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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13421: Fotos à procura... de uma legenda (30): O aquartelamento da Academia Militar na Amadora, 1963: um regresso ao passado (Tony Levezinho, ex-fur mil at inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71; régulo da Tabanca da Ponta de Sagres - Martinhal)



Oeiras, Amadora > Academia Militar > Aquartelamento da Amadora > 1963  >  A Academia Militar toma esta designação em 1959, e tem o seu antecedente histórico na Escola do Exército, fundada em 12 de Janeiro de 1837 pelo Marquês de Sá da Bandeira. A sua sede é no Paço da Raínha ou Palácio da Bemposta, na Rua Gomes Freire, em Lisboa,. com um polo nma Amadora, desde 1959.

Por sua vez, o município da Amadora foi criado em 11 de setembro de 1977, por secessão das freguesias da Amadora e da Venteira, do nordeste do concelho de Oeiras. Entre os seus símbolos, contam-se o Aqueduto das Águas Livres, bem como os campos de aviação que tiveram tanta importância na emergência da aviação em Portugal, sendo que ainda hoje o Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa se situa no concelho, na freguesia de Alfragide. Na foto acima, veem-se os primeiros prédios da Reboleira, mais tarde freguesia, hoje extinta com a divisão municipal de 2013. Vuzinhos da Academia Militar foram, durante muitos anos, a Isabel e o Tony Levezinho a quem lancei há dias o desfasio  para comentar esta  foto do Virgínio Briote: "Junto te envio a tal foto da Academia Militar em 1963... Escreve uma legenda, .revisitando a tua infância e adolescência"...(LG)

Foto: © Virgínio Briote (2014). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: LG]


1. Texto de António Levezinho a quem o nosso editor L.G. pediu uma legenda para a foto acima reproduzida: 


A Propósito da Foto da Academia Militar datada de 1963
por Tony Levezinho 

[, foto à esquerda, em Bambnadinca, 1969, tendo à sua esquerda o Humberto Reis e o Luís Graça, os três fur mil da CCAÇ 2590/CCAÇ 12, 1969/71]

Com os meus 7 anos de idade fui para a Amadora e morávamos mesmo no "coração" da vila (então freguesia do concelho de de Oeiras),  junto à estação da C.P., e poder-se-á dizer que as instalações da Academia Militar ficavam bem já fora do centro, aliás, foi naquele espaço que a Aviação Portuguesa iniciou o seu caminho.

Em miúdo, corria a segunda metade da década de 50, de quando em vez, eu e os outros companheiros de então, por exemplo o António José Pereira da Costa (o Tozé) lá arriscavamos um tabefe dos pais por nos pirarmos para os campos circundantes da Academia, naquela altura, ainda searas de trigo.

Começava então a nascer o bairro da Reboleira - a Cidade Jardim (pois...pois J. Pimenta! - lembram-se do slogan publicitário?)  e a foto em apreço já testemunhava o aparecimento dos prédios anormalmente altos  para a época, mas, ainda assim, implantados numa zona reletivamente distante da área militar da Académica.

Casei em 1970, no intervalo da comissão na Guiné,  e quando regressei, a Isabel tinha, entretanto, alugado um 1º andar de um prédio de apenas 3 pisos, esse sim, bem em frente à porta de armas da Academia, a uma distância desta de não mais do que 80 metros, o qual iria ser o nosso ponto de partida para a vida, a dois e, não muito depois a três e, logo a  seguir, a quatro.

Ali, na verdade, construÍ família e disfrutei da felicidade de muitos serões com os melhores amigos, ao longo de uns bons 35 anos.

O Humberto Reis, o José Carlos Mendes Ferreira (o saudoso Zé Carlos) e também o Luis Graça, contam-se entre os camaradas de armas que me deram o prazer da sua companhia, naquele local que foi a minha habitação.

Embora nascido em Lisboa e agora  residente, quase permanente, em Sagres, a verdade é que a parte mais significativa, em termos familiares e de amizades, da minha vida, foi partilhada em regime de boa vizinhança com a Academia Militar da qual recordo ainda os toques de clarim, sobretudo, os  matinais de alvorada e os da 1ª refeição .

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Nota do editor:

Último poste da série > 27 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13337: Fotos à procura... de uma legenda (29): O menino... soldado de Madina do Boé, a G3 e a Kalash... (Manuel Coelho, ex-fur mil trms, CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894, Nova Lamego e Madina do Boé, 1966/68)


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Guiné 63/74 - P10920: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (20): Vestígios da passagem de "Os Magriços do Guileje", a CCAÇ 2617 (mar 70/ fev 71), na reconstrução da antiga messe... Quem serão o José Sá e o João Castro ? (Pepito)


Foto nº 5



Foto nº 4

Foto nº 3


Foto nº 1



Foto nº 2


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Vestígios da antiga messe, agora em reconstrução, e que são do tempo da CCAÇ 2617 (Guileje, março de 1970/fevereiro de 1971).

Fotos: © Pepito / AD - Acção para o Desenvolvimento (2013). Todos os direitos reservados. [ Fotos editadas por L.G.].


1. Mensagem de ontem, do nosso amigo Pepito, diretor executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento:


Olá Luís

Continuamos com o programa de reconstituição da Memória de Guiledje.

Agora, estamos a "reconstruir" de forma muito adaptada a zona da antiga Messe, onde irá ficar o Centro Interpretativo Ambiental e Cultural. [Fotos nº 1 e 2].

Prevê-se a sua inauguração no dia 29 de Março do corrente ano.

Hoje, ao andar a ver os pormenores da obra, dou com estas inscrições no que julgo ter sido o depósito de água da Messe. Não resisto a mandar-te as fotos [nºs 3, 4 e 5] ,  pois poderá dar muito prazer aos que lá deixaram o nome:  40 anos depois ainda lá estão e continuarão a estar.
um abraço
para todos
pepito


2. Comentário de L.G.:

Obrigado, Pepito. Se ainda estiverem vivos e nos lerem, os nossos Magriços da CCAÇ 2617, João Castro e José Sá vão ter um bom pretexto para sorrirem, ao verem os "vestígios arqueológicos" do aquartelamento do seu tempo e as inscrições, no cimento da messe, com os seus nomes... É um hábito muito antigo que nos vem da Alta Idade Média, altura em que os mestres canteiros deixavam a sua "assinatura" (geralmente simbolos geométricos, antropomórficos) nas pedras...

Recordo que a CCAÇ 2617, Os Magriços do Guileje, passaram por Guileje enter Março de 1970 e Fevereiro de 1971... Cada companhia que por aí passava ia fazendo as melhorias que podia (em termos de instalações para o pessoal e sistema de defesa). Tudo indica que o referido depósito da água que abastecia a messe tivesse sido construído pelos Magriços.

A este companhia pertencia o ex allf miil José Carlos Mendes Ferreira, falecido em 2006,  amigo do Humberto Reis, do Tony Levezinho e de mim próprio (furriéis milicianos da CCAÇ 12). Era natural da Amadora ou vivia na Amadora, desde miúdo. Visitou-nos em Bambadinca, a caminho da região do Gabu para onde foi inicialmente o seu batalhão (BCAÇ 2893) e a sua companhia (CCAÇ 2617). Ainda convivi com ele na Amadora, depois do regresso da Guiné. Era casado e tinha dois gémeos.

Se não erro, o José Crisóstomo Lucas é o primeiro  Magriço (e até agora o único) a integrar a nossa Tabanca Grande. Talvez ele nos possa ajudar a localizar os camaradas José Sá e João Castro (que, tudo indica, terão pertencido à CCAÇ 2617).

Pepito, fico sensibilizado pelo carinho e competência com que tu e a tua equipa vão fazendo surgir dos escombros o antigo quartel de Guileje. Um bom ano para a AD e para os seus projetos. LG