LG:

O José Marcelino Sousa, ou simplemente José Sousa, já tinha algumas referências aqui no no nosso blogue, graças ao seu grande amigo de infância, conterrâneo, vizinho e camaradas de armas, José Câmara. Ambos serviram na CCAÇ 3327,  nasceram e cresceram em Fazenda, Flores, Açores, e vivveram a maior parte da vida em Stoughton, Massachussetts, EUA.

O José Marcelino Sousa também participou, por exemplo, em 26 de julho de 2014, na Ortigosa, Monte Real, Leiria, no encontro que juntou as CCAÇ 3327 e 3328 (***). Na altura, vivia na Ilha das Flores, deslocando-se com frequência aos EUA...

A evocação que dele faz o José Câmara é de um irmão que fala de outro irmão... Espantosamente, as suas vidas seguiram, quase a par e passo, os mesmos trilhos, nos Açores, na Guiné e na emigração... 

(...) "Numa nota estritamente pessoal, os bancos da escola primária, ir buscar as vacas ao sítio da Tronqueira na freguesia da Fazenda, o serviço militar na CCaç 3327/BII17 na Guiné, a Sociedade Filarmónica de São João, em Stoughton, são alguns dos trilhos de vida que palmeamos lado a lado e que jamais esquecerei." (...)

Muitos destes nossos camaradas açorianos, quando morrem, ficam inumados na "vala comum do esquecimento"... Não será o caso do José Marcelino Sousa: o seu "mano" José Câmara escreveu-lhe uma comovente nota biográfica, por ocasião da sua morte, e a nossa Tabanca Grande passa a acolhê-lo, à sombra do nosso fraterno e sagrado poilão, sob o nº 877.

À família enlutada, na América e nos Açores, apresentamos as condolências do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.

PS - Sobre os Açores e os açorianos temos mais de 250 referências no nosso blogue. Mas sentimos que há muitas falhas e omissões: grande parte dos nossos camaradas açorianos, que passaram pelo CTIG, ao longo da guerra do ultramar / guerra colonial, escolheram os caminhos da emigração e da diáspora. O José Câmara tem feito a ponte entre o nosso blogue e a comunidade açoriana na América do Norte. Que Deus o proteja, dando-lhe saúde e longa vida.
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 23 de junho de 2023 > Guiné 61/74 - P24426: In Memoriam (480): Carlos Nuno Carronda Rodrigues (1948-2023), ex-alf mil, CCAÇ 6 (Bedanda, 1970/72), cor inf ref... Passa a integrar a título póstumo a Tabanca Grande, sob o n.º 876

 

sábado, 27 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24346: Recortes de imprensa (127): "Memorial Day e os portugueses nas guerras dos EUA", artigo do jornalista Eurico Mendes no jornal Portuguese Times (José da Câmara, ex-Fur Mil Inf)

1. Mensagem do nosso camarada e amigo José Câmara, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56 (Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), enviada ao nosso blogue em 25 de Maio de 2023, trazendo até nós um artigo do jornalista Eurico Mendes [1], publicado no jornal Portuguese Times, sobre o Memorial Day que se comemora do próximo dia 29 de Maio nos Estados Unidos da América:

Carlos,
Junto um artigo impresso no Portuguese Times desta semana que, do ponto histórico, é muito interessante. Tem a ver com a participação de portugueses e luso-descendentes nas várias guerras que os EUA se viram envolvidos.

Abraço fraterno
José



Memorial Day e os portugueses nas guerras dos EUA










Na próxima segunda-feira, 29 de maio, é Memorial Day nos EUA, feriado em que o país honra os seus militares mortos em combate. Hoje em dia quase todas as cidades organizam desfiles de Memorial Day, muitos com a presença de militares e organizações de veteranos e as maiores dessas paradas são em Chicago, New York e Washington DC. Muitos americanos observam o feriado do Memorial Day visitando cemitérios, pois a data converteu-se numa espécie do Dia dos Fiéis Defuntos, e em nota menos sombria, muita gente organiza piqueniques ou vai à praia, uma vez que o dia é também extra-oficialmente o início do verão.

Não está claro onde a tradição do Memorial Day teve início, mas uma das primeiras comemorações teve lugar em Charleston, Carolina do Sul, promovida por ex-escravos negros dias depois de 9 de abril de 1865, data da rendição dos confederados que pôs termo à Guerra Civil (1861-1865), que teve início quando onze estados do Sul tentaram separar-se dos Estados Unidos da América e formar a sua própria união com o nome de Estados Confederados da América.

Em 5 de maio de 1868, o general John A. Logan, líder de uma associação de veteranos unionistas da Guerra Civil, convidou os membros a colocarem flores nos túmulos dos camaradas falecidos, chamou-lhe Decoration Day (Dia da Decoração) e escolheu a data de 30 de maio alegando não ser aniversário de nenhuma batalha em particular.

No primeiro Decoration Day, a 30 de maio de 1868, o futuro presidente general James Garfield foi o orador principal e 5.000 veteranos colocaram flores nos túmulos dos 20.000 soldados da União enterrados no Cemitério Nacional de Arlington (Virgínia).

Os estados do Norte passaram a celebrar o Decoration Day e em 1890 a última segunda-feira de maio já era feriado em todos os estados da União homenageando os seus mortos na Guerra Civil, mas os estados do Sul não se conformavam em honrar os mortos da guerra civil no mesmo dia que o pessoal do Norte e homenageavam os seus mortos em datas diferentes.

As coisas mudaram depois da Primeira Guerra Mundial, quando a data passou a homenagear todos os soldados americanos mortos nas guerras em que o país participou e só então o Sul resolveu aderir ao Decoration Day, que se foi tornando gradualmente conhecido como Memorial Day.

Em 1966, por decisão do presidente Lyndon B. Johnson, a localidade de Waterloo, estado de New York, tornou-se o berço oficial do Memorial Day porque desde 5 de maio de 1866 que os seus residentes decoravam os túmulos dos soldados com flores e bandeiras. E em 1971 o Congresso decidiu que o Memorial Day seria feriado nacional homenageando os militares americanos falecidos em combate, entre os quais um bom número de origem portuguesa, o que não admira uma vez que a imigração portuguesa é das mais antigas – começou em setembro de 1654 com a chegada a New York, que então se chamava New Amsterdam, de 23 famílias judaicas fugidas da Inquisição portuguesa no Brasil.

Desde a Guerra da Independência às atuais guerras contra o Estado Islâmico, Guerra Civil da Líbia e Guerra Civil da Síria, muitos portugueses ou seus descendentes pegaram em armas pelos EUA e alguns figuram na lista dos mais de 1,5 milhão de mortos que os EUA sofreram até hoje na guerra.

No cemitério da Murtosa, distrito de Aveiro, por exemplo, estão sepultados três filhos da terra mortos em guerras dos EUA: Manuel Evaristo, Segunda Guerra Mundial; Manuel Branco, Guerra da Coreia e Jack Rebelo, Vietname. Logo na primeira guerra dos EUA, a Guerra da Independência também conhecida como Revolução Americana (1775-1783), morreram portugueses e, já agora, lembre-se que um dos heróis dessa luta foi o lendário Peter Francisco, presumivelmente nascido na ilha Terceira, mas que não morreu na guerra. Faleceu em 1831, de apendecite, quando era beleguim da Câmara dos Delegados da Virgínia. A comunidade portuguesa adoptou Peter Francisco e dedicou-lhe monumentos em pelo menos três estados, e há também um Dia de Pedro Francisco em sua homenagem, um Prémio Peter Francisco e uma Sociedade dos Descendentes de Peter Francisco.

Menos famoso que Peter Francisco, também tivemos o John Peters (João Pedro), nascido perto de Lisboa e que imigrou para Boston depois do terremoto de 1755. Fez parte do grupo de patriotas envolvido no Boston Tea Party e, em 16 de dezembro de 1773, ajudou a lançar ao mar um carregamento de chá em protesto contra as taxas alfandegárias. Durante a luta nacionalista combateu em diferentes frentes até 1783, tendo sido ferido em várias ocasiões. Fixou-se depois em Philadelphia criando numerosa família e faleceu a 23 de abril de 1832 com a bonita idade de 100 anos, cinco meses e 23 dias, de acordo com o obituário publicado a 1 de maio de 1832 no jornal Alexandria Gazette.

Da tripulação do primeiro navio da Continental Navy precursora da US Navy, o Bonhome Richard que o rei Louis XIV de França ofereceu aos nacionalistas, faziam parte 38 portugueses recrutados por John Paul Jones no porto francês de L’Orient e onze morreram no histórico combate com o navio inglês Serapis.

Uma das primeiras baixas da Guerra da Independência foi Francis Salvador ou Francisco Salvador, nascido em 1747 em Londres, numa rica família judaica portuguesa oriunda de Tomar e que escapara à Inquisição fugindo para a Holanda e depois para Inglaterra. Veio em 1773 para a Carolina do Sul, onde herdara 405 km2 de terras do avô e foi eleito deputado pelo 96º distrito ao Congresso Provincial (independentista).

Em Charlestown foi descerrada há anos uma placa a lembrar que Francis Salvador foi o primeiro judeu a exercer um cargo político no território que viria a tornar-se EUA e o primeiro luso-descendente, acrescente-se.

Durante a guerra da Independência, os ingleses armaram os índios para fazerem frente aos colonos e Salvador cavalgou a Carolina do Sul a alertar os colonos dos ataques dos índios, ficando por isso conhecido como o Paul Revere do Sul. Morreu aos 29 anos, no dia 31 de julho de 1776, 27 dias depois da proclamação da independência e em combate com os índios Cherokees. A história guarda também o nome de Joseph Diaz (José Dias), baleeiro que se fixou em 1770 na localidade de Tisbury, ilha de Martha’s Vineyard, vindo provavelmente dos Açores. Casou em 1780 com uma rapariga da terra e aderiu à causa revolucionária. Capturado pelos ingleses em 1780, foi mandado para Inglaterra, mas foi libertado e regressou à ilha em dezembro desse ano; voltou a cair prisioneiro em 1781 e desta vez morreu a bordo do navio inglês Jersey.

Na Guerra Civil (1861-1865), quando onze estados esclavagistas do sul tentaram separar-se dos Estados Unidos da América e formar a sua própria união com o nome de Estados Confederados da América, a União sofreu 140.414 mortes e os Confederados 72.524 e houve também baixas portuguesas.

Ao tempo, viviam nos EUA mais de 4.000 portugueses e um número maior de descendentes e muitos combateram dos dois lados. Na Louisiana viviam algumas centenas de açorianos contratados para trabalhar nas plantações de açúcar e muitos foram obrigados a servir na Marinha Confederada.

Em New York, vários grupos étnicos formaram o seu próprio regimento, o 39º Regimento de Infantaria constituído por companhias de imigrantes italianos, húngaros, suiços, polacos, alemães, franceses e havia até uma companhia composta por soldados espanhóis e portugueses.

Os irlandeses formaram a Excelsior Brigade e, seguindo o exemplo dos irlandeses, os polacos criaram a Legião Polaca, os italianos a Legião Garibaldi (inspirada no legendário lutador pela liberdade Giuseppe Garibaldi) e a Skinner Brigade, criada pelo general Cortland Skinner com voluntários de New Jersey e da qual um dos estrategas era o capitão tenente John de Meneses, nascido em Portugal. Tivemos até uma legião criada pelo lusodescendente Francis Barreto Spínola, nascido em 1821 em Long Island, filho do madeirense João Spínola. Era advogado em New York, banqueiro e político. Quando a Guerra Civil começou Spínola alistou-se, foi promovido a general e, em 1862, criou a Empire Brigade. Mais tarde veio a comandar a Excelsior Brigade, mas foi ferido em combate e acabou a carreira militar, vindo a falecer em 1891, quando era congressista em Washington.

A Medalha de Honra foi criada durante a Guerra Civil Americana e é a mais alta condecoração militar oferecida pelos EUA a um membro das suas forças armadas. O agraciado deve ter-se distinguido em combate com risco da própria vida e por isso é uma condecoração frequentemente entregue postumamente.

Um dos primeiros condecorados com a Medalha de Honra foi o cabo Joseph H. de Castro do 19º Regimento de Massachusetts, que alguns historiadores apresentam como sendo o primeiro hispânico agraciado com esta condecoração, mas que possivelmente era lusodescendente uma vez que era de Boston e já viviam ao tempo mais de 500 portugueses naquela cidade.

Joseph H. de Castro, nascido em 1844 em Boston, era porta-estandarte do seu regimento e distinguiu-se na Batalha de Gettysburg, na Pennsylvania, na segunda tentativa do exército confederado para invadir o norte e que se tornou o mais sangrento confronto da Guerra Civil com mais de sete mil mortos de ambos os lados.

Na Guerra Civil tivemos outro judeu de ascendência lusa como destacado confederado, Judah Philip Benjamin, nascido a 11 de agosto de 1811 nas Antilhas Britânicas (agora as Ilhas Virgens dos EUA) quando os pais vinham a caminho da América. Era filho de Philip Benjamin e Rebecca Mendes Benjamin, judeus sefarditas britânicos e ela pelo menos de ascendência portuguesa. Judah era um brilhante advogado e era considerado “o cérebro da Confederação” tendo exercido três cargos governativos sucessivos: procurador-geral (1861), secretário de Guerra (1861-1862) e secretário de Estado (1862-1865) famoso pelos discursos defendendo o esclavagissmo.

Não é hoje um herói porque os confederados perderam a guerra, mas se tivessem ganho Judah Benjamin poderia ter sido o segundo presidente dos Estados Confederados da América.

O segundo lusodescendente a receber a Medalha de Honra terá sido o soldado Frances Silva, nascido a 8 de maio de 1876 em Hayward, Califórnia. Era tripulante do USS Newark e teve comportamento heróico entre 28 de junho e 18 de agosto de 1900, durante a Guerra dos Boxers, em Pequim, quando um grupo de chineses criou uma sociedade secreta para lutar contra a intervenção imperialista no país.

Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os EUA mobilizaram quatro milhões de soldados, dos quais morreram mais de 116.000. Mais de 16.000 portugueses e lusodescendentes alistaram-se e foram mandados para os campos de batalha em França. Um desses militares foi Walter Goulart, nascido em 1895 em New Bedford, filho de faialenses.

Goulart alistou-se no Exército em 1917, embarcou para França no ano seguinte. Morreu em combate na ofensiva de Meuse-Argonne no dia 7 de outubro de 1918, com 23 anos. No sul de New Bedford, na Walter Goulart Square, existe desde 1923 um pequeno monumento em memória do malogrado soldado. Durante a Primeira Guerra Mundial, várias associações mutualistas da comunidade portuguesa deram o seu apoio aos Estados Unidos, a Liga das Sociedades Fraternais Portuguesas contribuiu com $10.000 para a compra de canhões e a Associação Portuguesa de Protetorado e Beneficiário doou $10.000, metade dos seus activos, para a compra de Liberty Bonds e orgulhava-se do facto de 15 dos seus membros terem combatido na guerra. Na Segunda Guerra Mundial (1939-1946), morreram 292.000 americanos e entre eles muitos luso-americanos. Um deles foi Charles Braga, a 7 de dezembro de 1941, no bombardeamento do navio Pennsylvania durante o ataque japonês a Pearl Harbor. Foi o primeiro residente de Fall River morto na guerra e, em 1966, a ponte sobre o rio Taunton, com 256 metros de extensão e ligando Somerset e Fall River, foi chamada de Ponte Memorial Charles M. Braga Jr. em sua homenagem.

Depois de Pearl Harbor, a Marinha dos EUA precisou de ajuda para enfrentar os japoneses e recrutou 47 navios da frota pesqueira de San Diego, muitos dos quais propriedade e operados por portugueses. Quando a Marinha pediu voluntários para tripular os barcos, 600 homens, a maioria portugueses, ofereceram-se para essa arriscada missão.

Os navios foram pintados de cinzento, identificados com as letras YP. Os barcos “Yippie”, ou “costeleta de porco”, como lhes chamavam os portugueses, foram usados para transportar suprimentos e combustível para a zona de operações no Pacífico. De 1942 a 1945, 16 barcos foram afundados em ataques inimigos ou tempestades e em alguns casos desapareceram todos os tripulantes.

Dois lusodescendentes que mereceram a Medalha de Honra durante a Segunda Guerra Mundial, foram o soldado Harold Gonsalves, da Califórnia, morto em combate a 15 de abril de 1945, em Okinawa e o paraquedista George Peters, de Cranston, Rhode Island.

Em 24 de março de 1945, em Wesel, na Alemanha, Peters atacou um ninho de metralhadora alemão armado apenas com a sua carabina e uma granada de mão. Foi morto, mas salvou os seus camaradas. A Guerra da Coreia começou em 25 de junho de 1950, quando a Coreia do Norte comunista atacou a Coreia do Sul pró-ocidental e causou aproximadamente cinco milhões de vítimas civis e militares. Um total de 5.720.000 soldados americanos serviram na Guerra da Coreia, dos quais 50.000 foram mortos. Um desses heróis foi o soldado Leroy A. Mendonça, natural de Honolulu e de ascendência portuguesa e filipina. Morreu aos 19 anos, a 4 de julho de 1951, protegendo a retirada de um pelotão e, até chegar a sua hora, abateu 37 inimigos. O feito valeu-lhe a Medalha de Honra.

Na Guerra do Vietname morreram mais de 58.000 americanos e um deles foi o soldado Ralph Ellis Dias, nascido em 1950, em Shelocta, Pennsylvania e condecorado postumamente com a Medalha de Honra e várias Purple Heart. Alistou-se nos Marines em 1967, seguiu para o Vietname em 1969 e morreu em combate a 12 de novembro desse ano, na província de Quang Nam.

A cidade de Fall River rendeu homenagem aos militares americanos mortos no Vietname, com um memorial quase tão grande como o memorial existente em Washington. Dos 58.489 militares americanos mortos no Vietname, 1.331 eram de Massachusetts, sendo 48 portugueses e só de Fall River eram 11.

Nas modernas guerras dos EUA no Médio Oriente tivemos a Operation Freedom 2001, com uma baixa portuguesa, Miguel Rosa; e Operation Freedom 2003, com quatro: Arlindo Almeida, David Botelho, Andrew Cunha e Diane N. Lopes. Os EUA estão presentemente empenhados em conflitos no Iraque (onde sofreram 4.474 mortes) e no Afeganistão (2.853 mortes).

No Afeganistão morreram os seguintes luso-descendentes: Christopher Luis Mendonça, Jorge Oliveira, Carlos A. Aparício, Rafael P. Arruda, Anthony J. Rosa, Ethan Gonçalo, Francisco Jackson, Joaquim Vaz Rebelo, Scott Andrews, Robert Barrett e Chad Gonsalves.

No Iraque, morreram Michael Arruda, Michael Andrade, Joseph M. Câmara, Charles Caldwell, Peter Gerald Enos, Todd Nunes, Brian Oliveira, Scott C. Rose, Humberto Timóteo e David Marques Vicente.

O cabo marine David Marques Vicente, 25 anos, integrava o 2º Batalhão da 1º Divisão de Marines. Foi morto em 2003 e está sepultado em Methuen, MA, onde nasceu e residem os pais, naturais de Lisboa. Dias antes do funeral, um familiar do malogrado jovem deslocou-se a New Bedford e pediu ao então cônsul de Portugal, Fernando Teles Fazendeiro, uma bandeira portuguesa para Vicente levar no caixão. Embora tenha dado a vida pelos EUA, David Vicente foi sepultado com a bandeira portuguesa no caixão.

Não sei se em Portugal as pessoas se preocupam em enterrar entes queridos com a bandeira portuguesa. Aliás, não parece que Portugal tenha feriado semelhante ao Memorial Day. Vendo bem, Portugal pouco se preocupa com os seus veteranos vivos, quanto mais mortos.


(Com a devida vénia ao jornal Portuguese Times)

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Nota de José da Câmara:
[1] - Eurico Mendes foi Furriel Miliciano e fez a sua comissão de serviço em Angola. Ficou por lá numa Rádio Emissora. Algum tempo depois emigrou para os EUA e vive na zona de New Bedford. Aqui continuou no jornalismo escrito e falado (rádio e televisão de expressão portuguesa).

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Nota do editor

Último poste da série de 15 DE MAIO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24317: Recortes de imprensa (126): O caso do capelão militar Arsénio Puim, expulso do CTIG em 1971 (tal como o Mário de Oliveira em 1968) não foi excecional: o jornalista António Marujo descobriu mais 11 padres "contestatários" (10 da diocese do Porto e 1 de Viseu)... Destaque para o trabalho de investigação publicado na Revista do Expresso, de 12/5/2023

terça-feira, 25 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24251: Efemérides (388): Revolução dos Cravos (José Câmara, ex-Fur Mil Inf)

1. Mensagem do nosso camarada e amigo José Câmara, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56 (Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 24 de Abril de 2023, dando-nos conta da homenagem prestada pelo Estado de Massachusetts a todos os veteranos portugueses imigrados nos Estados Unidos da América, quando se comemora mais um ano da Revolução dos Cravos:

Amigos e companheiros,
No passado dia 20 de Abril de 2023 a sucursal da Nova Inglaterra da Sociedade Prince Henry comemorou a Revolução dos Cravos. O Salão de Festas do Taunton Sports foi o palco escolhido para o efeito.
Para além da Vice-Presidente da Sucursal da Sociedade Prince Henry, foram oradores principais um representante do Senador Estadual Marc Pacheco, do Senado do Estado de Massachusetts, que não pode estar presente, a Representativa Estadual, Sra. Carol Doherty, a Presidente da Câmara Municipal de Taunton, Sra. Shaunna O’Connell e o Sr. Rogério Lopes, Cônsul de Portugal em New Bedford.
O Núcleo da Nova Inglaterra da Liga de Combatentes, a que pertenço com muita honra, foi o Convidado de Honra.

Não fiz perguntas quando fui contactado para comparecer. Como quase sempre acontece, julguei que o Núcleo fora convidado para fazer a Guarda de Honra no evento, daí a minha surpresa quando me apercebi do que estava a acontecer. E mais ainda quando me apercebi das Citações de várias entidades oficiais do Estado de Massachusetts, devidamente recebidas pelo Presidente do Núcleo, Sr. Eduíno Faria, natural da ilha do Faial, 1.° Cabo Enfermeiro da CCAÇ 194/BII17, emigrante na cidade de Taunton, Massachusetts.

Sei e compreendo que isto tem muito pouco a ver com o propósito desta nossa página, mas acredito que que vale a pena divulgar o respeito do Estado de Massachusetts para os seus imigrantes e, neste caso, pelos militares que serviram com honra e dignidade os interesses de Portugal.

Abraço transatlântico.
José Câmara

Foto 1 – Citação do Estado de Massachusetts
Foto 2 – Citação da Casa dos Representantes do Estado de Massachusetts
Foto 3 – Citação da Câmara Municipal de Taunton, Estado de Massachusetts.
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Nota do editor

Último poste da série de 25 DE ABRIL DE 2023 > Guiné 61/74 - P24250: Efemérides (387): "25 de Abril", por Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547 / BCAÇ 1887, Canquelifá e Bigene, 1966/68

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24085: Memórias e histórias minhas (José da Câmara) (37): Sentimentos que a farda militar encobre


1. Em mensagem de 18 de Fevereiro de 2023, o nosso camarada José Câmara, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56 (Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), enviou-nos mais uma das suas Histórias e Memórias, desta vez relacionada com as trágicas e traiçoeiras minas.


MEMÓRIAS E HISTÓRIAS MINHAS

37 - Sentimentos que a farda militar encobre

Nos últimos tempos, por razões que para aqui não interessam, tenho estado afastado da escrita, mas continuo atento. O tema “minas” tem-me chamado a atenção não só pelo desaparecimento prematuro de vidas e, como não podia deixar de ser, pela destruição da qualidade de outras, que se prolongaram nos tempos.

A CCaç 3327/BII17, companhia que integrei até ser transferido para o Pel Caç Nat 56, também teve o seu malfadado encontro com aqueles engenhos na zona de Bissássema. Vou deixar que a História da Unidade fale por si na descrição dos acontecimentos e, mais importante que tudo, integrar os sentimentos que então assolaram o Fur Mil Luís José Vargem Pinto, comandante da 3.ª Seccão, do 4.° GComb, do qual eu também fiz parte. Acrescento aqui que na altura deste acontecimento eu já tinha sido transferido para o Pel Caç Nat 56.

Na História da Unidade (CCaç 3327/BII17) – CAP II, FASC XI – PAG 25 é possível ler-se uma descrição bem elucidativa do que aconteceu naquele dia 16FEV72. Os elementos feridos não faziam parte da CCaç 3327. A sua presença no local deveu-se à proteção que fizeram ao comandante do Batalhão de Tite que entendeu deslocar-se ao local do rebentamento e, segundo testemunhos de militares da 3327, por pouco não pisou uma das minas.

Este foi o estado em que ficou o pontão destruído pelo PAIGC. Sem dúvida que foi uma grande carga explosiva. Foi à volta destes escombros que foram implantadas as minas que o Furriel Pinto levantou.

Em 2011, aquando do convívio da CCaç 3327, realizado no BII17, na ilha Terceira, o Fur Mil Pinto presenteou-me com uma pequena descrição daquilo que tinha sido a sua acção no levantamento das minas e os sentimentos que então o assolaram para tomar tal decisão. Importa realçar que toda a sua acção envolve à volta dos mais altos princípios humanos e desprezo total por aquilo que lhe pudesse acontecer.

Pela pena do FurrielMil Pinto:
“...Quando levantei as minas não foi pensando no dinheiro, nem sequer sabia que pagavam 1000 escudos cada mina levantada. Em primeiro lugar pensei que não podia deixá-las no terreno, porque alguma noite podia ser necessário passar por lá e pisar alguma, aí, adeus ó perna.
Em segundo lugar pensei na população, se ficassem no trilho quando alguém por lá passasse iam acioná-las e aí seria o rebentamento com perdas irreparáveis.
Rebentá-las no sítio não era possível, o inimigo sabia à distância a nossa posição.
Portanto decidi levantá-las e levá-las para o quartel.
Quero agradecer ao nosso comandante a confiança que depositou em mim como graduado e aos homens por mim comandados para uma missão tão difícil.”

Convívio no BII17, Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, ano de 2011. Eu (à esquerda) com o Fur Mil Pinto.

Um abraço transatlântico
José Câmara

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Nota do editor

Último poste da série de 1 DE ABRIL DE 2021 > Guiné 61/74 - P22056: Memórias e histórias minhas (José da Câmara) (36): Um levantamento de rancho servido com uma bofetada

sábado, 24 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23912: Boas festas 2022/2023 (9): Mensagens dos nossos camaradas e amigos: Hélder V. Sousa, ex-Fur Mil TRMS; Joaquim Costa, ex-Fur Mil API; José Câmara, ex-Fur Mil Inf; João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil e Idálio Reis, ex-Alf Mil Inf

BOAS FESTAS DOS NOSSOS CAMARADAS


1. Mensagem natalícia do nosso camarada Hélder Sousa, (ex-Fur Mil TRMS, TSF - Piche e Bissau, 1970/72)

Meus caros amigos e camaradas (e outros)
Com estas expressões acima, procuro que as mesmas sejam inclusivas para os "amigos" de diversos graus, ou seja de profundidade de interação, desde os superficiais aos mais profícuos, e também para os "camaradas", sejam os das Transmissões, os de Piche, os de Bissau, os que de mais perto ou de menos perto comungam pontos de vista próximos.
Claro que nesta época de grandes desejos de felicidade, e tendo em conta o meu cognome de "conciliador-mor" pressurosamente colocado faz tempo, não poderia deixar de incluir nestas palavras "os outros", aqueles que não se enquadram nas duas categorias anteriores.
Em épocas recentes acabava sempre por fazer um ou outro "escrito" marcado pela dor do falecimento da minha mãe no dia do Natal de 2012. Agora, passados 10 anos, embora ao chegar "a data" ainda mexa comigo, já consigo o distanciamento suficiente para vos desejar umas "Festas Felizes", ou seja, um "Bom Natal", comemorando o nascimento de Jesus que, embora parecendo um acontecimento intrínseco apenas à Fé Católica, na realidade se trata de algo que veio dar ao Mundo uma nova esperança de vida e de relacionamento entre pessoas, e também um "Feliz Ano Novo", embora se saiba que se trata apenas de um simples desejo, já que tudo indica que não será bem assim.

Então... para todos, "Festas Felizes"!
Hélder Sousa


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2. Mensagem natalícia do nosso camarada Joaquim Costa, ex-Fur Mil Armas Pesadas de Inf da CCAV 8351 (Cumbijã, 1972/74):


Para o Administrador, Editores e toda a "comandita" do nosso Blogue, um SANTO NATAL e um entrada à P**** em 2023.

São os votos deste sempre Periquito
Joaquim Costa



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3. Mensagem natalícia do nosso camarada José Câmara, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56 (Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73):

Caro amigo,
Que o Natal seja passado com muita paz e saúde, sem dúvida a melhor prenda que o Menino nos pode trazer, no seio da família.
Boas Festas e Bons Anos.

Abraço transatlântico.
José Câmara


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4. Mensagem natalícia do nosso camarada João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil, CMDT do Pelotão de Transportes Especiais (BENG 447, 1968/71):
Bom dia,
Venho desejar-te os melhores votos de Feliz Natal por email pois perdi o meu telemóvel com todos os contactos.
Continuo porém a acompanhar e ler todos os dias o "nosso" blog.

Até breve,
Um abraço
João Rodrigues Lobo


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5. Mensagem natalícia do nosso camarada Idálio Reis, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2317/BCAÇ 2835 (Gandembel, Ponte Balana e Nova Lamego, 1968/69):

Festas Natalícias felizes e um próximo Ano vivido em pleno no seio de toda a família.

Calorosamente,
Idálio Reis

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Nota do editor

Último poste da série de 23 de Dezembro de 2022 > Guiné 61/74 - P23908: Boas Festas 2022/23 (8): Relembrando a nossa partida para o CTIG, em 22/12/1971, recordando os mortos e desejando melhores dias para os vivos (António Duarte, ex-fur mil at inf, CART 3493/BART 3873, e CCAÇ 12, Mansambo, Bambadinca e Xitole, 1972/74)

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Guiné 61/74 – P23277: (Ex)citações (408): Os Serviços de Reordenamento da Guiné pelo BENG 447 e tropas de quadrícula, apoiados pelas populações locais (José Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José Câmara (ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 16 de Maio de 2022 onde nos fala, a pedido do editor Luís Graça, da cooperação da 3327 com a população no reordenamento de  de Bissássema:

Mano Carlos, amigos e companheiros,
O Luís Graça sugeriu que um simples comentário meu fosse publicado como “poste” e pediu-me a adição de mais algumas fotos.
Tal como afirmei no comentário inicial, a minha integração nas tropas africanas da Guiné aconteceu alguns dias antes da CCaç 3327/BII17, a minha companhia ter ido para Bissássema, subsector de Tite. Fiz os possíveis para me colocar no “terreno”, mas admito a possibilidade de alguma falha factual. As fotos que tenho foram-me cedidas por diferentes fontes, a quem presto a devida vénia.


Dito isto, para além do serviço militar da sua responsabilidade nas matas da Guiné, importa realçar o trabalho insano desenvolvido por aquela CCaç 3327/BII17 em prol das populações daquela zona e que perduraram no tempo.
Sem lá ter estado, os meus companheiros daquela companhia certamente compreenderão no meu desabafo, o orgulho que ainda hoje sinto pelo seu trabalho, pela sua abnegação, pelo seu sacrifício, pelo respeito pelas populações locais, pelo seu companheirismo, pela amizade que desde então perdura entre todos.


Este foi o comentário que fiz ao Poste Guiné 61/74 - P23252: 18º aniversário do nosso blogue (14): até meados de 1971, o Serviço de Reordenamentos do BENG 447, com o apoio das unidades militares e as populações locais, construiram 8 mil casas cobertas a colmo e 3880 cobertas a zinco e que mereceu a atenção do Luís Graça:

"Caros amigos e companheiros,
Eu saí para as tropas africanas nas vésperas da minha companhia, a CCaç3327/BII17, ir para o sector de Tite. Os dados que a seguir registo foram tirados da História da Unidade e de alguma consulta com os meus companheiros que lá estiveram.
A CCaç 3327/BII17 assumiu a responsabilidade de Bissássema, subsector de Dita, no dia 19 de Novembro de 1971, altura em que deu início a uma das suas responsabilidades, o reordenamento de Bissássema. Com a ajuda das populações daquele local, até ao fim do mês de Maio de 1972, construiu 100 (cem) casas cobertas a zinco. Relembro aqui que era Chefe de Tabanca o guineense Augusto, várias vezes referenciado em outros artigos.
Após a construção daquelas casas, ainda antes do tempo das chuvas, a companhia construiu mais um edifício para ser usado como messe da oficiais e sargentos. Os edifícios destinados ao aquartelamento também sofreram remodelações com a cimentação de paredes e chãos, sendo que a cantina das praças foi aumentada para sala de convívio.
Durante o período foi acabada a estrada e alcatroamento da que ligava Bissássema a Tite. Também foi construído um furo artesiano, tendo a CCaç 3327/BII17 procedido à construção dos fontenários. Também se fez a electrificação do perímetro. Também se procedeu à abertura e manutenção de uma agropecuária que visava a melhoria da agricultura e das espécies animais.
E mais, talvez a melhor obra da CCaç 3327, pelo impacto que poderá ter tido na vida das pessoas, sobretudo as crianças de então, foi a construção de duas escolas e o professorado (por militares) do ensino primário. Para o interesse que possa ter para a nossa história, a companhia tinha duas equipas na construção das casas. Não posso precisar o número de militares em cada equipa, mas o pessoal envolvido andaria por um pouco mais de duas secções e junte-se a isso um pelotão destacado em Tite. A falta desses efectivos nas actividades militares era compensada com a adição de dois grupos de milícias, os Pelotões de Milícias n°s 294 (38 milícias) e 295 (39 milícias) perfeitamente integrados nos grupos de combate da companhia.”

Foto 1 – Construção de uma casa no Reordenamento de Bissássema. Na foto o 1.° Cabo At Inf José Silveira Leonardes, o Sold At Inf João Lourenço de Avelar Ventura e o Sold At Inf Idalmiro Neves de Melo procedem à cobertura da nova casa.
Foto 2 – Aspecto da Tabanca de Bissássema. Os dois primeiros edifícios faziam parte do aquartelamento.
Foto 3 – Coluna auto onde são bem visíveis elementos da CCaç 3327 e dos Pelotões de Milícia (desconheço o nome dos dois milícias na foto). De frente para nós, na fila de trás, da esquerda para a direita: o 1.° Cabo Jorge Manuel da Ponte Moniz (já falecido) e o Furriel Mil Henrique Francisco Garrido. Com as costas viradas para nós e pela mesma ordem, o 1.° Cabo Telegrafista Álvaro Ferreira Pereira, o Sold Manuel Alberto da Silva Rocha (já falecido) e o 1.° Cabo Carlos Manuel da Silva.
Foto 4 – Da esquerda para a direita: o Sold At Inf NM 11532470, Raimundo Henrique da Silva, (já falecido) e o 1.° Cabo At Inf NM José Marcelino Gonçalves de Sousa, no regresso de uma operação à Península da Junqueira onde foi apreendido algum material IN.
Foto 5 – 1.° Cabo José Sousa (CCaç 3327/BII17) junto do Monumento da CCav 2765 aos seus mártires de guerra.
Foto 6 – O mesmo monumento, mas do outro lado, com a inscrição da CCaç 3327 com o cuidado em juntar a inscrição dos Pelotões de Milícias.
Foto 7 – Cópia de um documento da História da Unidade referindo a visita do Ministro da Defesa Horácio Sã Viana Rebelo.
Foto 8 – O Alferes Agostinho Morgado Barata Neves (2), se bem julgo saber, na altura a comandar o aquartelamento de Bissássema, cumprimentando o Ministro da Defesa, Horácio Sá Viana Rebelo. O Alferes Francisco João Magalhães (1), coadjuvado que foi pelo Fur Mil Manjuel Lopes Daniel e, no impedimento deste, pelo Fur Mil João Alberto Pinto Cruz, era o oficial responsável pelas construções do Reordenamento de Bissássema, aguarda a sua vez para cumprimentar o Ministro da Defesa Nacional. Entre outros oficiais, o General Spínola (3) acompanhou esta visita Ministerial.
Foto 9 – Documento retirado da História da Unidade que atestam alguns dos trabalhos realizados pela CCaç 3327/BII17 no reordenamento de Bissássema e arredores (escolas de Feninque e Fóia. Estes trabalhos prolongaram-se e foram concluídos no mês de Novembro e primeira semana de Desembro.
Foto 10 – Elementos da CCaç 3327/BII17 na capinação e limpeza do auqrtelamento de Bissássema.
Foto 11 – O 1.° Cabo At Inf Carlos Manuel Fragoso de Medeiros conduzindo as suas tropas, devidamente “fardadas” para o tempo, os alunos (as) da escola primária mantida pela CCaç 3327/BII17.

O ensino escolar foi, certamente, uma boa herança deixada pela CCaç 3327 na então Província Ultramarina da Guiné.

Abraço transatlântico.
José Câmara
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Nota do editor

Vd. poste de 10 de Maio de 2022 > Guiné 61/74 - P23252: 18º aniversário do nosso blogue (14): até meados de 1971, o Serviço de Reordenamentos do BENG 447, com o apoio das unidades militares e as populações locais, construiram 8 mil casas cobertas a colmo e 3880 cobertas a zinco

Último poste da série de 8 DE MAIO DE 2022 > Guiné 61/74 – P23247: (Ex)citações (407): Pedaços da vida militar. A tropa e o caminho rumo à Guiné. (José Saúde)